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sábado, 16 de novembro de 2013

Opinião



 
O Protagonismo de Renato
 
Existem pessoas que dificilmente passarão despercebidas; mesmo sem serem famosas. Nos grupos que frequentam ou até num primeiro contato, possuem essa característica; isto é, serão notadas sem fazer força ou ter a intenção. Renato (que é famoso) é uma dessas. Desde o início da carreira era assim; nos juvenis em que o vi na Baixada Melancólica, já era o mais vaiado ou aplaudido do que os demais garotos daquela preliminar entre Grêmio e Coirmãozinho Santamariense, no início dos 80. Os anos se passaram e  a toada foi a mesma por onde jogou, inclusive na Seleção Brasileira, dentro e fora dos gramados. A vida dele dá um bom livro. Dito isso, reforço; é impossível não notar e opinar sobre as atitudes do atual técnico tricolor. É prato cheio para a mídia especializada ou não.
 
Quando ele veio, escrevi em 30 de Junho (vide O Novo "Professor" ) que ele não era o meu preferido para treinar o Grêmio, no texto citei o inviável Muricy, desta forma, ficaria com esses, pela ordem: Roger, Cristóvão e Renato. Renato veio e surpreendeu favoravelmente; botou o Imortal entre os candidatos ao título, embora como o azarão do grupo de 3 ou 4 clubes. Isso não é pouca coisa. Seu nome invariavelmente associado ao que se via em campo e fora dele. Tudo era atribuído ao "dedo do Renato". De bom e de ruim. Achou o esquema vencedor, foi o técnico; deixou os craques fora, foi o treinador. Barcos e Kléber não fazem gol, culpa do esquema adotado por Renato; os jovens estão se firmando, mérito do Portaluppi, os jovens estão oscilando, responsabilidade do treinador. Isso, mesmo que Renato seguisse sempre afirmando que compartilha com o grupo a formatação do time e do sistema a ser empregado nas quatro linhas.
 
Portanto, num momento de afunilamento do campeonato, associado a eterna gangorra e seus interesses que superam inclusive, profissionalismo e ética de no Imprensa (vale lembrar que o Inter está à beira do rebaixamento), é natural que o protagonismo de Renato emerja com maior visibilidade e monopolize, pelo menos do lado azul, toda a origem dos acontecimentos que de lá chegam para nós, humildes torcedores.
 
Com  Renato é assim, sempre será. O ônus e o bônus chegam no superlativo. 

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