A Dura vida de jornalista pseudo isento
Ontem à noite, minha atenção se dividiu entre o notebook e a televisão, entre os escritos e o jogo do Fluminense, de Renato, mas confesso, conforme a partida se desenrolava, fiquei com o jogo. E não me arrependi.
Vi um Fluminense bem organizado, atuações relevantes de Tiago Silva (merece uma convocação) e Serna, bem secundados por Martinelli e Canobbio. Méritos para Renato e para o capitão (Tiago), que a todo instante orientava seus companheiros taticamente. Tiago Silva atuou como um treinador dentro do gramado.
O Coirmão ratificou o conceito das imagens esparsas que vi diante do Vitória e Ceará e, imagino, na magra vitória sobre o Santos. Os minutos que assisti contra os baianos e cearenses não recomendavam o entusiasmo que li à posteriori.
O Inter pode reverter e se classificar? Sim, porque será outro jogo, mas o quadro que racionalmente se espera são as desclassificações na Copa do Brasil e Libertadores da América. Faço a ressalva de que não há jogo jogado. O Coirmão pode surpreender, neste caso, vale o significado do termo: surpreender vem de surpresa.
Finalizada a partida, busquei ouvir (e ver) os jornalistas "isentos" sobre o que havia acontecido ao time de Pep Roger. E a cara deles acusava uma decepção incrível. Aí, pensei: Como deve ser difícil a vida de um pseudo isento, pois, enquanto os assumidos, os que saíram do armário, reclamavam em um tom mais elevado, os "pseudos" se seguravam, amarrados, subjugados a uma condição que só eles imaginam ser real, a de que os ouvintes/telespectadores os consideram isentos, talvez tão somente, torcedores do Real Madrid, City ou Liverpool, porém, suas faces tomadas de sombrios contornos escancaravam a decepção do clube do coração.
Mais do que insegurança profissional, essas atitudes beiram à desonestidade e deslealdade a quem empresta o singelo gesto de acompanhá-los.
Como dizem por aí: Eu "si" divirto.