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sábado, 21 de outubro de 2023

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (296) - Ano - 1978 

1978 - O Brasileirão Incompreensível

Fonte: Arquivo Alvirubro

Gosto do campeonato de turno e returno, pontos corridos. Acho que é o mais justo, não lembro de algum que se diga, venceu, mas não fez a melhor campanha. E tenho motivos para acreditar nisso.

Em 1974, o Grêmio fez melhor campanha que os finalistas (Cruzeiro e Vasco da Gama). Conquistou 38 pontos em 24 jogos, campeão e vice chegaram a 40, realizando ambos, quatro partidas a mais. 

Em 1977, o Atlético Mineiro perdeu de forma invicta, o campeonato. Mais pontos, maior número de vitórias, o artilheiro do campeonato (aliás, a ausência de Reinaldo na decisão, mostrou-se decisiva para a perda), seu goleiro pegou 2 tiros livres na decisão, após a prorrogação, só que Cerezzo, Joãozinho Paulista e Márcio, todo eles, isolaram a bola por cima do travessão. E diz a lenda que Valdir Perez foi o grande herói nas cobranças. Deve ter tirado com os olhos.

Outro campeonato de difícil entendimento, a não ser pela justificativa do formulismo foi o de 1978, quando Grêmio perdeu apenas 2 partidas em fases menos importantes para Londrina e Ceará, ambas fora do Olímpico, bateu o Inter, Botafogo e São Paulo, todos em seus redutos, mas na fase decisiva, encarou o Vasco da Gama em confrontos de ida e volta, quando empatou ambos por 1 a 1 e ficou de fora das semifinais que tiveram Guarani (que foi primeiro do seu grupo) + os segundos (Inter, Palmeiras e Vasco da Gama). Santa Cruz, Bahia e Grêmio, não fizeram valer o primeiro lugar nos mata-matas.

Aqueles empates, quando passou o clube carioca, para mim, deu por encerrado o ciclo marcante de Telê Santana no Imortal, mesmo que tenha disputado o Gauchão (e perdido) no final do ano.

Desse campeonato, relembro aqui, um triunfo magnífico em 02 de Julho, diante do campeão brasileiro em pleno Morumbi.

Disputa de dois treinadores gigantes, Rubens Minelli e Telê Santana numa tarde em que retornavam ao time do Morumbi, Valdir Perez, Chicão e Zé Sérgio, o trio são-paulino que disputou a Copa da Argentina finalizada uma semana antes. O comandante técnico paulista havia assistido a Copa do Mundo, onde virou celebridade, dando diversas entrevistas sobre táticas modernas, pois Minelli havia ganho três Brasileiros consecutivos (75, 76 e 77). Já o Tricolor do Sul estava sem o lateral Eurico e o ponta esquerda Éder.

O São Paulo, franco favorito e confiante, jogou-se ao ataque, mas encontrou em Vitor Hugo, Ancheta e Vicente, um trio em estado de graça e aos 16 minutos, Tadeu, o camisa 8, lançou espetacularmente o centro avante André, que na saída do arqueiro, não vacilou. 1 a 0.

O Grêmio passou a ter o controle das ações e o adversário apenas assustou aos 19 minutos do segundo tempo, quando Milton da Cruz exigiu um milagre de Walter Corbo, que garantiu o placar. O Imortal ainda teve duas oportunidades de ampliar, novamente com André Catimba, aos 35 minutos, mais um lançamento de Tadeu Ricci, que o goleiro defendeu e aos 42, momento em que o camisa 9 gremista bateu sobre o arco são-paulino.

Ficou assim; mais uma vitória importante fora de casa e o sonho do primeiro título nacional se manteve vivo até aqueles dois empates contra o Vasco.

Volta e meia, me deparo, analisando os jogos daquela versão do campeonato de 78, tentando entender, onde foi que ele escapou. Deve haver uma razão.

Numa coincidência feliz, três anos passados (81), o centro avante era mais jovem, o placar, o mesmo 1 a 0, na casamata gremista, outro gênio, o estádio, o Morumbi. Houve o acréscimo de uma volta olímpica e festa, muita festa.

O Morumbi me traz boas lembranças.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

             Arquivo Histórico de Santa Maria

            https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%AAmio_Foot-Ball_Porto_Alegrense


6 comentários:

  1. Pegando a tua opinião como base, também gosto e sou favorável aos pontos corridos.
    Campeonato justo, porque ao longo de 38 rodadas vence o time que é mais regular.
    Apesar dos gaúchos terem alcançados 5 títulos com o formulismo, esse tipo de tabela não me traz saudade alguma.

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    1. Sim. O problema está nos clubes gaúchos, não na fórmula.
      Que se organizem para esse tipo de competição.

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  2. GRÊMIO NO CAMPEONATO BRASILEIRO - 1971 A 2023
    1.461 jogos
    628 vitórias do Grêmio
    389 empates
    444 derrotas
    1.956 gols marcados pelo Grêmio
    1.559 gols marcados pelo adversário
    531 jogos no Olímpico
    178 jogos na Arena
    037 jogos no Beira-Rio
    715 jogos em outros locais
    064 clássicos GRENAL
    544 jogos o Grêmio não sofreu gol
    396 jogos os adversários não sofreram gol
    729 jogos como MANDANTE
    732 jogos como VISITANTE
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    GRÊMIO NO CAMPEONATO BRASILEIRO - 2003 A 2023 (ERA DOS PONTOS CORRIDOS)
    727 jogos
    308 vitórias do Grêmio
    185 empates
    234 derrotas
    999 gols marcados pelo Grêmio
    815 gols marcados pelo adversário
    172 jogos no Olímpico
    178 jogos na Arena
    017 jogos no Beira-Rio
    360 jogos em outros locais
    036 clássicos GRENAL
    253 jogos o Grêmio não sofreu gol
    194 jogos os adversários não sofreram gol
    364 jogos como MANDANTE
    363 jogos como VISITANTE
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  3. GRÊMIO x SÃO PAULO - NA HISTÓRIA - JOGOS OFICIAIS E AMISTOSOS
    104 jogos
    035 vitórias do Grêmio
    030 empates
    039 derrotas
    115 gols marcados pelo Grêmio
    128 gols marcados pelo adversário
    035 jogos no Olímpico
    011 jogos na Arena
    002 jogos no Beira-Rio
    056 jogos em outros locais
    098 jogos Oficiais
    006 jogos Amistosos
    031 jogos o Grêmio não sofreu gol
    032 jogos o adversário não sofreu
    048 jogos como MANDANTE
    056 jogos como VISITANTE
    ......................................................

    GRÊMIO x SÃO PAULO - NA HISTÓRIA - JOGOS OFICIAIS (COMO VISITANTE)
    53 jogos
    09 vitórias do Grêmio
    18 empates
    26 derrotas
    46 gols marcados pelo Grêmio
    76 gols marcados pelo adversário
    12 jogos o Grêmio não sofreu gol
    21 jogos o adversário não sofreu gol
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  4. GRÊMIO NO MORUMBI (*)

    63 jogos
    15 vitórias do Grêmio
    21 empates
    27 derrotas
    60 gols marcados pelo Grêmio
    89 gols marcados pelos adversários
    50 jogos pelo Campeonato Brasileiro Série A
    04 jogos pelo Robertão
    06 jogos pela Copa do Brasil
    02 jogos pela Libertadores da América
    01 jogo pela Copa Conmebol
    14 jogos o Grêmio não sofreu gol
    24 jogos o adversário não sofreu gol

    (*) Adversários: São Paulo, Portuguesa de Desportos, Santos, Corinthians e Palmeiras

    As vitórias no Morumbi:

    07.08.1971 - 3x0 São Paulo
    29.11.1975 - 2x1 São Paulo
    02.07.1978 - 1x0 São Paulo
    03.05.1981 - 1x0 São Paulo
    21.10.1998 - 2x1 São Paulo
    23.05.2001 - 4x3 São Paulo
    10.05.2008 - 1x0 São Paulo
    12.08.2012 - 2x1 São Paulo
    29.09.2013 - 1x0 São Paulo
    11.04.1982 - 2x1 Corinthians
    28.09.1986 - 2x1 Corinthians
    08.05.1997 - 2x1 Corinthians
    27.08.2000 - 2x1 Corinthians
    17.06.2001 - 3x1 Corinthians
    21.10.2001 - 2x1 Corinthians



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  5. Olhando essas vitórias, vejo que na minha memória, algumas são fantásticas, casos de 71, primeiro jogo do Brasileirão, 75, de virada, 78, quebrou a desconfiança da partida anterior, que desclassificou o Grêmio (77, jogada no início de 78), o 4 a 3 da Copa do Brasil, Tite e a do título de 81. Ia esquecendo o 1 a 0, gol do Vargas em 2013.

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