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sexta-feira, 14 de abril de 2023

Opinião




O Caminho das Pedras 


Final de semana começa mais um Brasileirão e para nós, gremistas, depois de mais de uma década, a gente ouve do treinador que ele sonha com o título e isso é inédito para boa parte da torcida. 

A palavra "sonhar" tem duas interpretações; uma representa algo intangível; outra, um objetivo a ser buscado incessantemente. De qualquer forma, ambas me autorizam a pensar que o Grêmio está correto em ir atrás do seu terceiro título no mais importante certame nacional.

Fácil não será e para isso, eu recorri ao amigo Alvirubro para ver o tamanho do trabalho que o clube gaúcho terá. De 2014 até 2022, isto é, nove edições e em apenas duas delas, o campeão chegou lá  (2017 e 2020) com menos de 80 pontos, então, o planejamento deve incluir atenção e eficiência desde a primeira rodada, não dá para arrancar como aconteceu em 2021, quando se "suicidou" nas primeiras oito rodadas, ganhando apenas quatro pontos em vinte e quatro possíveis.

Outra observação foi quanto ao número de derrotas; ele tem que ser inferior ou igual a seis, se a média for mantida. Além disso, empatar em grande quantidade é passaporte para o fim do sonho; sabe-se que, por exemplo, é mais negócio ganhar três em seis partidas, perdendo a outra metade  do que empatar cinco e ganhar a outra. Isto dá 9 pontos na primeira alternativa contra 8 da segunda.

É óbvio que tem que ter qualidade no grupo para suportar as 38 rodadas e contar com a distração dos clubes mais poderosos nos diversos caminhos que trilharão de forma concomitante com o Brasileirão.

A troca de pontos entre os principais oponentes é outro fator decisivo, assim como não desperdiçá-los com figurantes. 

O Grêmio vai contar com um fator fundamental neste ano: a sua torcida. A Arena deverá lotar em todos os compromissos do Imortal em casa. Pena essa punição que reduz o número de jogos no Humaitá.

Isso é relevante e poderá ser o ponto de desequilíbrio a favor do Tricolor.



17 comentários:

  1. Lembraste bem!
    O baixo número de derrotas é outro fator importante para brigar pelo título.
    Entre 2006 e 2022, tivemos dois campeões com oito derrotas e três campeões com nove derrotas. Porém, o desempenho para o título foi baixo, o que acarretou uma briga maior entre os disputantes.
    Já, com seis derrotas, ou menos, foram 10 campeões, sendo que a pontuação de oito dos campeões foi de 78 pontos a 84 pontos.
    É um campeonato muito difícil.
    Perder dois ou três jogos nas dez primeiras rodadas compromete quase todo o restante do certame, porque obriga o clube que quer a taça a ser quase perfeito nos 28 jogos que completam as 38 rodadas.

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    1. Isto vale, Alvirubro, também para a Zona do Rebaixamento; cachorro picado por cobra, tem medo de linguiça. Clube grande que experimentou a Série B, indo mal na arrancada, pode entrar em parafuso. Perder várias no começo do certame ...

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    2. Perfeito, Bruxo! É terrível perder jogos seguidos, ou ainda pontuar pouco.

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    3. Embora eu tenha uma tese que rebaixamento de time grande nunca é só o futebol. Há fatos internos que desmontam um vestiário. Diferente de um clube médio, que tem pouca grana para investir e normalmente a queda se dá por fatores técnicos.

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  2. Considero o "número mágico" de 23 vitórias para ter ótimas condições de brigar pelo título. Sobram 15 jogos para tentar ganhar mais um ou dois jogos e tentar perder o mínimo possível.

    O número de vitórias que deram título:
    28 Vit - 1 vez
    26 Vit - 1 vez
    24 Vit - 3 vezes
    23 Vit - 4 vezes
    22 Vit - 2 vezes
    21 Vit - 4 vezes
    20 Vit - 1 vez
    19 Vit - 1 vez

    Os segundos lugares com menos derrotas:
    Em 2011, o Vasco da Gama teve 7 derrotas, empatou 12 vezes e comprometeu a busca pelo título. Ficou 2 pontos atrás do Corinthians
    Em 2012, o Atlético-MG teve 6 derrotas, empatou 12 vezes e ficou 5 pontos atrás do Fluminense.
    Em 2022, o Internacional teve 5 derrotas, empatou 13 vezes e 8 pontos atrás do Palmeiras. Foi o clube que mais empatou em uma edição do Brasileiro 2006 a 2022.

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    1. Claro! isto é estatística, poderemos estar num ano atípico, mas é o que diz a história dos nacionais.

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    2. Certamente! Porém, se um Palmeiras começa "debulhando" os adversários logo de cara, por exemplo, fica difícil buscar depois.

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  3. Os 10 primeiros jogos do Grêmio, no Brasileiro 2023:
    Santos (C)
    Cruzeiro (F)
    Cuiabá (F)
    Bragantino (C)
    Palmeiras (F)
    Fortaleza (C)
    Internacional (C)
    Athletico-PR (F)
    São Paulo (C)
    Flamengo (F)

    (C) - Casa
    (F) - Fora

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    1. Che, sendo otimista, acho que faz uns 18 pontos....

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    2. Eu não arrisco pontuação, em especial, por essa punição de ficar fora da Arena.

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  4. Respostas
    1. Pois é! A gente olha a tabela e tenta achar uma seis ou sete vitórias certas. É muito difícil! O momento do time é que facilitará a análise.

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  5. Choque de realidade. Dos 10 jogos iniciais, 30 pontos, creio que o Grêmio não consegue a metade. Já comprometeu a briga por título. Se chegar a metade e melhorar durante a competição, briga por vaga. Simples assim. Isso sem contar os diversos fatores extra campo que interferem decisivamente. Alguém sabe me dizer "por quem os sinos dobram".

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  6. Realmente, essa arrancada vai mostrar para a massa, o que se pode esperar.

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  7. Começou o dito maior campeonato do mundo. E começou ao seu feitio: surpresas, confirmações, erros de arbitragem. O que me chamou a atenção em alguns jogos foi o vigor da disputa, lances mais fortes, que seguiram sem constrangimento. O que vale pra uns, não vale pra outros. Por quem os sinos dobram?

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  8. Vi uns pedaços do jogo do Coirmão e deu para ver que Mano vai adotar a mesma estratégia do ano passado e de boa parte de sua carreira: joga fechado explorando os contra ataques, apostando em fazer o gol antes do adversário. É arriscado, vai depender dos adversários.

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    1. Ser reativo ou proponente do jogo também é uma estratégia que depende de vários fatores. O Vasco foi proponente no primeiro tempo e reativo no segundo.

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