Opinião

Vitória com o dedo da Direção 

Primeira partida no Brasileirão marcando três gols, vitória fora de casa, distanciamento momentâneo de quatro pontos do Z-4, dupla de zaga entrosada (o gol sofrido foi tão surpreendente, quanto acidental), um centro avante efetivo, um meia clássico que faz jogada de Maradona "pifando" Braithwaite, que por sua vez bateu seco no canto, deixando imóvel o bom arqueiro Walter. O dinamarquês conhece o riscado. Uma noite de gala, sem dúvidas.

O Grêmio avança na recuperação, depois do fracasso na desclassificação da Copa do Brasil e isso tem a intervenção da Direção, que deu atenção ao trabalho do Centro de Dados e de Fernando Lázaro. É cristalina a intervenção (que deveria ser obrigação) dos dirigentes nas contratações recentes (Arezo, Monsalve, Aravena, Braithwaite), eliminando (aparentemente) as indicações por "bilhetinho". Os frutos começam a ser colhidos. Até na nova inscrição para a Libertadores, isso fica claro, basta ver quem ficou de fora.

Na postagem anterior enfatizei que o elenco do Grêmio é bom, é qualificado, justificando o valor investido no grupo, a causa da campanha pífia é outra.

Braithwaite brilhou intensamente, Edenílson muito bom no primeiro tempo, mas acusou aquilo que me fez desconfiar de sua vinda: a condição física para aguentar os 90 minutos.

A defesa muito bem, mesmo com as oscilações de Fábio e Zé Guilherme e o impressionante desempenho de Natã Felipe, que ainda não cometeu falta nos quatro jogos que atuou. Lá no início do ano, eu demonstrei minha estranheza pelo seu não aproveitamento, vide Natã. 

Acho que o empresário dele não é tão esperto, porque com a demorada "lapidação" que sofreu, ele poderia ter tomado o mesmo rumo de Tetê e Cuiabano e estar noutro estágio na carreira.

Gustavo Martins passou a ser um zagueiro tranquilo, seguro. Desconfio que tem muito a ver com a companhia de Natã.

Não entendi a preferência por Caíque, que até fez uma defesa importante na etapa final, mas novamente deu um susto na torcida num lance absolutamente inofensivo, errando o domínio. Dos equívocos (Galdino, JP Galvão, Uvini e ele) é o que sobrevive e segue consagrando a máxima que diz que jogador ruim no plantel, acaba atuando.

Fico pensando nesse elenco nas mãos de Vojvoda, Luís Castro, Abel Ferreira, Ramon Diáz ou Tite, o que não estaria realizando? 

Agora é Libertadores contra um time desesperado. Espero que tenha (o clube) aprendido as lições dos confrontos diante do Corinthians.