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sábado, 28 de abril de 2018

Opinião



Reservas marcham de novo. Rotina

Parece que está escrito; o Grêmio não prioriza o Brasileiro, uma hora é mania do treinador, noutra é a necessidade pelo calendário apertado, mas de concreto é a preterição do mais importante campeonato do Brasil.

O que poderá ser questionada é a preservação quase na íntegra (menos Luan) de todos os 11, o que não pode ser questionado é que o Grêmio não tem elenco para se dar ao luxo de poupar o time inteiro e encarar adversários de meio tabela, ainda que um campeão regional como é o caso do Botafogo.

O furo do time neste Sábado foi o setor defensivo; o Grêmio só não perdeu mais cedo na partida, porque Paulo Vítor fez boas defesas, mas a zaga é muito fraca. Se Madson vai bem do meio para frente; atrás, ele compromete, Paulo Miranda e Bressan estão muito abaixo dos titulares e Marcelo Oliveira é um desastre. Todo esse quinteto junto, é lógico que a vitória ficará uma quimera.

O meio de campo foi a parte que funcionou; Jailson e Michel fizeram um bom jogo, Luan oscilou com a parceria de Alisson, Maicosuel e André.

Dos que entraram, Lima, Pepê e Cícero, os dois primeiros melhoraram a equipe, o terceiro não teve tempo para mostrar alguma coisa produtiva.

O Grêmio, cedo, sinaliza aos seus torcedores que não disputará o título do Brasileiro. Não é uma crítica; apenas uma constatação. 

18 comentários:

  1. Bruxo, o calendário apertou cedo. Difícil criticar escalação do time alternativo. Mas concordo em vários pontos.

    Gostei do Michel - Jailson foi muito abaixo do que ele próprio joga. Paulo Miranda foi bem. É um bom reserva. Bressan e Olivera são vexatórios.

    Dos demais, Luan foi um desastre. Lento, frouxo, sem vontade. Errou praticamente tudo. Alisson mostra mais uma vez porque foi DOADO pelo Cruzeiro. É um jogador sem brio, que sempre peca na finalização das jogadas.

    Madson não serve pro Grêmio. Porém não temos lateral reserva. Já os meninos entraram bem e nào tem culpa de nada.

    O adendo fica para o Maicosuel. Ele é um cara de velocidade que precisa de lançamentos. Quando recebeu bolas na ponta, foi pra dentro e criou boas chances. Há de se considerar que ele está sem ritmo. Ainda acredito no potencial desse cara pra grupo.

    Thonny Anderson fora não tem explicação. O bruxismo do Renato, por vezes, irrita. O que equivale tb a aguentar o Jael na CB quando o André, e hj vimos, tb carece de ritmo.

    Fosse eu, priorizaria a Libertadores e o Brasileiro. Grêmio precisa mudar de patamar. Chega de CB. Não interessa ganhar essa porcaria enquanto o Brasileiro conceder 8 vagas pra Libertadores todo ano. É um título sem brilho.

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  2. Vinnie
    A premiação da CB alterou as prioridades, o pessoal da CBF foi muito esperto; em condições normais, nem dava para questionar o que valeria mais, se CB ou Brasileirão.
    Nós (eu e tu) concordamos, "é difícil criticar escalação de time alternativo"; o discordo quando se colocam 11 reservas ao mesmo tempo, não ganha nada e ainda se queimam.
    O que eu coloco é a constatação, ou seja,se assim será no Brasileiro, se é assim que a banda tocará, que não se iluda a torcida.
    Além da paixão, eu olho o futebol como um negócio; exemplificando, se eu contrato uma internet de 70 mb, não dá para aceitar 18 mb. Se a torcida paga um ingresso para ver o Grêmio na Arena, não pode receber um "serviço de segunda" sem ser previamente avisada.

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    1. sobrou um "o" na frase. O correto é Discordo quando se ... não ganham nada ...

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  3. Beleza. Mas o desgaste é muito grande. Grêmio vai sofrer na terça-feira, mesmo tendo poupado. No geral, poupar três ou quatro em um jogo pode não ser suficiente, de todo modo.

    Quanto a questão financeira, certamente a premiação tem impacto. Entretanto o Renato diz a quatro ventos que seu maior objetivo é fazer história. E fazer história, nesse ano, seria ganhar o Campeonato Brasileiro, no mínimo, ou vencer a quarta Libertadores.

    Por outro prisma, sabemos que mata-mata é incerto. Mesmo o melhor time pode perder tudo em uma má jornada, ou em um acaso típico do futebol. Em pontos corridos, há de se afirmar, a melhor e mais regular equipe ganha SEMPRE.

    A meu ver, o Grêmio está trocando um título certo por dois duvidosos. Seria essa a minha bronca.

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    1. Bah! Vinnie
      Estava numa confraternização e num telão passando o vídeo tape do jogo de hoje e as ideias fervilhando na cabeça para uma postagem do Domingo e eu estava justamente lembrando que se o time é o melhor do Brasil, a lógica, o racional é apostar num campeonato de pontos corridos com menos chances de uma derrapada como o mata-mata.
      A tua última frase resume tudo.

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  4. Três pontos jogados fora.
    Calendário apertado? O Botafogo com um plantel menor e sem tanta qualidade (sem menosprezo), também tem um calendário apertado. Disputou o estadual com titulares, está no Brasileirão, saiu da Copa do Brasil e ainda está na Sulamericana.
    Pra que “chororô”?
    O Grêmio é o único que chora na abundância. Tenha paciência.

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    1. Arih
      Concordo; acho que estão optando pela grana; mesmo assim, não justifica "poupar sem moderação" como externei em postagem nesta semana.

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  5. Renato, o clube, os jogadores devem ter em mente que é um privilégio de poucos “ter um calendário apertado”, aliás conquistado por eles mesmo. A torcida agradece um calendário apertado, certeza de que se está disputando tudo. Todos ficam em evidência. Valorização para os próprios jogadores. Triste era uns anos atrás quando estávamos fora até da disputa de “palitinho no buteco da esquina”. Todos perdiam dentro e fora do campo. Prejuízo pessoal e institucional. E ter calendário apertado além de outras coisas significa mais patrocinadores, mais sócios, mais vendas de ingresso, mais venda de produtos licenciados, etc … . Tudo isso se reverte em mais “prêmios” aos próprios jogadores. Portanto, ao invés de querer justificar fracassos devido ao “calendário apertado”, valorizemos o “calendário apertado” com mais empenho dentro e fora do campo, planejando melhor, repondo as carências para permanecer nesta situação. Certamente todos, todos ganharão com o “calendário apertado”, incluindo Renato que vem se firmando com um técnico de ponta e os jogadores com contratos melhores.

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    1. Arih
      Exatamente; há uma contradição entre discurso-prática-discurso.

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  6. Há cerca de um ano, o Grêmio vencia o Guarany por 4x1 na Arena, 27/4. O fato relevante da data é que Bolaños, que até estava bem, se lesionou, Luan foi para a dele e Barrios, então reserva, entrou no time. As lesões escalando o time. Maicon (e um mundo de bruxos na frente na fila) lesionado, Arthur na dele.

    (Este ano Arthur é bititular por lesão, entrou em novo desconforto de Maicon, não? Num dos mata-matas do ruralito.)

    Há um ano o Grêmio entrou no seu Summer '68, sua Primavera de Praga com:
    Grohe; Moura, Geromel, Kannemann e Cortez; Michel e Arthur; Ramiro, Luan e Pedro Rocha; Barrios.

    (Edilson entraria na lesão de Moura no 6x3 contra a Chape, nunca jogou o que Moura jogou no primeiro semestre do ano passado mas manteve o nivel geral.)

    Há um ano o Grêmio começou a jogar o melhor futebol de clubes na América nessa década (superior ao Corinthians de Tite campeão do Mundo), e me enchia os olhos como não fazia desde os times de Tite em 2001/2.

    O sonho acabou quando o grande Pedro Rocha, que joga dez vezes mais que Luan, foi vendido a troco de bananas. Desde então o Grêmio vive da ruindade dos adversários.

    Sobre o jogo de hoje? Não vi, não me interessa, o jogo do Cerro também não verei, se ganhar a LA pego os teipes completos de tudo, mas duvido que ganhe qualquer coisa: o ano acabou, não tem time para ganhar nada que tem pela frente.

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    1. Rodrigo
      Ainda há tempo de rever alguma coisa; porém, o que está norteando estas prioridades parecer ser a grana da CB, algo que o Vinnie apontou como arriscada a aposta.
      O Brasileiro seria o mais adequado, porque pode ser recuperado em eventuais derrapadas.

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    2. É o que se conversou muito no ano passado. Da mesma forma que chuvarada não resolve seca e represa sem água, mas sim chuva constante nas nascentes, o que deixa o clube num outro patamar financeiro são as receitas ordinárias, não vendas de jogadores ou prêmios. E essas receitas dependem todas de força da marca e da imponência técnica das vitórias, de prestígio: patrocínios, TV, quadro social.

      Se ruralito pagasse mais o Grêmio deveria priorizar ruralito? fizesse isso e perderia as maiores rendas por apequenamento, porque sumiria do mapa. Grana de venda de jogador e prêmios de títulos é a pancada de chuva apenas, alaga tudo, mas no dia seguinte temos céu azul e ruas secas.

      O Real seria esse gigante brilhante se ficasse escondido na Copa do Rei se esta pagasse mais e eles a priorizassem? Copa cujo título raros fora da Espanha sabem quem ganha? Os merengues empobreceriam a médio prazo, por perda de prestígio, que é o que dá grana.

      O que me incomoda no Grêmio é a falta de investimento em estrutura de quadro social, do jeito que é hoje, ser sócio é como ter vale transporte, é o "vale jogo", a recarga é a mensalidade. De 100 mil cai a 30 mil adimplentes na primeira crise. Precisa se fortalecer nesse aspecto de estrutura que dá mais dinheiro e menos oscilante. Há clubes sociais aí em Porto Alegre com uns 50 mil sócios, não? Se fossem times de futebol em crise, esses associados continuariam pagando, continuariam tendo o que fazer, mas o Grêmio não oferece nem ping-pong.

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  7. Há cerca de um ano, o Grêmio vencia o Guarany-PAR por 4x1 na Arena, 27/4. O fato relevante da data é que Bolaños, que até estava bem, se lesionou, Luan foi para a dele e Barrios, então reserva, entrou no time. As lesões escalando o time do BURRO COM SORTE. Maicon (e um mundo de bruxos na frente na fila) lesionado: Arthur, lá atrás na fila, quase emprestado, teve sua chance no time. (Este ano Arthur é bititular por lesão, entrou em novo desconforto de Maicon, não? Num dos mata-matas do ruralito, antes era só enrolação volta/não volta.)

    Há um ano o Grêmio entrou no seu Summer '68, com Grohe; Moura, Geromel, Kannemann e Cortez; Michel e Arthur; Ramiro, Luan e Pedro Rocha; Barrios. (Edilson entraria na lesão de Moura no 6x3 contra a Chape, nunca jogou o que Moura jogou no primeiro semestre do ano passado mas manteve o nivel geral.)

    Há um ano o Grêmio começou a jogar o melhor futebol de clubes na América nessa década por três meses (superior ao Corinthians de Tite campeão do Mundo em 2012), e me enchia os olhos como não fazia desde os times de Tite em 2001/2. Sem bola rifada, o dobro de chances de gol na casa do adversário, bola rápida e rasteira, movimentação mais rápida ainda, bandeira do Grêmio cravada no campo adversário. Colocar o Grêmio na retranca era para quem podia, e ninguém podia e ninguém pôs. Depois de Rocha, é para quem quer, até o inter que fede de ruim faz isso.

    O S'68 acabou quando o grande Pedro Rocha, subestimado melhor jogador do time, algo à frente de Geromel, fisicamente irregular ano passado, e Arthur, novato, Rocha que jogava tudo o que pensam que Luan joga, foi vendido a troco de bananas (por causa de Luan, o craque do jogo facilitado pelo time, escolhido como o Mickey Mouse do Grêmio). Desde que aqueles três meses do S'68 acabaram, o Grêmio vive da ruindade dos adversários.

    Sobre o jogo de hoje? Não vi, tudo que vi do Brasileirão foi o segundo tempo contra o CAP sem ser por escolha minha, os jogos do Grêmio me interessam cada vez menos. Competição desprezada me interessa tanto quanto ruralito: nada! E acho imbecis torcedores que gastam grana para ver competição desprezada e/ou varzeana, o jogo do Cerro também não verei, por outro motivo (fora o de não morar em Porto Alegre): O GRÊMIO TEM UM TIME MEDÍOCRE E FROUXO, tico-tico é o fraque num mendigo bêbado que é esse time, mas o fedor de sujeira e cachaça não me engana. Aposto em eliminação nas oitavas. Se ganhar a LA pego os teipes completos de tudo, mas duvido que terei esse trabalho, duvido que ganhe qualquer coisa mais, não tem time para ganhar nada do que tem pela frente.

    E o time de transição = time de marginalizados, em boa parte futuro do Grêmio, continua servindo como lenha de fogueira, tem o papel de perder para descansar os titulares, absurdamente escalados contra o fedido de ruim Goiás. Evolução impedida e 2019 cheira já a 2015. O BURRO COM SORTE não está nem aí, não será da conta dele, e ele é gremista para se preocupar? Duro é a direção não se preocupar com o subaproveitamento dos jovens.

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  8. O Bruxo já disse tudo, o Grêmio simplesmente não deseja jogar o Brasileirão com seriedade, mas vou deixar meu pitaco. Hoje tivemos dois problemas, ambos de responsabilidade da Direção e do Renato. Primeiro, a escalação de um time inteiramente reserva na parte defensiva (zagueiros, laterais e volantes) acabou com o time. Não tivemos posse de bola e controle do jogo, o que fragilizou nossa defesa e dificultou as ações ofensivas. O Grêmio não é um time rápido e decisivo, ele precisa controlar a posse de bola para criar chances e eventualmente marcar. Sem o controle do jogo, não consegue fazer gols, mesmo em times frágeis como o Botafogo. Segundo, o time pareceu estar sem ânimo, em nenhum momento forçou o jogo para conseguir a vitória. Parece que os jogadores entraram pensando que era um amistoso, e não os culpo, pois é assim que Direção e Renato tratam o Brasileiro.

    O desempenho individual de alguns jogadores não foi ruim: Michel deveria ser titular junto com Arthur, deixando a dupla Jaílson e Maicon na reserva, até pela combinação de características, um volante marcador e outro articulador. A dupla de zaga foi bem, mas perde muito na saída de bola sem Geromel. Madson também precisa se adaptar ao time, é veloz e tem qualidade ofensiva, mas tem dificuldades de posicionamento e passe. Marcelo Oliveira é um desastre. Luan mais uma vez jogou muito mal, está totalmente disperso. Não vi qualidades no Maicosuel e André ainda está em adaptação.

    O Renato demorou muito para mexer no segundo tempo (como de costume). Ele precisa pensar alternativas ofensivas para não ficarmos totalmente dependentes do Everton e do Luan, já não é de agora. No jogo contra o Atl. PR foi a mesma coisa, no segundo tempo o time cansou e não conseguiu jogar. Contra o Goiás o Everton nos salvou com uma jogada brilhante. Mas depois, mesmo com um a mais e contra um time sofrível, não conseguimos fazer o terceiro, que liquidaria totalmente a fatura e permitiria colocar os juniores no jogo da volta. Cicero e Maicosuel não me parecem ser boas alternativas ofensivas. Tem que testar outros jogadores e dar mais tempo para eles jogarem.

    Tony Anderson é realmente um mistério, mas suspeito que ele não é utilizado por questões contratuais. Mesmo que o Grêmio tenha preferência de compra, são outros quinhentos para efetivamente fechar o contrato com o jogador (salário e comissões, que é o que realmente decide as negociações na imensa maioria dos casos). Se ele estourar agora, vão aparecer muitos interessados e aí não interessa se ele tem valor estipulado, pois o próprio Cruzeiro e outros times poderiam oferecer salários e comissões muito mais vantajosas. Infelizmente é assim que a banda toca. Um indício claro disso foi a entrada do Pepê, agraciado com a participação no time titular por ter recentemente renovado contrato.

    Enfim, acho que o Grêmio está mais uma vez jogando o Brasileiro na lata do lixo. Um clube gigante como o Grêmio, com o time, elenco e a fase especial que está vivendo, deveria se focar inteiramente na Libertadores e no Brasileiro. O resto é troco. A premiação da Copa do Brasil é ótima, mas daqui a dez ou vinte anos vamos querer lembrar do Hexa da Copa do Brasil ou do Tri da Brasileirão e Tetra da Libertadores?

    Gabriel

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    1. Concordo, Gabriel
      Para ilustrar o teu comentário: Quando um técnico através de forte mobilização consegue arrancar resultados positivos e até improváveis, porque os jogadores "compram" a ideia do comandante; é racional e coerente pensar que o contrário pode acontecer com a mesma intensidade, ou seja, se Direção e Comissão Técnica optam por colocar reservas, a desmobilização vem como consequência.

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  9. No ano passado deu certo apostar na Libertadores, mas é arriscado pois na próxima fase já é mata-mata(e o mesmo ocorre na Copa do Brasil). E o pior é cair fora nas semifinais pois pode ser tarde para recuperar o terreno perdido no Brasileirão. Abraços e parabéns ao Bruxo Tricolor!!!

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  10. João!
    Exatamente isso; um dia desses, eu fiquei lembrando que o Tricolor poderia ter perdido a vaga na semifinal da LA; aí, a crise teria batido,afinal,seria um 2017 "na seca" depois de sentir o gostinho de uma CB-17 e um rebaixamento do Coirmão.
    Será que o raio vai cair pela segunda vez? Difícil.
    Na dúvida, eu priorizaria o Brasileirão em 18.

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