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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Opinião


Sem Mocinhos nesta História 



Ouço, mais do que leio, a defesa intransigente da Imprensa pela Imprensa neste episódio da lesão de Suárez. Querem fazer crer que a versão definitiva e "corajosa" dos jornalistas é a única com  créditos e méritos.

Sem exageros, hoje, a palavra impactante "aposentadoria", que era a manchete que deflagrou o processo de ação e reação das pessoas, já não aparece mais nas reportagens sobre Luizito; então, certamente, houve equívoco ou exagero de parte dos profissionais da Imprensa.

Ao longo dos anos, quem é mais velho deve lembrar que um conhecido animador de torcidas, ainda na ativa, em 2001 entrou ao vivo na sua rádio, à noite, para "cravar" com exclusividade, que Paulo Cesar Carpeggiani estava acertado com a CBF. No dia seguinte, Luiz Felipe Scolari  assumia a batuta do escrete Canarinho.

Ouvi, também, de outro experiente narrador de futebol, que o mesmo Felipão, já campeão do mundo, iria assumir o Inter. Estava informando em primeira mão.

Porém, a maior barrigada é essa que foi publicada no Correio do Povo no dia 13 de Dezembro de 1999, coluna de Hiltor Mombach, informação de Luiz Henrique Benfica, que o Grêmio contrataria Carlos Alberto Parreira, juntamente com Admildo Chirol como preparador físico, ambos campeões mundiais na Comissão Técnica de 1970 na campanha do México. O treinador ganhou também a Copa realizada em 1994 nos EUA.

Deram até o valor do salário de Admildo Chirol, vejam na imagem; seria de R$ 35 mil reais.

Não sabiam de apenas um detalhe (e que detalhe!!!), Chirol havia falecido há exato 1 ano, isto é, em Dezembro de 1998.

Então, quando a torcida fica "cabreira" com certas notícias, ainda mais, quando elas vem em cascata de forma negativa e em apenas um único clube desta rivalidade; ela não deixa de ter um pouco de razão, especialmente, porque a Imprensa tem muita dificuldade em fazer o mea culpa.

14 comentários:

  1. Realmente anda muito desacreditada e por culpa deles próprios que não filtram. Já é mais do que sabido que há muitos interesses por trás. Agora imagine com o aumento das mídias alternativas. Um batalhão com incontáveis informações.

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  2. As mídias alternativas desacreditaram a corrente principal; parte dela, ainda não percebeu isso. Em especial, os dinossauros que ainda pensam que são os "galos" da comunicação.

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  3. Hoje em dia não pra acreditar em quase nada que se lê, vê e ouve. O jornalismo esportivo tá mais pra coluna de fofoca, polêmica e oba-oba dos "identificados". Mas nesse episódio do Suárez uma parcela de culpa é do próprio Grêmio, assim como no caso Adriel, de não se pronunciar oficialmente e dar pano pra manga.
    Agora também achei ridículo esse corporativismo todo da mídia porque foi feito sim um alarde exagerado de aposentadoria imediata, uma coisa seria de tivessem dito "O Suárez tem um problema cronico no joelho e a situação gera duvidas sobre como será seu aproveitamento e sua continuidade" mas o que foi dito foi que o Suárez estava no limiar de uma aposentadoria imediata e vamos lembrar que dias antes disso os mesmos jornalistas batiam forte na tecla da ida pra Miami, sendo que o clube da MLS sequer procurou o Grêmio segundo o Guerra.
    No fim a lição que fica é: 1) Que a mídia exagerou e tratou a informação da maneira errada focando mais na polêmica do que no conteúdo e jamais assumirá que errou. 2) Que faltou ao Grêmio transparência e posicionamento sobre isso, o que gerou mais burburinho. O clube pode e deve se comunicar melhor. E inclusive ainda seguimos sem saber ao certo qual vai ser o fim dessa novela.

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    1. Exatamente, Lipatin, concordo com todo o teu comentário, faltou, talvez, um pouco de experiência de alguns pares do Guerra na relação com os tubarões da Imprensa.

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  4. Que barbaridade!!!! Meu Deus! Que baita postagem, Bruxo! Dessa eu não tinha conhecimento. Por um lado, hoje em dia é coisa boa que quase todo mundo tem acesso a internet.


    Rodrigo

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  5. Sim, Rodrigo. Mesmo com os excessos de alguns nas redes sociais, elas tiraram o gesso de só ouvir versões dos "profissionais da Imprensa".

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    1. É brete.... e o pior que os caras desperdiçam as oportunidades de fazerem um bom trabalho, pois tem acesso e todos os meios possíveis de fazer um bom trabalho.

      Rodrigo

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  6. Me desculpe o copia e cola Bruxo, mas já que o assunto aqui também é sobre os isentos exponho aqui um comentário que fiz noutro blog:
    A questão de como tratar a imprensa, que sempre irá existir e que muito provavelmente sairá vencedora nos embates, é o seguinte: tem que ser irônico, sempre que possível.

    Vivenciei este ano, uma situação inusitada. Em março, estive no C.T. Luiz Carvalho. Levei a mãe até lá, porque ela tinha um sonho: tirar um retrato com o Diego Souza e um outro com o Geromel. Chegamos lá, no meio da tarde. Fazia um dia muito quente, por sinal. E ali todos sabemos que é uma área pouco convidativa para ficar, ainda mais, por horas. Não nos deixaram entrar, faz parte. Mas a imprensa, "isenta" na maioria das vezes, tem passe livre. O torcedor, não.

    E antes da saída dos jogadores, um repórter bem conhecido do canal 12 ou 4 aqui nas Missões, saiu do C.T. na cia. do seu colega cinematográfico. Ao me ver, o repórter veio em minha direção imediatamente, enquanto o outro ligava os aparelhos. A mãe, a senhorinha de 88 anos, estava do meu lado. O repórter, simplesmente a ignorou de tal modo, que foi como que se ela não estivesse ali. E isso aconteceu naquela semana do "caso Adriel". E adivinhem qual foi a primeira coisa que o repórter perguntou? "Quem deveria ser o goleiro do Grêmio? O Adriel ou o Grando?". Pois é. E enquanto ele fazia essa pergunta, eu vi no grão do "zóio" dele um brilho, mas um brilho e uma intenção clara de "provocar burburinho". Porém, eu tive o "time" do brique, e a minha resposta tirou imediatamente todo o brilho daquele olhar porque eu respondi que o goleiro do Grêmio era um "problema" que o Renato deveria resolver, ou ainda, saber qual deles era o melhor. E não eu. Pá! Aí, ainda comentei com o repórter que ele poderia fazer uma boa reportagem caso quisesse. Ele poderia contar a saga que aquela senhorinha (que ele ignorou) fez para tentar um retrato com seus ídolos. Ele até fez umas perguntinhas pra ela, mas ainda assim insistiu na questão do goleiro e a mãe, na mais pura inocência, por não ver esse tipo de coisa, respondeu que pra ela era o Grando o melhor goleiro. haha ainda assim, não deu no que ele queria, vai ver por isso a parte dela não foi ao ar. E até achei que não colocariam ao ar o que eu havia dito, porque eu fui muito debochado, mas colocaram um pedaço...

    É assim, na minha opinião, que eles devem ser tratados. Sempre com ironia, sempre quando a gente perceber que eles não estão ali para noticiar e sim para polemizar ou inventar "notícias". Porque o repórter não queria saber o que eu pensava... ele queria apenas fazer barulho.

    *

    PS - me esqueci de terminar de dizer que a mãe realizou o sonho dela. E finalmente ela tem um retrato com o Diego Souza e com o Geromel. Sem falar que tirou outros vários, inclusive, com o Renato. E melhor, não precisamos da ajuda de ninguém para isso.


    Rodrigo

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    1. Beleza, Rodrigo. Antes de ser jornalista, o cara foi torcedor de um clube e, infelizmente, o profissionalismo fica em segundo plano.
      Belo relato.

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  7. Desculpem, mas é nítido que era verdade essa história. Senão diretamente, ao menos nas entrelinhas, a entrevista do presente Guerra confirma que o tema aposentadoria foi cogitado sim. Quando ele fala que não jogaria o Calefi aos leões foi justamente porque de alguma forma “aposentadoria” (imediata ou a curto prazo, e isso nunca saberemos de fato) foi pauta dessas reuniões internas. Basta ouvir esse trecho em que ele se nega a cobrir o tema dizendo que é passado.

    Acho que a torcida do Grêmio tá em denial (negaçao). Como disse anteriormente, o mais importante era descobrir quem vazou esse tipo de informação, e quem irresponsavelmente expõs o clube por sabe-se lá quais interesses junto a imprensa esportiva. Mas é delicado demais mexer no vespeiro. Fica mais fácil culpar o mensageiro.

    O Gabardo fez a carreira com caça cliques e matérias polêmicas quase sempre a respeito do Grêmio, quase sempre relacionada a dinheiro, salários, etc. Mas é um repórter respeitado, e ao que muitos dizem, inclusive gremista. Alguém falou pra ele dessas reuniões.

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    1. Achei muito estranho o Calefi "encerrar" o assunto, é depois o Renato ressuscitar.....

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  8. Vinnie, o problema é o "combo"; a coisa fica escancarada. Tu já ouviste alguém falar nos 13 anos de seca de títulos relevantes do Inter? Não acho que seja paranoia da massa gremista.

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    1. Sim, Bruxo, mas aí vira o que chamam aqui de "Whataboutism" (apontar um erro como justificava para outro num loop infinito). Leio o RW semanalmente me divirto com a irreverência, por vezes, genial dele. Inclusive vai entrar, merecidamente, pra historia por ter criado a alcunha IVI.

      Mas a questão chave aqui é que foi verdade a história do joelho e da aposentadoria antes do esperado. O vice de futebol caiu porque desmentiu, e ainda confrontou os repórteres, em algo que não podia ser desmentido. Não podemos misturar as coisas.

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  9. Vinnie
    O RW é excelente.
    Sobre o Caleffi, ouço quase que diariamente o Repórter Esportivo da Guaíba (pelo horário que é bom para mim e porque os repórteres igualmente, são bons e as inserções comerciais bem dosadas no tempo dentro do programa) e o Caleffi teve uma discussão com o Cristiano Silva, na verdade, ele não deixou o repórter falar. Ali, eu fiquei decepcionado com o dirigente. Também, porque sempre me incomodam pessoas que toda hora se dizem honestos, sérios, etc...
    De qualquer forma, acho que houve sensacionalismo da dupla que trouxe à baila o assunto de aposentadoria do Luizito.

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