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domingo, 30 de março de 2014

Opinião



Grêmio perde Grenal no segundo tempo

Foi um clássico onde ficou evidente a mão do técnico. Enderson deu um passeio no tempo inicial, o time beirou à perfeição, verdade que o Inter não teve Jorge Henrique e Rafael Moura nesta etapa. Era quase inimaginável haver o verdadeiro "precipício" na atuação Tricolor que se verificou nos últimos quarenta e poucos minutos do jogo.

Na primeira fase não gostei apenas de Ramiro e Luan, embora bem acima de Jorge Henrique e Rafael Moura, ficaram distantes das atuações habituais. Na etapa final, Abel virou o jogo, não apenas trocando jogadores, mas mudando o posicionamento de Aranguiz e especialmente, D'Alessandro. Enderson e o time sentiram o primeiro gol, porque (o time) pensou no regulamento e aí a bola "queimou" os pés, o time "atravessou" o samba na avenida, saiu da passarela e foi para a arquibancada assistir o Inter jogar.

O grande derrotado foi Enderson Moreira, mas saliento aqui, não deve ser sacrificado, já estou curtido e vi muita superação; para ficar em 2 exemplos, Espinosa quando foi desclassificado no campeonato nacional de 83 e em seguida conquistou a América; agora, o próprio Rafael Moura, apesar de todas as limitações, hoje sai incensado no Grenal. Enderson tem crédito, mas precisa tirar lição deste revés.

Especificamente sobre as individualidades; o melhor gremista, sem dúvida, Marcelo Grohe. Ele fez defesas essenciais para a manutenção do placar do primeiro tempo e evitou um mais dilatado no passeio vermelho da etapa complementar. Há o gol na pequena área, o segundo, mas convenhamos, não vale a pena discutir diante dos grandes lances que protagonizou.

Enderson errou feio nas substituições; Ruiz, Máxi e Deretti, sequer mantiveram o desempenho dos trocados, que dirá, melhorar.

Está caindo de maduro: o Grêmio precisa encontrar um zagueiro para fazer companhia a Rhodolfo. Não adianta "meia boca". Hoje, o Tricolor poderia ter tomado a saranda que levou no segundo tempo e mesmo assim, ter evitado as duas cabeçadas  que eram passíveis de ser contidas. Desta forma, ficaria no empate.

Do lado do Inter, Rafael Moura, Alan Patrick e Dida, ele mesmo, que evitou o 2 a 0 ainda no primeiro tempo que mudaria a história do Grenal e me passou a mesma impressão de quando jogava no Imortal, ou seja, que o time adversário não chegava com força. Infelizmente, provamos do veneno hoje.

Que esta derrota seja "terapêutica". Para a final, jogo de volta no Beira-Rio e muito principalmente, para a Libertadores da América.




7 comentários:

  1. Bruxo, perfeita tua visão do 1º tempo.
    O Grêmio sobrou. No lance que o Alex cabeceou, certo que faria o gol, o Grohe foi monstruoso.
    Logo depois, gol do Barcos. Aí só deu Grêmio.
    Dida foi monumental ao defender chute que decretaria, dois minutos depois do gol gremista, novo gol tricolor. Fez a diferença o goleiro do Inter.
    Num 1º tempo que Abel deixou o Grêmio triangular pelas alas, liberando Willians e centralizando D'Alessandro. Desse jeito, perderia feio o Abel! E o Grêmio perdeu a chance de aumentar a diferença.

    No 2º tempo, com D'Ale pelo lado direito do campo e com Alan Patrick pela esquerda, fixando mais Willians, o Inter recuperou a posse de bola e o Grêmio deixou de assustar. As triangulações não eram mais tão fáceis.
    Foi comedido o Enderson. Quando tomou o 1º gol, não esboçou reação.
    Grohe foi o destaque do jogo, pelo lado tricolor, e praticamente evitou um placar inesperado dentro da Arena.
    Rafael Moura, tão criticado por mim, soube fazer a sua parte como centroavante.
    Eu não esperava uma vitória hoje. Pelo contrário. Imaginava a derrota. A vitória do Inter veio porque o Grêmio não se repetiu como o time de outras jornadas.
    A zaga gremista teve apenas um zagueiro. Faltou o outro. E não foi só pelos dois gols de cabeça.
    Basta lembrar que por 3 vezes o Inter entrou tocando bola na frente do Grohe. Só no 2º tempo.
    Resultado de GRENAL. Vida que segue...

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  2. Aí é que entra a tal derrota "terapêutica', a forma como o Inter construiu o placar é muito parecida com o gol sofrido no 0 a1 contra o Atlético Paranaense que custou a semifinal da CB, contra o Brasil de Pelotas foi assim e por aí vai. Há um parâmetro que deve ser investigado. Jogos de maior envergadura, servem a, b ou c?
    A saída do Dudu, salvo problema físico foi um "refresco" para a zaga colorada.

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  3. Cada um tem suas razoes e concordo parcialmente. Creio que o decisivo foi perdermos o meio. Riveros, Ramiro (principalmente) e Edinho nao repetiram as jornadas anteriores. No segundo tempo, com a entrada do Alan Patrick, que deu mais movimentacao, o meio que ja nao estava bem, recuou oferecendo este setor ao Inter.
    Em outras conversas expus o pendulo da nossa defesa e a observacao dos nossos adversarios desta deficiencia do nosso lado direito, porem, hoje, nao podemos culpar so Para/Werley/Ramiro porque o outro lado tambem falhou. Wendell/Rodolpho/Riveros nao foram efetivos. Levamos um gol de cabeca (pelo alto) de cada lado. Ou seja: nossa deficiencia continua sendo a bola aerea de qualquer lado.
    Contribuem nesta derrota, o excesso de confianca devido a Libertadores, muita responsabilidade ao Barcos (principalmente nos chutoes buscando ele para servir de pivo), muita confianca no menino Luan achando que ira criar algo magico durante a partida, muita confianca no Dudu. Os tres nao estavam bem como em partidas anteriores. Temos que saber que e muita responsabilidade em cima de um garoto.
    Portanto, o Inter (Abel) soube analisar muito bem nossas virtudes e anula-las e nossos defeitos e explora-los.
    Nao sou fa de Abel, alias creio que seja mediano, mas hoje ele foi perfeito.
    Resumo da opera: perdemos o primeiro Grenal na Arena, perdemos com um (dois) gol qualificado que sera dificil de reverter no BR, perdemos este Campeonato, perdemos a compostura no chute de Wendell sobre o colorado (que pena, era tudo que nao gostaria de ver), perdemos a confianca que pode comprometer a Libertadores.
    Choque de realidade? Nao. Apenas uma ma jornada onde nao fizemos o dever de casa. O Newells e mais qualificado que o Inter, no entanto, contra eles entramos mais focados.
    Particularmente (depois e facil de falar) creio que Alan Ruiz deveria ter entrado desde o inicio. No primeiro tempo perdemos a oportunidade de fazer, pelo menos dois, o que poderia modificar totalmente o jogo. Se fosse necessario, como foi, Dudu entraria no lugar de Ramiro e nao de Riveros. Mas quando as substituicoes acontecem como aconteceram (do lado do Gremio), demonstram que nao ha banco e nem treinador (nesta Enderson estava perdido). Entrou com o time jogando da mesma forma que tem jogado ultimamente e sabemos que em Grenal, o que ganha jogo e a surpresa, pois ambos se conhecem muito bem.

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    1. Arih!
      Na verdade, Abel foi perfeito porque escalou mal. Jorge Henrique desde que chegou não disse a que veio. Desconfio que começa a deixar o time e o clube também. O Tite já tinha se cansado dele.
      O primeiro tempo do Riveros achei espetacular. Desse aí, desconfio de cansaço, mas o Dudu foi uma troca injustificada, há menos que tenha sido problema físico.

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  4. Acho que a derrota será um ponto crucial para o Énderson. Se aprender com os erros, tem tudo para confirmar o bom trabalho que vem fazendo (na minha opinião). Se não souber lidar com a derrota e com a pressão, dificilmente conseguirá colher frutos ali na frente.

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  5. Guilherme!
    Tocaste no ponto certo. Se Enderson entendeu porque perdeu o jogo no segundo tempo, ele vai sair "lucrando" com a derrota no que tange à experiência (nunca é bom perder).
    Se tem algo positivo na derrota, também é o fato do Inter entrar no "já ganhou", mesmo que jure que isso não seja verdade; soma-se a isso uma semana festiva e o Tricolor com a cabeça focada na decisão poderá botar água no chopp. Não joguei a toalha.

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  6. To sem ânimo pra comentar, mas se insistir com os 03 volantes no jogo de volta o resultado será o mesmo, os motivos? Me reporto ao comentário que fiz em "Agora tudo é Grenal".

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