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domingo, 17 de novembro de 2024

Opinião




A Desconfiança ou quase Certeza 


João Ricardo; Tinga, Kuscevic, Titi e Mancuso; Hércules, Pochettino e Martínez; Yago Pikachu, Renato Kayser e Breno Lopes. Estes, os onze que começaram o jogo pelo Fortaleza no enfrentamento com o Vasco da Gama. Placar, uma goleada de 3 a 0. Quantos destes jogadores seriam titulares no Grêmio?

Olho para o elenco gremista entre 2023 e 24 e me surgiu uma desconfiança: Carballo, Cristaldo, Aravena, Arezzo, Monsalve, Soteldo, Pavon, eles são bem aproveitados no clube? Penso que não, isso, me veio mais fortemente, quando lembro que Bernabei foi ao longo do ano, banco para Renê e se o Coirmão mantivesse a comissão técnica anterior, o argentino sairia no final do ano como mais uma "naba" contratada a peso de ouro, vindo de um mercado europeu secundário e a torcida cairia de pau na Direção vermelha.

Os apoiadores irrestritos, os da Seita, já duvidam do futebol do colombiano Monsalve. Claro! por trás desta conclusão precipitada está a ideia fixa de salvaguardar o trabalho do técnico que, assim, faz milagres com o grupo frágil que lhe foi dado. A postura da avestruz, de novo.

As indicações de Rodrigo Caio, Edenílson e Diego Costa, que não balança dos prós e contras deram um prejuízo técnico e financeiro são ignorados por essa parcela da torcida, porque atrás de suas contratações está a mão do treinador. Como disse o genial Luca Prodan da banda argentina Sumo: "Mejor no hablar de ciertas cosas".

Sinceramente, muitos atletas que sairão do Imortal no final do ano sob a desconfiança da torcida, na minha opinião, teriam que ser melhor avaliados com um novo comandante técnico para evitar o risco de ver estourarem logo ali adiante, frustrando a torcida e os dirigentes que fizeram um grande esforço para adquiri-los.

sábado, 16 de novembro de 2024

Opinião






Desencontro de Primavera 


Esta segunda metade de Novembro, suas temperaturas já se parecem com as do Verão, denunciando o final de ano, final de temporada, alguns fins de ciclo. É o que parece acontecer no Tricolor.

Com breves interregnos (Tiago Nunes e Mancini), o Grêmio viveu de Roger, Felipão e Renato em seu comando técnico na última década. Agora os três estão descartados para 2025. Luiz Felipe pode ocupar outro cargo. Acho difícil.

Pois a Primavera e esta incerteza na casamata gremista para o ano vindouro, reservam desencontros e chutes nas informações que pipocam nas redes sociais e na mídia.

Como exemplo disso, li na ZH digital duas informações nada coincidentes, o mesmo autor do "furo' de que Renato havia fechado com o Cruzeiro de Minas, noticia o acerto do Imortal com Tite e outro jornalista identificado com as cores azuis, anuncia a busca do clube por um profissional argentino, talvez Hérnan Crespo e por aí "La Nave Va".

Até o restante de 2024, a possibilidade de aparecerem nomes "certos", "fechados" com o Grêmio é grande, por isso, tratar de garantir a permanência na Série A é missão mais do que urgente.


quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Opinião




O Descrédito indevido de certas Palavras 

A cada ano, a cada turma nova na aula inaugural, eu colocava três palavras no quadro: Semântica, Empatia e Alteridade. Era uma regra para mim e um acréscimo para os próximos períodos.

Lembrei da primeira, Semântica, porque ao longo dos anos acompanhando o futebol, vi uma "apropriação indébita" de algumas palavras, que, evidentemente, tinham que casar prática com teoria e isso não ocorreu em diversos casos como vou exemplificar:

- Futebol se faz com convicção - Essa palavra na boca de um conhecido dirigente de clube, esboroou-se, porque, sendo uma expressão forte,  impactaria junto aos torcedores e imprensa, ninguém iria contra, afinal, ela pressupõe ações harmoniosas, equilibradas e coerentes, porém, não se via isso no dia-a-dia do cartola

- Um time precisa de equilíbrio - Outra expressão, no caso, tomada por um conhecido técnico, cujo principal traço de sua biografia como comandante técnico era pegar times do nada e levá-los a lugar nenhum de uma forma instável, ou seja, desequilibrada

- Há necessidade de se criar um fato novo - aqui, o infeliz dirigente estigmatizou a expressão, que outrora, na boca de experiente jornalista, político e dirigente de clube, se tornou uma máxima certeira: Vitória em Clássico arruma a casa. Verdade, o triunfo num jogo diferenciado pela rivalidade estabiliza o clube e time, que antes vinham pelas "caronas". Neste caso, a novidade acabou certeira e eficaz

Com relação a esta última, eu acho que o carimbo da expressão (fato novo) como sinônimo de risco iminente de fracasso devido a goleada espetacular do Grenal dos 5 a 0, encabulou dirigentes na tomada de providências saneadoras e urgentes aqui no RS. O caso mais recente é a hesitação e inação da troca do treinador gremista nesta parada Fifa.

 O tempo que um interino da comissão técnica teria é mais do que suficiente para realinhar o time nas quatro linhas e aparar eventuais diferenças no vestiário, algo que Rafael Sóbis, jogador experiente e vencedor, detectou. Só não foi levado mais a sério, porque tem muita identificação com o lado vermelho.

Vale destacar que inteligência ou burrice, não tem coloração partidária, religiosa ou clubística. O bom será, não desconsiderar as palavras do ex-avante vermelho.

O Grêmio precisa de um fato novo.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Opinião




O "Se" na vida gremista 


Leio que a decisão de Flamengo x Atlético Mineiro serviu para constatar a distância destes clubes (e outros como o Palmeiras e Botafogo) para a Dupla Grenal. Verdade, porém, essa diferença financeira não impediu o Tricolor de ganhar o Brasileirão do ano passado. Não foi o avassalador distanciamento econômico-financeiro que deixou o Grêmio com duas vitórias a mais do que o campeão e apenas dois pontos atrás, de botar a mão no caneco.

Vale recordar os dois desastres em casa, derrotas para o Corinthians que jogou com 10 atletas a maior parte do tempo e Athlético Paranaense com gol do zagueiro Kayke Rocha nos acréscimos. Onde  o fator financeiro contribuiu para essas derrotas? Dois resultados em igualdade diante destes times na Arena, o título de Davi contra Golias estaria na casa do Imortal sem nenhuma epopeia imortal. Seria ao natural.

Faltou a visão da Direção que não ousou na busca por um goleiro. Mediu mal a relação custo-benefício. 

Esse foi um "Se" negativo na vida gremista, mas há um "Se" positivo. Vejam o que segue:

Se a bola rifada por Nathan Fernandes no Maracanã, diante do Fluminense aos 49 minutos da etapa final ganhasse um pouco mais de força, ela chegaria fácil para o arqueiro Fábio e não haveria a penalidade e a derrota seria uma certeza. Ali, o Grêmio ganhou um ponto importantíssimo.

Se, mesmo a bola batendo duas vezes na trave de Marchesin ou desconsiderando as suas 14 defesas espetaculares, os chutes de Raphael Veiga e Gustavo Gómez, amplas chances de gol, parassem na redes azuis, o resultado seria uma goleada de 3 a 0 e a crise seria multiplicada várias vezes em sua potência.

Estaria o Tricolor com uma distância de dois pontos, também, da zona de rebaixamento e com o psicológico em frangalhos.

Na hora de planejar o ano seguinte, os mandatários da instituição precisam levar em consideração as hipóteses, isto é, os "Ses" que impediram o título em 2023 ou os momentos cruciais pela luta contra o rebaixamento, a Série B em 25.

sábado, 9 de novembro de 2024

Opinião




Marchesín evita a Goleada e reduz o Fiasco 


Que constrangedora partida do Tricolor diante do Palmeiras, o mesmo clube que empatou em casa com o Fortaleza, este que não tem um elenco de 200 milhões de reais mensais.

Um fiasco que não se refletiu no placar. Um vareio, um rodião, que apresentou 36 chutes contra 6, o que demonstra a disparidade vista no gramado sintético do Alianz Parque, onde Marchesín fez 14 defesas importantes e nenhuma de Weverton, pois até aquela atribuída inicialmente a ele, o replay mostrou o zagueiro Murilo interceptando, isso na primeira etapa.

Ao meu ver, apenas dois atletas se salvaram, o citado Marchesín e o zagueiro Rodrigo Ely, os demais de regular a péssimo, nesta última condição, Jemerson, João Pedro e Soteldo. 

Villasanti afundou, assim como Braithwaite, Reinaldo levou um baile de Estêvão, na maior parte do tempo, "órfão", "mano a mano", aí virou brincadeira.

Edenílson só aguenta um tempo em eficiência, Dodi, "invisível", Aravena muita correria sem consequência. Os que entraram nada acrescentaram.

Finalizando, eu renovo a sugestão que dei há meses, deixa o técnico no Rio, paga 70% de seu salário e coloca o filho do Marco Antônio (reserva do Everaldo em 70) e o James Freitas, que será mais negócio para o clube.

Essa parada "Fifa" dá a oportunidade derradeira para o Grêmio se reorganizar e conquistar a fuga do rebaixamento.


quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Opinião




Palmeiras na pressão 

Com as atuações espetaculares do Botafogo e as lições que este deve ter recolhido do ano passado, a distância de 6 pontos e maior número de vitórias do clube carioca, botam pela primeira vez o Palmeiras em dúvida, se vai buscar a reversão da tendência do título que é de ficar para a Estrela Solitária. 

Então, o jogo de Sexta-feira passa a ser uma incógnita, isto é, o franco favorito pelo histórico recente, pode, pela pressão, fazer uma grande atuação e um resultado robusto ou confirmar a fase descendente e "dar mole". Aí, entra a capacidade do adversário para tirar vantagem no duelo. O Grêmio tem tudo para embalar se não perder. Resta saber, se conhece o caminho. Tudo pode acontecer.

Pode ser uma "boa" pegar o Alviverde nas "cordas", baqueado. Ou ele reage ou dá adeus ao troféu do Brasileirão/24.

domingo, 3 de novembro de 2024

Opinião



O Gol mais importante deste Semestre 


Decorriam 49 minutos da etapa final, Fluminense 2 x 1 Grêmio, 32ª rodada do Brasileirão, Arezzo recebeu a bola rifada por Nathan Fernandes, o charrua chega primeiro que Fábio, dá o toque, sofre o contato imprevidente do joelho do arqueiro. Pênalti. O jovem árbitro não hesita, corajoso e honesto, ele indica a marca da cal, nem foi à cabina do VAR. Não precisava.

 A ira que tomou conta dos locatários teve origem em dois fatores: a posição do clube na tabela e o tempo em que a falta máxima ocorreu, isto é, nos acréscimos. Só isso, justifica a revolta exagerada.

Aos 53, Reinaldo, com maestria, mandou no ângulo superior direito da meta dos cariocas. Empatou a partida.

Considero o gol do camisa 6 gremista, o mais importante do segundo semestre. Imaginem chegar em São Paulo, confronto diante do Palmeiras, em crise. 

O Tricolor tem uma semana para encarar o Verdão. Resolve? 

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Opinião




Grêmio consegue empate no final 

Um jogo para confirmar tudo que se critica no Grêmio, ou seja, uma semana de treino para o time não adianta nada, até se enrola mais ainda, a rotina de levar gols segue firme, as escolhas equivocadas do técnico, seja na escalação inicial, seja no ato de trocas permanecem, o moedor de carne de bons jogadores (Monsalve, Cristaldo) está afiado e segue desvalorizando o grupo, o goleiro evitando goleada. 

Houve um fato novo: a chance no final, a rateada defensiva desta vez beneficiou o Grêmio e aí, cobrança magnífica de Reinaldo, que já participara do primeiro gol. Destacou-se juntamente com Marchesín.

Renato retirou Braithwaite que era o melhor atacante para manter Soltedo e Edenílson, ambos em má jornada. Diego Costa virou um trombador, Nathan Fernandes desaprendeu, hoje, joga menos do que Janderson, atual Atlético Goianiense. No jogo, Monsalve virou ponta esquerda, Cristaldo longe da área adversária. Para complicar mais, Villasanti realizou uma má partida. 

O miolo defensivo é sofrível, joga muito pouco. A dúvida que resta: como seria com outro treinador? Aí, as soluções são Geromel que anunciou a aposentadoria, Kannemann que estranhamente, se mantém lesionado, Rodrigo Caio, sem comentários e o inexplicável gelo que Natã Felipe sofre.

Renato não vai cair agora, mas a sua saída, se ocorresse hoje, seria um bem para o clube. Os problemas que se observam dentro do gramado pela má condução do treinador, agora estão acrescidos pela instabilidade emocional do grupo.

O empate, o grande fato da noite pode mascarar a péssima partida que o Grêmio realizou no Maracanã.

Uma última frase: Não acho Marchesín um goleiro confiável, mas nas últimas partidas fora de casa, o time escapou de ser goleado pelas suas atuações.


Opinião




Um Condimento a Mais 


Sobre a partida de hoje, eu não tenho conhecimento sobre como foram os treinos e o pensamento do técnico para encarar o Fluminense. Espero que não repita as trapalhadas que deixaram escapar a classificação mais fácil da Libertadores no que se refere ao Grêmio.

Vou tratar de um ingrediente colocado na revolta da maioria da massa gremista, um tempero a mais neste prato amargo que está à mesa da torcida. Trata-se da eterna rivalidade do Estado, quando se vê um treinador assumir recentemente o clube da beira do rio e encontrar soluções rápidas, certeiras e, por hora, satisfatórias. Um técnico trabalhador.

Não se sabe se o Inter de Roger vai a algum lugar consagrador, a biografia do ex gremista é modesta até agora, mas a fotografia, o instantâneo, o recorte do presente, apenas serve para o lado azul ver o que se (des) faz no dia-a-dia no futebol da instituição. A perda de tempo e dinheiro que o Tricolor se submete neste 2024 com a conivência dos mandatários.

E a enchente não tem nada a ver com isto.



quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Opinião




O Substituto 


Antes do assunto da postagem, eu vou colocar a impressão, que tive nos últimos dias, qual seja, o podcast de Duda Garbi entrevistou há alguns meses, o então gerente de futebol do Palmeiras, Cícero Souza, lá "pelas tantas", o assunto era o júnior que sobe humilde para o elenco profissional e com o sucesso repentino, muda o jeito, o que ele chamou de "mudar o passinho", pois bem, nas mais recentes entrevistas, desconfio que o atual técnico do Coirmão mudou o passinho. Ou me engano?

Sobre o motivo da crônica: ouvi com muita frequência, que ruim com o Renato, pior sem ele. Os defensores da permanência do técnico usam como exemplo a sua mais recente saída. Verdade! Mas, depende.

Dois dos maiores jogadores da história do clube saíram e suas ausências não deram motivos para uma saudade, além da normal de ídolos. Refiro-me a Hugo De León e Renato Portaluppi.

O primeiro, substituído por um ex-júnior, natural de Dom Pedrito, Luiz Eduardo, que ganhou títulos e a titularidade da zaga por sete temporadas. No caso do ponteiro, bastou apenas trazer Valdo da esquerda para a direita e o menino catarinense, ex-júnior também, se firmou, disputou Copa do Mundo e teve uma carreira internacional bem mais luzidia do que Renato.

Adilson Batista saiu e Mauro Galvão assumiu. De novo, a lembrança do Capitão América se evidenciou mais fora dos gramados na sua condição de ídolo.

Há muitos exemplos, pró e contra, quando das substituições de craques, depende de escolhas e da competência das Direções.