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segunda-feira, 14 de junho de 2021

Opinião

 




Meio de Campo – Mais do Mesmo 

Tem sido assim nos últimos anos, o nó do time é o setor mais importante (em tese): o meio de campo.

Gosto da formação de dois centro-médios com características diferentes, mas volantes de origem: Caçapava e Falcão (Inter), Carlos Alberto Pintinho e Kléber (Fluminense), Liminha e Zanata (Flamengo), Wilson Piazza e Zé Carlos (Cruzeiro), Jaílson e Arthur (Grêmio), Dinho e Goiano (Grêmio). Sempre acompanhados de pelo menos, um articulador, seja o tradicional “10”, seja o ponta-de-lança que chega à frente, fazendo o elo com o ataque.

O Tricolor vive um momento espetacular na sua formação de jovens; dois em especial: Fernando Henrique, um 5  mais “tradicional” e Victor Bobsin, 5 de formação, mas pela capacidade física e técnica apurada pode (e deve) ser aproveitado como o segundo de marcação.

Minha opinião: Assim como entendo que o Grêmio perde tempo discutindo se é Cortez ou Diogo Barbosa, o titular da lateral esquerda, sem dar chances a outros jogadores; vacila igualmente nestas dúvidas no meio: Thiago Santos ou Fernando Henrique, Lucas Silva, Maicon ou Victor Bobsin? Dúvida que não tenho. Para mim, o meio começa por esses meninos, ficando questionamentos para as outras posições, Matheus Henrique, Darlan, Pedro Lucas, Jean Pyerre, Pinares ou alguém buscado no mercado. Nunca fazer esses meninos (FH e Bobsin) disputarem um único lugar no meio, preferindo jogadores limitados, o que, além de diminuir a qualidade do time, desanima o jovem preterido.

Outra medida urgente é abrir mão de Maicon, Lucas Silva e Alisson para o treinador não   ficar tentado a escalá-los. Vida que segue; foi bom enquanto durou!

Do jeito como está, com esse pensamento vigente; dá para cogitar que, se Casemiro (ex-São Paulo, atual Real Madrid) estivesse no Grêmio hoje, talvez com seus 19 anos, estaria na fila atrás de algum cascudo meia-boca “que dá estabilidade ao setor”.

Lamentável será a Comissão Técnica (e Direção) manter essa situação esdrúxula de não escolher os melhores de cada posição, alicerçada em justificativas frágeis e, principalmente, danosas ao time e por consequência, ao clube.

No momento em que escrevo, ouço na Guaíba os interesses de Arsenal (Vanderson), Borussia Dortmund (Ferreira) e Inter de Milão (Ricardinho).

 Os caras não são bobos.

32 comentários:

  1. Concordo. Poucos momentos se viu uma quantidade aliada a qualidade de revelações da base. Mas isso não quer dizer que todos se encaixarão feito uma luva na equipe. As propostas de cada treinador aliado ao modo de jogar de cada adversário nem sempre levará um garoto (ou mais experiente) às soluções necessárias para a vitória. Vejamos. Everton Cebolinha chegou a ser a solução. Carregou o time em vários jogos. Hoje no Benfica demonstra a mesma qualidade sem ser decisivo como era. Wallace se encaixou e jogou muito bem. Depois que saiu, não é bem assim. Arthur, o mais badalado. Depois que saiu vive num dilema de adaptações. Luan fez o que fez no Grêmio e hoje no Corinthians, apagado. Deixei Luan por último propositadamente para traçar um paralelo com Jean Pyerre. Ou se joga em função de Jean Pyerre, num esquema apropriado para extrair o que ele tem de melhor, ou abandona-se de vez. No futebol moderno há pouca possibilidade de se jogar em funchão de um jogador. Todos devem ser participativos tanto no auxilio à defesa como na transição das jogadas e criação no terço final. Ele não é participativo quando defende e somente é muito bom quando o adversário permite. Ou muda-se o esquema em função dele ou ele será mais feliz em algum outro clube. Não tenho esperanças de que ele seja o meia que precisamos. E pelo que vi no post anterior e motivo deste, o meia é algo de urgente. Como falamos, não pode ser o armador tradicional feito o recente Douglas. O meia armador é articulador, participativo, finalizador, construtor, superior tecnicamente e fisicamente. Difícil de encontrar, acredito, mas o Grêmio deverá remover o planeta bola atrás desse cara e pagar o que for (só não pode ser um novo Kiesse, lembra Bruxo?). Se o clube achou um Geromel, tem condições de achar um meia extra classe que se encaixa (e já perdeu uma ótima oportunidade com Nacho Fernandez).

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    1. E enquanto não encontrar este meia difícil de encontrar? Quem joga?

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    2. Concordo, Arih!
      Muitas vezes, o cara certo está "escondido" num time mediano. Imagina se o Grêmio pegasse o Claudinho no Bragantino, antes dele estourar.
      Mas acho que está faltando coragem ou é acomodação mesmo do Tiago Nunes, que pode se tornar um novo Roger, que vai enchendo os bolsos de grana com pouco ou nenhum título relevante.

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    3. Glaucio
      Basta colocar esta dupla de guris e dar sequência; algo que o Roth fez com Rafael Carioca e William Magrão.

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    4. Arih, é meio que uma crise do camisa 10 em termos mundiais. Já não existe mais esse 10 mais paradão, que não corre e não marca, com o time jogando em sua função. Hoje o camisa 10 tem que se movimentar, marcar o adversário e se apresentar pro jogo. Tanto que vários "10" acabam virando volantes ou sendo adiantados pra jogarem com um segundo atacante, outros definham com o tempo como o Ganso aqui e o Ozil e James Rodriguez lá na Europa que viraram sombras do que já foram. É esse o "dilema" do JP, ele tem qualidade mas não encaixa no time, lhe falta movimentação, intensidade e velocidade.

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    5. Bruxo, Roth "perdeu" Eduardo Costa no meio de 2008. E aquele time tinha o Tcheco à frente dos volantes e jogava num 3-5-2, de forma que podia abrir mão de um volante mais fixo.

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    6. "e somente é muito bom quando o adversário permite".

      Bem isso aí. Porque em todos os jogos onde o adversário forçou a marcação sobre ele, ou ainda, induzindo ele ao erro ele não conseguiu jogar. Tão pouco se desvencilhar dos marcadores.

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  2. Bruxo, pra abrir mão de Tiago Santos, hoje, tem que mudar o esquema, pois os pontas não tem a combatividade necessária para fazer aquela marcação pressão que quebrava a saída de bola adversária, facilitando a vida dos centro-médios, como tu diz.

    O problema contra o CAP foi o posicionamento dele e Matheus Henrique quase em linha.

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    1. Glaucio, eu vejo meio por aí também. Acho que o Tiago Nunes tem errado nas escolhas, porque ele não testa o Bobsin ou o F. Henrique ao lado do T. Santos? Assim poderia usar Matheus Henrique ou Darlan ali na frente dos volantes. O Matheus Henrique pode ser esse "falso 10" que nos falta, acho que ele jogando mais solto e sem tanta função defensiva pode render bem mais. O Darlan teve atuações interessantes jogando assim também.

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    2. É o que penso, se pra titular o JP não serve (não vou entrar nessa discussão mais), hoje a alternativa é esta.

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    3. O JP é um dilema. Acho que ele ainda pode acontecer, porque talento ele tem. Mas vai ter que melhorar sua movimentação e ser mais ligado em campo. Outra coisa é que ele jogou com T. Santos e Lucas Silva ali nas ultimas oportunidades, o que não ajuda ninguém. Vamos ver o que vai acontecer com ele no decorrer dessa temporada.

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    4. Acredito que o Darlan participa mais ofensivamente do que o próprio MH. Nos últimos jogos dele, o que mais se via, eram as suas tentativas de fazer a ligação entre o meio e os atacantes. Geralmente eram muito parecidas. Rasgando o meio da defesa adversária.

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    5. Concordo, embora um seja canhoto e o outro não, a briga por vaga é entre Darlan e MH.

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    6. Mas logo ali na frente iremos discordar, pois Bobsin ou FH por exemplo, não lembram muito o futebol do Jaison. Jailson era muito mais destruidor do que qualquer outra coisa. No começo, até acreditei que o FH fosse um 5. Depois do último jogo dele, vi que não. E do mesmo modo como o Bobsin, parece mais um segundo volante.

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    7. O FH sempre vi na primeira função; o problema é o esteriótipo, tem que ser pesadão e saber "chegar junto" para ser 5.

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    8. Num cenário onde o 50 jogue com o 45, qual deles fará o "serviço sujo", Bruxo? Nenhum fará. Ah, mas não é preciso. Porém, vejamos:

      Em 2016, Wallace era o responsável pela "limpeza". Em 2017 Michel e depois Jailson. E foi devido a esse serviço sujo que era feito que o futebol do Arthur apareceu. Todos já não estão mais aí. Desde então, estamos perdidos. Nos reencontramos agora com o TS. Uma pena que ele não é um Wallace. Talvez, um Jaison pouco piorado. Acontece que dos 4 que temos hoje, nenhum deles lembra os mais "antigos" responsáveis pela limpeza.

      Sim, eu também o vi como primeiro. Mas o jogo do Santa Cruz, provou que ele joga muito mais de "8" vou assim dizer.

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    9. Aí é que está, não há necessidade especificamente de um fazer esta função, pelo menos, deste jeito. É preciso inovar, Diego Ribas faz esta função.

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    10. E com Thiago Santos, o time vem tomando uma avalanche de gols. Não está fazendo bem a sua função de cão de guarda.

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    11. No Flamengo, é o Arão. Apesar de que agora, está se aventurando na zaga.

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    12. Há uns 10 meses que Arão virou zagueiro, além disso, é um volante que tem boa técnica.

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    13. Mas o Gerson dá um banho nos atuais do Grêmio. (esperança é Fernando Henrique e Bobsin mostrarem que estou errado)

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    14. Bruxo, sobre a avalanche de gols...muitos de bola parada...

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  3. Glaucio
    A verdade é que não está funcionando, o time vaza muito com ele; uma hora o problema é Lucas Silva, noutra, o Matheusinho, daqui a pouco será a dupla de zaga.

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    1. Contra e inter a CAP, as chances de gol deles foram em bolas nas costas do lateral esquerdo.

      Mas também não acharia nenhum absurdo ele testar Fernando Henrique ali, só acho que volantes em linha não dá, toda hora tem um meia adversário livre entre eles e a zaga.

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    2. Bobsin e FH não vão jogar em linha,assim como Dinho e Goiano não jogavam.

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  4. Desde 2017 temos sofrido pra encontrar o meio ideal. Eu sempre defendo a base e também sou da tese que tem que serem dadas mais chances a F. Henrique e Bobsin. Eles vão ser uma solução mágica? Talvez não sejam e venham a deixar o clube, mas precisamos vê-los jogar pra descobrir. E o problema é que salvo os jogos de escalação "alternativa" nós não os vemos jogar. E dado que nosso meio não vem bem, porque não testá-los? Espero que isso seja revisto internamente, nunca saberemos se eles serão a solução se eles não jogarem.
    Mais na frente como o armador temos dois dilemas: Jean Pyerre e Pinares. O JP tem talento mas não engrena, enquanto ele não mudar e ser mais intenso em campo as coisas tendem a não mudar pra ele. Piñares até agora só joga mesmo pela seleção chilena, aqui no Grêmio nada ainda. Matheus Henrique e Darlan podem jogar nessa função também com uma dupla de volantes formada por T. Santos/Bobsin/F. Henrique. Talvez possam ir ao mercado também, mas antes tem que mandar gente embora.
    O que sabemos que não funciona é jogar com Lucas Silva e apostar em Maicon. E pleno acordo com isso: "Outra medida urgente é abrir mão de Maicon, Lucas Silva e Alisson para o treinador não ficar tentado a escalá-los. Vida que segue; foi bom enquanto durou!". Tem que despachar esse trio do clube, porque infelizmente é isso: Enquanto estiverem aqui vão jogar e tomar espaço de quem pode mostrar algo novo. É hora da direção intervir. Ainda nesse bolo entram PV, V. Ferraz e Everton. Churin e Pinares que fiquem de olho também. O Grêmio não pode ter seis jogadores caros e semi encostados sendo prejudicais a evolução do time. Essa limpa já devia ter sido feita lá em Fevereiro ainda.

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  5. Perfeito, Lipatin.
    Só se vê essa dupla em jogos alternativos. Quem dêem uma sequência com Geromel e Kannemann, com Ferreira e Diego Souza.

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    1. Guilherme Guedes é o mesmo caso.

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    2. Esse é outro que tem que ganhar chances mesmo. Estendo pros goleiros também, Adriel e Chapecó, apostar em PV como "reserva oficial" do Brenno é pedir pra ver os frangos acontecerem.

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  6. A notícia da noite é que Fernando Henrique foi "rebaixado" pra treinar com a transição, junto com Guilherme Guedes.

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  7. Glaucio
    Só podem ter problemas extra-campo ou ação de empresários, não tem outra explicação.

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