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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Opinião



O Primeiro Equívoco de Luiz Felipe 

Luiz Felipe encarou uma bronca imediata ao assumir o Tricolor, qual seja; pegar um time destroçado, cujo o horizonte apontava para um inexorável rebaixamento. Como desgraça pouca é bobagem; dois dias após a sua apresentação no clube, ele teve um clássico pela frente, o maior do Brasil e não podia perder. 

Montou bem o time, fez algumas alterações urgentes (Cortez e Fernando Henrique). Balançou, mas não saiu derrotado. Esquema certo para a ocasião certa.

Em seguida, nova "boca entaipada"; jogar na altitude contra a LDU, equipe vinda da Libertadores; mais uma vez, justificadamente, o time se encolheu e jogou pela chamada "uma bola". Ganhou, levando boa vantagem para a partida da volta na Arena.

Seguindo o calvário, encarou o Fluminense no Maracanã e sabiamente, não houve exposição do time, que foi agraciado por uma penalidade máxima no ocaso da contenda. 1 a 0. Estratégia correta com fuga da Lanterna do certame.

Aí, o Grêmio teve a sua primeira jornada em que o sufoco não seria seu parceiro (à principio), a partida contra a LDU, isto é, não se tratava do Real Madrid ou Bayern München, fora de casa e em desvantagem.

Foi um escândalo. Um verdadeiro fiasco, porque o apenas discreto adversário do Equador  teve em alguns momentos, 70% de posse de bola, o que seria admissível, se no restante desta parcela, o Tricolor tivesse realizado algo de produtivo que se definiria então, como uma proposta inteligente, racional e vencedora.

 Não foi o que se viu. Na verdade, se constituiu numa estratégia suicida que apenas o bafejo da sorte impediria o insucesso, visto que Gabbarini, arqueiro equatoriano, passou a noite toda assistindo a partida de um lugar privilegiado. O Grêmio foi incapaz de perceber que, na falta de outro jeito, o bom senso indicava arriscar arremates de longe, depois da falha do goleiro na bola isolada que foi em direção ao arco da LDU no tento de Diego Souza.

Antes de criticar (ou penalizar) qualquer atleta, a conta desta desclassificação é do treinador, porque a defesa ficou exposta, o meio de campo esteve frouxo e o ataque completamente inoperante. Salvou-se o goleiro e nisso, a prova inquestionável da superioridade dos visitantes.

Por se tratar de um comandante técnico vencedor, que inúmeras vezes mostrou-se um estrategista, foi um equívoco imperdoável. 

Luiz Felipe com esse erro crasso, apenas reforça que o único certame que o Tricolor tem "chances" é a sua manutenção na Série A para 2022.

Fora disso, dessa projeção, só com uma mudança de mentalidade da Comissão Técnica para os confrontos dentro da Arena, afinal, Juventus ou Barcelona não jogam o Brasileirão. 

Jogar por uma bola com um elenco que gera uma folha salarial de 15 milhões de reais/mês, é caso para estudo nos cursos superiores da área econômico-administrativa. 



11 comentários:

  1. Pois é, Bruxo. Um meio de campo frouxo. Mas quem, então, dará sustentabilidade a esta moleza que se vê jogo a jogo? Em campo, quero dizer, no meio de campo estavam dois jogadores que para o amigo são titularíssimos. Bobsin e FH. Pois bem, ambos não foram bem na partida. Raro foi o momento e único em toda a partida: o lance do gol. Aliás, tal moleza já não é coisa de 2021.

    Luiz Felipe, tem uma carreira vencedora. Mas seu último suspiro, como treinador foi em 2018. Ali, conseguiu livrar-se e limpar-se de certa forma do seu pior momento na casamata, o famoso e inesquecível 1 a 7.

    Uma pena que LF tem tudo para ser apenas um treinador do tipo casca grossa, que servirá apenas e tão somente apenas para livrar clubes grandes do rebaixamento. Pelo menos, enquanto estes mesmos clubes não derem a ele material humano competente para maiores conquistas.

    A culpa de ontem, não é somente dele. Não é mesmo. Porque o treinador, escala aquele que melhor treina. Uma pena, que no jogo quando realmente interessa, o treinamento não é colocado em prática.

    Agora uma perguntinha infame: O tal de Guedes, hein? Nem com Felipão o rapaz vira opção. Se o Felipão, com tudo aquilo que sabe não viu ou vê futebol no rapaz é sinal de que os recentes treinadores que passaram pelo clube não estavam tão enganados como muito se dizia.

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    1. O problema foi terem atrasado a "lapidação" deles. Felipão mal teve tempo de treinar o time, está trocando pneu com o carro andando...

      Alguém sabe do Darlan ?

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  2. Rodrigo
    Não esqueça que eu estou analisando este jogo apenas.
    Para mim, até que provem o contrário, são titularíssimos. Como escrevi anteriormente, são grandes jogadores que se darão bem no futebol. Se o Grêmio não souber entender isso, verá estes atletas brilharem em outros clubes.
    Viverá atrás dos Thiago Neves, Robinho, Éverton Cardoso e Thiago Santos da vida.

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    1. Sim. Claro. Vale lembrar que o Arthur, nosso último extraclasse, ainda não brilhou na Europa.


      Thiago Santos será o homem de confiança do Felipão tão logo ele retorne.

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  3. Não tenho dúvidas, assim como Ramon era o cara de confiança de Mano Menezes, Heider, de Ênio Andrade, Michel, de Abel...

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  4. Bruxo, com sinceridade, o elenco é fraco.
    Agora, como se consegue gastar 14 milhões com um elenco fraco, bom, daí só posso especular.

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  5. O problema vai muito além de um erro de estratégia no jogo, o Grêmio nos últimos dois anos contratou mais de um time de jogadores com alto salários e de todos o único a dar uma resposta boa foi Diego Souza, os demais estão encostados, na reserva ou recebendo o acerto já em outros clubes.
    Renato foi o fiador dessas contratações e sua saída muito se deu pelo fracasso de seus indicados.
    Tiago Nunes deu aquela motivada inicial e contou com a sorte de pegar adversários médios pra baixo incluindo aí o Inter de Ramirez mas quando o sarrafo subiu a realidade apareceu.
    Felipão que de bobo não tem nada já viu que com esse grupo não dá pra propor jogo nem contra o sindicato dos atletas e montou uma retranca que vai funcionar somente com uma boa dose de sorte.
    Agora não vai ter jeito, a diretoria terá que gastar para trazer no mínimo três reforços dde qualidade e tentar evitar o rebaixamento.

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  6. Carlos e PJ
    Concordo parcialmente. Onde eu concordo: que o elenco é caro, o time que joga até é barato:Chapecó ou Brenno, Vanderson, FH,Bobsin,Ferreira (antes da renovação), não são caros. Muito dinheiro jogado fora com Diogo Barbosa, Maicon, que jogou 1 partida inteira em 7 meses e no ano anterior, não chegou a 10, Churín, Pinares, Cortez, Paulo Victor e outros..
    Onde discordo: acho que é o fator principal; o Grêmio é um time mal treinado. Foi assim na fase final de Renato, com Tiago Nunes e agora, com Luiz Felipe.Este que tem chance de reverter isso, ainda.
    Basta olhar para o Fortaleza ou Bragantino, elencos inferiores e, exagerando um pouco, a LDU com as suas limitações, botou o Tricolor no bolso, ontem.
    Existe um sistema de jogo nestes times.

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  7. O "time" que o clube contratou não joga, e não joga pq são jogadores ruins ou ultrapassados a prova disso é que ninguém tem interesse nesses jogadores nem para dividir o salário e a bomba tá sobrando para Geromel, Kannemman e um monte de garotos sendo alguns limitados.

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    1. Exato!
      Nosso "campeonato" é fugir do rebaixamento e, com absoluta sinceridade, alguns dos meninos da base que são nossa esperança em outra época serviriam no máximo pra completar grupo, o que nossas contratações nem pra isso servem.

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  8. Assino embaixo, Carlos.
    Estou preparando uma postagem sobre isso.Foi transmissão de pensamento.

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