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domingo, 13 de outubro de 2013

Opinião





A Palavra do Presidente

                                    Eu ia ignorar olimpicamente esta última manifestação do presidente Koff rebatendo Luxemburgo, mas como fui um defensor da renovação de contrato na virada do ano, resolvi não deixar de postar algo.
                         A não renovação de contrato de Luxa era naquele momento um contra-senso, porque fez uma excelente campanha, ficando atrás de um Flu que ganhou com excepcional percentual de aproveitamento e disputou "pau a pau" com o Atlético Mineiro, futuro campeão da LA, o vice-campeonato até a última rodada e todo o bom planejamento não sugere ruptura num trabalho que mereceu apenas pequenos reparos. Isso é da biografia do Koff.
                                        As críticas que se faziam eram muito mais ligadas a personalidade e ao histórico recente do treinador do que ao seu  trabalho à frente do Imortal no Brasileirão.
                                       O fato de não ir para cima no último Grenal com 11 contra 9, qualquer pessoa atilada sabe, nem precisa ser cientista social, que aquela partida era especial, porque acreditava-se que era a última do Olímpico e havia o espectro do primeiro Grenal, ali disputado em 1954 pairando sobre a multidão e jogadores. O fator emocional determinou aquele comportamento. Não perder o último clássico era a palavra de ordem. Do presidente anterior ao mais humilde torcedor. Imagina perder num lance fortuito com superioridade numérica em campo. Seria pior que o Mazembaço.
                                O presidente faz muito bem em rebater publicamente o treinador, porque ele representa a instituição, mas ao usar o argumento de demissão por incompetência, me parece mais uma saída encontrada para não deixar sem resposta os jornalistas, principalmente, porque Luxa foi demitido no final do recesso da Copa das Confederações e não no início deste intervalo como recomendaria a reflexão e bom senso. Luxa saiu por desafiar a autoridade do presidente. Ali, naquele momento, Koff ficou embretado e tomou a decisão. Se fosse apenas pelos resultados de campo e falta de títulos, teria sido "apeado" do cargo bem antes.
                                   Essa rusga mais parece uma daquelas de final de sociedade, profissional ou afetiva, onde as partes saem tiroteando, depois de fazerem juras de amor. O tempo se encarregará de esfriar os ânimos e a verdade emergirá.
                                   Por hora, a versão oficial a ser aceita será essa, embora a equação deste episódio seja  2+2 = 5, como um dia o Caetano já cantara. Não fecha.
                                        

3 comentários:

  1. Depois das palavras do Luxemburgo era a reação esperada. É como perguntar pro condenado o que achou do processo - não dá outra. O que não fecha na equação é crer que o Koff foi "coagido" a contratar o Luxemburgo e o mesmo teria ido contra suas convicções. Outra ainda é a história do tal dociê contra o treinador, quer dizer então que Luxa fazia maracutais, o velho sabia e era conivente? É um tanto maquiavélico e despudorado, não parece ser do feitio do presidente. Enfim, o Luxemburgo teve o que pediu.

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  2. Dados sobre o desempenho tricolor, interessante:
    http://gremioheroico.blogspot.com.br/2013/10/raio-x-do-ataque-tricolor-em-2013.html

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    1. Muito bom. PJ!
      Veja que o Barcos está bem; mas eu acho que se o Tricolor tiver jogadas mais fortes com os alas e especialmente com um meia agudo, o Pirata irá crescer.

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