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quinta-feira, 14 de março de 2019

Opinião





Ter Atitude

O time do Grêmio é superior ao do Inter, isto não significa que seja favorito no clássico; clássicos não possuem favoritos.
Onde está a diferença que faz uma verdade quase "absoluta", qual seja, a do Grêmio estar superior ao Coirmão, ser confrontada?
Está na atitude dentro de campo.
Patrick, meio-campista do Inter, utilizando uma expressão exagerada de torcedor, "não joga nada".
Patrick é jogador de Caxias, talvez, Náutico, quem sabe América Mineiro. Não será nunca cogitado para vestir a Amarelinha do Selecionado Nacional. Depois que sair do Inter, ele vai passar por um grande decadente do futebol brasileiro, tipo Vasco ou Botafogo, mais tarde, clubes da Série B. Todos sabemos disso.
Ele olha a majestade do Gigante da Beira-Rio, visita o Museu do Inter, ouve histórias dos torcedores sobre Figueroa, Tesourinha, Falcão ... Aí, pensa: - Como é que eu estou aqui? Isto não me pertence.
Por tudo isso, Patrick joga cada partida como se fosse a última, disputa cada lance como se fosse o único prato de comida existente; então, ele vira útil, vira atleta de grande clube, jogador imprescindível.
Patrick numa mesa toma a sopa do peão com colher de pau, levando a cumbuca aos "beiços", fazendo "schlep, schlep" observado pelos seus adversários tradicionais que vestem azul, que levam à boca uma xícara de chá, tendo o cuidado de posicionar corretamente o dedo mínimo, fazendo a mesura que a etiqueta recomenda.
O sucesso recente do Tricolor teve sua superioridade técnica, tática e individual, aliada a uma imposição anímica e física. Se empatar nestes dois últimos quesitos, ele desequilibra favoravelmente os confrontos por ter, exatamente, mais técnica, tática e individualidade na maioria dos jogos.
Se Renato não conseguir recuperar a atitude, a imposição anímica, de nada importará o presidente lhe dar a mão-de-obra solicitada.
Hora do gestor de grupos, sem dúvidas.


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