Opinião

O Pior Momento em 2024 

Neste ano bissexto, justamente no 29 de Fevereiro, o Tricolor sofre a maior turbulência do período que recém inicia. É uma coleção de erros preocupante, principalmente, porque eles (os erros) são reincidentes e outros muito pueris para a envergadura dos representantes gremistas na direção da instituição. São vitoriosos em suas carreiras profissionais.

Ontem, lá no Interior, onde mora uma boa gama de gremistas, o maior ídolo do clube não teve essa sensibilidade, além dele, o presidente estava chefiando a delegação e não interagiu com a massa, apenas o goleiro Caíque, com poucos meses de Grêmio, reservou um espaço de seu tempo para atender os torcedores, que dificilmente tem essa oportunidade. Muitos, talvez, uma única chance de verem de perto os craques tricolores.

Mas não foi só isso, perdeu um dos dois únicos títulos que consegue vencer nas temporadas mais recentes, o outro é o Regional, onde já está em desvantagem. Há também, a constrangedora atitude de não valorizar a conquista do São Luiz, não prestigiar o momento histórico do simpático representante da região Noroeste do RS, lugar em que habitam torcedores que, geralmente, tem duas paixões,  o time da terra + Grêmio ou Inter.

Para piorar, a justificativa de evitar novos tumultos é tão incrível (não acreditável), que causa constrangimento para quem torce pelo Imortal. Pergunto: não tinha nenhuma voz forte, resoluta, que determinasse o comportamento civilizado ao grupo de jogadores na solenidade de entrega de medalhas? Não havia um líder para "botar ordem na casa"?

Qualquer torcedor sabe (usando um adágio gauchesco) que é com o olho do dono que o gado engorda. Esse comodismo do Comando Técnico gremista pode causar uma cisão no elenco, onde os mais jovens se sentem desprestigiados com a preterição, que até numa eventual troca de treinador pode levar tempo para cicatrizar.

Para arrematar, anuncia-se no clube uma reunião de cobrança com o grupo. Como? Isso me faz lembrar velhas situações na minha longa trajetória profissional nos setores privado e público, em que participava de reuniões "gerais", onde quem realmente tinha que ouvir, não se fazia presente. No fundo, era mais para "livrar a cara" das chefias, com resultado prático nulo.

Quem vai passar o "pito" no presidente formal que estava em Ijuí? Quem vai "puxar as orelhas" do presidente informal do clube que ficou na capital?

Opinião

Derrota passa pela Direção

Minha última semana de férias e pego um resfriado de respeito, por isso, a escassez de textos, o que, aliás, não mudou muita coisa.

Essa derrota em Ijuí, utilizando os reservas, passa pela (in) ação da Diretoria gremista. Tudo leva a crer que a não utilização dos titulares era para "chancelar" a vontade do treinador de "abrir mão" de encarar os 395 quilômetros da capital até Ijuí. Se fosse absolutamente imprescindível poupar o o grupo efetivo, o normal seria Alexandre Mendes ficar em Porto Alegre e Renato ir com os reservas para prestigiá-los. Da maneira como foi, os suplentes fizeram a leitura de ter um amistoso pela frente. Foi isso que se viu.

Os erros decisivos de Daronco no Grenal colocaram em segundo plano os equívocos do clube como um todo, mas bastou o compromisso seguinte para ver que o treinador gremista tem na prática o comando da instituição. Guerra não age diferente. É uma réplica de Bolzan Jr. no que tange à submissão ao comandante técnico.

Sobre a partida: Caíque, uma defesa espetacular na etapa final, de resto, um desempenho sem reparos, mas sem empolgar. 

A defesa, todos muito mal, o menos ruim foi Natã, que foi sacado acredito mais pela falta de ritmo. Uvini, Fábio, atrapalhados e Mayk, discreto. Como atenuante, a sua estreia.

No meio, talvez o maior erro da escalação: Gustavo Martins, seguramente, o pior do jogo, perdido. Se fosse o primeiro olhar do torcedor, ele ficaria decepcionado com o jovem. Nathan Pescador, só ciscou, Ronald, muito discreto, não assumiu o protagonismo que ele apresenta na Seleção Brasileira.

Na frente, mais decepções: André e Galdino, ambos de uma omissão irritante, nem espírito de luta apresentaram. Nathan Fernandes, pelo confronto de hoje, está bem abaixo de Gustavo Nunes.

As trocas, duas confirmações: Rubens e Besozzi, o clube pode liberar. Não vão acrescentar nada. Cheron e Jardiel, pouco tocaram na bola e Araújo, me pareceu um atleta com pouca noção do setor, um volante que insiste em conduzir a bola em demasia com o agravante do gramado cheio de barro.

Resumindo: esta derrota, este descompromisso dos reservas, ambos são consequências do recado que receberam ao não terem na casamata o seu comandante. Tomara que seja apenas isso, pois tem solução.

Para eles; um treino de luxo. Não parecia valer uma taça.

Torcer para o Grêmio é um "carrousel" de emoções.

Opinião

Renato, Marchesin e Daronco 

Estes três personagens resumem o que de mais importante aconteceu no Clássico de ontem. Foram destacados por diferentes motivos.

a) Renato acertou na estratégia, povoou o meio, neutralizou as incursões ofensivas do Inter que contava com mais de 45 mil colorados (contra 2 mil gremistas). Um vacilo deste setor, um único e Maurício ficou livre, de frente para o arco. De resto, não houve perigo para Marchesin. A propalada superioridade do Inter ficou por conta da imprensa colorada, que realizou uma força tarefa no sentido de desequilibrar o Clássico, intuito parcialmente conseguido, mas sem a ajuda do juiz, ele (o intuito) se mostraria frustrado.

O técnico pensou certo, se o olhar for conservador, porque, ele racionalizou: - Vou de Galvão e Ely, pois são "cascudos", rodados, tem experiência europeia, mas era para começar com Pavon e Gustavo Martins. Faltou ousadia ao treinador. Nestes momentos é permitido pensar que Gustavo Nunes é fruto do imponderável, do emergencial e não da cabeça do comandante técnico. Com Renato, os jovens ficam no final da fila.

b) Desconfio que no evento Marchesin, o clube "comprou gato por lebre". Se ele não teve (na minha ótica) falhas gritantes, fica um estranhamento nos três gols sofridos da mesma forma, chutes rasteiros no canto esquerdo: o primeiro diante do Santa Cruz (David) e os dois iniciais do Inter, em especial, o de Alario. Como atenuante, teve um milagre numa intervenção no lado oposto.

Marchesin tem uma biografia interessante, mas é de estranhar que fosse o terceiro goleiro na hierarquia do Celta de Vigo, que é conveniente lembrar, é uma espécie de "Coritiba" espanhol. "Algo há".

Agora, o determinante para a minha, talvez, precipitada conclusão, é que ele pertence a escola argentina de goleiros, só comparada a dos italianos. E goleiro desta estirpe, não escolhe aleatoriamente a ação na hora da penalidade máxima, Para mim, suas decisões equivocadas na hora dos pênaltis são o que chamo de "xeque mate" na sugestão de dar chance ao Caíque e prospectar o mercado com olhar mais crítico e apurado. O Grêmio tem uma Libertadores pela frente!!!

Vem à mente a figura de Hélio Dourado, quando em 1980 trouxe Carlos Kiese, um camisa 10 paraguaio, eleito o melhor atleta da Libertadores ganha pelo Olímpia. Pois bem, não jogou nada no Tricolor, os colorados só ironizavam. Dourado, "puto da cara" despachou o gringo e trouxe Hugo De León como resposta. A história, todos sabem os desdobramentos.

Alberto Guerra pode se espelhar neste gesto e trazer um goleiro incontestável.

c) Daronco fez um estrago só superado pelo Wilton Pereira Sampaio, que não deu três penalidades num único Grenal, que surrupiados, impediram a vitória azul. Vejam:

- Deixou Gustavo Nunes ser caçado o jogo inteiro. Bastava dar um cartão amarelo para Bustos na primeira jogada. Foi a mais violenta

- Não expulsou Valencia que deu um cotovelaço em Kannemann, ainda na primeira etapa, aliás, cotoveladas parecem ser o fraco de Daronco, lembram do William desmanchando a mandíbula de Bolaños? Nem falta deu na ocasião

- Errou na infração não marcada em João Pedro, cujo desdobramento do lance ocasionou o primeiro gol vermelho

- Não deu uma penalidade em André Henrique no segundo tempo. Alguém dirá, não deu de Kannemann em Valencia antes, no entanto, as imagens mostram o equatoriano puxando o Viking num primeiro movimento. Elas por elas

Alberto Guerra precisa lutar pela exclusão deste árbitro nos jogos decisivos. Ele está contaminado pelo vírus do condicionamento, sucumbiu ao festival de críticas estratégicas que parte da imprensa e, principalmente, de dirigentes colorados, que retomaram a velha prática de décadas anteriores, que tanto surtiram efeito, mas que se julgavam ultrapassadas. Nem com o VAR é recomendável a sua indicação. Melhor para ele será ir para outra federação

Daronco, entre tantos erros do Grenal, foi o maior. Ele "botou o clássico" embaixo do braço. Pena que foi de forma negativa.

Opinião

Grêmio perde o Clássico com atuação horrorosa de Daronco 

Todos sabem que sou crítico do treinador Renato, mas hoje a derrota passou pela arbitragem. Horrível. Daronco sucumbiu, não aguentou o condicionamento, a pressão durante a semana. Se houver lisura no campeonato, ele está fora dos jogos decisivos. Mesmo com os erros do Tricolor, o resultado é consequência da atuação do juiz, aliás, a bandeirinha (auxiliar) Maira, não tem condições de apitar jogos desta envergadura. Pelo menos, por hora.

Sobre o Grêmio: ele apresentou equívocos: Marchesín, não acredito em falhas nos lances, porém, não está fazendo a diferença que goleiros precisam fazer. O Grêmio necessita de um arqueiro que surpreenda pelo "impossível". Ou está se adaptando ou não é o profissional que o clube ambicionou buscar. Não acredito em Caíque, que tecnicamente é inferior ao Grando nas "valências". Ele não foi devidamente testado em grandes jogos.

Renato pensou bem o jogo, perdeu no detalhe, mas com a ausência de Geromel, a carência de beques demonstrada no elenco escancarou. Rodrigo Ely foi para a partida e não deu a resposta satisfatória. Aqui, uma característica dessas contratações gremistas, traz jogadores médios da Europa com salários que ficam no topo da folha, vale lembrar que JP Galvão é o mais caro do grupo. 

Outra deficiência: a insistência com Galvão é incompreensível, o Tricolor atuou com"10" o tempo todo.

É óbvio que ninguém gosta de perder, no entanto, a tão propalada diferença de elencos entre a Dupla não se verificou na prática. Vencendo, o Grêmio iria se iludir.

Mesmo com esses erros do Tricolor, pessoalmente, acredito que o resultado passou pela apequenamento do juiz. Não teve coragem para suportar o condicionamento da semana. Deve ir para a geladeira.

A derrota deixa lições: o Arco passa por suspeição, a zaga é insuficiente, os recém contratados vão virar titulares, Renato, igualmente, deve estar sob avaliação.

Opinião

Escalações 

Aproximando a data do clássico, vou opinar sobre a formação do time para Domingo. Primeiro, o que eu escalaria, depois, o que imagino que Renato escolha:

A minha: Marchesín; João Pedro, Geromel, Kannemann e Reinaldo; Dodi, Villasanti, Du Queiroz e Pepê; Pavon e Gustavo Nunes. Por que? Porque o Inter vai atacar, joga em casa e está vocacionado para ser ofensivo, tem a história recente de fragilidade do setor defensivo gremista, além da péssima experiência do mais recente Grenal, quando o Tricolor deixou o principal atleta vermelho desfilar livre (Alan Patrick). 

Mas não é só isso, com um meio que sabe se fechar, os laterais tem a chance de avançar (João Pedro e Reinaldo são bons finalizadores) e dependendo da esquematização ofensiva, eles se somarão aos dois velocistas da frente. O Inter pode não estar preparado para ser atacado, também.

A que espero de Renato: Marchesín; João Pedro, Geromel, Kannemann e Reinaldo; Villasanti, Du Queiroz, Pepê e Cristaldo; João Pedro Galvão e Gustavo Nunes. Por que? Porque Renato gosta de ter um centro avante, também, porque achará arriscado colocar Du Queiroz e Pavon juntos  desde o início, por fim, espera que Cristaldo possa finalmente desencantar, assumindo a maestria do meio de campo.

De qualquer forma, o Grêmio está mais bem equipado do que duas semanas atrás, Renato tem ótimas alternativas para fazer um bom enfrentamento no Beira-Rio neste final de semana.

Opinião

A Mudança Positiva 

A semana é quase toda do Clássico, o primeiro do ano já com caráter de decisão (praticamente define onde será o local da provável final), muitas novidades de ambos os lados e muita expectativa, principalmente pelo lado vermelho que está numa seca de sete anos de regionais.

Fugindo um pouco dele, eu notei uma mudança importante e positiva no Tricolor, qual seja, a presença de velocistas, dribladores e especialistas no duelo um x um; são quatro no elenco, todos com possibilidades de titularidade: Soteldo, Nathan Fernandes, Gustavo Nunes e  Pavón.

Ajustando o meio, um meia que consiga fazer a bola chegar "redonda" aos extremas, o Grêmio terá neste ano, uma arma letal, que em temporadas passadas ficou na "teoria Ferreira".

Até com um camisa 9 limitado tecnicamente, mas com a vocação de botar a bola para dentro, os resultados aparecerão. 

Apenas para constar: Diego Costa não é meia boca, tem qualidade, resta saber se ainda é o cara.

Opinião

Elencos 

O Lipatin lançou a "provocação" sobre o elenco do Grêmio, o deste ano, mas antes de tratar disso, eu vou fazer uma brincadeira, que tem muito de real, pois sempre que estamos numa semana de clássico, a mídia resolve fazer comparação entre os 11 da Dupla, posição por posição.

É interessante, porque nesses momentos o vírus da parcialidade (ou seria da honestidade para com o leitor?) atinge os jornalistas como uma armadilha ou arapuca, assim, eles deixam emergir a infância, escancaram a porta do armário e revelam as suas preferências clubísticas, mesmo sem se darem conta disso. Sai por acidente ou distração.

Exemplificando. É mais ou menos assim nas comparações posição por posição:

- "... e chegamos a posição de zagueiro pelo lado direito; temos Pedro Geromel e Rodrigo Moledo. É inegável que Geromel, talvez (eles nunca admitem) o maior zagueiro da história Tricolor (do Rio Grande é impossível pedir isso deles) tem uma biografia maior, mais espetacular, uma trajetória brilhante, repleta de títulos, mas futebol é momento  e hoje, repito, hoje, Moledo está melhor. Meu voto vai para o zagueiro colorado."

- E no meio de campo: " ...na armação, embora não tenham mesmas características, temos Maicon e D'Alessandro. Difícil, dois capitães vitoriosos, o camisa 10 do Inter não vive uma boa fase, já Maicon é o maestro do time gremista, atravessa grande momento, Tite está de olho nele para a Copa da Rússia, porém, D'Alessandro é a grande referência técnica do Inter há anos. Sua biografia é uma das mais ricas da história do clube, não tem como ignorar isso. Apesar da boa fase de Maicon, por toda a trajetória de D'Ale, meu voto vai para ele. Quero que me entendam bem! Ele é um símbolo da instituição. Ratifico: voto em D'Alessandro."

E assim caminha a nossa crônica isenta.

Bom, sobre o elenco de 2024 do Grêmio, antes da chegada de Pavon e Du Queiroz, o sopro de esperança respondia por um único nome: Soteldo. Com a lesão dele e a de Nathan Fernandes, o técnico se obrigou a escalar o ainda não lapidado Gustavo Nunes e o menino está dando uma bela resposta. Em postagem anterior, eu mencionei o nome dele e de mais três garotos que me chamaram a atenção, vide Artilharia Pesada.

Renato fecha mais um ano à frente do elenco, Diego Costa, por enquanto, uma esperança, Marchesin precisa mostrar que recuperou a forma que o levou ao Selecionado, Geromel e Kannemann são uma incógnita, então, novamente, após a chegada dos atacantes, a preocupação da Nação gremista responde pelo lado defensivo, que começa no meio de campo. Com o trio final confirmando, robustece a defesa. Falta a reposição do banco confirmar, também.

Com a fotografia do momento, não dá para dizer que o elenco é fraco. Hora do jóquei.

Outra dúvida de última hora é a substituição do titular da preparação física. Não pode haver retrocesso nesta área.

Opinião

A Lapidação de Natã 

Em 2021, Natã, oriundo da base gremista teve destaque no Regional, atuando pelo Aimoré. Uma grata surpresa, aliás, ainda não vi nenhuma partida ruim dele, embora, o número de vezes seja inexpressivo para uma análise definitiva. Aparentemente, ele é baixo para zagueiro, mas isso não é um decreto para invalidar o seu aproveitamento.

Passou 2022 e 23 no grupo gremista, sendo "lapidado" pelos treinadores. Atualmente, ele é a última opção. Está atrás de Rodrigo Ely, Bruno Uvini e Gustavo Martins.

Com as dificuldades (espero que sejam momentâneas) de Pedro Geromel, eu lembrei do jovem defensor, pois não compreendo como ele está tanto tempo no elenco azul sem uma avaliação definitiva, inclusive, vendo Gustavo Martins "furar a fila". 

É o clássico exemplo de atleta que não se vê explicação para estar no grupo, só se for para completar o time nos "rachões".

Repito: tenho uma boa impressão dele, não compreendo como não recebeu idênticas oportunidades do que as dadas para Uvini, Ely ou Gustavo. 

Se a avaliação é de que ele é inferior ao trio, então, o melhor é liberá-lo, caso contrário, Natã se tornará o que antigamente se chamava de "come e dorme" dentro do plantel. 

Situação incômoda para todos, isto é, o Grêmio parece não confiar nele e Natã está "empatando" a sua carreira.

Opinião

Pavon comanda a goleada na Arena 

Um 6 a 2 que não refletiu as dificuldades do Grêmio no primeiro tempo, quando sofreu o empate, depois de um 2 a 0 com o Santa Cruz tendo maior posse de bola, algo irrelevante, mas também, raro numa briga de lanternas contra um dos grandes na Arena ou Beira-Rio.

Foi preocupante, porque, mais uma vez bastou encarar um adversário organizado, mesmo sem qualidade técnica para o Tricolor encontrar sérias dificuldades, só vivendo ofensivamente do talento do menino Gustavo Nunes. O meio e a zaga parecendo um queijo suíço, onde, infelizmente, Geromel acabou responsável pelos dois gols sofridos, o primeiro, uma "pintura", um chute forte em curva que bateu na trave, antes de entrar, porém, o lateral do Galo teve todo o tempo e espaço para desferir o tiro. O segundo, um desarranjo defensivo com um erro inicial do capitão.

O meu temor é o dia em que o Grêmio enfrentar uma equipe organizada repleta de bons jogadores. O Fantasma do enfrentamento diante do Flamengo de Jorge Jesus, ainda ronda o Grêmio de Renato.

Na segunda etapa apareceu a solução ofensiva e dos três pontos; jogadores talentosos e participativos. Du Queiroz entrou muito bem e Pavon teve uma estreia de luxo. Lutou, correu, deu ótimos passes e ainda marcou o tento que encaminhou a goleada. 

Penso que o Imortal ganhou três reforços para a temporada: Gustavo Nunes (se Renato não sacar do time para "lapidá-lo") + Pavon e Du Queiroz. É provável que esteja decretado o fim da "Era dos Trotadores" no meio de campo e da ruindade ofensiva. 

Se alguém tinha constrangimentos em criticar Galdino, "um batalhador", deve ter perdido esse sentimento ao ver Pavon atuar, chegando ontem a Porto Alegre. É um ânimo para a temporada. 

Aos poucos, a Direção vai ouvindo o recado que vem da torcida. Que não fique nestas primeiras medidas que são de dentro das quatro linhas. Tem mais ações que clamam por urgência no futebol gremista como um todo.

Opinião

Empate traz Novidades 

Esperava menos dessa partida. Foi uma partida melhor de se ver do que a anterior, a do empate contra o São Luiz, pois o time jogava fora de casa e completamente reserva ou quase isso (Fábio é titular?). Esperava pelo pior.

O Tricolor apresentou muitas novidades, a maior delas, a mais rutilante, a confirmação que temos um representante da linhagem de "ponta esquerdas": Gustavo Nunes é muito bom e vai progredir, se tiver melhores companhias, quero dizer, os titulares.

Tratando pontualmente da exibição desta noite tivemos Caíque com uma grande defesa, mas com uma reposição de bola irritante, equivocada. Balões com a perna esquerda que invariavelmente pegaram a zaga do Canarinho de frente. Uma exceção foi o lançamento com a mão para o avante gremista (Gustavo Nunes) que fez bela jogada, proporcionando uma grande intervenção do arqueiro adversário.

No setor defensivo, Bruno Uvini apresentou uma objetividade, simplificando os lances, já o lateral esquerdo Wesley sofreu muito com as incursões do Ypiranga pelo seu lado. Fábio e Gustavo Martins muito modestos, mas sem comprometer.

No meio, o ponto alto do time: Dodi com muita luta, uma entrega elogiável; Ronald, discreto, mas eficiente e Nathan mais ativo, participativo, porém, na relação custo-benefício, ele é um dos candidatos a "saltar da barca" numa possível reformulação do elenco. Pedro Lucas não fez menos do que ele em menor tempo.

Galdino e André Henrique, constrangedores. Uma noite ruim para eles.

Saindo da partida: Acho interessante a contratação de Pavon. Ele e Marchesin vão dar experiência de jogadores de Seleção Argentina.

Por fim, eu recebi de um amigo a informação que jornalistas flagraram a saída de Renato do treino para dar continuidade nas negociações. Ele foi buscado para ajudar a Direção nos contatos com futuras contratações. Isso dá a dimensão da dependência dos gestores com relação à influência do técnico. 

Renato parece não ser o maior furo deste processo. Tem a sua parcela neste desarranjo no futebol Tricolor, no entanto, a Direção dá sinais que é parte vacilante no dia-a-dia do clube. 

Interromper o treino para que o treinador faça o que deve ser obrigação dos dirigentes, não pega bem.

Opinião

Chance para a Base  

Em Erechim, o Grêmio vai colocar reservas, inclusive o técnico não irá, então, a vez de rodar o elenco, nele, muitos jovens. Hora de aproveitar a chance.

Eu não gosto de ver guris sendo lançados na fogueira, isto é, colocados em "massa" numa partida, pois dificulta o real potencial do jovem. O correto é dar chances ao lado de mais experientes como foram os casos de Mário Fernandes, Wallace, Gabriel Grando e Brenno que estrearam no jogo mais emblemático do Rio Grande, porém, ao lado de titulares.

Os que entrarão em campo nesta Quarta-feira, não terão essa benesse. Paciência! Lá estarão Igor Serrote, Gustavo Martins, Wesley, Ronald, Gustavo Nunes, talvez Rubens e Riquelme. Que tenham boa sorte no confronto, porque, com certeza, sequência no time é algo que está fora dos planos da Comissão Técnica.

Opinião

Segunda de Carnaval 

No meio do feriado, já na segunda colocação do Regional, onde concorrem apenas dois candidatos, vejo que há várias argumentações para o atual estágio que Suárez se encarregou de postergar no ano passado. Uma delas diz que o "11" gremista carece de qualidade e que o elenco é reduzido, "curto". O treinador deixa isso nas entrevistas. É verdade? Não sei. Sei que é um grupo de 13 milhões de reais/mês, então, o que se dirá de outros elencos nos clubes de Série A com folha bem mais modesta. Fazer um time carente, gastando isso, é no mínimo, falta de conhecimento do mercado. É o mais ameno dos pensamentos, das conclusões.

Houve uma janela na metade do ano. Vejam quem veio "qualificar" o grupo: Caíque, Rodrigo Ely, Nathan Pescador, Luan, Yturbe, Besozzi e João Pedro Galvão. Quem virou titular? Vieram sem o aval do técnico, que tudo fiscaliza, que tudo orienta?

Agora, olhando para dentro do gramado, o futebol moderno não comporta mais trotadores/troteadores dentro das quatro linhas. Até quem é extra classe corre (Messi, Cristiano Ronaldo, Di Maria, Suárez), já no Grêmio, eles tem espaço (Cristaldo, Pepê, Carballo, etc...). O agravante é que isso se perpetua no time. Não é em 2024. Talvez a reminiscência de uma época que já não existe (Maicon, Luan, Douglas,  Ramiro, todos juntos e misturados). Esse é o maior dos erros do time.

O meio de campo deve começar com Ronald e Villasanti, esses dois são os maiores titulares. Enquanto o primeiro estiver na pré-olímpica, deve ser substituído por Dodi. Nesse caso extremo de vias de perder o Regional, o esquema tático tem que se sobressair ao lado técnico. A casinha precisa ser fechada.

Num segundo momento, confirmada a má jornada no Gauchão (mesmo que venha o título), o clube precisa se reestruturar, despachando quem não deu certo e buscar um treinador mais atualizado e ciente de que o clube precisa apenas de um comandante técnico, deixando para os demais setores o que é de competência deles.

Finalizando, reforço: Não há mais espaço para jogadores que apenas trotam em campo. Fazem isso porque não há cobrança, alguns com contratos de três anos.

Opinião

Grêmio escancara suas deficiências 

O título da postagem não trata apenas do que se viu em campo, porque isso é consequência do que rola fora das quatro linhas. Dizer que o grupo do Grêmio é deficiente, carente, que tem falta de qualidade é uma verdade pela metade, pois é um elenco de 12, 13 milhões de reais e empatou jogando pouco contra o São Luiz, cuja folha é de R$ 240 mil mensais, ou seja, o salário de um reserva do Tricolor.

Aí, a gente ouve que o salário não entra em campo, bom, então não se gaste 13 milhões. Por que, para que?

O São Luiz mostrou todo o seu tamanho e falta de ambição, quando fez o gol e "teve medo de ser feliz". Recuou como um clube pequeno, que não acreditou no que estava acontecendo. Tomou o empate e resolveu jogar novamente. Quase ganhou, pois, assim como Caxias e até o Novo Hamburgo (que perdeu), ele demonstrou mais organização tática, revelando que (e que Coudet não leia isso), basta apertar o Grêmio, que ele vaza como um time da zona do rebaixamento da Série A do Brasileiro.

O problema (ou a solução) do Tricolor passa por se organizar fora de campo. Não dá para os dirigentes se comportarem como fãs do treinador,  ele que repete o que  fez com Bolzan Jr.

 Renato deita e rola, faz e acontece, liga para jogadores no mercado, num "auxílio" que (para usar uma palavra da moda) é tóxico. Mais atrapalha do que ajuda.

Também falta transparência na relação com o torcedor, ou alguém acredita que, conforme disse na entrevista no pós jogo, que Diego Costa no final do ano, manifestou a ideia de voltar para a Europa, que esse era o seu desejo, por isso, à época, o Grêmio respeitou a sua vontade, mas, depois de uma conversa de 40 minutos, o treinador mudou o seu pensamento, a sua intenção. 

Resumindo, provavelmente, alterou até o que os familiares de Diego Costa já tinham com certo.

O desgoverno na condução do clube na parte do futebol é tão grande, que depois de um ano, mantém um lateral (Fábio) que não conseguiu jogar 2 partidas completas em sequência. Que mantém um  atacante visivelmente inadaptado ao futebol brasileiro (JP Galvão), já com indícios que o psicológico está afetado, que não dá aos juniores as mesmas sequências que muitas nabas recebem. Os guris, ou estouram em 45 minutos ou ficam na geladeira. Nenhum deles joga 6, 7 partidas em série.

O técnico diz que vai fazer cobranças internamente, mas quem vai cobrar o treinador? É a fábula da Assembleia dos Ratos, todos sabem que o problema maior é ele, porém, ninguém se habilita a colocar o guiso nele, como lembrou o rato mais idoso na fábula.

Resumindo, os torcedores apontam equívocos, mas são desconsiderados, porque são passionais, mas as verdades acabam aparecendo, como quando muitos disseram que sem Suárez, o time iria brigar para não cair no Brasileirão de 2023, afirmação contestada, porque o vice campeonato era obra do treinador. E agora que o grupo é praticamente o mesmo?

Finalizando, pois o texto ficou grande: Se se considerar o elenco gremista fraco ou insuficiente, qual o adjetivo/qualificação que será usado para definir os elencos de São Luiz e assemelhados, integrantes do Regional? Como se deve classificá-los?

Opinião

Dazed and Confused 

Entrando em férias e já meti um Led Zeppelin na vitrola, no caso, bem conveniente o cover da banda para o sucesso de Jake Holmes, está afinado com o meu sentimento em relação à contratação de Diego Costa para pilotar o ataque gremista.

Como estou mais para otimista do que para o outro extremo, acredito que o sergipano veio para reforçar o grupo, pois não dá para o Tricolor sair de Suárez e repassar a 9 para o reserva do Tiquinho Soares. Aí vira sacanagem com a torcida.

Fazendo uma equação com o meu atual sentimento, seria: Diego Tardelli + Douglas Costa = Diego Costa. Se for para a titularidade, então, ratearam em não tentar Deyverson.

Pode dar certo? Pode. Alguém dirá: "Qualquer contratação é uma aposta, veja o caso do goleiro Ivan, do Coirmão". Bom, então está aberta a temporada do aleatório e da irresponsabilidade, ingenuamente sonhar com a pretensa vocação de Renato para recuperar carreiras, nessa virtude, sou mais o Quentin Tarantino, mestre em reavivar a trajetória de muitos artistas.

O Grêmio, sua Direção, assusta o torcedor com "lances" como esse. Vale recordar que Diego Costa teve passagens ruins dentro e fora do campo no Galo e no Glorioso e disputar uma Libertadores exige movimentos mais arrojados e consequentes do que este.

Tomara que eu esteja errado, mas, JP Galvão, Galdino, Diego Costa... exigem muito otimismo do torcedor. Otimismo que beira a alienação.

Opinião

Grêmio vence com bom futebol 

Para quem reclamou recentemente da tortura que é ver o Tricolor jogar, hoje, hoje vi o time dar uma boa resposta, praticando um belo futebol, ganhando com naturalidade na Arena.

O Novo Hamburgo é fraco, mas bem treinado. Soube se fechar e apresentou uma novidade, o goleiro Lucas Maticoli. Ele vai fazer carreira, com certeza. 

Para o Nóia, faltou perna na segunda etapa, além disso, o Imortal liquidou a fatura no início do segundo tempo.

Foi o jogo para Pepê brilhar. Ele comandou o meio de campo em boa companhia, Villasanti, Cristaldo na primeira etapa e Nathan Pescador na segunda. Aliás, as modificações melhoraram o time, Nathan Fernandes se destacava, quando se machucou e Besozzi, ainda um pouco atrapalhado, mostra evolução, arrisca mais e quase marcou um gol em jogada de André Henrique, este, que marcou um golaço de trivela.

Kannemann está mais tranquilo, talvez seja a presença de Geromel. E JP Galvão teve seu melhor jogo, marcou de penalidade e foi mais inventivo nos passes.

De negativo, o mau desempenho de Galdino e mais um partida em que Fábio não completa os 90 minutos. Pode até ser um bom jogador, mas no Grêmio, ele deu muito azar. Não engrena. João Pedro se mostra muito melhor preparado para a titularidade.

Enfim, um bom jogo.

Opinião

A "Safra" é muito ruim 

Renato é um dos principais treinadores brasileiros, isso parece consenso na mídia nacional. Se elencarem os cinco melhores, ele está dentro. Então, porque a ronha de parcela da torcida com ele?

Porque a safra de treinadores brasileiros é muito ruim, o que não significa que (eles) não ganhem polpudos salários. Quem são os considerados "top": Tite, Dorival Jr., Renato, Luiz Felipe, Fernando Diniz. Quais outros? Rogério Ceni, Fábio Carilli, Cuca (que foi cancelado), Mano Menezes?

Luiz Felipe anuncia que vai parar no final do ano, Diniz ganhou a LA graças aos erros de finalização do Inter, Mano Menezes emenda um trabalho insuficiente atrás do outro, sobram Tite, disparado o melhor e Dorival que é um técnico "feijão com arroz", se fosse aluno é o cara da nota 6. Avança por ser mediano. Verdade? Basta ver que até a CBF andou atrás de treinador estrangeiro, mas como a bagunça é grande por lá, todos não quiseram assumir a bronca.

No caso que nos interessa (Grêmio), optar por um dos "melhores técnicos brasileiros", não significa agregar qualidade, tem que olhar a concorrência, senão, fica como ganhar o Regional em cima de uma fase horrível do Coirmão e todos os limitados clubes do interior + o Zequinha. 

Fica a pergunta: O mercado de técnicos nascidos no Brasil é parâmetro?

Opinião

Grêmio supera o Avenida 

Haja paciência para assistir o Grêmio neste começo de ano. São vários fatores que desestimulam olhar as partidas (pelo menos para mim): Início de temporada, nível baixíssimo dos adversários, a saída de Suárez que revela para quem ainda não havia se convencido, principal responsável pela campanha do vice campeonato e, por fim, a renovação com o técnico Renato e, óbvio, período de férias de boa parte da torcida.

Partidas sofríveis, que pouco ou nada acrescentarão à temporada, mas como disse um treinador da terra, se ganhar um Gauchão não é importante, imaginem perdê-lo. Vencer este ano representa um Hepta. O problema é achar que é suficiente. Vale lembrar que em 2021, ele ganhou com sobras esta competição e caiu para a Série B.

Sobre a partida desta tarde, dá para destacar Nathan Fernandes e a boa entrada de Besozzi, pareceu mais desinibido, arriscando mais. Isso, o lado positivo, já JP Galvão e Galdino foram muito mal novamente, o que pode e deve permitir uma conclusão definitiva pelo treinador, quanto ao aproveitamento dessa dupla ao longo de 2024.

Neste momento, não vejo esperanças de fazer uma boa LA. Tem que melhor muito para ficar na média dos times de meio de tabela de um Brasileirão, por exemplo.

Opinião

Vitória no sufoco 

Anunciava-se que este encontro na Arena seria para se ter a devida dimensão deste time do Grêmio, versão 2024, pois encarava um clube de Série A. Dá para dizer que o teste, apesar da vitória, deixou muita preocupação, porque o Juventude é eventualmente de Série A, jamais se pensa nele como candidato a vaga na LA, muito menos ao título do Brasileiro.

É uma pequena amostra, porém, ela foi assustadora, toda a etapa final foi do visitante e o goleiro gremista teve que trabalhar para garantir os três pontos, mas o termo "assustadora" está mais plasmado, mais cristalizado, quando Soteldo se lesionou; ali, o sentimento de orfandade deu sua cara. Algo numa dose menor, mas relevante, tanto quanto foi perder Suárez em determinadas  partidas de 2023. Soteldo é uma ilha de talento, no entanto, o grupo ainda assim, é suficiente para fazer um bom enfrentamento ao Juventude ou Caxias. O furo está fora das 4 linhas.

Vários indícios demonstram a fragilidade gremista, uma delas, a presença de Geromel. Explico: com ele a defesa se fortalece, porém, ele não vai estar em muitos jogos e o que temos é desanimador. Com exceção de Gustavo Martins, não dá para "cravar" que os demais zagueiros darão conta do recado.

E o meio? Bem, o meio segue desanimador, uma melhora de Pepê, uma partida regular de Villasanti, o mesmo Cristaldo de outras jornadas. É pouco, quase nada.

Na frente, aí só dá para aceitar, se é para o treinador ter a certeza que Galdino e Galvão não tem condições de fardar, por tudo que (não) mostraram até agora.

Para a partida do final de semana em Santa Cruz do Sul certamente sem Soteldo, a vitória será fruto de muita transpiração e de um bafejo da sorte. E é contra o Avenida.

O Grêmio é um bando desarrumado, sem criatividade, sem individualidades, sem arranjos táticos que permitam ser superior em casa sem passar por sustos.

É líder, mas isso passa mais pela ruindade dos adversários, incluindo o Coirmão em suas visitas ao interior.

Assistir nosso clube do coração virou tarefa para testar os nervos.