Grêmio busca o empate no Maracanã lotado
Empatar com o Flamengo no Mário Filho, antes do jogo, sempre é um bom resultado. Lembro até do título de 1997 arrancado à força num 2 a 2 com o Tricolor desfalcado, então, hoje, pelas realidades vividas pelos clubes em 2025, a igualdade no marcador deve ser comemorada como um grande resultado, até porque, com exceção do tradicional sufoco dos primeiros 15 minutos de cada tempo, o Flamengo não deu o passeio, nem o massacre que alguns suspeitavam. Não houve um "crime" no empate. Pode-se dizer que os cariocas tiveram uma tendência maior, se alguém devesse sair vencedor.
Foi um confronto de boas surpresas, Noriega, a maior delas, pois estreava numa partida de alta pressão e na zaga, além dele, Cuellar teve a sua melhor performance no Tricolor, assim como Marlon, que tem uma capacidade ofensiva indiscutível, mas deficiências na defesa, algo que não se viu nesta tarde. Esteve sempre atento e enérgico.
São acréscimos que Mano vai contar nestes últimos meses de Brasileiro. Marcos Rocha, embora teve dificuldades na marcação, afinal, Samuel Lino é um ótimo atacante, também não comprometeu.
O ataque seguiu inoperante, Braithwaite pouco participativo, Vinícius parecia um "poste", a bola bate nele e volta e Kike Olivera, embora Mano tenha justificado o seu desgaste pela função defensiva na recomposição, me parece cada vez mais um peladeiro. Precisam reverter essa imagem recente.
Finalizando, Tiago Volpi vem se constituindo num grande goleiro e suas defesas são espetaculares e não "espetaculosas", pois são de reflexo e geralmente, a última instância. Depois dele, as redes. Até no gol que Noriega evitou em cima da linha, o movimento do arqueiro causou um desconforto ao atacante. "Milavolpi", sem ser o goleiro ideal, vem salvando o time, contribuindo com pontos preciosos para a manutenção do clube na Série A.
Escrevi antes de sua contratação que uma de suas características era a forte personalidade, vide Volpi, e ele confirmou ao bater o pênalti num momento crucial da partida.
Agora é agregar os que chegam e os que se recuperam. Pena o que ocorreu com Balbuena, mas é do futebol.