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sábado, 29 de março de 2025

Opinião




Vitória num clássico nacional 


O Grêmio tem que comemorar muito (mas por breve tempo) esta vitória diante do Atlético Mineiro, porque é, em tese, um dos confrontos de "trocar três pontos", se anular numa eventual disputa na parte superior da tabela para "bater" na turma da briga da parte intermediária para baixo da tabela.  Essa é a resenha do pré-jogo, dois clubes grandes, considerando históricos, títulos relevantes.

Porém, o instantâneo de cada um mostra os times em momentos diferentes e os primeiros minutos demonstraram isso. Graças ao seu arqueiro, a catástrofe de uma goleada impiedosa não se concretizou, pois time por time, o Galo mineiro dá uma surra numa comparação mano a mano, ainda, um trimestre altamente favorável.

Cuca, imagino, no vestiário deve ter falado para os seus atletas, partidas como estas são as que fazem a diferença na busca pela faixa de campeão. Para Palmeiras, Flamengo e o próprio Galo, esse trio ou Botafogo, a eles não será permitido enfrentar os demais e não conquistar pelo menos quatro pontos. O Atlético rateou esta tarde.

Quinteros montou o time com um tripé de meio sem armadores e o resultado, vitória + gol de Edenílson, de dentro da área, poderia ratificar o acerto, mas o desenvolvimento da partida indicou muita sorte gremista, o primeiro gol, embora o mérito dos avantes, o detalhe do desvio do zagueiro tirou o impedimento de Arezo e o lado direito defensivo vazou muito. Tem-se que saber como veio o triunfo. Não dá para atuar sem um meio-campista articulador. Se der certo, sem este jogador, dá para dizer que será uma exceção ou sacada magistral do treinador. Não é o caso.

Na próxima rodada, o adversário é daqueles que a lógica que serve para os gigantes que brigarão pelo título, serve igualmente para o segundo pelotão, onde, hoje, repito, hoje, está o Grêmio, ou seja, tem que ganhar quatro pontos nos confrontos diretos.

Finalizando, Volpi, destacadíssimo, boa partida de Lucas Esteves, Villasanti melhorou em relação aos jogos anteriores e Arezo demonstra ter faro de gol.

Venceu, não convenceu. Por hora, isso é irrelevante. Vale a vitória.


sexta-feira, 28 de março de 2025

Opinião




38 Desafios 


Começa amanhã o Brasileirão, aquele de pontos corridos, turno e returno, que o Tricolor nunca ganhou nesta versão e na antiga, desde 1996, então, está na hora de priorizá-lo, de se preparar e deixar aquela história que diz que é um campeonato longo, que permite recuperação, blá, blá, blá...

Tem que encarar seriamente, desde a primeira rodada, montar um elenco homogêneo, de qualidade, e, principalmente, não desmontar a equipe nas janelas de transferências e não deixar em segundo plano, atrás de Sul-Americana e Copa do Brasil.

O primeiro desafio é o Atlético Mineiro e é em casa, onde o Tricolor precisa fazer a diferença. Uma arrancada positiva pode embalar time e torcida.

É o que espero de Quinteros e cia.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Opinião



Sessenta Dias


Abril e Maio serão dois meses decisivos para o destino do Grêmio de Quinteros neste 2025. Não dará para aceitar o atropelo do calendário, o pouco tempo para treinos, a carência do elenco, porque:

a) A sequência de jogos neste período é de conhecimento antecipado.

b) O Grêmio até deu folga para o grupo nesta parada pós-Gauchão.

c) A Direção contratou o que o treinador pediu com uma única exceção, o beque central.

E eu acrescentaria mais uma "letra" neste rol, o fato de haver equipes bem menos "equipadas" de recursos humanos que o Tricolor, ou seja, dá para encarar bem o Brasileirão.

Finalizando, um alerta: ou acerta nestes meses ou entrará numa espiral perigosa, a mesma que ensaiou concretizar ano passado: o rebaixamento, porque depois de julho, o fator político/eleitoral vai ferver até as eleições de setembro (Conselho) e novembro, a presidência.

Melhor se garantir nestes próximos sessenta dias.

segunda-feira, 24 de março de 2025

Opinião




Vinda de Jorge Meurer é uma p#ta  interrogação


Estava pronto para escrever sobre a contratação de Jorge, arqueiro do Pelotas, quando vi a postagem do CCD na Zero Hora e fiquei com receio de parecer plágio. Depois pensei: muitos devem estar pensando no ato, mas não têm a oportunidade de tornar pública a sua opinião, então, segue a minha:

A direção gremista, se tivesse o estofo de direções como as de 83 e 95, poderia trazer o Jorge, sem haver uma recepção negativa. Lembram de Silvio ou Ailton Cruz, arqueiros que chegaram naquele oceano de títulos, jogaram e não comprometeram, nem ouviram muxoxos em suas vindas, nem vaias nas suas raras oportunidades no arco gremista? 

O problema é que a gestão Guerra não tem essa biografia, não tem uma faixa "pesada" no peito, nem vive um grande momento, desde a cartada de Luizito Suárez. Por conta disso, a aposta Jorge Meurer vem cercada de nebulosas interrogações. Será ele uma investida aos moldes da que o Botafogo fez ao trazer Lucas Perri do rebaixado Náutico ou há interesses alheios às quatro linhas que trazem o jovem arqueiro, longe de ter uma biografia como a de Perri, ex-São Paulo, onde foi banco de ... Tiago Volpi, mas com passagens por seleções brasileiras de base.

Enfim, Jorge não tem culpa de nada, aliás, nem os goleiros da base, apenas fica uma grande interrogação na cabeça do torcedor, que viu serem defenestrados três bons goleiros, Brenno, Adriel e, pelo jeito, Gabriel Grando, para ver a "descoberta da América" num profissional que tem em sua biografia Gaúcho de Passo Fundo, Glória de Vacaria, América de Tocantins e por aí vai.

Tomara que seja um achado da Direção, vou torcer muito por isso, mas, no momento, não tem como não lembrar da máxima clássica de Celso Roth: - É difícil, é complicado! 

No entanto, deixo o benefício da dúvida. Que Jorge seja uma joia escondida no árido futebol gaúcho do interior.

domingo, 23 de março de 2025

Opinião




Crônica Arrogante 


Sem jogos do Grêmio, acabei revendo lances de algumas partidas recentes, os melhores momentos, e observei que há erros incríveis, considerados por quem acompanha jogos há mais de meio século e viu os maiores jogadores brasileiros de sua gigantesca história.

Mas não vou recorrer a eles, porque seria desproporcional a comparação, porém, vou elencar detalhes que refletem o que penso sobre algumas deficiências do setor defensivo, em especial. Sempre lembrando que são pontos de vista meus. Sujeito a críticas.

a) Falta à distância na região central, não tem como compreender na visão do arqueiro, vantagem em colocar dois jogadores na barreira. Melhor seria tirar a referência do batedor, que agradece a adoção de tão somente dois. Com eles apenas, facilita demais para o cobrador e não serve de obstáculo no sentido defensivo. É (para mim) um sonoro equívoco.

b) Bruno Cortez, sem ser uma maravilha de lateral, sempre soube fechar o setor defensivo, quando a bola veio do seu lado oposto. Um senso ótimo de colocação, antecipação e imposição tanto na bola aérea quanto na rasteira. O Tricolor está tomando gols demais porque os defensores olham apenas para a bola, sem se preocupar com os avantes, como ocorreu no gol de Fernando no Grenal de 1 a 1, para ficar num único exemplo.

c) Os laterais gremistas dificilmente conseguem o cruzamento "procurante", aquele que pega a zaga de pescoço torto e os atacantes de frente, como faziam Arce e, mais distante, Eurico e Paulo Roberto.

Espero que Quinteros, com essa parada, possa ajustar este setor que não é apenas defensivo.


quinta-feira, 20 de março de 2025

Opinião



O Taco 


Hoje, olhando e participando dos comentários no blog, vi que há visões discordantes quanto aos nomes ventilados como possíveis reforços, no caso, Lyanco, aprovado por uns, outros, com restrições à sua vinda ou o exemplo mais emblemático, o de Tiago Volpi, que houve, imaginem só, campanhas articuladas para a não vinda dele. Eu fiz uma postagem em que deixei clara minha posição, isto é, não era o meu goleiro dos sonhos, mas na comparação com o 2024, o clube saiu ganhando.

Aí, entrou a convicção da Direção, ela confiou no seu taco, assim como Fábio Koff no final de 1993, quando a torcida queria a saída de Luiz Felipe e o presidente soltou uma das suas frases mais emblemáticas: - Luiz Felipe só sai comigo no final da minha gestão.

Agora, neste momento, em que o elenco se apresentou e terá duas semanas para se preparar para o início do Brasileirão e demais competições, é hora do presidente dar tranquilidade a Quinteros & cia. e acompanhar o seu trabalho.

Se até maio os resultados não aparecerem, bom, aí Guerra e seus pares terão causas comprovadas para uma mudança de rumo no futebol azul.

Antes disso, é demonstrar vacilos e falta de convicção.

quarta-feira, 19 de março de 2025

Opinião



Diagnóstico equivocado 


Tenho evitado críticas ao desempenho do Grêmio, porque entendo que o pouco tempo de trabalho da Comissão Técnica e a disponibilidade recente dos atletas que chegaram são/seriam causas que merecem/mereceriam ser levadas em consideração a performance do time no Gauchão.

Porém, e é um porém muito forte, não dá para aceitar que o presidente mencione a falta de "casca" do time para a perda do título do Gauchão e a consequente guinada no perfil de atletas que virão daqui para frente para o elenco. 

Primeiro, porque não há mais nas categorias de base, jogadores que chegavam ao profissional sem nenhuma experiência internacional ou algo semelhante. Há 50 anos, isso se justificaria, hoje, há torneios sub-15, 17, 20, que fazem com que a gurizada tenha passaportes recheados de registros internacionais. Fico imaginando o Ronaldinho Moreira subindo e alguém dizendo que ele não tinha "casca" aos 18 anos. Inaceitável. 

Olhando quem atuou nos Grenais, não dá para aceitar esta conclusão do presidente Guerra.

Segundo (e mais grave), todo mundo saudou o discurso de início do ano que informava a intenção do aproveitamento da base, que na prática se verificava com as vindas de Pedrinho e Viery para o grupo, interrompendo suas participações na Copinha. Logo em seguida, Gabriel Mec começou a entrar em alguns jogos e havia esperança no aproveitamento do bom volante Kaick e em Igor Serrote e ver dois meses depois o planejamento ser revisto e até ao que parece, ser arquivado.

Essa aparente incoerência e diagnóstico equivocado deixam a impressão de que o clube está à deriva.

Onde está o aproveitamento da base? Por que não se dá uma chance a Natã Felipe no time principal ao lado de Wagner Leonardo? Nem que seja para confirmar o pensamento daqueles que dizem: "Não serve para o time". Se está há três temporadas e não há uma conclusão sobre o seu aproveitamento, algo está muito errado na condução do destino do clube.

segunda-feira, 17 de março de 2025

Opinião



Mirem-se no exemplo 

Neste momento, há um tiroteio nos espaços de gremistas, dado o desconto daqueles que estão correndo atrás de likes e pedidos de inscrições no canal, acho que o momento é de rápida reflexão e muitas ações. É difícil colocar tudo que penso (opinião) em uma só postagem, mas não deixa de ser um desafio para a mente e para a escrita.

- Pedi auxílio ao Alvirubro sobre os 10 primeiros jogos de Roger Machado no Inter. Temos 3 V, 2 D e 5 E. Dessas 3 vitórias, 2 são sobre o Juventude, isto resulta em 47% de aproveitamento, 5 partidas em casa, 5 fora.

- Fazendo o recorte de sua atuação no Coirmão, digo que ele é o grande responsável pela conquista, pois manteve um ex júnior no arco, improvisou um beque na lateral direita, bancou um jovem vindo do Sport Recife, Vitor Gabriel numa posição temerária, perdeu vários atletas por lesão, encarou o afastamento de Thiago Maia, apostou em Valencia e teve coragem para barrar o pseudo "craque" Borré. Roger, com essas decisões arrojadas e estes números, teria a cabeça a prêmio no Grêmio.

- Por fim, se Octa é importante (discutível), o que representam 12 títulos em 13 anos corridos de disputa, caso do Grêmio?

- Tem muita coisa errada no Tricolor, mas tem acertos, também (Lucas Esteves, Wagner Leonardo, Tiago Volpi, Monsalve, Cuellar, Kike Olivera, Braithwaite) e algumas incógnitas, Arezo, Amuzu. Só com trabalho e tempo para uma avaliação racional.

 Por fim, uma pergunta e uma observação: voltando Kannemann, sai Wagner Leonardo? Nenhum deles (canhotos) tem condições de jogar no lado direito da zaga.

A observação é: só aceito esta pausa até quinta-feira, se foi acordada no início da temporada, caso contrário, é um contrassenso para quem levou esta lambada no Gauchão.

 

domingo, 16 de março de 2025

Opinião



Hoje, Marco Zero 


Se estou chateado pela perda do título? Olha! Pensei que seria pior. Na verdade, o Gauchão já havia balançado no ano passado, sorte o vacilo vermelho de não ter ido para a final. Aliás, quase foi para o espaço no pênalti não marcado, quando o Juventude ganhava por 1 a 0.

O Gauchão, do jeito que o Grêmio vinha encarando, esfregando as conquistas na cara de quem o criticava, mascarava a incompetência nas competições maiores, mais importantes. Neste aspecto, a perda de agora há pouco pode ser o início de uma nova fase com mais responsabilidade e com exigências bem relevantes para a Direção e Comissão Técnica.

Amanhã, o clube, o corpo diretivo deve se reunir e começar a pensar no Brasileirão, enfim, avaliar o elenco, prestigiar a Comissão Técnica, sem deixar de cobrar mais diligência nos resultados em campo, sejam táticos, sejam técnicos, sejam físicos, sejam anímicos.

Quem tem time para disputar com chances o Brasileirão, tem time para qualquer outra competição.

Jogadores melancólicos ou dispersos, eu recomendo repassá-los, além deles, liberar os que estão fazendo "hora extra" no clube que vão aliviar muito a folha de pagamentos: Villasanti, Pavón, Nathan Pescador, Cristaldo, Gustavo Martins, Jemerson ou Rodrigo Ely (ficar com um deles, apenas). Repensar a situação de Kannemann. Imaginem a economia que o clube fará.

Nas contratações, ele deve ser cirúrgico: um zagueiro, um meia de armação, mas todos deverão ter um traço psicológico forte: a irresignação, algo presente em Wagner Leonardo, Kike Olivera e Tiago Volpi, por exemplo. Aliás, se encontrar um goleiro acima da média, traga! Pois os gols de falta que Volpi sofreu, embora de difícil defesa, apresentaram um defeito do arqueiro, qual seja: mesmo que não resolvesse, o movimento de braço trocado é do manual dos arqueiros. 

É isso, por enquanto.

sábado, 15 de março de 2025

Opinião



Mais que Perfeito 


Tenho o sentimento, a impressão, de que há muito tempo, o Tricolor não entrava num clássico na condição de "quase Zebra", tamanho o número de fatores que o deixaram chegar em desequilíbrio neste domingo.

Elenco novo, time desentrosado e indefinido para a temporada, comissão técnica recém começando o seu trabalho e causando apreensão, porque os resultados estão vindo à beira do precipício que se avizinhava em cada disputa eliminatória, a herança devastadora do semestre anterior, os Grenais desfavoráveis, etc... Tudo isso leva a crer que a missão de amanhã terá que contar com o personagem de Tom Cruise e sua equipe de Missão Impossível.

O Grêmio terá que fazer o jogo "mais que perfeito" ou então, contar com uma jornada muito decepcionante do Coirmão, que não creio, mais aceitável será a "tese" do "mais que perfeito".

O elenco gremista é composto de um misto de jovens, mas com cascudos de muita experiência (Olivera, Braithwaite, Cuellar, Villasanti, Jemerson, Tiago Volpi) que poderão segurar os nervos da equipe.

Será um desafio e tanto, que a razão não elege o Imortal para vencedor, mas para quem tem na história momentos como o Super campeonato de 62 (sugiro que leiam sobre esta conquista mais que improvável) e a Batalha dos Aflitos em 2005, é permitido sonhar com a virada e a conquista do que será o oitavo título consecutivo.

Por fim, há uma frase bem interessante do técnico da seleção da Itália, Arrigo Sacchi: "O futebol é a coisa mais importante, entre as coisas menos importantes", que vai balizar o meu sentimento pós-Grenal, ou seja, se for campeão recorto o "O futebol é a coisa mais importante", se perder, acrescento o "entre as coisas menos importantes", arremato com o "Vida que segue", lembrando dos versos de Cláudio Nucci (ex-Boca Livre), "juntar os cacos e pedaços, refazer a revisão... na música Cacos e Pedaços.