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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Opinião




Um Passeio no Parque 

Assisti os jogos da Dupla ontem e o que vi foi assustador pela distância entre os gaúchos e boa parte das equipes brasileiras. Mano e Renato perderam o controle sobre o grupo de jogadores, isto é, na capacidade de extrair dele, o melhor.

No caso que mais nos interessa, o divisor de águas gremista ocorreu no episódio Adriel, ali, o time começou a tomar gols em doses elevadas, culminando com essa goleada vexatória no resultado e no desempenho.

Se não fosse o goleiro gremista, o placar seria histórico, seria mais do que 6, porque, ingenuamente (uma palavra amena), Renato empilhou zagueiros e imaginou que estaria controlada a bola aérea palmeirense; não, lógico, que não, porque a origem, os cruzamentos, não foram evitados, também, porque Bruno Uvini é fraco.

O meio congestionado era uma ideia boa, não tinha ninguém "quebrador de bola", porém, a maioria de pouca intensidade, Villasanti voltando mais Carballo, Vina e Cristaldo, a exceção, mais uma vez seria Bitello, são lentos e não tiveram o controle da bola. Em um dado momento, a posse da bola estava 73 a 27 por % a favor dos donos da casa.

O gol gremista aconteceu de forma fortuita, tanto que não se repetiram lances de ataque. Para culminar, a entrada de Galdino piorou o time que abriu a "porteira".

A prova de que o Grêmio é um time mal treinado está nos resultados conquistados no sufoco em Cuiabá (o Galo goleou), a derrota para o Cruzeiro (perdeu em casa para o Flu), empate preocupante em casa (Bragantino que não consegue ganhar de ninguém) e este vareio da noite desta Quarta.

Tenho comigo que quando um clube grande tem muitos jogadores jogando mal, o problema está fora das 4 linhas.

13 comentários:

  1. Bruxo,

    gostaria muito de saber os motivos que levam os jogadores que chegam em Porto Alegre, para jogar na Dupla Grenal, a perder tanto condicionamento físico.
    Chegam "na ponta dos cascos" e a intensidade vai sumindo, sumindo, sumindo...
    É nítido, para quem olha um jogo, que a diferença entre a grande maioria dos times brasileiros e a Dupla é a intensidade dentro do campo.
    Não há goleiro, defesa, meio-campo ou ataque que resista a essa diferença abismal de condicionamento físico. Não há!
    O que temos visto desde que o Brasileiro começou, descontado um ou outro jogo, é uma avalanche.
    E a presença de tantos atletas nos Departamentos Médicos é justamente a equação "falta de condicionamento x intensidade exigida".
    A grosso modo, quem não está preparado, quando exigido, tem a lesão. Enfim, vamos tocar em frente, assistindo a falência dos dois grandes gaúchos.
    E se por um acaso um título aleatório sobrar para este Estado do Sul do Brasil, não se preocupe que a "corneta" e a "letrinha" vai pegar e os problemas vão para baixo do tapete.
    Não é possível que dois bons elencos, com alguns jogadores que muitos clubes gostariam de ter, não apresentem um futebol condizente.
    Falta algo nessa história toda. E não é qualidade técnica de jogadores.

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    1. Alvirubro, perfeito. Nem vou acrescentar, apenas reforçar: intensidade. O penúltimo paragrafo é exatamente o que penso.
      Arih

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  2. Meu caro, hoje nosso futebol gaúcho virou refugo para jogadores em fim de carreira ou, no máximo, algumas "promessas". Não se revelam mais jogadores nesse solo gaúcho, porque não são formados elencos para encaixar algum bom jovem que cresça junto com o time.
    Somando-se a isso, veja os treinadores. Um recorre a Mano e outro a Renato, ambos apegados em um passado distante e acabando com a perspectiva de futuro dos torcedores mais otimistas.
    Do nosso lado, problemas que deveriam ser resolvidos internamente, são jogados no ventilador pelo próprio comandante, que poucas semanas atrás, soltava nos mesmos microfones que o Grêmio estava pronto e não devia nada a nenhuma outra equipe, iludido pela conquista do estadual.
    A solução da direção para recolocar o trem nos trilhos, em breve, será trocar Renato por algum outro treinador que já ganhou algo num passado distante, sem pensar em um critério técnico. Por fim, na janela de meio de ano, aparecem mais uns 2 ou 3 refugos contratados no desespero do momento.
    Nossa direção precisa pegar a condução dessa instituição enorme que é o Grêmio. É essa direção quem tem que vir na imprensa esclarecer os problemas, administrar conflitos, dar satisfação a quem sustenta esse time: o torcedor! Essa mesma direção é que de deveria ter vindo na coletiva de imprensa de ontem para se desculpar pelo vexame. E pra finalizar, essa mesma direção deveria ser a primeira a chegar no CT pra cobrar treinador e elenco, acompanhar se o time está sendo bem treinado, tudo internamente, como deveria ser. Mas no meio do caos tricolor, logo mais teremos mais reclamações tortas via imprensa.
    Saudações.

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    1. Tua opinião é bastante interessante e os temas levantados estão inseridos no que penso e visualizo.
      Abraço!

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  3. Muitas vezes assisti jogos ruins do Grêmio aquelas partidas pra esquecer, mas o que assisti na noite de ontem foge da realidade. O Palmeiras parecia estar jogando contra um time de crianças tamanha a diferença técnica, tática e física. Não sei se em algum momento o Grêmio consegui manter a posse de bola por mais de 20 segundos e se o placar tivesse chegado a 8,9 ou 10 em favor dos paulistas teria sido absolutamente normal pelo que foi o jogo.
    Acredito que Renato quer sair e criou a polémica da necessidade de contratações justamente para ter um motivo.
    Com a eminente saída de Renato o presidente precisa agir rápido para evitar novo rebaixamento, trazendo um treinador atualizado, um preparador físico e no mínimo 4/5 jogadores de intensidade pois pior que ter jogador ruim é ter jogador cansado.
    Obs. Kannemann não dá mais, ou faz penalti, ou falha ou toma cartão.

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    1. Carlos
      Muitos jogadores estão produzindo aquém do esperado, porque estão mal treinados.

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  4. Teu penúltimo parágrafo é didático pra quem defende Renato com base no aproveitamento atual .....

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    1. Glaucio
      O ideal nem seria a troca do treinador, mas que ele tivesse a humildade de rever algumas posturas dentro e fora das 4 linhas. Chance quase zero de acontecer.

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    2. Também não acho que deva trocar, agora.

      A questão de defender é sobre muitos torcedores que não aceitam as críticas feitas.

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  5. Bruxo, acho que ontem o "normal" era perder. A questão era perder do jeito que foi ou perder com dignidade. Mas pra mim o que mais incomodou não foi o vareio ontem, afinal o Palmeiras é o atual melhor e mais bem treinado time do Brasil enquanto nós acabamos de subir da série B. Mas o problema foi como Grêmio jogou mal contra Cruzeiro, Cuiabá e RB Bragantino porque contra esses era pro Grêmio jogar bem, era pra ter buscado os três pontos contra o Bragantino e podíamos muito bem ter empatado ou até aprontado pra cima do Cruzeiro. Claro que ainda pesa a questão dos desfalques nesses jogos que passaram mas mesmo assim se esperava mais do Grêmio porque esses adversários anteriores não eram grande coisa em termos de jogadores também, dava pra ter feito melhor.
    Sobre ontem eu me decepcionei um pouco porque com mais opções pro meio o Renato me arma um 3-5-2, acho que nunca testado, com dois meias de atacantes. Logo contra o melhor time do certame. Não foi uma estratégia muito inteligente. Tivemos um sopro de vida com o golaço do Bitello e de resto foi torcer pra não tomar uma goleada vexatória daquelas. Outro ponto é que sofremos sete gols nos últimos dois jogos, a nossa defesa tá uma peneira.
    Nossa sequência é complicada: Recebemos o bom time do Fortaleza em casa, depois o Cruzeiro pela Copa do Brasil e já tem Grenal em seguida. Renato precisa ajustar o time pra não embarcarmos numa sequencia negativa.

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    1. Lipatin
      Um dos erros é colocar 3 zagueiros sem o menor entrosamento.

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  6. Era previsível. Mas Renato deu uma ajuda ao desmontar o meio. Ficou fácil.
    Concordo com todos que os jogos contra Cruzeiro e Bragantino seriam os jogos para fazermos melhor, mas eles mostraram em campo o que falta ao Grêmio: intensidade. A intensidade deles sobrou, didaticamente.

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  7. Intensidade é a palavra que define o futebol atual.

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