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sábado, 29 de abril de 2023

Opinião




"A Bola não entra por Acaso" 


Tomei conhecimento de três fatos interessantes hoje e logo lembrei de minhas desconfianças, quase certezas, com relação aos trágicos anos de 2021/22 na vida do Imortal. Vamos a eles:

a) O treinador Tiago Nunes vai muito mal no Sporting Cristal (Peru), vide Cargo à disposição. Ele que obteve 2 pontos em 21** disputados na arrancada gremista no Brasileirão de 2021, 9% de aproveitamento - ** Corrigido

b) Assistindo ao jogo Fortaleza 4 x 2 Fluminense, vi o placar mais mentiroso dos últimos anos; simplesmente, porque Guilherme perdeu 3 gols absolutamente feitos . Era para ser 7 a 2. Não havia como perder e ele perdeu. E pensar que veio como "reforço" para o Imortal sair da Série B

c) O Corinthians está desesperado, depois do evento "Cuca", recebeu não de Mano e Tite, aí, as informações dizem que está negociando com Roger Machado, porque entre as suas qualidades, "ele possui a consciência social deste país". Para que eu quero descer! o Grêmio também caiu neste canto de sereia

Então, cada vez mais fica claro o que aconteceu com o nosso clube nestes dois últimos anos. Só tinha que cair.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Opinião




A Escassez de Treinadores Brasileiros

A minha esposa é colorada, mas não é fanática, sequer acompanha com regularidade as notícias do seu clube, apenas ouve "por tabela" o Repórter Esportivo, Rádio Guaíba, que é o que eu ouço diariamente, quando chego do trabalho, fazendo um lanche.

E ela me surpreendeu com uma frase, um dias desses: o Cuca (Corinthians) e o Dorival Jr. (São Paulo), de novo? essa observação veio ao encontro do que penso sobre o baixo nível, a escassez de oferta de "mão-de-obra" de comandantes técnicos no (e para) mercado brasileiro.

Ela tem razão: Cuca, Dorival Jr, Mano Menezes, Rogério Ceni. Estes e apenas estes, os que ficam orbitando ao redor dos clubes grandes, sem trabalhos continuados. Ganham num clube, noutro afundam rapidamente. Quem mais? Renato? mas ele só funciona no Grêmio. Não existe uma nova safra de qualidade; uns ameaçam ser, casos de Jair Ventura, Roger Machado e Maurício Barbieri. Agora surgiu Fernando Diniz, porém, de prático, de concreto, o que se tem dele?

Por essas e outras é que aparecem na mídia nomes estapafúrdios como Celso Roth, Vanderlei Luxemburgo, Hélio dos Anjos, etc... completamente desvirtuados da época que vivemos no futebol.

Por tudo isso, eu bati na tecla de um técnico estrangeiro para o Grêmio. Esclareço: não quero a saída de Renato. A ideia era para começar uma temporada, um trabalho.

Alguém poderá dizer: o que fizeram Vitor Pereira, Dudamel, Paulo Souza e outros. Bom, aí entra a história que citei do "vinho de colônia"; isto é, depende da qualidade. Hoje, esse quesito  pesa favoravelmente para os treinadores estrangeiros. 

Ainda utilizando o exemplo dos vinhos: peguem os melhores chilenos e comparem como os melhores nacionais. Quais serão os eleitos? Puxem para futebol, o mercado brasileiro que tem no topo, Cuca, Dorival Jr, Mano, Rogério Ceni, Vagner Mancini, na comparação com Jorge Jesus, Abel Ferreira, Sampaoli, Vojvoda e até Pezzolano (ex-Cruzeiro), perde feio.

Os brasileiros estão defasados, com certeza, e os clubes que perceberem isso antes, serão os que  vão levantar taças nos próximos anos.

Opinião




Grêmio patina em plena Arena 


Foi ruim de ver, parece que todo adversário é mais organizado do que o Grêmio. De repente, não é só impressão, porque o time é escalado sem nenhuma "invenção", todos dos que estão na plenitude, atuam e atuam nos lugares lógicos, porém, são peças soltas, desajustadas, não há "mecânica de jogo" nos movimentos em campo.

O ABC estava com meio time titular e deu um sufoco pelo lado direito da defesa gremista, apresentando um ótimo meio-campista; Matheus Anjos, aliás, se confirmadas em atuações anteriores suas qualidades, é o caso de comprar, sem hesitação. Resta saber, se não estava "de aniversário", ontem.

O caso Adriel dá ares de que afetou o grupo, sinceramente, não sei qual a saída. Guerra vai ter que intervir; além disso, muitos atuaram bem abaixo da expectativa, casos de Cristaldo, Zinho e Uvini.

Gabriel Grando sofreu mais um gol, que fica na conta das bolas indefensáveis, mas...

Sobraram o esforço de Bitello e, principalmente, dele, Suárez, dentro de sua condição de atleta veterano, muito bem. Faltou apenas marcar. O melhor do Grêmio.

Éverton Galdino, pelo gol e Lucas Silva pela imposição física que deu mais sustentação ao meio, ambos melhoraram o time. No entanto, o resultado final da atuação demonstra que o Tricolor tem muito trabalho pela frente.

Foi difícil de assistir.


terça-feira, 25 de abril de 2023

Opinião




O Presente e o Futuro 

O sonho vem desde piá. Ele sai do interior de seu estado, logo no primeiro destaque, a viagem para o Sul, vai para a base de um clube grande, talvez campeão mundial que lhe dá acolhida, visando lá na frente, ter um craque no time ou grandes cifras no caixa. O menino também tem sua ambição, ele quer Seleção Brasileira e jogar a Champions League.

Suas atuações nos diversos "subs" o credenciam para subir para o profissional. Lá, ele encontra atletas que só viu pela televisão, olhando Copa do Mundo; de repente, a "fera" está no vestiário, no refeitório, no ônibus e, principalmente, dentro das 4 linhas perfilado, ouvindo o hino que não é o que está acostumado; não é o do seu país; ali, bem ao seu lado.

A vida vira de cabeça para baixo: fotos, entrevistas, manchetes, risos, tapinhas nas costas, minas, muitas minas.

Nesse turbilhão aparecem empresários com cara de velhos amigos, com ar paternal e do nada, o presente, ou melhor, presentes, uma casa espetacular, um carro estrangeiro, viagens para lugares impensáveis nas suas folgas; resumindo, o paraíso materializado. "Como é bom, é generoso, esse empresário", ele pensa.

Com tanto presente, regalo ou mimo, mais o sorriso, o bom humor, olha tem que fechar "para sempre com ele". Pronto! a armadilha surtiu efeito.

E o jovem deslumbrado que não sabe quem é o Coronel Tom Parker, nem Elvis Presley, muito menos Robert Johnson e o encontro na Encruzilhada, quando vendeu sua alma a Lúcifer em troca de sucesso imediato, vira a nova presa deste emaranhado tóxico que transforma o futebol num negócio complicado de digerir, cujo lema é:

- Presentear agora para sugar todo o futuro desta garotada.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Opinião




(In) Contornável? 

Esta Segunda-feira foi coberta por um tiroteio de informações tendo como centro das atenções no lado gremista, o conflito Clube-Adriel. Uma pena, porque o Tricolor poderia estar navegando em águas mais tranquilas, talvez até contando com um resultado melhor do que a derrota de Sábado.

A situação de Adriel neste momento é de estar mais fora do que dentro do Grêmio. No Repórter Esportivo da Guaíba, a notícia é que chegou de carro novo com o seu mais recente empresário, Pablo Bueno, o mesmo de Ferreira e Tetê. Isso é sinônimo de dificuldades de relacionamento atleta-clube.

Se Gabriel Grando foi muito bem, inclusive, eleito o melhor em campo por vários meios de comunicação esportiva, também é real, que o time perdeu apenas uma partida com Adriel em campo, um singular 2 a 1 com os gols saindo em cobranças de penalidades máximas. Fica, portanto, uma dúvida: a bola de Bruno no tento cruzeirense era realmente indefensável? A mim, me pareceu, mas já vi Adriel buscar algumas mais difíceis.

Que o baiano é superior a Brenno e Gabriel, eu tenho convicção; acho que o páreo dele será (seria, se sair) com Scheibig, o gaúcho de Três Passos, porém, um profissional, um atleta completo, não pode prescindir da transparência na relação com a sua instituição, aquela que está lhe viabilizando o sonho de ser jogador de futebol, senão, no futuro, se este for afortunado para ele, não poderá pisar nas imediações da Arena, sem ter o incômodo de ver a torcida expor a sua insatisfação com o coro de "traíra", como ocorreu com uma figura mundial, que contraditoriamente, não é bem-vinda na sua origem, no seu berço de guri de bola.

Resta saber, se este aspecto (a retidão como profissional) tem algum peso, alguma importância no projeto que Adriel definiu para trilhar na carreira. Pode no presente lhe parecer um detalhe pueril, até insignificante, entretanto, lá na frente, o passado poderá forçar o resgate, que não será tão discreto e pequeno como hoje. 

Fica uma tristeza de ver um goleiraço sendo afastado no momento ascendente de sua biografia, no entanto, não dá para condenar Direção e Comissão Técnica, pois "quem é da aldeia, conhece os caboclos". Estas duas parcelas do Grêmio devem saber o que estão fazendo.

Daqui do meu canto, eu fico na torcida para que a situação seja contornada e os torcedores possam contar com um arqueiro com imenso potencial para ser um dos melhores do mundo.


domingo, 23 de abril de 2023

Opinião




Sobre Ontem à Noite 


Embora as causas sejam diferentes de partidas semelhantes, isto é, adversário batível, equilíbrio de forças das equipes na maior parte do tempo, a consequência foi a mesma ontem: derrota numa partida que tinha tudo para ter um desfecho diferente. Resumindo, três pontos que escaparam.

Nesse Sábado, a maioria esperava um meio de campo como aquele que Renato começou; Lucas Silva, Cristaldo, Bitello, Nathan e Vina, devido a impossibilidade de outros. Na prática, não funcionou. Viu-se que ele foi lento, sem proporcionar a devida assistência ao Suárez, além de dar muito espaço à movimentação do meio do Cruzeiro.

Quem poderia entrar? Darlan? mas ele não é lento, também? Mila? talvez. Três zagueiros? o risco de dar errado é elevado. Zinho? quem sabe?

O Grêmio apresentou fragilidades decorrentes da falta de reposições, porém, outra sensação ficou clara, qual seja; o Cruzeiro foi mais vibrante e competitivo. Não faltou vontade para o Tricolor, apenas a rotação de cada um (Grêmio e Cruzeiro) foi diferente. 

Ai, a maior semelhança das derrotas que me referi no primeiro parágrafo. Tem que colocar um pouco mais de energia e competitividade nestes confrontos, onde o equilíbrio de forças parece ser a maior característica do embate. "Não esperar acontecer".

Se estes escolhidos para o meio, não foram o ideal para esta tarefa, aí entraria o treinador. Ele deveria  contrariar a lógica, optar por nomes ou esquema mais afeito ao desafio, mesmo que isso seja inicialmente surpresa para todos.

Era obra para o técnico. Como atenuante, Renato foi prejudicado pela apatia de Cristaldo e Vina. Isso não teve nada a ver com característica ou esquema tático. No entanto, o técnico agiu tardiamente nas trocas.


sábado, 22 de abril de 2023

Opinião




O Grêmio ficou devendo 

Faltou ousadia! Mesmo com um meio de campo lento na maioria dos seus componentes (Lucas, Nathan, Cristaldo e Vina), o Tricolor podia ter feito um enfrentamento de maior capacidade, pois este Cruzeiro é candidato ao rebaixamento. Não tenham dúvidas.

A chegada à frente foi muito tímida; verdade é que o histórico deste confronto em Minas é amplamente favorável aos locatários, igualmente, não foi o fiasco da partida do ano passado, que eu classifiquei numa enquete, como a mais constrangedora realizada pelo Imortal na Série B, mas hoje ficou o gostinho de perda dos três pontos e a chance de ganhar a confiança da torcida. Foi uma derrota difícil de digerir, porque o Tricolor é melhor do que seu adversário.

O que faltou? Além de ser mais audacioso, faltou também, reposição: Zinho, Gustavinho, Éverton Galdino e André Henrique não melhoraram o time. O discreto crescimento na parte final do segundo tempo, ocorreu pela retração cruzeirense e a sua falta de preparo físico. 

O gol sofrido por uma defesa experiente é um absurdo; cena amadora, onde os defensores cuidaram apenas da bola e não marcaram Bruno, que, aliás, pegou um chute errado, no entanto, a trajetória incomum, matou a ação de Gabriel.

Talvez para a janela do meio do ano, o clube consiga reforçar o grupo, ainda que o dinheiro esteja curto pelas bandas do Humaitá.

Umas últimas frases sobre a preterição de Adriel: embora seja um goleiro promissor, erra cedo e atua numa posição em que o Grêmio está muito bem servido.  Melhor será passá-lo adiante e que seja muito feliz. 

Brenno, Grando e Scheibig darão conta do recado, com certeza!

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Pequenas Histórias

 

Pequenas Histórias (286) - Ano - 1993


"Onde Ele pisa, não nasce Grama"

Fonte: https://www.goal.com/br


Semana que vem comemora-se o dia do Goleiro, mais exatamente, 26, homenagem ao maior de todos eles, Haílton Corrêa de Arruda, Manga, nascido no Abril de 1937. Justa lembrança.

Goleiro, antes de tudo, deve ter resiliência. Suas falhas serão sempre as mais lembradas entre todos os atletas em campo, mesmo que a bola desvie num outro jogador ou o traiçoeiro morrinho artilheiro dê seus ares inesperadamente e como um duende zombeteiro, direcione a pelota para o fundo das redes, além, é claro, dos seus próprios erros, que são superdimensionados na comparação com aqueles cometidos pelos "da linha".

Evidente! Manga também sofreu decepções no arco, uma delas, um pecado capital: falhou em jogo de Copa do Mundo, 1966 na cidade de Liverpool, diante de Portugal. Era a sua estreia naquele torneio e o Brasil consolidou a sua pior participação nos últimos 60 anos. Caiu na fase inicial.

Moacir Barbosa, melhor arqueiro de sua geração, morreu sem ser absolvido por uma hipotética culpa na derrota no Maracanã em 1950. Um crime que teve ares de racismo, inclusive.

Vejam que estamos tratando de dois gigantes de suas épocas. Dois fenômenos. 

No dia 20 de Setembro de 1970, feriado gaúcho, eu e minha turma de rua jogamos um Grenalzinho de futebol de salão, hoje, futsal, na quadra da Igreja do bairro. Havia outro Grenal, o quente, que foi vencido pelo Coirmão no Beira-Rio, 2 a 1 com uma suposta falha do arqueiro Breno em cobrança de falta do "meio da rua". Ele ficou marcado pelo lance, infelizmente. Foi uma derrota de virada.

Em 2002, após ser eleito o melhor jogador da Copa do Mundo, escolhido antes da final, Kahn, goleiro alemão, "bateu roupa", soltou nos pés ágeis de Ronaldo a bola que começou a dar ao Selecionado de Luiz Felipe a sua quinta conquista. Nenhuma imagem da biografia de Oliver Kahn é tão lembrada quanto esta.

Há 30 anos, portanto, 1993, Fábio Koff remontou o elenco gremista, o clube vinha de uma Série B, aliás, qualquer semelhança com 2023, não é mera coincidência, pois o Grêmio precisava renascer. Ele buscou vários reforços como os defensores que passaram pela Seleção, Winck, Paulão, Geraldão. 

Trouxe Dener, trouxe Charles, trouxe Pingo, trouxe o ponta Fabinho. Quem mais? dois Eduardos, um goleiro, outro, lateral esquerdo do Fluminense. Desse jeito, tiveram acrescidos aos nomes iniciais, Heuser e Souza, respectivamente.

Eduardo Heuser, gaúcho de Santa Cruz do Sul, na Copa do Brasil daquele ano, vinha salvando  o Tricolor, em especial, contra o Palmeiras, depois, contra o Flamengo e assim, ajudou a levar o Imortal à decisão contra o Cruzeiro.

O primeiro embate ocorreu num Olímpico sem condições de jogo, uma chuva torrencial impossibilitou a sua prática, mas o árbitro Márcio Resende de Freitas, mineiro, deu aval para o confronto se realizar. Qual o único placar que poderia ocorrer? 0 a 0.

No jogo da volta, Mineirão lotado, juiz gaúcho, Renato Marsiglia, o Cruzeiro ganhou por 2 a 1 e o grande goleiro gremista teve a sua falha histórica. Um chute que entrou pelo meio de suas pernas.

Tudo o que ele realizou anteriormente na campanha gremista desmanchou-se como um passe de mágica e Eduardo viveu o seu drama, o seu dia "não", o mesmo que viveram Manga, Barbosa, Breno, Kahn e tantos outros.

Ser goleiro é como andar no arame do circo vários metros acima do chão ou ter que confiar no trapézio como faz um equilibrista destemido.

Acima de tudo, é ser um incorrigível sonhador.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

            https://www.goal.com/br  

            https://pt.wikipedia.org/


quinta-feira, 20 de abril de 2023

Opinião




Tranquilidade 


Excetuando a presença de um número considerável de lesões, esta semana praticamente está passando sem turbulências para o Imortal, comparando com o quadro nacional de clubes da primeira divisão brasileira.

Corinthians, São Paulo e Flamengo trocaram de treinadores, Coudet no Atlético Mineiro vive uma relação conturbada com a torcida e dirigentes, o Inter, além do sufoco para vencer nos acréscimos um time da Venezuela, também teve a confirmação do péssimo negócio que realizou ao trazer um atleta veterano, caro e identificado com o principal rival. O fracasso de Mário Fernandes no Coirmão era crônica de uma morte anunciada. Dá para afirmar que o mesmo ocorrerá com Luiz Adriano. Sua vinda poderá ser chamada logo, logo, de "Taison- o Retorno".

Dos grandes, apenas Palmeiras e Fluminense (pode-se, com boa vontade, incluir o Paranaense nesta lista) respiram ares melhores do que o Grêmio, no momento.

Cruzeiro, Botafogo, Santos, Vasco da Gama não serão páreo para o topo da tabela.

Se o Tricolor gaúcho der os passos certos, terá a temer pela briga do caneco, três ou quatro adversários e, olhem, está superestimado este número. Para chegar-se a ele (o número), Sampaoli, Cuca e Dorival Jr terão que reverter o quadro desarmonioso que se abateu sobre essas potências futebolísticas do Brasil. Uma incerteza.

Portanto, trazer três pontos de Minas no Sábado, fará com que o time comece a superar a travessia sobre a ponte/pinguela que separa a desconfiança da esperança, sentimentos antagônicos na alma do torcedor, que podem definir a trajetória no Brasileirão.



segunda-feira, 17 de abril de 2023

Opinião




Inimigo Íntimo 

Antes de qualquer conclusão, o que escrevo é uma constatação, não uma crítica. Dito isso, vou aos fatos;  se o Grêmio tivesse que atuar no meio desta semana, ele não poderia contar com 1/3 do elenco: João Pedro, Fábio, Geromel, Cuiabano, Reinaldo, Villasanti, Lucas Silva, Carballo, Pepê, Diego Souza e Ferreira. Onze atletas. 

Isso é relevante; é uma sinuca de bico para um clube que não pode contratar "a rodo"; terá que apostar na base e percebi que a paciência com jovens é pequena por parte de uma parcela da torcida.

Deles, os da base, muitas vezes, a cobrança é que sejam craques "instantâneos",  que mostrem tranquilidade, sequência de jogos "no topo" e eficiência que até veteranos não conseguem.

Enfim, será um duro caminho para o Tricolor até Dezembro.

PS: O amigo Alvirubro me lembra que Jonathan Robert e Gustavo Martins engrossam a lista deste adversário íntimo gremista.

domingo, 16 de abril de 2023

Opinião




Um Monstro chamado Kannemann 

Esta postagem poderia se chamar "vitória heroica" ou "no sufoco", talvez, "Grêmio raçudo assegura o triunfo". Preferi esta manchete, porque até o coro alto da torcida se ouviu pela transmissão do Sportv (aliás, que narrador chato esse Dandan!), homenageando a entrega, o envolvimento e, em especial, a qualidade do camisa 4. Às vezes, somente a personalidade e a gana de jogar dele são exaltadas e a técnica de ser "zagueiro" que o levou ao Selecionado Argentino é esquecida. O Viking foi demais, esta noite. Show.

O jogo demonstrou que mudou o patamar das disputas. O Santos que é especulado como um postulante ao meio da tabela, apresentou muita disposição, organização tática e só não saiu com um resultado melhor, porque o Grêmio soube se defender, quando a zaga não foi suficiente, apareceram os braços longos de Adriel para pegar a "bola indefensável" na cabeçada do beque santista.

As ausências de vários jogadores no mesmo setor: Pepê, Carballo, Lucas Silva e até de Villasanti, este, no segundo tempo, fez com que Renato tivesse que refazer o meio com jogadores desentrosados e outros sem a devida resistência física para os 90 minutos, caso de Cristaldo.

Entretanto, todo esse encurralamento que o Peixe provocou na etapa final, poderia ter sido evitado, se Suárez não mandasse para as nuvens a cobrança de pênalti. O terceiro perdido em cinco. Está mais do que na hora de trocar o batedor. Tarefa para o comandante técnico.

Há alguns pontos importantes, talvez pontuais, que o confronto apresentou. São eles: o ótimo desempenho de Bruno Alves e Diogo Barbosa, a atuação correta de Thomas Luciano, lateral direito, o bom desempenho de Zinho, sem comprometer, fechando o lado esquerdo, o ressurgimento de Darlan, a entrada com personalidade de Nathan, mas há os negativos; a má jornada de Suárez e a quase certeza que Éverton Galdino foi um equívoco.

Restaram os três primeiros pontos conquistados e uma semana inteira para se preparar para a segunda rodada, duelo em Minas com um clube que se perder a segunda seguida, virará candidato ao rebaixamento pelo psicológico batendo na porta.

Será uma guerra dentro do gramado.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Opinião




O Caminho das Pedras 


Final de semana começa mais um Brasileirão e para nós, gremistas, depois de mais de uma década, a gente ouve do treinador que ele sonha com o título e isso é inédito para boa parte da torcida. 

A palavra "sonhar" tem duas interpretações; uma representa algo intangível; outra, um objetivo a ser buscado incessantemente. De qualquer forma, ambas me autorizam a pensar que o Grêmio está correto em ir atrás do seu terceiro título no mais importante certame nacional.

Fácil não será e para isso, eu recorri ao amigo Alvirubro para ver o tamanho do trabalho que o clube gaúcho terá. De 2014 até 2022, isto é, nove edições e em apenas duas delas, o campeão chegou lá  (2017 e 2020) com menos de 80 pontos, então, o planejamento deve incluir atenção e eficiência desde a primeira rodada, não dá para arrancar como aconteceu em 2021, quando se "suicidou" nas primeiras oito rodadas, ganhando apenas quatro pontos em vinte e quatro possíveis.

Outra observação foi quanto ao número de derrotas; ele tem que ser inferior ou igual a seis, se a média for mantida. Além disso, empatar em grande quantidade é passaporte para o fim do sonho; sabe-se que, por exemplo, é mais negócio ganhar três em seis partidas, perdendo a outra metade  do que empatar cinco e ganhar a outra. Isto dá 9 pontos na primeira alternativa contra 8 da segunda.

É óbvio que tem que ter qualidade no grupo para suportar as 38 rodadas e contar com a distração dos clubes mais poderosos nos diversos caminhos que trilharão de forma concomitante com o Brasileirão.

A troca de pontos entre os principais oponentes é outro fator decisivo, assim como não desperdiçá-los com figurantes. 

O Grêmio vai contar com um fator fundamental neste ano: a sua torcida. A Arena deverá lotar em todos os compromissos do Imortal em casa. Pena essa punição que reduz o número de jogos no Humaitá.

Isso é relevante e poderá ser o ponto de desequilíbrio a favor do Tricolor.



Opinião

 



Foi ruim de ver, mas o resultado compensou

Eu esperava mais do ABC; 32 jogos invictos, última derrota em Janeiro de 2022, no pré-jogo do Sportv, os comentaristas enchendo a bola do time potiguar, de quebra, as notícias das ausências e da improvisação que Renato promoveu, porém, felizmente, o bicho não era tão feio.

O primeiro tempo apresentou um futebol sofrível, onde ninguém se salvou no Tricolor e o locatário mostrou-se muito limitado ou respeitador demais, pois Adriel deve ter feito apenas uma defesa difícil mais a trave salvadora numa conclusão que me pareceu acidental.

A partida melhorou para o Grêmio ao meu ver, por dois fatores: a qualidade individual  de alguns jogadores (Bruno Alves na defesa, Villasanti e  Bitello mais Vina, este último, certos rasgos de lucidez ) e o cansaço do ABC. Depois do gol inaugural, o duelo ficou desigual, se fosse boxe, eu diria que estava equilibrado na troca de golpes até a cabeçada do volante paraguaio. Ali, os nordestinos sofreram o nocaute.

Hoje, o Grêmio passa a impressão de ter um elenco "curto", no entanto, se Adriel e Bitello se firmaram, incluo Brenno e Grando nessa também; além de Ferreira. Por que não apostar em mais nomes da base? Será que não há no grupo, um lateral esquerdo melhor que Diogo Barbosa? Por que não dar mais chances aos atacantes que estão subindo? Gabriel Silva é um jovem que não pode ser arquivado pelas jornadas com oscilações. Tem potencial.

Enfim, mesmo como diversas dúvidas, desconfianças da torcida, o time começa a encorpar; lembro de vezes em que o Tricolor enfrentou semelhantes situações, isto é, pegando times fracos, ele jogando mal, desperdiçando as escassas chances de marcar e no final, tomar um gol e sair derrotado. 

É um progresso, mesmo que seja tímido.



quinta-feira, 13 de abril de 2023

Opinião




Copa do Brasil; para uns: Copa do Mundo 

Assisti Remo versus Corinthians Paulista, vitória por 2 a 0 do clube do Norte, placar que poderia ser de 3, sem se tornar injusto.

Esperava alguma zebra nesta fase da Copa do Brasil, o meu palpite era em Minas Gerais com o Brasil de Pelotas. Não foi lá, mas houve dois resultados surpreendentes, este, no Mangueirão e a derrota na Baixada do até então, invicto,  Atlético Paranaense para o CRB.

O Inter penou para bater o arquirrival do CRB, o CSA e o Maringá poderá aprontar para cima do Flamengo.

O Grêmio, diante desse quadro, deverá entrar antenado, porque o ABC fará "copa do mundo", além disso, Suárez não estará em campo e o ataque perde sua referência, liderança  e efetividade. Será uma surpresa, se o Tricolor fizer mais de um gol.

Um empate, à principio, será jogar com o "regulamento debaixo do braço", no entanto, isso será "pauta" para a etapa final, conforme as condições de temperatura e pressão da partida.


segunda-feira, 10 de abril de 2023

Opinião




O Futebol de Alberto Guerra 


Qualquer um de nós, tricolores, não concordará 100 % com os três meses e meio da administração "Alberto Guerra"; é da vida, todos somos treinadores. Eu mesmo queria (e ainda não fui convencido do contrário) um treinador estrangeiro, mas isso não impede qualquer um de fazer uma análise positiva destes primeiros 100 dias desta nova Direção.

Renato, por exemplo, perdeu apenas três partidas em mais de meio ano. Isso é relevante; da mesma forma, a mudança de fotografia foi quase que total, até porque, miolo de zaga e goleiros, o clube tem. Vieram jogadores com espírito competitivo Carballo, Cristaldo, Vina, João Pedro, Pepê, todos possuem essa característica.

Outras peças que não deram resultado foram repassadas, casos de Thaciano, Thiago Santos e nessa "barca" poderão embarcar Diogo Barbosa, Lucas Silva e até Darlan + Ferreira, além de Diego Souza, este, apenas pelo ocaso de sua exitosa carreira. Sairá por cima.

Há o grande lance totalmente aprovado: Luizito Suárez, há alguns erros Bruno Uvini, Reinaldo, Gustavinho e coloco uma interrogação em Éverton Galdino.

De qualquer forma, o resultado desta equação é altamente positivo, se os olhos da torcida baterem nos dois últimos anos (2021/22) e fizer a confrontação.

Estão chegando André Henrique, que não conheço e Nathan, atleta que eu indiquei há dois anos, vide Reforço

Com Flamengo, Palmeiras e Atlético perdendo o fôlego, mais o exemplo vermelho do Brasileirão passado, não é exagero nenhum sonhar com o tri. Claro! o número de acertos da Direção terá que ser bem maior do que o atingido no atual estágio.

Tudo com Guerra & cia.


sábado, 8 de abril de 2023

Opinião




Seis vezes Campeão 

Pela terceira vez, eu experimento a sensação de ser hexa; a primeira em 1967, mal lembro, a segunda, fico mais com a lembrança do ano seguinte (1991) em que houve uma mobilização de guerra, forças ocultas retiraram o hepta. Aliás, fica o alerta para o ano que vem: não vai ser fácil!

Sobre o título, esse recém conquistado é mais "autoral". Tem assinaturas bem visíveis do presidente, dos jovens assessores do futebol e do treinador. Eles montaram o elenco, em especial, a contratação de Luizito Suárez, cuja consequência é um recorde de sócios, dois títulos conquistados em dois disputados, mesmo que sejam os menores em importância na hierarquia dos campeonatos deste 2023.

Sobre o jogo. Não foi uma grande partida; brilharam os de sempre: Kannemann, Villasanti, Bitello e Suárez, que sofreu a penalidade, converteu e deu um primor de passe para Lucas Silva marcar o segundo, que infelizmente teve uma irregularidade em seu início, lá na defesa gremista.

O Caxias, embora a diferença de ser um clube que disputa a Série D, demonstrou futebol de Série B. Muito organizado, alguns valores interessantes para Gauchão, casos da dupla de zaga, um meio de campo pegador e ao mesmo tempo, técnico e um goleiro extraordinário. Arrisco dizer que o Coirmão não possui um neste nível.

À propósito sobre goleiros; Adriel pegou algumas "bolas indefensáveis", que em anos anteriores, eu reclamava muito da ineficiência no arco Tricolor. Tomava-se o gol é a justificativa estava na ponta da língua: Bola indefensável.

Também, como perdemos tempo e ganhamos irritação e tristeza em circunstâncias recentes, quando se dispensou Renato (justificadamente), porém, a reposição foi uma "furada" histórica, depois, a malfadada redescoberta de dirigente ultrapassado, que, além de empurrar o Imortal para a Série B, concluiu que comissão técnica e elenco nada tinham a ver com a queda, sendo mantidos em 2022, como se a incompetência dos atos fosse apenas creditada ao destino.

Sorte que parece que esse tempo ficou arquivado. 


quinta-feira, 6 de abril de 2023

Opinião




O Grêmio Meridional 


O Tricolor nesta decisão de Sábado vai entrar em campo com meio time de estrangeiros, isto é, Cinco entre os Onze. Deve ser um recorde na história do clube e o mais importante: Quatro com passagens por Seleções Nacionais. É pouco? não, não é, quando os países de origem desses atletas são a elite da América do Sul: Argentina, Uruguai e Paraguai.

Depois de vexames nos últimos dois anos e um rosário interminável de más contratações; é um alento ver entre os titulares, nomes que vão brigar até o fim pelo sucesso de cada jogada: Kannemann, Villasanti, Cristado, Carballo e Suárez possuem a raça tão característica destas nações vizinhas do Brasil.

Resta saber se a ação deste quinteto contagia os demais jogadores do time.



Opinião




Quase cega, surda e muda 


A decisão do Gauchão sem o grande clássico dos Pampas, se por um lado, em tese, é mais tranquila para o Imortal, por outro, embaça, releva, até "normaliza" aquela que seria a maior semana para o Rio Grande no plano esportivo de Janeiro a Abril.

Há uma cena monótona no futebol, em especial, para o Tricolor (o Inter teve a estreia na LA), que não se observa apenas entre os torcedores e nas redes sociais; também na mídia, que faz malabarismos para exercer o seu papel. Nada toca o coração dos torcedores que faça o clima "esquentar", A temperatura não sobe.

Do jeito que anda, parece um amistoso, essa decisão de Sábado. 


segunda-feira, 3 de abril de 2023

Opinião




Os Olhares sobre Kannemann 


A) Um dos filmes que mais vi na minha vida é Casablanca de Michael Curtiz, realizado em 1942, ganhador do Oscar, com uma cena final antológica; o chefe da polícia, capitão Renault (Claude Rains) conversa com Rick Blaine (Humphrey Bogart) no aeroporto de Casablanca, quando um subalterno informa ao capitão um crime e pergunta o que fazer; Renault diz: - prendam os suspeitos de sempre.

B) No final da década de 70, Grêmio e Inter possuíam cada um, trio de jogadores "rebeldes": Batista, Mário Sérgio e Adilson, esse, falecido precocemente + Yúra, Éder e André Catimba. Imprensa e arbitragem, não davam moleza. Tinha confusão; os causadores eram um ou mais desses seis. Condenação sem direito à defesa. "Era óbvio" que a culpa era deles nas refregas dentro dos gramados. Os brigões/reclamões de plantão.

Trago estas duas lembranças, porque sinto um movimento semelhante para estigmatizar o Viking, atual capitão gremista. Foi assim no pós jogo do clássico, foi assim nas penalidades e expulsão diante do Ypiranga, justas, diga-se de passagem, mas não para tanto: Kannemann, o vilão da hora.

Kannemann é zagueiro argentino à moda ... beque argentino. O Grêmio buscou esse modelo, esse defensor com estas características. Aliás, presentes em Gabriel Mercado, atual Inter, Rolando Schiavi, ex- Boca e Grêmio, Javier Pinola, River Plate e mais lá atrás,  José Luiz Brown e Oscar Ruggiero, campeões mundiais em 1986.

Kannemann não é mais, nem menos do que os citados. A diferença é que joga num lugar dividido por uma rivalidade que ultrapassa os gramados, as arquibancadas, chegando ao coração da imprensa e seus especialistas "isentos".

Para essa parcela, Kannemann está na mira dos juízes e do Var, como se, atualmente, a arbitragem devesse levar para cada jogo, a biografia de cada atleta. Nem os árbitros mais jovens entram nessa.

Na verdade, ocorre uma deslealdade com a maior parte da Mídia que atua com responsabilidade e profissionalismo, avessa à ondas clubísticas na imprensa.

sábado, 1 de abril de 2023

Opinião




Pela Atuação sofrível, empate foi ótimo 


Antes da partida, eu achava empate um excelente resultado, pois traria a igualdade para um hipotético ambiente desigual, isto é, de franca vantagem anímica para o Tricolor no confronto final de volta, Sábado, dia 8. Depois dela, um sentimento de frustração e inquietude. 

Explicando: ainda acho o Grêmio favorito para a conquista do título, porém, o que nesta tarde, o duelo demonstrou é que o Tricolor está muito carente de qualidade. Com a grana gasta é inexplicável o desempenho de determinados atletas. Vamos a eles: não consigo entender (pelo lado qualitativo) a preferência de Bruno Uvini em detrimento de Natã, Reinaldo a cada partida confirma o declínio físico e técnico de sua carreira. Alternativas como Gustavinho, Éverton Galdino e a ausência de um centro avante no banco, mesmo quando Diego Souza está em "condições" são insuficientes. Resumindo: o Grêmio não tem elenco.

Apesar de participar no erro defensivo do gol caxiense, João Pedro fez uma boa partida, o resto do setor sofreu com o ataque adversário. Até Adriel facilitou o trabalho de Marlon no gol  caxiense. "Caiu" mal no lance.

No meio, Lucas Silva, embora discreto, reforçou a incompreensão pela insistência com Thiago Santos, o camisa 16, não podia ficar atrás nessa escolha do treinador.

Bitello,  que imagino ser eleito o craque do campeonato, apresenta em alguns instantes uns "ataques de bobeira", falhas cognitivas, tal a estranheza de certas decisões suas.

Villasanti, discretíssimo, contribuição pífia, pelo menos, não comprometeu. Cristaldo está devendo, se a intenção de sua vinda era para ser o centro pensador do time. Pode e deve evoluir, mas hoje não funcionou.

Vina é muito esforçado, ocupa bem os espaços do meio para frente, porém, o acabamento de suas jogadas compromete o desempenho na maioria do tempo. Perde gols incríveis em horas fatais.

Suárez não é mais "guri", dá para observar que dosa seus movimentos de forma inteligente, no entanto, ele sofre com a falta de parceria; a bola não vem à feição no volume que se exige de um time que tem esse jogador numa posição rara.

Mesmo com o resultado "estratégico" alcançado nesta tarde, o time não empolga.

De bom, a entrada ativa do menino Zinho.