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domingo, 4 de abril de 2021

Opinião




O Coração do Time 

É bom ganhar clássico. É importante, também; no entanto, ele não se esgota no apito final. Deixa lições, a maior delas é saber porque ganhou (Grêmio) e porque perdeu (Inter).

O Grêmio ganhou, porque a bola de Praxedes encontrou a presença de Brenno, da mesma forma, no detalhe do enquadramento do corpo do beque central colorado na hora do arremate, depois de fazer fila no meio de campo, isso salvou o Tricolor. E pela eficiência de Léo Chú.

As mexidas de Renato estão entre as razões da vitória, Darlan, Léo Pereira e Léo Chú, muito mais do que o ingresso de Lucas Silva e Ricardinho. Elas melhoraram o time.

Maicon, Matheus Henrique, Pinares e Alisson formaram um quarteto frágil, inconfiável, que por pouco não determinou (o quarteto) a derrota gremista. Dizer que o Tricolor "deu" o campo para o adversário para especular contra ataques é enxergar a metade do copo com água. Talvez, a sabedoria desta adoção vem da humildade de perceber a inferioridade tática e física de exercer o domínio deste importante setor.

Mesmo respeitando a história de Maicon e a aplicação do incansável Alisson, repito que esta dupla precisa sair do time. Ela serve para determinados jogos e, importante, jogos de meio de tabela de um certame de turno e returno. Nunca num afunilamento de semifinais de Copa do Brasil ou quartas de Libertadores.

Se o Tricolor está pensando em investir pesado em um ou dois nomes, este é o setor a ser agraciado com novidades. 

Não existe preço absurdo para trazer Claudinho, absurdo será apostar no passado de Maicon, na incerteza do futebol de Pinares, na instabilidade emocional e anímica de Jean Pyerre e na precocidade de Pedro Lucas. Este ainda não está pronto.

No meio de campo reside o "furo do time". O resto está no elenco.



6 comentários:

  1. Sem dúvidas que o meio é o nosso problema do time. Dos volantes hoje não temos nenhum titular absoluto. Mas também temos o problema do Renato insistir na mesma dupla, Matheus e Maicon, mesmo esta não funcionando fazem meses. Darlan anda merecendo uma chance novamente e ainda tem os recem promovidos Bobsin e F. Henrique, e o reforço polêmico Thiago Santos. Meu ponto é: O Renato precisa abrir a cabeça e esquecer do Maicon e testar outras duplas ou trios, a unica certeza é que Matheus e Maicon juntos não dá certo.
    Já no meio é "a hora" do Pinares. Eu acho que o chileno foi mal aproveitado no ano passado, quero ver ele ter uma sequência nesse começo antes de avaliar melhor seu futebol. Ainda temos a situação do JP, que tá visivelmente queimado, e o Pedro Lucas que tem muito potencial. Sobre o Claudinho o pessoal da RebBull já tinha dito ainda ano passado que o planejado é ele ir pra Europa agora em junho, dado que foi reforçado na tentiva que o Grêmio fez recentemente. Foi especulado o nome do Soteldo nos últimos dias, seria um ótimo reforço, mas seria bem caro também.
    Mas trago minha tese do comentário anterior: Não adianta trazer um meia/atacante craque e escalar ao lado dele Maicon e Matheus de volantes e Alisson na ponta. Nem o Messi resolve com Maicon trotando e dando girinho acompanhado de Alisson ao seu redor, os caras não dão opção só sabem dar toque curto e correr pra trás. A primeira mudança é tirar Maicon e Alisson do time, aposto que o Pinares daria mais reposta com outra cia ali, até o Matheus que é outro que tá devendo pode se beneficiar disso.

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  2. Concordo, Lipatin.
    E acho que se esses dois saírem, o futebol do MH melhora bastante. Na frente, lados do campo, os meninos, Chú e Pereira, vão se firmar e aí o Grêmio não precisa buscar atacantes "de lado".

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  3. Bruxo. Bom dia. Esperei um pouco a poeira baixar. Escrever logo após uma vitória em Grenal, é de deixar um tanto fora da realidade ou até mesmo, muito crítico.

    Revi o vt ontem da partida. Para poder ver aquilo que deixei de ver durante o jogo.

    O meio de campo não funcionou mais uma vez. E não acredito que Maicon seja o principal culpado disso, ou até mesmo o próprio Matheus Henrique. Pinares é o ponto chave. Ele não é meia. Não é um armador. E também não é um marcardor de meio-campo, basta ver o lance que o zagueiro colorado rasga a meia cancha. Tivemos sorte, no primeiro tempo.

    Durante a partida eu disse ao Gláucio: "cara, negócio é tirar o Alisson, puxar o Pinares pra ponta. Aí o Gláucio me disse "Deixar Maicon na de "armador" e ingressar na partida o Lucas Silva ou o Darlan. Era uma das hipóteses. Eu até havia pensado em Pedro Lucas, mas este nem no banco estava e depois cheguei a conclusão que foi bom, pois este não teria a combatividade que o clássico exige. Maicon tem a combatividade? Não tem, é notório isso. O lance do quase gol do colorado deixou isso mais do que evidente, de novo! Mas por que o Maicon? Porque parece que a piazada vê nele um tipo de escudo protetor.

    Pois bem. Depois do susto do primeiro tempo, onde levamos um belo Direito, mas que não derrubou ainda levou tempo para que Renato visse os defeitos do time. Defeitos esse que ele mesmo cria.

    E finalmente aos 35 minutos do segundo tempo, eu não me esqueci porque disse isso ao Gláucio durante a partida, saiu o furo do time. O maior dos erros. Alisson não se justifica. Revendo o vt fica mais nítido que este jogador não tem condição de ser titular. Um reserva, talvez.

    E graças a inferioridade e ao cansaço do colorado, que tivemos tempo e força suficiente para anotar o 1 a 0. Após o balão do goleiro, uma bola disputada que na sobra encontra o Leo Pereira que passa a bola para, por fim, Léo Chu finalizar com uma obra prima.

    O gol, não foi originado numa bela jogada de criação do meio campo. Enquanto não tivermos um meia de armação que seja de fato um 10, não vejo maneiras da nossa situação mudar.

    Mas, ganhar Grenal, seja por meio a zero, é o que mais conta. O resto, fica pra depois, como diria a Fernanda Takai.

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  4. Pode ser que o Alexandre Mendes faça uma "transgressão" e mude o time lá em Quito.

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  5. Ao mesmo tempo que as boas novidades animam, a repetição de velhos problemas desanima...e a entrevista de Renato é "algo"...

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    1. Glaucio, confesso que não tenho mais saco. Ontem foi a última que ouvi.

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