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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Opinião



Discurso escancarado de apequenamento

Quem costuma acompanhar o blog, sabe que eu estou mais para otimista do que para o outro lado. Me imagino um realista com lampejos de otimismo. Assim sendo, a realidade me fez escrever que o Grêmio estava se apequenando, as ações indicavam isso: sai Júnior Chávare por uma proposta melhor, sai Fábio Mahseridjean para uma muito melhor, sai Zé Roberto, Dudu, Alan Ruiz e vem ... Marcelo Oliveira, talvez Suéliton, comenta-se que o reserva do reserva do reserva rubro-negro, Erazo vai vir. 

Na contramão da realidade (esta palavra de novo no texto), a Direção gremista alegava que não se tratava de apequenamento, mas de reajustes ( o sofisma dá a sua cara). Eu não sou contra a readequação, acho que todos os clubes vão seguir esse caminho, o problema é  a enrolação, a linguagem dos piores políticos se incorporando ao dia-a-dia de nosso clube, o torcedor tratado como retardado.

Pois agora, o atual presidente, rasgou o combinado entre os seus pares e escancarou o pensamento miúdo; quer a volta do mata-mata no Brasileiro, isto é, assina o atestado de incompetência azul e convida vários clubes para mudar a fórmula de competir que atualmente, premia o planejamento, a qualidade, as estratégias, os objetivos; enfim, é a mais justa.

Pelo menos, deste jeito ficou melhor, ação e teoria estão irmanadas. Eles admitaram: O Grêmio se apequenou.


9 comentários:

  1. Bruxo, desculpe o desafogo, mas não posso deixar de fazer algumas observações, já que teu Blog é lido e visitado por gente boa, das melhores, diria.

    Adiante.

    Está na hora do Presidente do Grêmio, dos jornalistas a favor do mata-mata, e de outros clubes que querem essa baboseira de volta pensarem em como melhorar o futebol.

    O que eles querem é pensar o futebol brasileiro para um torneio de 6 meses, de turno único, todo capenga, pois não há equilíbrio técnico.

    Depois, querem dar espaço para o acaso, quando um time 8º classificado, com uma campanha medíocre, tira a possibilidade do melhor time do torneio ser campeão por um erro do árbitro ou coisa que o valha. É isso que esses caras querem? E esquecem que eles podem ser a vítima inocente que perderá o título para o medíocre?

    Porque, da mesma maneira que acham justo o 8º colocado ser o campeão, não provocam um torneio para o descenso a partir dos 8 últimos? Ora, se o 8º pode ser o campeão porque traz "emoção" ao torneio, haveria emoção se o 13º caísse e o 20º permanecesse na série A, não é mesmo?
    Mas isso eles não fazem. Só defendem o que poderia lhes beneficiar.

    São incompetentes, porque faz dois anos e não conseguiram fazer um time melhor que o do Cruzeiro. Faz dois anos que estão querendo improvisar no planejamento e afundam em decisões completamente erradas. Todos!

    Que os clubes não caiam nessa ladainha descabida. Será que os incompetentes não enxergam que num torneio de um único turno, com mata-mata, os maiores beneficiados são os times de RJ e SP devido à poucas viagens que farão?

    Mas são tão incompetentes e cegos assim? E o pior de tudo é que a imprensa vai junto. Vai ver que o Brasil está afundando no futebol justamente porque o campeonato brasileiro tem 38 rodadas.

    Querem justificar que o público nos estádios aumenta? Mentira!!! Já tivemos fases de mata-mata no Brasileiro, em outras épocas, e mesmo assim a média de público era baixíssima.

    Peguem a década de 90 e olhem: 93-94-95-96-97, cinco anos!!! de média de 10 mil pessoas nos estádios. E era MATA-MATA. Isso os jornalistas não pesquisam.

    Essa turma que pensa no mata-mata nunca pensou em melhorar as condições dos estádios para levar o torcedor ao campo?

    Essa turma que pensa no mata-mata nunca pensou em melhorar os preços dos ingressos para levar o torcedor ao campo?

    Essa turma que pensa no mata-mata nunca pensou em melhorar as condições de segurança nos estádios para levar o torcedor ao campo?

    Essa turma que pensa no mata-mata nunca pensou em melhorar os horários dos jogos, como em países europeus, para levar o torcedor ao campo?

    Querem que o torcedor vá ao estádio às 22 horas de uma quarta ou quinta feira, para sair do estádio a 1 hora da madrugada e trabalhar no outro dia?

    Querem que o torcedor vá ao estádio às 21 horas de um sábado ou às 1930 h de um domingo para assistir futebol caro e sem qualidade? Em estádios sem nenhuma condição?

    E depois querem justificar que o campeonato brasileiro não tem atratividade porque tem 38 rodadas?

    Esses caras tem que rachar uma lenha, isso sim!

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    1. perfeito,amigo.Nao precisa acrescentar nada.E golpe.

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    2. Eu particularmente prefiro campeonato mata-mata do que por pontos corridos. Acho que cada uma tem suas virtudes e seus vícios.

      No entanto já temos a Copa do Brasil como competição nacional com mata-mata (fora os estaduais) e outras 2 copas continentais (LA e SL). Portanto acho que a "salvação" do futebol nacional não passa pela volta do mata-mata no Brasileiro. É preciso se buscar as verdadeiras causas do problema e não se focar em soluções mágicas.

      A única alternativa que acho válida, caso se pense em mudar a fórmula, é uma decisão entre campeão do turno e returno, dando ampla vantagem (de poder empatar, por exemplo) ao que tiver a melhor campanha no geral. Isto evitaria que no nosso confuso calendário, o time que não foca 100% no início do campeonato (justamente por estar sendo competente na LA) seja prejudicado todo o ano.

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  2. Reproduzo o comentário de JUCA KFOURI sobre o tema:

    "Presidente do Grêmio começa mal, como avestruz

    O novo presidente do tricolor gaúcho, Romildo Bolzan Jr., começa mal sua gestão ao propor a volta do mata-mata no Brasileirão com o surrado, e falso, argumento que vê maior interesse do torcedor na velha fórmula que vigorou até 2003.

    Nem as médias de público nos estádios, nem as de audiência sustentam o argumento, já que as diferenças para o sistema de pontos corridos são irrelevantes.

    Confesso minha preguiça em voltar ao tema, ainda mais em férias.

    O x da questão do futebol brasileiro, definitivamente, não é a fórmula do Brasileirão, mas, sim, o calendário político que sustenta as federações estaduais e a gestão medíocre da CBF — que deveria cuidar apenas da Seleção e deixar os campeonatos por conta de uma Liga de clubes.

    O maior mérito do sistema atual é o de garantir a atividade dos clubes grandes e médios por toda a temporada, além de beneficiar quem se planeja com um mínimo de racionalidade.

    Os pequenos, coitados, têm sido condenados à morte pela cegueira da cartolagem, incapaz de criar soluções alternativas que os mantenham vivos como, por exemplo, com ajustes aqui e ali, o Bom Senso FC propõe.

    Por que o Grêmio não tem sido capaz de obter resultados como os do Cruzeiro, já que são forças semelhantes?

    Esta é a resposta que o cartola precisa encontrar em vez de apostar na roleta do mata-mata.

    O fato é que o Grêmio, de 2003 para cá, período em que o time mineiro ganhou três Brasileirões, tem feito campanhas aquém de seu potencial, com apenas dois vice-campeonatos e, na ponta oposta, um 20o. lugar e um 24o., quando caiu, em 2004.

    Além disso, o Imortal tem, em regra e no máximo, ficado entre os sete primeiros.

    É pouco, sem dúvida.

    Em vez de mirar no alvo certo, uma divisão mais equânime dos recursos da televisão, objetivo que seria alcançado quando o Clube dos 13 foi sordidamente implodido numa jogada de Ricardo Teixeira, Andrés Sanchez e Patrícia Amorim (leia-se CBF, Corinthians e Flamengo), Bolzan aponta para subterfúgios.

    Com o que sacrifica a meritocracia e procura fazer do futebol um jogo de azar em que os piores, bafejados por uma sorte circunstancial, podem superar os melhores.

    O melhor modo para superar o evidente risco de espanholização do futebol brasileiro está na mudança de gestão e, por consequência, do calendário de nosso futebol, e não no retrocesso a um caminho já percorrido e que jamais foi sinônimo de saúde de nossos clubes.

    Em bom português, Bolzan está apenas bancando o avestruz.

    Enquanto isso, o 7 a 1 segue em seu voo de carcará, que pega, mata e come.

    Volto às férias…".

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    1. Passei a manhã viajando e agora,longe de casa,estou apanhando do tablet.
      Bolzan calado ė um poeta.
      Pobre Gremio.


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    2. Eu acho que o Bolzan jogou "pra torcida" (pra maioria dela, no caso). Talvez até pra desviar a pressão sobre ele...

      Acho cedo para julgá-lo somente por isto. Até porque ele pode estar servindo só de porta-voz de "peixes mais graúdos"...

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  3. Guilherme
    Não dá para um presidente fazer este papel.

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  4. Sobre o novo reforço tricolor:
    "-Todos sabem que minha posição de origem é volante. Mas desde aquela época eu joguei de lateral também. No Palmeiras, atuei improvisado como zagueiro e deu certo também. O Felipão pode contar comigo onde quiser "

    É complicado.

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  5. PJ
    Ta dificil ficar otimista.O cara começa elogiando o Roth. Comete suicídio.

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