Opinião

Caixinha e Direção Gremista, "perdidinhos"

Este episódio me revelou que os atores do futebol, às vezes, estão mais perdido do que custo em tiroteio. Um festival de lambanças.

Vamos a parte que menos interessa: 

a) Pedro Caixinha, alvo anterior de Palmeiras num eventual retorno de Abel Ferreira para Portugal e, também, de Botafogo, pelo risco iminente do interesse dos árabes pelo seu comandante técnico multicampeão, deixou-se "enrolar por um projeto" encabeçado pelo CEO de poucos dias no clube mais as figuras carimbadas de Alexandre Gallo e Paulo Brackes, de desprezíveis (no sentido, de descarte) passagens pelo Rio Grande para "tocar" o Santos, a instituição mais perdulária e nebulosa, recém vinda da Série B, que revelou os maiores craques brasileiros das últimas décadas e inexplicavelmente, segue alvo do transfer ban da FIFA, isto é, por viver sempre emoções fortes no plano financeiro. 

Salvo rotundo engano deste que escreve, é uma grande "roubada" em que ele se meteu, além de queimar o filme com o Grêmio, clube sempre na mira de grandes profissionais.

 A que realmente interessa:

b) Embora o discernimento pela escolha de um treinador com um bom cartel, a Direção se submeteu ao "cozimento em fogo brando", que o português praticou neste final de semana é inadmissível. Tinha que ter encerrado o "papo" na Sexta à noite. "You go your way, I'll go mine", como os versos de Carole King sugerem.

Agora, se verdadeira a informação que Gustavo Quinteros (novo nome) está apalavrado com o Velez Sarsfield, a Diretoria azul tem que ter outros nomes na pauta. Lógico! não estou tratando de Cléber Xavier, Arce, Paulo Turra (esse último, só pode ser indicação de colorado), porque aí será permitido acreditar numa teoria, a da conspiração que indica o desejo de f#der o clube para em Abril trazer de volta Renato e admitir "que ele nunca deveria ter saído". 

Resumindo: Trata-se do Grêmio. Quem negociar com o Tricolor precisa saber o tamanho que ele tem na América do Sul, seus títulos, seu histórico, sua torcida, seu potencial. Quem não souber disso, nem precisa abrir negociações.

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Expectativa

Procuro não comentar sobre algo que ainda é especulação, mas, como se trata da principal contratação do Tricolor para o ano, vou dar um pitaco sobre Pedro Caixinha.

Na impossibilidade de Vojvoda e Tite, Caixinha é (na minha modesta opinião) o maior acerto para a arrancada de temporada. Seu currículo é muito bom: foi auxiliar de José Peseiro em Portugal, ganhou títulos, trabalhou no México, Argentina e em 2023 me causou ótima impressão com o Bragantino. A queda neste ano é parecida com a situação de outros técnicos em dado momento,  como Tite no Flamengo, Vojvoda que oscilou no Fortaleza, recentemente, Abel Ferreira e os questionáveis Fernando Diniz e Renato Portaluppi, então, Caixinha merece confiança e tolerância, se confirmada a sua contratação.

Aliás, sobre Renato, Vasco e Santos recuaram nas negociações/consultas, quando souberam o salário dele recebido no Imortal. Quando penso que Fábio, que nunca emplacou 2 partidas inteiras em sequência, Rodrigo Caio, dispensado pelo clube que tem o melhor Departamento Médico das instituições de ponta do Brasil, por problemas físicos, Edenílson que atua apenas por 60 minutos com intensidade, mais a preterição de Cuiabano que se encheu de faixa no Botafogo, todos esses eventos tiveram a assinatura do ex-técnico, custo a acreditar que ele cause saudade no meio da massa tricolor.

A faxina que boa parte dos torcedores sonhava e conclamava, parece que está em curso. São novos ventos para o lado da Arena.

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O Passo Normal

Claro que a ansiedade bate forte no peito dos gremistas, principalmente, nos que queriam a saída de Renato, porém, se analisarmos a movimentação do mercado brasileiro, ninguém ou quase isso (o Cruzeiro?) está indo com sede às contratações. Muito tititi, mas de concreto, renovações previsíveis (Mano Menezes no Flu) e aquisições modestas (Reginaldo no Juventude). Quem mais? Palmeiras, Botafogo e Flamengo, os endinheirados? Estes não se mexeram, ainda. Então, embora não signifique acerto nos movimentos "ocultos", o Tricolor está na média, na passada normal deste período do ano.

Desconfio que com a barca da partida cheia, o elenco vai ter uma redução considerável  no seu "montante" e o aproveitamento dos jovens será uma realidade. Com um técnico estudioso e sem preguiça, a tendência, repito, a tendência é de um 2025 mais auspicioso.

Finalizando: a grande contratação para o ano que vem deve ser a do comandante técnico. O grupo precisa de ajustes mas tem 10, tem 9, a carência está na "cozinha", na defesa.

ET: Acho interessante a saída de Marchesin. Para o meu gosto, não é goleiro suficiente para o Imortal. 

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 Signed, Sealed, Delivered (Assinado, Selado, Entregue)

 Usei o título de uma música na postagem anterior; vou de novo, desta vez, um clássico de Stevie Wonder para tratar do atual estágio de nossa mídia gaúcha, acho que não difere da situação nacional, isto é, como quase não há mais o contato individual de repórteres/jornalistas com os reais atores do futebol, as notícias ficam iguais, enlatadas, assinadas, seladas e entregues sem rosto, sem personalidade na sua origem.

É fácil comprovar, basta acompanhar as notícias esportivas nos diversos órgãos de comunicação, que verão as mesmas, exemplificando: davam como certo Luciano Feldens no comando do futebol gremista, todos repetiam isso nos noticiários, uma "barrigada", sem dúvidas.

Com relação aos técnicos, quando uma emissora levanta um nome, logo ele está em todos os espaços, na verdade, um receio, um medo de ficarem para trás, então, melhor falar, pois quando a Direção confirmar o novo comandante técnico, a mídia conta com o esquecimento dos "chutes". 

Por isso, faz certo a Direção gremista em "esconder" ao máximo suas ações, serve para os torcedores comprovarem que a mídia esportiva na guerra pela audiência, sem pudor, atira para todo o lado e, errando, jamais faz a "mea culpa". Num eventual acerto, toma a "paternidade da notícia".

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Os Prós e Contras de pegar Carona (com os treinadores) 

Estava ouvindo o primeiro álbum solo do ex-Pink Floyd, Roger Waters e aproveitei o título dele para esta crônica, porque o assunto é interessante, isto é, existe a possibilidade do clube fechar com um profissional, um técnico de ponta, cuja característica é trabalhar com uma equipe "robusta", ou seja, além dele, vem os assistentes técnicos, preparadores físicos, de goleiros, analistas de vídeos, etc...

Pode ser saudável, se o "cara" for o "cara", pois terá excelência, solidariedade e lealdade ao seu redor. Fará um trabalho tranquilo, blindado de "traíras" ou de conflitos metodológicos. À princípio, uma grande sacada.

E o outro lado da moeda? Imaginem que ele não se adapte por diversos motivos. Tenha uma passagem curta (o Coirmão passou por isso com Ramirez e Cacique Medina), aí, numa ruptura, a instituição fica pendurada no pincel.

Sinceramente, não tenho opinião formada sobre o assunto.

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Mudanças não podem ser apenas de Nomes 

Estas frases já foram escritas antes, ou seja, as que pediam mudanças em início de temporada, então, não sei se serão "palavras ao vento", novamente. De qualquer forma, a esperança se renova.

Aguardei o final do dia, porque imaginava que a saída do treinador, não seria a única baixa no departamento de futebol. Acertei, porque Brum "pediu o boné".

A entrevista dele ao cair da tarde teve um pedaço do depoimento, que, no mínimo, dá para dizer que apresentou um momento de infelicidade: "Renato é um cara legal, até me deixou entrar no vestiário". Palavras do vice de futebol. Fico por aqui neste assunto.

As mudanças que o Tricolor precisa fazer, vão além de nomes para técnico e do vice, há necessidade de uma "limpa" no elenco e uma oxigenação no departamento que contrata.

Se os equívocos nas aquisições para o grupo eram de responsabilidade do treinador que saiu, isto oferece duas óticas, a primeira dá um alívio (Fábio, Rodrigo Caio, Edenílson, Diego Costa, antes, Reinaldo, Thiago Neves, Robinho e Luan), possivelmente, a busca por reforços vai almejar perfis diferentes sem o seu "tutor"; a segunda ótica demonstra a omissão de quem comanda, afinal, formar o plantel é responsabilidade final dos dirigentes. Eles podem e devem ouvir o treinador, mas a caneta é deles.

O passado do clube nesta situação dá uma contribuição essencial neste instante, pois todas as vezes em que Renato foi liberado, a escolha do sucessor resumiu-se em tragicomédia: Julinho Camargo em 2011, Enderson Moreira em 2014 e Tiago Nunes em 2021. Mais do que realizar a cirurgia, o pós-operatório deve ser impecável, senão, a saudade vai bater.

Saindo do assunto Grêmio, eu arrisco a dizer que Roger Machado está perdendo o "gás". Ouvi jornalistas identificados com o Inter e outros que não saíram do armário, ainda, acharem um absurdo essa desconfiança. Não, não é. Por que? Porque foram 7 gols sofridos em 3 jogos, três derrotas, sendo que a mais amena, o 0 a 1 em casa, ocorreu para um Botafogo ainda de ressaca pelo título inédito da Libertadores. Passou uma boiada de gols pela meta de Rochet.

Basta puxar pela memória, 2016, Renato assume no lugar de Roger, após goleadas para Coritiba e Ponte Preta. Não era o Bayern München, nem o Ajax.

Posso me enganar, mas o meu sentimento é que as melancias se desencaixaram na carreta guiada por Roger.

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Grêmio deprimente 

Estou quase nocauteado, sei que na melhor das hipóteses, a derrota será por pontos, mas o "upper", aquele golpe no queixo, eu poderei receber amanhã com a notícia da renovação do contrato do comandante técnico.

Como pode, depois de tantos insucessos da fórmula, da forma desta disposição tática do meio para frente, ser repetida? Logo quando a Direção disponibiliza dois camisas "10" (Cristaldo e Monsalve), vem a escalarção de dois volantes e quatro atacantes diante de um time que se ajustou, afinal, vinha de 8 vitórias consecutivas e esta de hoje, a nona, deve ter sido a mais tranquila fora de casa. Um absurdo, um atestado de incapacidade do treinador. Mais um.

Teve antes da desvantagem, um pênalti escandaloso, que só reforça as suspeitas de parcialidade das arbitragens. No Soteldo foi muito mais falta máxima do que em Yuri Alberto.

Porém, sofrer um 3 a 0 em casa com a torcida empurrando o time, não tem argumento contra a  arbitragem que resista. O Grêmio, infelizmente, "amortiza" a possível má intenção do juiz. O Tricolor secundariza o erro do soprador de apito. O roubo fica numa dobra escondida do todo do jogo.

A minha irritação aumentou de tal maneira, que desisti de ver e perdi o terceiro gol do holandês. Mudei para ver o Botafogo fazer história, de quebra, a ironia do destino, Gregore que foi protagonista negativo em Buenos Aires, acabou marcando o gol da vitória do Glorioso. Dois títulos importantes em apenas uma semana. Um show de competência.

Pedro Geromel, maior zagueiro da história gaúcha nos últimos 50 anos, merecia melhor sorte. A goleada resultou numa homenagem constrangida por parte da torcida. Se vaiasse, poderia parecer para ele, se aplaudisse entusiasticamente, confundiria com um pseudo apoio ao estado de coisas que grassa no nosso clube.

Por fim, a decisão de amanhã poderá selar o destino da instituição em 2025, quiçá, com repercussões em 2026.

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Eletrizante 

Com os resultados desta noite, as pontas da tabela ficaram eletrizantes. Que bom que o Tricolor está fora dessa. Fez a duras penas o "dever de casa" da parte que lhe tocou "deste latifúndio", como diz a música de Chico Buarque, Funeral de um Lavrador e está fora do pesadelo, onde se meteram Bragantino, Athlético PR, Fluminense e Atlético MG que lutam para não "conquistar" a última vaga do Z4.

Hoje, o Bragantino está na degola, porém, a sua missão é a menos espinhosa, qual seja, bater o Criciúma, já rebaixado no Nabi Abi Chedid. Vencendo, escapa, pois os Atléticos se enfrentam, quem perder, será superado pelo Massa Bruta nos pontos (PR) ou nos critérios (MG). Havendo empate, desce o clube paranaense.

Já o Fluminense tem a tarefa difícil de pontuar em São Paulo, encara o único concorrente ao título que pode superar o Botafogo. Só cai com uma derrota sua, vitória do Bragantino e um possível empate do Furacão (saldo de gols).

Na parte de cima, o São Paulo parece que se desmobilizou para o jogo no Engenhão, além disso, há um pedido de sua torcida para entregar a partida. Palpite: uma saída honrosa será o empate.

Vou palpitar: Cai o Athético Paranaense.

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Grêmio empate fora de casa 

Um (bom) compromisso familiar me impossibilitou de ver o empate Tricolor em Salvador. 

Pelos melhores momentos, eu vi que Marchesin não foi até o final e Caíque fez duas excelentes defesas (existe lei do ex para goleiro?) e foi pego no contrapé no gol de Alerrandro, quando Rodrigo Caio "pregou" no chão.

Tenho uma cisma bem pessoal, que é a seguinte: Final de temporada, sempre tem atleta ameaçado de dispensa e começa a correr, atuar, como não se via nos meses anteriores, parece que foi o caso de Pavón. É o efeito renovação.

É importante a Direção ter esse discernimento e, imagino, o diagnóstico definitivo de cada um do elenco para formar o grupo de 2025.

Finalizando, o Tricolor terá grandes dificuldades para confirmar vaga na Sulamericana, que fase!

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Caudilhos, Abobados e outros temas 

Acompanhando o noticiário e refletindo o cenário recente da conquista da Libertadores, eu vejo que o Botafogo encontrou no argentino Alexander Barboza, o caudilho que o Tricolor teve em De León e Kannemann, para ficar em dois exemplos, apenas. E pensar que o zagueiro, quando no Libertad do Paraguai foi oferecido ao Santos e o clube praiano não se interessou. A posição de Botafogo e Santos neste momento, diz muita coisa sobre gestão de futebol.

Não consigo me acostumar com a agressividade de parte da imprensa esportiva. As rádios "alternativas" estão extrapolando e agora até a Rádio Grenal (que não ouço) passou do ponto. Vendo o vídeo que circulou com a história de "abobado", ela (a história) demonstra ignorância total, primeiro no trato com a língua, segundo, porque para criticar Villasanti, o maior desarmador do certame Brasileiro, revela-se a incapacidade "técnica" para ser comentarista de qualidade. Deram munição para o Renato.

Vendo as especulações que surgem para 2025, há no noticiário que Alerrandro (um centro avante que tropeça nas pernas) está no radar do Grêmio. Falam até de Cássio, goleiro do Cruzeiro. O fato de ser artilheiro de um Brasileirão sem goleadores, é mérito duvidoso. É o mesmo que analisar o currículo do árbitro Wilton Pereira Sampaio, que está recheado de decisões nacionais, continentais e participação em Copa do Mundo. Sampaio não é ruim. É péssimo, porém, não é o que diz sua biografia.

Quando se vê a montagem dos elencos de Palmeiras e Botafogo, logo salta aos olhos a existência mínima de atletas com 30 ou mais anos. São antigos no grupo ou verdadeiras exceções. Já o Grêmio parece que vai na direção contrária. De novo. 

Não quer aprender com os exemplos vencedores.

O lema fantástico do Tricolor: "Com o Grêmio, onde ele estiver" é uma frase sublime que expressa solidariedade, nunca conivência. É para momentos de imprevisibilidade, do inevitável, do imponderável, do inesperado, jamais para dar aval às ações planejadas, sabidamente contrárias ao bem-estar do clube em todas as suas esferas, aceitar bovinamente os desmandos é um atestado de falta de entendimento da grandeza do clube.

Apoiar incondicionalmente medidas como a manutenção do atual treinador, muito mais do que torcer, produz o fanatismo destrutivo.

Com a minha experiência de professor, quando se faz uma greve, quando se chega a esse estágio, é porque as instâncias anteriores foram esgotadas. Nunca para prejudicar a sociedade e a educação. É para por um basta ao descaso.

Infelizmente, mantido o atual quadro, o Grêmio se projeta para o caminho da cisão. Está se "apartando" de seu maior bem: a torcida.