"Me tiraram para otário"
Aos amigos do blog, informo que será uma crônica extensa, mas sugiro que leiam até o final. Não pretendo seguir lendo textos deste jornalista, o mesmo que há 3 anos escreveu que havia passado a febre de treinadores estrangeiros nos clubes brasileiros.
Nas duas últimas que li e aqui últimas, não no sentido de mais recentes, mas por se tratarem de "finito" para mim, ele se debruçou sobre o jogo de Juventude 2 x 1 Grêmio e seus desdobramentos na decisão dos tiros livres e consequente passagem do Imortal para as partidas decisivas diante do Internacional.
Na primeira crônica, ele busca a opinião abalizada e isenta de Carlos Simon no lance do gol de Gustavo Martins. Ora! Se quer realmente uma isenção total, não vai buscar numa peleia gaúcha a análise de alguém nascido em Braga, RS, portanto com infância e adolescência em nosso pago, por melhor que seja o currículo do ex-árbitro, ele tem "raiz". Deveria, por prudência, trazer a avaliação de um analista de arbitragem, cuja origem não seja o RS. Tem tantos por aí. Muitos mesmo.
E o que faz o Simon: "Jogo perigoso com contato físico". E segue - Por jogo perigoso entende-se toda a ação de um jogador que, ao tentar jogar a bola, põe em risco a integridade física de qualquer jogador (incluindo ele próprio). Verdade? Sim, verdade, mas não dá para brigar com a imagem, Mandaca sequer foi atingido. Já vimos centenas de lances idênticos e nada ser marcado, e o tento entrar para a história do jogo como "Golaço".
E se no escanteio, a bola levantada encontrasse Gustavo Martins e um adversário disputando o lance de cabeça, o gremista acertando a bola e logo, diria milésimos de segundos depois, surgindo o contato cabeça com cabeça originado pelo zagueiro Tricolor, causando o trauma; O gol seria anulado?
A indignação é pelo momento do gol, acréscimos da partida e o determinante da decisão pelos tiros livres da marca da cal. Aqui, senhores, está a dramaticidade e o objeto da discussão, além da camiseta do time por baixo a denunciar a parcialidade.
Na segunda crônica, mais um equívoco do veteraníssimo cronista, que diz que na luta do mar contra o rochedo, quem sofre é o marisco (aqui, personificado pelo Juventude). Pergunto: o marisco não se deu bem, quando se beneficiou de uma expulsão equivocada de João Lucas no confronto anterior Juventude x Grêmio?
E sábado, onde estavam mar e rochedo no momento em que Daronco não deu cartão amarelo para Abner pela entrada em Cristaldo, que, se realizada, determinaria a expulsão no início da etapa final com nova jogada passível de cartão amarelo (portanto, o segundo)? E quando Tagliari dá um pontapé em Jemerson no início da disputa que origina a expulsão do zagueiro azul?
Por fim, inverta-se a ordem dos jogos, Juventude 2 x 1 Grêmio, no Alfredo Jaconi, obviamente, jogo de ida e Grêmio 2 x 1 na Arena, resultado só mantido até o final, porque foi sonegada uma penalidade máxima de "cartilha" em Monsalve, que, se convertida, evitaria o drama das "penalidades", pela igualdade resultante dos dois confrontos.
Novamente, o marisco se daria (se deu) bem, pois resistiu até além dos 180 minutos.
Fico com a impressão de que fui muito ingênuo até este instante, por não tomar bem antes a decisão de evitar leituras tão carregadas de parcialidade de pseudo isentos.
No entanto, sempre é tempo.