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terça-feira, 28 de março de 2023

Opinião




Três Anúncios para um Crime 


Sei que alguns poderão dizer: bruxo, todo mundo já passou por isso; nenhuma novidade! acontece toda hora. Certo, mas eu vou relatar a minha experiência deste Domingo, deste Inter versus Caxias para a mais que óbvia conclusão, lá no final do texto.

Decorriam 37 minutos, quando o primeiro susto (ou crime) quase se perpetrou: escanteio batido da esquerda, Vitão sobe, desvia com a cabeça e o goleiro Bruno e eu, tiramos com os olhos aquela que seria a bola salvadora da classificação vermelha. Segundos antes, tinha a certeza que a decisão iria para os tiros livres. Era um desejo e muita, muita esperança de secador.

Aos 47 minutos e 30 segundos, Pedro Cuiabá, igualmente, de cabeça, acertou a trave colorada, isto é, centímetros do espaço que conduziria a pelota para as redes de Keiller. Pensei: foi-se a bola do jogo, o Caxias vai lamentar a vida toda, se não ganhar nas cobranças.

Passado meio minuto, Pedro Henrique avança na raça, ingressa na área serrana e pifa o menino Estêvão. Quando ele arrematou, confesso que vi a bola dentro do arco caxiense. Ela já  estava na linha de fundo, o goleiro estirado ao chão e os atletas do Inter com as mãos nas suas cabeças e eu seguia não acreditando no gol perdido. Eu e aquele comentarista que deve ter arrancado alguns fios de cabelo, lamentando a perda da classificação no tempo regular.

Agora, a minha conclusão: Se a bola de Vitão (ou de Estêvão) tivesse entrado, qual seria o discurso e o texto da mídia gaúcha. Seria assim tão ácida como está ocorrendo? Duvido. O que vale é bola na rede; agem com a mesma visão dos torcedores.

E as ameaças dos vândalos aos familiares do presidente colorado? Triste! Isto não é futebol.

15 comentários:

  1. Bruxo,

    torcedor possui uma percepção, uma sensibilidade, que às vezes se revela espantosa.
    Segundo minuto de acréscimo, no primeiro tempo; Thauan Lara tenta um drible, na meia-esquerda do ataque colorado. Perde a bola!
    Olho para o meu irmão e sentencio: tomamos o gol de empate. Ele me olha e ri. "Acho que não!"
    Bola no pé de Jean Dias, na esquerda de ataque do Caxias; uma gingada, Baralhas vira de costas. Jean Dias cruza alto, na medida para Eron, que de cabeça coloca a bola no canto esquerdo.
    Ali, senti o cutuco que o colorado estava fora da final. É intuitivo!

    Sobre as ameaças a jogadores, dirigentes ou seja lá quem for: caso de processo. Simples! Mão dura da Justiça. Sem subterfúgios!


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    1. Olhemos para o país todo. Quando foram aplicadas punições adequadas aos clubes e pseudo torcedores?
      O colorado jogou em condições de sair vitorioso. Porém o torcedor não vê isso. Pra ele só interessa uma coisa.
      Quando o jornalismo irá fazer sua "mea culpa"?
      Arih

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    2. Tu tens razão, Arih. Esse é o "pecado" das autoridades que conduzem o esporte futebol.
      Jornalismo fazer o mea culpa? Segundo eles, são os formadores de opinião, portanto...

      Vou te relembrar um caso, que parecia que os problemas se encerrariam ali: caso Aranha.
      Quando saiu a punição, lembro-me bem, o presidente do Grêmio foi enfático ao afirmar que se o Grêmio estava sendo punido para definitivamente acabar os problemas extracampo, estava muito bom.
      É lógico que ele sabia que nada seria modificado, porque há inúmeras maneiras de tangenciar as leis. Sempre há alguma maneira de tirar a culpa de quem tem culpa.
      O que vimos, depois? Absolutamente uma regressão nas punições. Ninguém mais foi punido, duramente. Era uma cestinha básica e estava paga a pena.
      O que todos esperávamos depois dos fatos envolvendo a torcedora? Que a pena fosse ficando mais e mais pesada, contra quem comete o delito. Aquele dela e outros cometidos depois.
      Teve o caso da pedrada em Villasanti. O que ocorreu? Pois é!
      Não sei como ficou a punição imposta pela CBF, com perda de mando de campo, naqueles eventos da torcida do Grêmio contra o Cruzeiro, em 2022, na Arena.
      Continua a perda dos mandos a ser cumprida em 2023? Ou virou em multa?
      E agora, os eventos do Beira-Rio, contra o Caxias?
      Sou radical, nesse sentido: punição dura, sem jogar o Gauchão de 2024, no estádio.
      É claro que não ocorrerá nada disso.
      Certamente, os torcedores envolvidos terão que se justificar na justiça, mas...
      Vamos em frente!

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Alvi
      Falta a mão justa e pesada; mas, veja que contra o Grêmio, ela, a justiça, tem olhos de lince.

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  2. Bruxo! Lembra da tijolada no vilassanti? O presidente Barcelos atacou a imprensa....generalizou a coisa, " erro crasso".

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    1. Tem enes casos de ambos os lados e de outros não comentados onde as manchetes foram momentâneas, esquecidas, inclusive envolvendo mortes. Estou vendo o país como um todo e não só um lado conveniente.

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    2. Justamente por serem "formadores de opinião" dos que não possuem cérebro é que chegamos a casos assim.
      Nestes dias vi um "jornalista" falando de um jogador do Grêmio ao ponto de proferir palavrões. Muitos falaram alguma coisa as vezes extrapolando. O que ocorreu na semi do tricolor? Vaias. Realmente são formadores de opinião (para o bem e mais frequentemente, para o mal).

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    3. Verdade! Adiou uma partida com a massa dentro do estádio. E não lembro de pena adequada.

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    4. A torcida tem que saber filtrar. Há tempos que uma meia dúzia de jornalistas deitam e rolam, sem o menor compromisso com a veracidade dos fatos.

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    5. Saiu errado. O segundo Anônimo era para ter saído como tréplica ao Alvirubro. Ajusta aí Bruxo.
      Arih

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  3. A CBF alterou o protocolo de combate ao uso de sinalizadores nos estádios. A medida já será válida para o Brasileirão 2023.
    A arbitragem cumprirá protocolo de 3 passos. CONFIRA:

    1 - Aviso sonoro e visual no telão;
    2 - Caso continue aceso, o jogo será paralisado momentaneamente;
    3 - Caso continue, o jogo será suspenso definitivamente.

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    1. E o torcedor que transportou o sinalizador?
      E o clube que não realizou vistoria e permitiu a entrada?
      ...
      Arih

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  4. Por que já não definem as punições pela suspensão definitiva? Ah, já sei! Temos que avaliar em que situação houve a paralisação.
    Pode dar certo? É claro que não!

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