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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Opinião



A Exigência menor 

Simplificando o cálculo, o Grêmio estará salvo da degola com mais três vitórias. Imagino que, com 41 pontos, os que estão neste momento no Z-4 não o alcançarão.

Do quarteto em situação dramática, o Sport está virtualmente rebaixado, pois são 14 pontos em 23 jogos (20%). O Fortaleza e Vitória são os próximos disso, e o Juventude terá que sair de um aproveitamento de 30% para 48% nos próximos compromissos, que totalizam 14 confrontos.

Além desse quadro, existem intermediários entre o Grêmio e esses quatro, que estão em situação de, ou reagem imediatamente, ou afundam nesta areia movediça. Inclusive, eu havia escrito que Fluminense e Inter poderiam ser as surpresas de quedas vertiginosas, o primeiro por elenco "curto" e estar envolvido em várias competições à época que escrevi e o segundo, cheio de "falsos diamantes" como Thiago Maia, Valencia, Borré, etc.

Flu e Inter trocaram de treinador, mas arrisco afirmar que, no caso do segundo, se ganhar apenas um ponto nos seis que disputar em casa (Corinthians e Botafogo), a tendência é de aumentar a turbulência.

Sorte do Tricolor que, com menos competições, vê o DM se reforçando cada vez mais numa hora decisiva: Riquelme, Monsalve, Villasanti, João Pedro, Balbuena, Braithwaite, Carlos Vinícius, Willian, Volpi, o que poderia inviabilizar a sua permanência na elite nacional.

domingo, 28 de setembro de 2025

Opinião



Arthur, o melhor, Amuzu, o decisivo 

Três pontos que empurram o clube para a primeira página da tabela. Eis aí o grande fato desta vitória sobre os baianos. O clube conquistou sete pontos neste mês, embora se esperasse que alcançasse pelo menos dez.

Mano, assim como ocorreu em passagem anterior, tem seus preferidos (lembram de Ramon em 2006/2007?); agora mantém Pavon e Edenílson, sendo que o primeiro no Grêmio não consegue dar uma resposta satisfatória, apesar do esforço e comprometimento; o segundo, falta-lhe "gás" para atuar onde atua; resulta que compromete o setor do meio de campo.

Outro ponto crítico é o excesso de lesões e não credito isso à preparação física, mas à condição dos contratados, idade ou longa parada, casos de Marcos Rocha, Carlos Vinícius e a fatalidade, Balbuena, João Pedro, Villasanti, Braithwaite, além de Willian, que não se sabe a extensão do trauma.

As ótimas notícias, as maiores, são o excelente futebol de Arthur, a partida satisfatória de Amuzu e Gabriel Grando e o ataque marcando gols, fato que ocorreu no clássico.

Mesmo assinalando o primeiro gol, achei fraca a atuação de André Henrique, geralmente fora do lugar, com a bola percorrendo a área sem a sua presença. A exceção, o tento inicial.

O triunfo passa também pela fragilidade do adversário. Enquanto aguentou, o Vitória teve as melhores oportunidades no primeiro tempo.

Os próximos três confrontos vão dar uma ideia do futuro para o Tricolor (Santos, Bragantino e Santos) no Brasileirão.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Opinião



A triste rotina de não vencer na Arena 

E estamos indo para o último confronto de setembro e a projeção otimista desceu ralo abaixo. Mais ainda, dos quatro jogos mais recentes em seu estádio, o Grêmio fez um único gol, com o agravante (para um clube grande) de ser de penalidade máxima: 2 pontos em 12 disputados.

A certeza que tive de que a vitória no Beira-Rio passou pela fragilidade do adversário de domingo se confirmou. Ah, o time estava desfalcado diante do Botafogo, atual campeão do Brasileiro e Libertadores, mas e o Ceará, Sport e Mirassol?

Não se justifica. A situação não ficou pior, porque Kannemann exerceu muito bem a sua condição de capitão e líder do grupo. Arriscando, acho que outro no lugar dele não teria transformado um lance discutível numa certeza de pênalti. 

Por Kannemann e Tiago Volpi passou o empate gremista, que penou com Pavón, Edenílson e André Henrique entre os 11 iniciais. O raio não caiu duas vezes no mesmo lugar e o técnico "que tem estofo" precisa entender o que é rotina e o que é exceção.

Além dos citados (Kannemann e Volpi), destaco o bom jogo de Marcos Rocha, Willian e, um pouco abaixo, Marlon. Gustavo Martins não comprometeu.

Segue o suplício. Informo aos torcedores que se acham azarados por ir ao estádio e o time não vencer, nada tem a ver com mística, destino ou com eles. É limitação que passa pela batuta do treinador.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Opinião



A desistência de Marcelo Marques 

Aí, o ponteiro chega ao fundo, está só, pode cruzar, mas recua para o lateral e a jogada não tem profundidade. Na arquibancada, o pai olha para o filho e diz: - Essa naba, só matando. Por que não cruzou? 

É uma conversa simples de torcedor para torcedor. Não há repercussão alguma. Hoje, esse papo está nas redes sociais, nos blogs, nos veículos de comunicação de torcedores identificados, isto é, com  elevada repercussão e pela monetização dos likes e dislikes, numa potencialidade explosiva, pois torcer ficou atrás do "faturar". É uma epidemia. E daí?

Daí, que há torcedores que ouvem matar, trucidar, f#der com a família de tal personagem, que levam à sério e ampliam as chances de uma tragédia a partir da irresponsabilidade, pois a irracionalidade passa a ser um detalhe, um incômodo apenas, na briga pelo números de seguidores. Além, é claro, do direcionamento da palavra, da fala, isto é, tem que repercutir "bombasticamente", independente da veracidade e da sensatez.

Domingo, após o final do clássico, "passeei" por alguns veículos e vi um conhecido comentarista que acompanhava na sua antiga emissora, hoje, num novo veículo das redes sociais, dizendo que Rochet era fraquíssimo, "um goleiro de botão" e lembrei de dois fatos

a) Este mesmo comentarista cansou de pedir o goleiro uruguaio para o Grêmio (seu time de coração), ao mesmo tempo, dizia que Daniel (acreditem!!!!), arqueiro do Inter era o segundo melhor do Brasil.

b) Menotti, treinador campeão do mundo, chamava a imprensa de Los Invictos, porque nunca erravam

Jamais li, vi ou ouvi profissional da imprensa esportiva dizer: Errei! 

Queria ver se a massa urrasse contra eles como faz com os jogadores a cada equívoco.

Para ilustrar o momento, deixo depoimento de Renato Portaluppi, após pedir demissão:

" Eu dei uma entrevista há uns dois meses e hoje estou repetindo: acabou o futebol. Acabou por causa das redes sociais. Tanto para o jogador quanto para o treinador. Hoje em dia é uma guerra de críticas. Quando ganha tem alguns elogios, quando perde ninguém é bom, todo mundo é ruim. O futebol está caminhando para um caminho que, infelizmente, todos nós, jornalistas, treinadores, jogadores e torcedores estão perdendo. O futebol está acabando. Está no finalzinho. Essa é uma opinião minha — completou." ( O Globo)

Marcelo Marques, sua desistência, nada tem a ver com apoiar a ou b, ele viu naquele breve lapso de tempo em que desistiu e retornou ao futuro pleito, como o universo futebolístico reagiu. Muitos esqueceram a compra da Arena e passaram a lhe chamar de medroso ou covarde pelo seu recuo.

Eu entendo a sua desistência, porque sempre procurei distinguir um ato de coragem de um de burrice. Algo que a maioria das pessoas já confundiu.

O futebol, eu já havia afirmado, caminha para a sua extinção. Atualmente, está parecido com um arena romana.  

Aliás, vejam como o Like e o Dislike são parecidos com o movimento fatal do polegar dos césares da Antiguidade?

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Opinião



4,5 Polegadas 

Menos de 12 centímetros (4,5 polegadas), este é o diâmetro de uma trave oficial de futebol.

 Pois, se a bola no terceiro pênalti cobrado por Alan Patrick não encontrasse a oposição deste obstáculo e se dirigisse mais uma vez para as redes gremistas no último lance, tudo o que ocorreu, do mesmo jeito que ocorreu, com os mesmos olhares e análises, levaria as conclusões já rascunhadas a uma mudança de rota sem precedentes na história dos Clássicos.

Por quê? Porque Roger permaneceria no comando vermelho. Suas mexidas seriam cantadas em verso e prosa. Mano certamente receberia críticas por ter retraído demais o time. A massa colorada estaria em êxtase pela manutenção da invencibilidade recente em clássicos e muitas teses, em especial, produzidas pelos comentaristas de resultados, seriam escritas com ares de definitivas.

Mas a cereja do bolo seria a atuação (opaca) incensada de Alan Patrick, o Rei dos Grenais, que marcaria um hat-trick, algo que não acontece há exatos 43 anos, como me lembrou o amigo Alvirubro, nos dois últimos casos, Zequinha (Grêmio-75) e Geraldão (Coirmão-82), ambas as vezes no Beira-Rio.

Tudo mudaria, só que não foi assim.

E isso é um recado para o Grêmio. Venceu bem, superou a arbitragem medíocre, mas precisa saber porque alcançou a vitória. É importante entender as causas do triunfo, que estiveram presentes em várias partes, incluindo algumas no adversário.

E pensar que o desfecho gremista feliz também ocorreu pela cobrança imperfeita do camisa 10 do time de Roger Machado.  Ali, Alan Patrick igualmente, promoveu a demissão do Pep da Padre Cacique.

domingo, 21 de setembro de 2025

Opinião



Tricolor sobrevive à arbitragem 

Mesmo com a vitória em clássico, não dá para aceitar a forma tendenciosa ou incompetente que se comportou a arbitragem (de campo e VAR) no Grenal. Um escárnio.

O Grêmio poderia ter goleado, nem tanto pelos seus méritos (e os teve), mas pelos dois primeiros pênaltis surrupiados. O primeiro, Bernabei deveria ser punido por simulação; o segundo, houve um nítido puxão de camiseta, que alterou o movimento natural do zagueiro Noriega e, mesmo sendo revisado pelo VAR, as suas marcações puniram o Tricolor, como ocorreu no confronto na Arena, uma penalidade de aula de curso em cima de Aravena (Bráulio da Silva Machado).

O Inter mostrou toda a sua atual fragilidade, tanto que demitiu o treinador, mas, por um triz, não saiu com ares de vitorioso se empatasse no derradeiro lance da partida. Aliás, um dos muitos equívocos do tradicional adversário é contratar "bondes", como ocorreu com Valencia e este Borré, que perdeu dois gols feitos, sendo o último no rebote do pênalti.

Esse parágrafo acima é para que nós, torcedores do Imortal, não nos iludamos com essa vitória, que é ótima, fantástica, mas que precisa urgentemente ser confirmada nas próximas rodadas. Um insucesso diante do Botafogo em casa vai remeter a situações semelhantes como Ceará, Sport e Mirassol.

Os méritos de Mano começam pela boa montagem do meio, embora Pavón, tecnicamente, tenha contribuído pouco. Não lhe falta dedicação, esforço, porém, contra um oponente bem estruturado, isso será insuficiente no coletivo gremista.

Os destaques foram Marcos Rocha pela exuberância do futebol (lembrando a passagem de Leonardo Moura), Noriega, Wagner Leonardo, Edenílson e Marlon. Um pouco abaixo de Marcos Rocha esteve Willian, de grande estreia e, novamente, o arqueiro Tiago Volpi, que garantiu os três pontos, especialmente depois da expulsão de Arthur.

Contra o Botafogo, Mano ficou sem os três centroavantes. Terá que apostar no garoto Jardiel ou no chileno Aravena, que vem jogando no escrete chileno como um falso 9.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Opinião



Quase definido 

Já está quase pronta a formação gremista para encarar o clássico no domingo, 21: Volpi; Marcos Rocha (João Pedro), Noriega, Wagner Leonardo e Marlon; Dodi, Cuellar, Arthur e William e aí o "quase" da questão.

Ultimamente, dois atacantes me remeteram à infância por lembrar dois brinquedos em desuso, mas muito comuns, antigamente: Kike Olivera parece um pião, que após ser acionada a corda que o envolvia girava, girava, girava e tomava destino inesperado. Uma piorra! Já Alysson parece o pebolim ou pimbolim (que conheci como Fla-Flu), pois ele arranca, batendo, dando encontrões nos adversários, deixando a bola para trás, enfim, também, causando suspense quanto ao êxito de suas arrancadas. Um deles será o escolhido para parceiro de (Carlos) Vinícius.

No entanto, menos provável, mas não descartada, existe a possibilidade de os dois jogarem, neste caso, sendo sacado o camisa 9 de ofício. Ou ainda, chance mais remota para Pavón ser escalado, sobrando dois destes três nomes (Kike, Alysson e Vinícius).

De qualquer forma, este Grenal é um dos mais indefinidos. "Nunca antes na história deste clássico", a palavra favorito foi relegada ao esquecimento.

Pelo menos, até o apito inicial do senhor Marcelo de Lima Henrique.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Opinião



A Premissa Equivocada 

Por mais de uma vez, li ou ouvi que o mau momento das equipes pode queimar os jovens e sempre eu rio desta afirmação, geralmente, buscando justificar outras ações que são mais convenientes para os comandantes técnicos.

Há casos aos montes até em situações "limites", como jovens sendo lançados em Grenais e prosseguindo em suas carreiras de forma exitosa ou não, que o passar dos jogos confirmou. Não foi por um momento de pressão que tiveram sucesso ou naufragaram, mas pelo prosseguimento de suas carreiras. Querem exemplos?

- Taffarel tinha 19 anos, quando na sua temporada inicial, já nos primeiros confrontos, ele encarou um clássico decisivo, 2 a 1 para o Tricolor. Ele falhou no primeiro gol, mas saiu de campo entre os melhores. Evitou uma goleada. O Grêmio botou faixa no final do confronto.

- Mário Fernandes estreou no Grêmio no Grenal do Centenário (2009). Esteve entre os mais destacados.

- Pedro Jr. estava com 19 anos quando calou o Beira-Rio e fez o Imortal dar volta olímpica em 2006.

- Borracha (Inter), em 1979, recebeu a chance de estrear num Grenal (1 a 1). Fez gol no fantástico Manga. Tornou-se o melhor do jogo. Se sua carreira não deslanchou, não foi por falta de futebol ou má escolha de estreia. Teve a faca e o queijo na mão para se consolidar. Outros motivos não deixaram.

- Mauro Galvão (19/12/61) jogou o seu primeiro Grenal com 17 anos em 20 de setembro de 1979. No final daquela temporada era campeão do Brasileiro.

Dito isso, uso a frase de Geraldo Vandré, 90 anos no dia 12 de setembro: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer" para justificar o meu pedido de aproveitamento imediato desta "safra" da base gremista.

domingo, 14 de setembro de 2025

Opinião



Uma e outra Coisa

"Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Pelo que observei nos textos de gremistas, ninguém embarcou nessa de aliviar o pé na pressão ao clube/time, porque o Coirmão fez um papelão maior e está pelas caronas, também. Repito: uma coisa é uma coisa...

A manutenção do treinador gremista, depois de inúmeras paradas para o time "evoluir", é um erro grande. Mano estreou na última dezena de abril, não conseguiu engatar duas partidas convincentes e a certeza de alguns e desconfiança de outros de que o elenco era fraco, essas conclusões merecem reparos, após o tempo decorrido e principalmente pelos acréscimos que o grupo recebeu. O furo é mais em cima.

Vasco, Bragantino, Mirassol, Corinthians, Fluminense, Ceará e Inter não têm elencos melhores ou comprovadamente melhores do que o Tricolor, então, a gênese do fraco desempenho (aliás, rotina da gestão Guerra) não pode estar nos jogadores. É lógico que esse "plantel" não vale o dispêndio mensal, mas aí é outra história, o salário não entra em campo, geralmente, os melhores recebem mais, no entanto, sabemos que existem muitas "esquinas" entre a "tesouraria" do clube e o destinatário final da remuneração, permitindo distorções.

O Grêmio não irá trocar o treinador, pois é semana Grenal e o espectro da derrota daquele 5 a 0 paira sobre os dois clubes, o que já se caracteriza como um equívoco brutal; no entanto, um desempenho positivo no clássico, mesmo sem vitória, poderá convencer a diretoria de que o trabalho está sendo bem feito (e será o caos).

Não esperava ver o clube remando nas rodadas finais, sofrendo pela omissão na tomada de decisões, entretanto, é o que se desenha no horizonte azul.

Errei.

sábado, 13 de setembro de 2025

Opinião



A Rotina decepcionante continua 

Quem alertou que "não era bem assim" essa sequência de jogos em casa em todo setembro, acertou. O Grêmio segue numa rotina de frustrar o torcedor, de contrariar o "agora vai", infelizmente. 

Não consegue jogar bem independentemente do tempo para se preparar (a justificativa de calendário apertado evaporou, a falta de jogadores qualificados no elenco esboroou-se, a ausência de apoio dos torcedores no estádio é passado). A massa lotou a Arena. 

Sobrou o treinador. Mano errou na escalação do meio, Dodi deslocado e Cristaldo que não joga nada há tempos saíram jogando e o Mirassol com um grupo modestíssimo com treinador competente que arrumou o time.

Nunca o Grêmio ameaçou Walter, o goleiro paulista e "Milavolpi" evitou um 0 a 3 que seria nada injusto. E antes? Ceará, Sport Recife...

Volpi e Arthur, os melhores, Noriega, Kannemann e Marlon, um pouco abaixo, e o ataque que pode e deve ser criticado, mas desconfio que o problema não é de nomes, mas da mecânica do time.

Paro por aqui, amanhã, com a adrenalina no lugar, retomo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Opinião



Escalada 

Alguns treinadores (Luxemburgo, Roger e Mano) já explicaram que, em um campeonato de longa duração, eles projetam o certame em "blocos", isto é, consideram parcelas das rodadas para traçarem objetivos. Pois bem, imagino que este mês em que o Tricolor não sairá de sua cidade natal, ele poderá ser considerado como um objetivo bem delineado para essa espécie de recomeço que o calendário permite, ainda mais, com os acréscimos da janela do mercado.

E o primeiro passo é vencer o Mirassol para convencer todos de que o time (e elenco) evoluiu, ainda que não possa contar com Balbuena, lesionado, Marcos Rocha e Carlos Vinícius, preservados. Também, com a reestreia de Arthur, ou seja, sempre uma incógnita. De qualquer forma, os três pontos são obrigatórios para confirmar que o resultado positivo diante do Flamengo foi o degrau inicial para a escalada rumo a ambições maiores.

Por fim, discordo daqueles que entendem que a formação do Grêmio de 2026 começou agora. Não, Balbuena, Marcos Rocha, Carlos Vinícius, William e até Arthur são contratações emergenciais. Formam a ponte para a passagem sem sustos de uma permanência na Série A no ano vindouro. Alguém poderá dizer que eles foram pensados sim pela extensão do contrato, mas convenhamos, quem em sua sanidade mental ajustada faria um acerto de apenas cinco meses?

Parte deles poderá se manter além de 2026, mas terá que mostrar muito nestes próximos meses para convencer que uma ideia de solução duradoura em nível de titularidade é fato.

Se tiver que apostar, arrisco em Balbuena e talvez Arthur.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Opinião



Setembro Azul 

Li ontem em ZH que o Tricolor fará em setembro todos os seus jogos em Porto Alegre: Mirassol, o Clássico, Botafogo e Vitória. Se não é inédito, é quase isso, ou seja, passar um mês de Brasileirão apenas competindo na capital dos gaúchos.

Além disso, houve a parada de mais de uma semana para ajustar o time, que está acrescido de atletas, que em tese virão para brigar por titularidade, exceção a Enzo, que imagino veio para compor o grupo nestes primeiros meses.

Diante disso, não tem como não exigir um salto na tabela do campeonato e engrenar, já que as dificuldades alegadas (calendário apertado, elenco insuficiente, longas viagens, incerteza nos rumos administrativos do clube) ficaram para trás.

Hora de confirmar.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Opinião



Sutis Diferenças 

Nas notícias mais recentes do Tricolor aparecem algumas que são saudáveis e coincidentes com o anseio da maioria da torcida gremista, quais sejam, a avaliação, cobrança e tomada de decisões da direção, quanto às chefias intermediárias como ocorreu com o CEO, que foi liberado após uma confusão que envolveu ações com patrocinadores sem um desfecho satisfatório para o clube.

Outra interessante, os contratos de veteranos jogadores não têm vigência superior a 18 meses, assim fica bom para todos, ou seja, atleta que aceitasse 6 meses provocaria na massa torcedora a impressão de descomprometimento e aqueles contratos longos de 3 anos ou mais para um profissional acima dos 34 anos de idade, representariam uma fragilidade imensa para a instituição, pois essa duração só é compreendida pela "gordura" embutida no salário no caso (quase certeiro) de rescisão.

Se essas medidas estão vinculadas à futura gestão, não sei, mas se for apenas da atual, dá para afirmar que a lucidez retornou aos "cabeças" do Imortal.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Opinião



Planejado ou Aleatório? 

Arthur, Marcos Rocha, Balbuena, Vinícius e William dão ao Tricolor a "casca" que alguns dirigentes e, com certeza, a Comissão detectaram como sendo um dos principais problemas do elenco azul neste 2025. Caso afirmativo, então, ok. 

No entanto, embora não excludente, pode estar por trás destas contratações (e em primeiro plano) a disponibilidade destes jogadores. Aí, nestes casos, antes de planejar, houve o inesperado. Ou seja, os mandantes do clube e os do futebol gremista miraram por este viés, o de estar mais "à mão".

São contratações diferentes de Enzo, uma boa aposta, e Noriega, uma certeza de acréscimo técnico, anímico e de futura grande venda. 

A de Marcos Rocha lembra muito a de Leonardo Moura, este, atleta de excepcional técnica, suas performances deixavam a pergunta do porquê não ser mais assíduo na Seleção, porém, sua condição física fez com que o treinador optasse por Edílson, bem menos jogador, mas que deu resposta imediata e contínua ao time vencedor da metade dos anos 10 do novo milênio. João Pedro pode ser o "Edílson" deste ano.

Arthur não é um veterano, tem 29 anos e, pelo que presumo, não tem a índole de Douglas Costa, por exemplo. Resta saber se se livrou das lesões.

Willian é a maior interrogação. Sua volta ao Corinthians Paulista, seu clube de formação, não deixou boas lembranças por lá.

Como estas contratações têm vínculo curto, me parece que elas vêm para evitar o impedimento (por eventual rebaixamento) do grande projeto da nova gestão. Se for isso, estão justificadas, mas fica a impressão do "será que foi só isso" ou o acaso se fardou mais uma vez.