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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Opinião


Segue a segunda crônica que vejo correlação do presente com fatos dos anos 70/80



Escrito nas Estrelas

Em 1979, o Grêmio foi campeão do mais fácil Gauchão da história. Ficou 10 pontos à frente do Inter na fase final e 13 no geral. O clube da Padre Cacique sequer chegou em segundo lugar, mérito que coube ao Esportivo do jovem técnico Valdir Espinosa. Com isso, ninguém dava 1 "pila" pelo Inter na próxima competição do ano: o Brasileirão.

Chegaram Ênio Andrade e Gilberto Tim, para quem é jovem, treinador e preparador físico. Eles ajustaram o time que tinha 4 extra classes, ou melhor, 3 + 1, porque o menino Mauro Galvão, 17 anos, recém se apresentava ao mundo da bola; os demais,  o goleiro Benitez, Falcão e Mário Sérgio.

O tri campeonato veio com uma campanha invicta. Algo inimaginável e até hoje, irrepetível.

Corta para 2023: o Botafogo ficou em 5º lugar no Carioca, por convicção de quem dirige a instituição, o treinador português Luiz Castro seguiu no comando e como num passe de mágica, as vitórias apareceram de tal maneira, que faltando duas rodadas para o final do primeiro turno e já sem o seu comandante técnico, ganhou o simbólico título de campeão desta primeira parte do certame. Quase 90% de aproveitamento.

Na Rádio Guaíba, o comentarista Carlos Guimarães lembrou da campanha do inglês Leicester em 2016, quando ficou com 81 pontos, 10 a mais do que o Arsenal, o vice. Como não sei nada do futebol europeu, fiquei com este exemplo mais antigo.

Com atuações muito regulares e em alto nível, acho que o Botafogo está com a mão na taça.

É uma conspiração dos deuses associada a convicção, competência e trabalho.




3 comentários:

  1. Bah, que Gauchão terrível o de 1979. Ano das três derrotas para o São Paulo de Rio Grande.
    Ano do Zé Duarte assumindo o lugar do Claudio Duarte, como técnico. Aguentou 13 jogos, o Zé...
    ...e veio Enio Andrade.
    Enio também tinha suas convicções.

    Antes do famoso jogo contra o Palmeiras em que o Jornal da Tarde imprimiu em sua manchete principal: “Mococa ou Falcão?”, o Internacional enfrentou o Cruzeiro, precisando da vitória.
    Enio Andrade não queria escalar Valdomiro, porque o ponteiro estava com uma pequena lesão. Falcão também apresentava desconforto.
    Valdomiro e Falcão sairam contundidos de campo no jogo contra o Goiás. A situação de Valdomiro era a mais preocupante.
    Quando soube que o time iniciaria o jogo no Mineirão com Chico Spina, Marcelo Feijó, presidente, foi falar com Enio Andrade.
    - "Enio, você não vai escalar Valdomiro?"
    - "Não! Ele está descontado e eu vou perdê-lo para o próximo jogo."
    E Marcelo Feijó completou
    - "Enio, não haverá próximo jogo, se ele não for escalado."
    Resultado no Mineirão: Cruzeiro 2x3 Internacional, sendo que Valdomiro fez o terceiro gol colorado, ainda no 1º tempo e saiu para dar lugar a Chico Spina.

    Como bem escreveste, Bruxo, "conspiração dos deuses associada a convicção, competência e trabalho".

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  2. O Mário Juliato não era desse tempo?

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    1. Substituiu Enio Andrade. Começou em Janeiro de 1981. Comandou o time em nove jogos. Foi substituído por Claudio Duarte.

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