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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Opinião




Rodízio no Gol? Sem problemas 

Talvez seja a falta de assunto, mas em mais de um programa esportivo de rádio, o tema que envolve o rodízio entre Gabriel e Brenno no arco foi predominante. Quase que de forma unânime, desaprovando, justificando com a instabilidade emocional que isso geraria nos jovens arqueiros.

Acho que esse argumento é frágil, porque são dois goleiros com passagens em selecionados brasileiros, também, pelo fato de haver jogos quase todos os dias, então, o que sobrar no banco numa determinada partida, não ficará mais do que 3 ou 4 dias aguardando a chance de atuar, isso, com o mesmo quarteto defensivo. Aliás, desconfio que essa prática não será para definir um titular e outro reserva. Jogarão, isso é importante.

Embora seja peculiar essa medida, lembro que existem exemplos muito bem sucedidos em revezamentos de grandes goleiros como Castilho e Veludo no Fluminense nos anos 50, ambos foram convocados para a Copa do Mundo na Suíça em 1954; Alberto e Arlindo na década de 60 no próprio Grêmio, sem prejuízos para os envolvidos e na memorável quebra de tabu que já durava 23 anos sem títulos pelo Corinthians Paulista, quando Jairo e Tobias atuaram em rodízio na conquista do campeonato paulista de 1977.

Sinceramente, a imprensa está com falta de assunto e a gente embarca nessa, também.

Resumindo: temos dois ótimos goleiros que jogarão de 7 em 7 dias, sem problemas, se o técnico for sensato e inteligente.

5 comentários:

  1. Muito embora o rodízio seja algo importante para que todos os atletas mantenham o ritmo de jogo, ao mesmo tempo, acredito que não seja tão benéfico assim, Bruxo. Porque a meu ver sempre na primeira possível falha de algum deles, o "reserva de luxo" volta mediante uma enxurrada de críticas ao então titular. Dali a pouco, sob uma nova possível falha deste reserva, o que era o primeiro volta nas mesmas condições, ou ainda um terceiro ou quarto goleiro.

    Acho que a melhor maneira de manter um alto nível é tendo uma disputa sempre acirrada pela titularidade absoluta. Deixar claro quem será o titular. Dessa forma, este sempre se manterá atento porque sabe que no banco tem uma "sombra" a sua altura trabalhando forte, focado nos treinamentos visando sempre a nº 1.

    Um exemplo disso é o Grohe. Viu vários goleiros tomarem a sua frente, nomes de casca como já foi discutido por aqui, e nunca fraquejou. E quando chegou a sua vez ninguém mais o desbancou e ele saiu daqui como um ídolo. E sim, garanto que deixou saudades em muitos.

    Brenno e Chapecó tiveram enormes/ótimas oportunidades ano passado, e mesmo sendo bons goleiros nenhum deles é unanimidade entre os torcedores. Uns querem Brenno, outros o Chapecó. Mas não há ainda um consenso de qual é o dono da 1. Porque teve todo o episódio do rebaixamento, o choro do Brenno entre outras coisas mais. Que este ano ambos segurem o rojão que os aguarda, e mesmo que segurem, podem acabar como acabou o Galatto.

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  2. Rodrigo
    A exploração do choro do Brenno é algo mais do que oportunista na im prensa. Infelizmente, segue rendendo.

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    1. Sim. Mas tem gremista que corneteia o choro do pia. Isso que é o pior.

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  3. É ruim, Rodrigo, mas aí tem a justificativa da passionalidade, mas os profissionais...

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    1. Profissionais? Haha. Aí que mora o perigo.

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