A Premissa Equivocada
Por mais de uma vez, li ou ouvi que o mau momento das equipes pode queimar os jovens e sempre eu rio desta afirmação, geralmente, buscando justificar outras ações que são mais convenientes para os comandantes técnicos.
Há casos aos montes até em situações "limites", como jovens sendo lançados em Grenais e prosseguindo em suas carreiras de forma exitosa ou não, que o passar dos jogos confirmou. Não foi por um momento de pressão que tiveram sucesso ou naufragaram, mas pelo prosseguimento de suas carreiras. Querem exemplos?
- Taffarel tinha 19 anos, quando na sua temporada inicial, já nos primeiros confrontos, ele encarou um clássico decisivo, 2 a 1 para o Tricolor. Ele falhou no primeiro gol, mas saiu de campo entre os melhores. Evitou uma goleada. O Grêmio botou faixa no final do confronto.
- Mário Fernandes estreou no Grêmio no Grenal do Centenário (2009). Esteve entre os mais destacados.
- Pedro Jr. estava com 19 anos quando calou o Beira-Rio e fez o Imortal dar volta olímpica em 2006.
- Borracha (Inter), em 1979, recebeu a chance de estrear num Grenal (1 a 1). Fez gol no fantástico Manga. Tornou-se o melhor do jogo. Se sua carreira não deslanchou, não foi por falta de futebol ou má escolha de estreia. Teve a faca e o queijo na mão para se consolidar. Outros motivos não deixaram.
- Mauro Galvão (19/12/61) jogou o seu primeiro Grenal com 17 anos em 20 de setembro de 1979. No final daquela temporada era campeão do Brasileiro.
Dito isso, uso a frase de Geraldo Vandré, 90 anos no dia 12 de setembro: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer" para justificar o meu pedido de aproveitamento imediato desta "safra" da base gremista.