Grêmio só empata com o Juventude
Mais uma vez, o Grêmio repetiu as performances anteriores com erros idênticos, a começar pelo ineficiência no aproveitamento de semanas cheias para trabalhar. Não há avanços, não há melhorias. Quanto mais treina, mais problemas surgem no time.
A novidade: não houve a possibilidade para Renato justificar o fracasso pelo poderio financeiro do adversário, nem pela ausência de catástrofe pelo oponente, menos ainda, pela falta de pressão oriunda pelo posicionamento na tabela (vale informar que o Ju estava no Z-4, antes de seu jogo e é gaúcho), também, por estar longe da Arena, muito menos, a falta de apoio da torcida. O que foi elo entre todos os insucessos nestas condições e a situação desta tarde? o péssimo desempenho tático da equipe.
Quando o Juventude contratou Fábio Mathias na dispensa do comandante anterior, eu escrevi que tinha feito a escolha certa. É um treinador ascendente na carreira e tem, neste momento, o tamanho adequado para o clube da Serra. Não ganhou a partida por obra das individualidades gremistas em momentos cruciais: Marchesín pegou a penalidade máxima e Soteldo obteve sempre vitória pessoal sobre o bom lateral João Lucas, sofrendo inúmeras faltas, uma delas, a que originou o empate.
Excetuando o gol aos 2 minutos, o que o Grêmio fez durante todo o primeiro tempo e nos 30 minutos da etapa final? Nada. O goleiro esmeraldino trabalhou nos últimos 15 minutos da partida e foi vazado num lance azarado de seu defensor.
As escolhas de Renato foram infelizes, isto é, Geromel é ex-jogador, Gustavo Martins muito instável e a preterição de Natã Felipe, um erro monumental. Ele nunca comprometeu nas vezes que atuou. Sobre Rodrigo Caio, não quis, por respeito a ele, postar aqui, uma foto do seu joelho direito, mas vai a sugestão. Fiquei impressionado como ele passou na avaliação médica na hora de assinar o contrato. Deem uma olhada.
No mais, uma atuação ridícula de João Pedro, outra comprometedora de Reinaldo, duas nulidades no meio de campo (Pepê e Cristaldo). Sobrou um Dodi e sua simplicidade, que funcionaria num quarteto mais qualificado e Edenílson, o melhor e incrivelmente, o eleito para sair do time no início do segundo tempo.
Dos jogos mais "palatáveis" desta finaleira, este de hoje, se mostrava o vencível. E quase se viu uma tragédia.
Repetindo o que escrevi: a Direção deveria ter aproveitado a parada da data Fifa para fazer a troca do técnico, renovar o ânimo do elenco e, óbvio, organizar taticamente o time. Perdeu uma chance e tanto.
É um final de ano melancólico para a torcida, que merecia mais respeito e consideração. Passei a considerar o risco de rebaixamento como uma realidade.