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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Opinião




É Intransferível

É hoje. Só existirá Libertadores da América se passar  à noite. Obviedade, mas era preciso ser dita a frase.

O Velez Sarsfield caiu, então um dos hipotéticos grandes rivais foi para o espaço. Vão ficar os que souberam jogar esta LA, espero que o Tricolor esteja entre eles.

O espírito para o confronto terá que ser idêntico ao que tomou conta do misto que encarou o Atlético Mineiro. 

Com exceção de Rhodolfo, Enderson terá o grupo completo, inclusive com Luan, um retorno antes do esperado e Rodriguinho, em quem deposito muita confiança. Será uma alternativa poderosa no banco.

Além de todos os benefícios que a classificação traz na competição, também trará reforços, isto é, mesmo que o Tricolor não ganhe o título, pelo menos, se reforçará para a Copa do Brasil e Brasileirão, então ... Tudo com eles. Torcida ajuda, mas não ganha jogo.

Um dia comum.

Pois bem, o título é a antítese do texto, de tudo que se pode falar sobre esta modorrenta quarta-feira, algo é indefectível – nada tem de comum. A 03 dias do fatídico evento – que minha futura esposa não me leia e vocês perdoem o chiste – comemoro, nesta noite, minha despedida de solteiro, e que melhor – ou pior – maneira haveria de se comemorar? Desde ontem a noite a campainha perene anuncia mensagens que, do Whats app, insistem em lembrar da reunião entre amigos, do churrasco, da bebida e, acima de tudo, de um paixão. Paixão que hoje deixa, às 07h, a mãe, que a tempos não via, em casa; às 08h, a noiva, ainda na casa dos pais e, com pressa, se adianta ao horário do evento, torcendo por um cantinho na churrasqueira e um lugar privilegiado à frente da TV. Hoje, aqui em Rondônia, nós, poucos, mas entusiasmados gremistas, nos reunimos no Taberna, mais do que qualquer vínculo afetivo, consanguíneo ou atávico nos une uma paixão. Que seja, este mesmo sentimento, suficiente a impelir que também se reúnam, em família, com amigos, entre estranhos mesmo, unidos por um único ideal. Hoje eu vou comer churrasco e vou beber, para comemorar ou para lamentar, ignorando que se passe mais um dia comum, hoje, acima de tudo, é dia de GRÊMIO!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Opinião




Mudando o perfil

Finalmente o Tricolor vai ter Zé Roberto, Luan, Dudu e Barcos juntos; não lembro de ter visto antes (aí Alvirubro, é "vero"?).

Escrevi anteriormente que nós torcedores vemos um time virtual, seja pelo lado esperançoso, imaginar Geromel ou outro bom companheiro para Rhodolfo, seja pelo lado preconceituoso, "Dudu é bruxo de Enderson, então não presta" (imaginem jogando o que joga, sendo da base tricolor; a crítica funesta mudaria da água para o vinho); pois no meu time virtual, sonho com um quarteto que tenha afinidade com a bola, um "quarteto mágico" que seja envolvente tecnicamente, que a hegemonia do jogo seja definida pelo futebol envolvente e especialmente, consequente, Jogar e ganhar. Jogar e classificar. 

Fico imaginando o Aranguiz e D'Alessandro "pifando" Barcos na pequena área sem goleiro como acontece com Rafael Moura. Por que não? Certamente com outros atores servindo o Pirata. Há inclusive variações que poderão dar certo nos próximos confrontos como por exemplo: Riveros e Zé Roberto; Luan, Ruiz e Dudu; Barcos. Quem sabe Edinho na zaga? Ramiro na lateral?

Isso será possível, quando o time/elenco adquirir confiança e qualquer um vista a camiseta sem receios, como ocorreu em 2001, onde Tite improvisava o lateral Pedrinho (ex-Pelotas) como zagueiro, Roger, também na zaga, Anderson Polga de volante, virando zagueiro e tudo dando certo.

O pontapé inicial desta virada pode ter sido dado pelos meninos neste último jogo, o 2 a 1 sobre o Galo, mas o mais importante é a mudança de perfil dos atletas do meio de campo. 

Pode ser definitiva.  

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Opinião




Por hora, tranquilidade

A vitória maiúscula da equipe mista ontem, dá a tranquilidade que o clube necessita para encarar o, até aqui, maior desafio de 2014. Esse foi o maior legado do final de semana.

Outras coisas boas surgiram ontem:

- A certeza que investir em juniores é a melhor saída. Grohe, Moisés, Saimon, Bressan, Breno, Matheus Biteco, Ramiro, Luan, Lucas Coelho tiveram passagem pelas categorias de base, mesmo que alguns tenham um histórico breve no "time de baixo". Além disso, Ruiz e Rodriguinho são jovens. Foi um misto muito jovem. Acrescentam-se Wallace, Éverton e Rafael Thierry neste perfil

- O envolvimento com a partida (atitude, pegada, etc...), isso tem várias definições, porém, o mais importante é deixar "compromissada" a equipe titular. É possível se manter "elétrico" os 90 minutos, ou quase isso, o descuido no gol do Atlético mostra que um vacilo, no caso de ontem, zaga e goleiro, pode ser fatal. Aliás, golzinho muito semelhante na feitura com o primeiro do Grenal do 1 a 4, portanto, paciência será coisa para torcedor. Em campo, eletricidade, sufoco, bafo na nuca ... e muita concentração para cima dos argentinos

A semana começa muito bem para o Tricolor. 




domingo, 27 de abril de 2014

Opinião



Vitória com jeito de avant-premiere

O time misto do Grêmio jogou muito, encaçapou o campeão da Libertadores, sempre passando a impressão que não perderia a partida. Foi uma superioridade uniforme, às vezes, a posse de bola mineira meio que mascarou isso, mas o espectador atento não entrou nessa. Mesmo depois do desconto de Fernandinho (aliás, muito superior a Bernard), a vitória parecia segura.

O principal fator pelo triunfo foi a pegada coletiva, associada a colocação de três jogadores técnicos na zona de criação. Luan, Ruiz e Rodriguinho provaram hoje, que até defensivamente, a contribuição de meias habilidosos é superior a uma trinca de volantes medianos. No entanto, o Tricolor não foi apenas isso; contou com uma zaga segura, especialmente Saimon, laterais atentos, um centro-avante presente na área, que foi "abençoado" pelo vacilo atleticano e justamente, também por contar com esse "suplemento" de bons armadores. 

Matheus e Ramiro foram volantes que não apanharam da bola e de muita efetividade no bloqueio ofensivo do excelente meio e ataque mineiro. Os três pontos, também passaram pela atuação da dupla.

Alan Ruiz contribuiu com grande movimentação e talento, que foi evidenciado na cobrança perfeita com a curva e velocidade suficientes para vencer o arqueiro Victor, este, responsável pelo escore não ser mais dilatado.

O placar foi ampliado pela esperteza de Lucas Coelho, que alcançou uma bola mal recuada, deu a meia-lua no goleiro e empurrou de canhota para o fundo das redes.

A intensidade, a vibração, a atitude de hoje, certamente, contagiarão o grupo que entrará em campo quarta-feira. Posso apostar que tivemos agorinha a pouco, um avant-premiere da pegada do time, junto ao caldeirão que a Arena se transformará no meio de semana.

Opinião



Time misto encara o Atlético Mineiro

O Grêmio acerta em preservar titulares para o confronto de quarta-feira. Alguns atletas não tem reservas à altura e até a estruturação da equipe pode ser alterada pela ausência de alguns deles. Isso dá chances ao grupo. O jogo se presta para diversas situações, como:

- Marcelo de atuações irregulares pode buscar se recuperar diante de um ataque perigoso como é o do Galo
- Moisés é alternativa para uma das posições, cujo titular é muito contestado; pode acirrar a discussão sobre permanência na equipe

- Saimon e Bressan. Excetuando Rhodolfo, existe um verdadeiro vestibular para a outra vaga de zagueiro. Tudo com eles

- Para Ramiro, serve o que foi escrito para Marcelo Grohe. Seu decréscimo coincide com a sua venda. Tem boa cabeça, pode ser apenas acidental esse detalhe. Ao lado dele, Matheus Biteco; vejo nele um novo Fernando, é questão de tempo

- A acertada presença de Luan é para pegar ritmo de jogo, de quebra, dá qualidade ao misto. Rodriguinho, se jogar o que mostrou no América-MG, vira titular fácil, fácil. Máxi Rodriguez; penso que é aquele que tem o seu verdadeiro teste, pois está há mais de um ano no Tricolor , salvo, alguns lampejos técnicos, está devendo

- Lucas Coelho. De todos os centro-avantes que surgiram na base do Imortal, é o que me dá mais esperança. A bola não tem entrado, mas é do ofício; nota-se. Espero que, uma vez, marcando o primeiro gol, deslanche

De modo geral, o torcedor terá que ter muita paciência, pois do outro lado, embora em crise, está o campeão da LA. Não é pouca coisa, de qualquer forma, o Grêmio não pode se distanciar dos ponteiros do campeonato. 

Enfim, uma partida duríssima, mas que tem que ser contabilizada com uma das que os 3 pontos são obrigatórios.  


sábado, 26 de abril de 2014

Opinião



O que pode ajudar

Os defeitos do Grêmio, cansamos de apontar, mas será que tudo ou quase tudo está errado? Não. Boa parte da torcida, aponta duas ou três posições, em média, como preenchidas com jogadores insuficientes; variam uma ou outra posição, mas no geral, ficam em três as carências. A reposição é um problema; nisso, a unanimidade é quase atingida. O que falta então, se temos sete ou oito posições bem preenchidas?

O que pode ajudar, o que falta é uma atuação empolgante, seja no placar, seja no desempenho; algo que o Coirmão conseguiu em três tempos nos dois Grenais. Cessaram as reclamações contra Rafael Moura (que segue devendo), sumiram os cronistas que clamavam por mais volantes, cessaram aqueles que acharam Dida uma demasia, tendo Muriel (incrível, mas é verdade!!!). O Inter adquiriu confiança.

É aquilo que eu penso, num time ajeitado e confiante, o ruim vira médio, o mediano vira craque e o craque vira extra-classe. Vacaria bota faixa, Vampeta bota faixa, Bolívar bota faixa, Ceará bota faixa, Zé Alcino bota faixa, Richarlyson bota faixa, Pará bota faixa. Tudo de mediano para baixo. Time motivado e entrosado, voando fisicamente e com apoio da massa.

Se o Grêmio agregar esses ingredientes contra o San Lorenzo, as críticas serão menores, novas contratações chegarão noutro ambiente e o time embalará. Se tiver "bala na agulha", brigará por título.

A torcida precisa desse "convencimento" por parte do time. Basta uma trégua de 90 minutos, recheada de bom futebol, um escore dilatado e a classificação garantida. Parece muito, mas não é.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Opinião



O Equívoco

Deveria ser no plural, os equívocos, porque num clube de futebol eles são muitos, dependendo do tamanho, podem ser fatais às pretensões de sucesso e conquista. No entanto, um está se sobressaindo neste momento que deveria ser de busca de condições para o time readquirir a auto-estima e tranquilidade, justamente quando apenas 3 clubes brasileiros podem avançar e aspirar o maior título do continente americano. Refiro-me a essas manifestações exacerbadas de uma ínfima parcela da torcida, que alude a uso de violência (faixa no Parcão, dias atrás) ou querer raça, caso de hoje. 

Antes de mais nada, acho legítima a manifestação de qualquer torcedor, desde que não busque a incitação à violência, qualquer outra forma, tudo bem.

Onde está "o equívoco" do título da crônica? Questão de hora e de foco. O momento é de dar força e patrolar o San Lorenzo. É possível a classificação, a torcida tem que estar  ao lado do time nos 90 minutos, depois, bom depois, que tire suas conclusões. Essa é a primeira parte do equívoco; a segunda: Não falta raça aos jogadores, eles estão voando em campo, estão se doando, um exemplo é Léo Gago, um atrapalhado em campo, mas com muita entrega, Barcos, Edinho, Dudu, Pará, enfim, todos se envolveram anímica e fisicamente na partida. Não faltou raça. O foco dos protestos está errado. 

A maioria Tricolor sabe que o que falta é qualidade em algumas posições, uma maior inspiração do treinador e presença de erros de avaliação da Diretoria; porém, esses poucos que se manifestam em hora errada, com alvo e olhar completamente distantes da realidade, podem aumentar as dificuldades do Grêmio neste momento em que está próximo de encaminhar sua vaga para as quartas-de-final.

Não vamos piorar as coisas. Isto é o chamado gol contra.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Opinião



" O Grêmio é isso!"

Novamente me socorro de uma frase de impacto, desta vez, proferida por um importante dirigente gremista que encaminhou o clube para a Segunda Divisão neste milênio; apenas com outra conotação: em vez do ufanismo dele, a realidade nua e crua do momento.

Ontem "caiu a ficha" para mim. Os dirigentes estão certos em buscar jogadores para o meio de campo, novos volantes, porque é ali que a maioria das partidas se decide. Eu que reclamara desta busca, tenho que enfiar a viola no saco. É por aí. Se pensam em Wesley do Palmeiras, pensam no perfil "Ramires", "Paulinho" ou "Elias".

Tenho que por os pés no chão e acreditar que o time é limitado e até surpreende os críticos e a torcida, pois no início do ano, nada esperávamos com esse elenco. Aí vemos o Cruzeiro, Velez e Atlético Mineiro patinarem também. Só que isso não é consolo. Sou teimoso (como já escreveram por aí); acho que dá para fazer melhor com este grupo, como ficou provado ontem. Não era para perder do jeito que perdeu. Nem sair comemorando, como fizeram dirigentes e atletas.

Temos um goleiro bom (melhor que o do San Lorenzo, por exemplo), em tese,  uma defesa  boa, pois levou apenas dois gols na competição. Edinho, Riveros, Luan e Dudu dão para o gasto. Barcos é ruim? Não acho. Vi Dario jogar e era muito pior que ele, mas foi 3 vezes goleador de Brasileiros por diferentes times. Então, num time "azeitado', ajeitado, o Pirata funcionará, com certeza. Mas, reforço! O time é limitado. Resta saber se (não) é suficiente para ganhar a LA, pois em "terra de cegos, que tem um olho é rei". Não vi nenhum bicho-papão nesta edição. Passando quarta-feira, Koff prometeu que virão reforços. Acredito nele, por enquanto, fico com a expressão do título; o Grêmio é isso.

Neste último parágrafo, reservo um veneninho para a crônica gaúcha; no pós-jogo, ouvindo rádio e ao mesmo tempo lendo na internet, encontrei algumas pérolas como essa: comentarista da Rádio Gaúcha elogiando o desempenho do Grêmio, dizendo que vai passar na quarta-feira e eu no site da RBS, vendo no lado direito da tela, uma chamada da crônica do mesmo sujeito com o seguinte título: O Grêmio não vai longe. Outra, lida hoje em blog de outro cronista, que Geromel foi mal, lento na hora do gol.

É por essa e outras, que arrisco escrever sobre futebol, apesar de alguns enganos, pelo menos, não preciso ficar constrangido por ganhar grana, escrevendo bobagens.


Opinião



Tricolor sofre 1 a 0 e larga em desvantagem

Se me perguntassem antes da partida se eu fechava em 0 a 1 o resultado, tranquilamente, fecharia. Claro! Olhando o time remendado que iria a campo.

Agora, poucos minutos do final do confronto, fiquei com a sensação que podia ser melhor. O San Lorenzo não é o "bicho". O que se espera de um jogo de LA na Argentina? Sufoco o tempo todo. Não foi isso que vimos. Marcelo Grohe foi um assistente, sem praticar nenhuma defesa difícil. E olha! A zaga estava dilacerada, especialmente com a improvisação de Léo Gago, que foi bravo, lutador, apesar de todas as trapalhadas. Fiquei com a sensação que o Tricolor deve lamentar o resultado, verificando o que se viu em campo.

Se o Grêmio melhorou em relação a si próprio, a produção ofensiva, seja pelo inexistência de um meio de campo ativo, seja pela inoperância do ataque, ficou novamente devendo. Não houve situações de gol; a única foi patrocinada pela distração da defesa buenairense, que o Tricolor tratou de isolar pela linha de fundo. Infelizmente, um carteiraço de Barcos, quando tudo indicava um chutaço de Léo Gago, se ainda estivesse em campo (não tenho certeza) ou um bola colocada com técnica por Dudu ou Luan.

O único gol foi anotado por Correa no segundo tempo. Os principais destaques azuis foram pela ordem, Dudu, Riveros e Pedro Geromel. As decepções foram Zé Roberto, Barcos e especialmente, Ramiro. Não chegaram a comprometer, mas eles jogam muito mais do que realizaram hoje.

Por fim, por mais gremista que sejamos, é óbvio que este elenco não tem bola para chegar ao título. Ou melhora muito ou não entra Maio na LA. Provavelmente, Enderson Moreira seja mantido, mas quero deixar registrado aqui, que seria um grande momento para a troca. O San Lorenzo não assusta; daria para entrar dia 30 com um gás novo com um meio onde Luan e Rodriguinho teriam cadeira cativa.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Opinião



O Grande Desafio

Se no Gauchão, o Tricolor naufragou fragorosamente nas finais, na Libertadores vai bem; é a segunda melhor campanha e tomou apenas um único gol. Não é pouca coisa, ainda mais se levarmos em consideração que os adversários tinham muita tradição no grupo em que ele se classificou em primeiro.

O que aconteceu, então? Um desastre de 45 minutos, que alterou o modelo de atuar no jogo da volta no Grenal. Depois disso, um marco histórico que é melhor nem comentar, os 4 a 1. Como consequência, a perda quase que total da confiança da torcida no time e dos próprios jogadores na sua equipe e nas suas potencialidades. Isso sendo otimista, pois podem haver problemas extra-campo e aí ninguém segura mesmo.

Pois o Grêmio tem hoje à noite, a grande possibilidade de reverter boa parte do pessimismo e desconfiança, fazendo um grande jogo, justamente num desafio que é o maior da temporada. É fora de casa, 40 mil almas torcendo para o locatário e a formação improvisada da equipe. 

Sobre ela, Enderson prefere privilegiar a experiência ao escalar um zagueiro, cujo currículo tem uma década ou quase isso de Europa, Pedro Geromel e no lado esquerdo, Léo Gago, que está no meio de sua carreira. Se Marcelo Grohe não atuar, justifica-se mais ainda a opção pela experiência; Tiago tem apenas 20 anos e fará a sua verdadeira estreia no arco Tricolor. Quem sabe não resolverá o problema de goleiro que temos? Taffarel estreou num Grenal; tinha 18 anos. Perdeu, é verdade, mas foi o melhor jogador da partida, lembro bem, foi em 1985.

O importante nesse jogo é sair com chances de reverter uma eventual desvantagem, mas para isso, não pode ter o comportamento que o Botafogo teve (assisti na íntegra), isto é, desde o primeiro minuto, eu sabia, pela disposição tática que adotou o Alvi-negro carioca, que tinha abdicado de passar para a outra fase. O San Lorenzo terá que ser atacado e o Grêmio tem jogadores para atacar. Questão para o técnico.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Opinião



" É difícil, é complicado"

A frase mais conhecida de Celso Juarez Roth  foi a que escolhi, porque, sem dúvida, é aquela que melhor espelha o momento Tricolor. 

O tornado de Abril que assola o ânimo da torcida, turva a visão do treinador e causa vacilos na Direção, ganhou um aliado importante, o número de desfalques defensivos, justamente, quando o Imortal tem o confronto mais importante do ano. Encarar o San Lorenzo sem Wendell e especialmente Rhodolfo é o que se costuma chamar de "prova de fogo". Não sei qual será a formação, mas, à princípio, o negócio é não inventar; Marcelo; Pará, Werley, Bressan e Breno com Edinho virando um terceiro zagueiro é a melhor receita.

O Grêmio pode sair vencedor ou vivo de Almagro, se jogar concentrado, atento, marcando as principais individualidades do time argentino e principalmente, não abdicar de atacar. Um revés de 1 a 2, pode significar a classificação, uma semana depois. Então, é jogo para inteligentes.

Por fim, às vezes, desconfio que não entendo nada de futebol, porque, se existe uma posição em que temos excesso é a de volante. Volante para vir, só liberando alguns, isto, depois de tapar o furo da zaga e encontrar alternativas para as ausências de Marcelo Grohe e Hernán Barcos.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Opinião



Apertem os cintos, o piloto sumiu 

Torço sinceramente, que passados 10 dias, eu venha aqui dizer que "o bicho não era tão feio assim", que a crônica foi um exagero de um torcedor sem convicção no seu clube, mas é o que eu estou sentido, então ela (a crônica) serve como uma foto, um instantâneo do que estou sentido, após estes últimos tropeços.

O piloto do título, na verdade, são dois: o treinador e o presidente. Tenho por Fábio André Koff uma admiração incondicional; se tivesse outro filho homem, o nome Fábio André estaria entre as possibilidades mais fortes de ser escolhido para a certidão de nascimento; por isso, me preocupa o silêncio do presidente, não é normal. Koff é comandante típico que fica na linha de tiro, não é apenas homem de gabinete. Algo há. A origem, eu desconheço. Torço para que seja apenas cansaço momentâneo, precisamos dele, mas não tão somente dele. Esperar que Koff tome todas as decisões, será a aplicação de um modelo falido, tanto no gerenciamento de clubes de futebol, quanto em qualquer outro empreendimento. 

O outro piloto é o treinador. Enderson está em queda livre. Não dá demonstração de ter (pelo menos à frente do Grêmio) condições de reverter o processo de desmonte tático que a equipe sofreu neste mês de Abril. A incapacidade de alterar positivamente o destino de uma partida, parece um traço de seu perfil ante às dificuldades das 4 linhas. Boa parte disso tudo, dá impressão que é inerente ao treinador, porém, há a seu favor, o fato de "potencialidades" do elenco, quando chamadas, não confirmarem, casos recentes de Geromel, Bressan, Máxi Rodriguez, Alan Ruiz e Jean Deretti. Diante disso, como escrevi após o Grenal, a probabilidade da equipe entrar contra o San Lorenzo com Werley + 3 volantes, seria grande. Tudo leva a crer que isso se confirmará.

Mantenho o que escrevi, isto é, há necessidade de troca de comando, isso independente do resultado de quarta-feira. Sendo prático; quinta, 24, os dirigentes deverão correr atrás de um novo comandante técnico, bem como um beque "definitivo", tão bom, que faça Rhodolfo ser um zagueiro coadjuvante, não esquecendo da lateral e dois reservas, um para o gol, outro para Barcos, visando o Brasileiro.

Finalizando, depositar todas as esperanças de melhoria nos ombros do menino Luan, é verdadeiramente uma insensatez, pela sua precocidade na equipe e muito principalmente, pela cirurgia recentíssima, que vai-lhe certamente, inibir os movimentos. 

domingo, 20 de abril de 2014

Opinião



Mudança Já!

Pode ser mais grave do que eu estou pensando; podem ser problemas extra-campo, se for isso, aí o risco de rebaixamento será uma realidade. Triste realidade.

Só que eu sou um sujeito otimista; vamos dizer que os salários estejam em dia, que o relacionamento do grupo é aceitável, que o Grêmio está apenas no seu inferno astral. Bom, então a coisa tem solução. E ela, a solução, passa por uma mudança urgente no comando técnico gremista. Por que?

Porque, por experiência de acompanhar futebol desde os meus 6 anos, quando ocorre uma lambada como os 2 a 6 e o discurso é morno, a atitude da equipe passa longe da indignação. com a  mobilização não passando apenas do discurso, não tem mais volta com os mesmos atores.

A principal sinalização do desequilíbrio na casamata é a série de improvisações a que a equipe foi submetida na etapa final. Edinho pode ser zagueiro, pode, Ramiro pode ser lateral, pode, Zé Roberto pode ser o segundo volante, sim, até acho que ali é o lugar dele, Léo Gago na lateral? tudo bem; mas, salvo um descuido meu, esta formação jamais foi treinada. Associados a isso, Busatto, Geromel, Bressan e Breno juntos num único jogo. Foi terrível. A impressão que Enderson passou, foi a de mostrar para os críticos e a torcida que ele sim é arrojado, não é aquele técnico passivo e inerte dos jogos recentes.

Esse Atlético é candidato ao rebaixamento e mesmo assim, bateu o Tricolor, verdade que o empate seria o resultado mais justo, mas isso não exime o papel do treinador.

Se o Grêmio não tomar uma atitude forte, abdicará da chance de brigar pela LA e principalmente, por um campeonato brasileiro que não tem nenhum bicho papão.

Falando sobre as individualidades, Dudu esforçado, Barcos brigando contra três defensores, dois zagueiros e o primeiro volante, Rodriguinho mostrou vontade e Zé Roberto com alguns momentos bons, mas insuficiente. O resto, melhor esquecer. 

O Furacão fez o gol com o zagueiro Dráuzio na pequena área, onde mais uma vez, com atores diferentes, o resultado foi o mesmo: trapalhada do arqueiro e zagueiros; gol do adversário. 

Que um eventual bom resultado em Buenos Aires, não mascare as deficiências do Grêmio. O presidente precisa "entrar em campo". É hora de radicalizar. Mudança já.


Opinião



Uma grande chance para começar ganhando

O Tricolor levou um revés muito grande nesta final de Gauchão, não por perder, porque a Dupla é equivalente em suas grandezas como clubes, mas pela forma como isso se sucedeu. De um primeiro tempo primoroso na Arena, que como escrevi "beirou à perfeição" para um nó tático na fase final e consequente virada até a goleada impediosa de Caxias, foi "um tapa", um "vapt-vupt" e todo o alicerce "endersoniano" parece ter entrado num processo de desmoronamento, quase sem volta. De segunda melhor campanha na LA para um fracasso retumbante no Gauchão. Isso num piscar de olhos.  O Tricolor, como um todo, terá que buscar as razões para isso.

O primeiro passo para estancar essa sangria da alma da torcida e também, de retomada do caminho passa certamente, por uma boa estreia no Brasileirão e as condições parecem favorecer nosso clube, senão vejamos:

- O Atlético caiu na primeira fase da Libertadores

- Ele sequer chegou à final do paranaense, ficando atrás de Maringá e Londrina

- Com as saídas de Paulo Baier e a mais recente, de Manoel, o time ficou menor e sem rumo

- O mando de campo é do Furacão, mas jogar em Florianópolis, representará na prática, ser o visitante, porque a torcida do Tricolor será maior

- Os desfalques do Tricolor não são tão relevantes, visto que o setor que mais vazou foi a defesa e convenhamos, Bressan, Geromel e Werley (até aqui) não representam diferenciais. Até a entrada de Breno poderá dar ao setor mais consistência defensiva, quem sabe?

- A possibilidade de, durante o jogo, Enderson variar o esquema, diminuindo o número de volantes, poderá dar ao Imortal a ofensividade que aliviará o setor defensivo. Um bom ataque pode ser uma bela forma de se defender do adversário. Vide o Inter e seu único volante

Como comentamos  (Arih e eu) em postagem anterior, o maior problema num certame que começa em Abril e só terminará em Dezembro, é justamente o tamanho e qualidade do grupo, do elenco. Soma-se a isso que os europeus virão com força para levar Luan e o time poderá chegar de arrasto no final do campeonato. Trabalho para a Direção.

Finalizando, desejo que esse Domingo de Páscoa seja de muita paz e confraternização para os leitores e amigos deste espaço.

sábado, 19 de abril de 2014

Pequenas Histórias


Segue esta postagem, a Pequenas Histórias 16, visto que há 43 anos nesta mesma ocasião, ou seja, início de Brasileirão, Néstor Leonel Scotta fez história ao marcar os dois primeiros gols do mais importante certame brasileiro, talvez, do mundo.


16 - O Artilheiro Scotta - 1971
 
Em 1971 nosso país vivia a fase mais cruel da Ditadura Militar, mais exatamente, o governo do General Médici, vivia também, um período de crescimento ecônomico, ainda que artificial, isso permitiu ao futebol especialmente, tornar-se o paraíso dos sul-americanos.

 Por aqui, aportaram mais ou menos nessa época, grandes craques mundiais como Reyes,Perfumo, Anchetta, Figueroa, Roberto Miflin, Mazurkiewcz, Madurga, Oberti, Fischer, Pedro Rocha, Cejas, Doval, Andrada e tantos outros. Coincidência ou não, o Brasil realizou o seu primeiro campeonato brasileiro naquele ano.

 Já havia uma competição nestes moldes, apenas ocorreu a troca do nome, de Roberto Gomes Pedrosa para Campeonato Nacional. O campeão de 1970 era o Fluminense (olha ele aí) que superou num quadrangular final Palmeiras e os dois grandes de Minas Gerais. 

O novo campeonato iniciou em 07 de Agosto, num sábado, às 16:00 h, São Paulo versus Grêmio Porto-alegrense no Morumbi. Como na maioria das vezes, o tricolor paulistano era franco favorito. Um time que tinha o goleiro de Seleção, Sérgio; o bi-campeão mundial de 62, zagueiro Jurandir, no meio-de-campo, simplesmente Gerson, melhor homem em campo na final da Copa de 70 e Pedro Rocha, maior jogador uruguaio em atividade naquela década, mais Paraná, Tenente, Edson, Terto e Pablo Forlan, pai do Diego. O técnico também era de luxo, o gaúcho Osvaldo Brandão, apelidado Caçamba. 

O Grêmio formou com Jair, Espinosa, Ari Hercílio, Beto e Everaldo; Jadir e Torino; Flecha, Caio, Scotta e Loivo. Entraram ainda, Chiquinho Pastor e Chamaco Rodriguez.

 Aos 10 minutos da primeira etapa, um personagem do tricolor gaúcho definitivamente entrou para a história do Brasil, numa de suas maiores paixões, o futebol: Néstor Leonel Scotta, argentino que veio do River Plate, juntamente com Chamaco (vide Pequenas Histórias nº 01) marcou o primeiro gol do Brasileirão. Fez mais! meteu o segundo e foi fundamental no terceiro, quando deu um chute poderoso, uma "bomba", que Sérgio largou e Flecha completou para as redes aos 40 minutos do segundo tempo. 

O time treinado pelo sábio Oto Glória começava goleando o campeão paulista. 3 a 0. Arnaldo Cesar Coelho foi o juiz e o público deixou uma renda de 50.340,00 cruzeiros. 

Vi ao vivo Scotta jogar, lembro de vários jogos em que metera gols; Inter-SM (novamente Pequenas História nº 01), Grenal de 3 a 1 no Beira-Rio neste mesmo ano. Primeiro jogador que vi usar uma fita apache no cabelo. Era artilheiro; tinha faro de gol. Suas arrancadas eram sensacionais. 

Saiu no final do ano, porque o tricolor não conseguiu comprá-lo, assim como Chamaco, que foi trocado por Anchetta e mais uma quantia em dinheiro.

 Scotta seguiu fazendo gols. Duas vezes artilheiro da Libertadores, edições 1977 e 1978.

 Morreu em 2001, vítima de um acidente de trânsito. 

Até hoje não entendo porque o Imortal não o homenageou em vida, colocando seu nome na Calçada da Fama. 

Semana que vem começa mais um Campeonato Brasileiro. Nestas horas me lembro daquela tarde, daquele sábado, daquele jogo, das arrancadas de Scotta...

Opinião



Num Sábado chuvoso

Este Sábado de Aleluia com uma chuva fina aqui em minha cidade, se presta para mais uma das tantas reflexões, que estão virando rotina na vida dos gremistas. São interrogações que o ano de 2014 vai ver respondidas; para o bem ou não dos Tricolores. São elas:

- Enderson é realmente um treinador que tem dificuldade para encarar mata-matas? Num eventual fracasso na LA, é conveniente preservá-lo no campeonato de pontos corridos?

- Pedro Geromel vai confirmar ou será um equívoco retumbante da Direção, afinal veio da Europa para suprir a vaga de Rhodolfo, conforme se desenhava no início do ano?

- Rodriguinho, pedido por este blogueiro no ano passado, encerrará a busca pelo meia de ligação, após as contratações de Marco Antônio, Rondinelly, Bertoglio, Wrangler, Jean Deretti, Maxi Rodriguez e Alan Ruiz ?

- O Grêmio acertou em ir para uma Libertadores da América, sem reservas confiáveis para Marcelo Grohe e Barcos?

- Na janela de Agosto, Luan permanecerá no elenco? 

- Fábio Koff confirmará sua biografia de ter um segundo ano de suas gestões com títulos relevantes?

- O Imortal finalmente se acertará com a associada no projeto Arena?

Há outros questionamentos, mas penso que estes são mais visíveis a nós, humildes torcedores. Vamos esperar pelo desfecho de cada um deles, torcendo por um "Final Feliz" (ou seria um início de ciclo vitorioso?)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Pequenas Histórias

Prosseguindo, seguem as Pequenas Histórias, 13, 14 e 15

13 - 1962 - Uma Imortalidade Super Campeã - 1962

Gosto desta história de Imortalidade do nosso Grêmio. Está no hino do eterno Lupi. Claro! Também não aceito a banalização do termo e da tentativa de apropriação dele por parte de uns dirigentes; fazem mau uso, entretanto; a mística é verdadeira, tem tudo a ver com vários momentos do Tricolor e é uma grande sacada mercadológica.

 Pois bem! Vou citar 4  jornadas exemplares  da saga gremista: O Campeonato Farroupilha de 1935, ganho nos últimos 5 minutos; O gol de César em 1983, um "achado" genial de Renato, A Batalha dos Aflitos e o tema de hoje, o Supercampeonato de 1962 que está completando meio século.


 Naquele ano o Grêmio passou de 28 de Março até o final de Maio excursionando na Europa onde jogou 15 partidas, ganhando 9, empatando 2 e perdendo 2 vezes para a Seleção da Bulgária e mais 2 para a Seleção da União Soviética.Um saldo positivo, sem dúvida, porém, isso certamente desgastou o elenco e prejudicou sua campanha no Gauchão daquele ano.

 O Coirmão, afinal, não tinha nada a ver com isso, lutava pelo bi depois de amargar o penta campeonato do seu rival(56 a 60) e tudo indicava que conseguiria, pois chegava as três últimas rodadas 5 pontos à frente do Grêmio; vale lembrar que naquele tempo, cada vitória valia dois pontos e o empate, um. "Melzinho na Chupeta"; apenas um empate em três jogos, sendo os dois últimos em sua casa, o estádio dos Eucaliptos; contava também com a provável tropeçada do Imortal num dos seus jogos.

 Aí entrou o improvável! O Grêmio realmente tropeçou diante do Cruzeiro, 2 a 2, mas o Inter surpreendentemente levou 2 a 0 do Guarany em Bagé e a diferença caiu para 4 pontos.

 Na rodada seguinte, dia 09 de Dezembro, o Tricolor vai a Pelotas enfrentar o Lobão. Consegue uma grande goleada; 4 a 0 e o Aymoré de São Leopoldo com Carlos Froner, técnico muito identificado com o Grêmio, mais o gremista emprestado para o time índio do Cristo-Rei, Paulo Lumumba, aplica 3 a 1 com dois gols justamente de Lumumba que acabou se tornando o goleador do campeonato com 13 gols.

 Reduz-se para dois pontos e a rodada frustra a nação vermelha que planejara aguardar na ponte do Guaíba o ônibus tricolor que viria, provavelmente com a sua sorte selada, transformando o trajeto até ao Olímpico num cortejo fúnebre, já que até um caixão azul construíra. Mudança de planos à vista. 

Chega a última rodada e ela marca um Grenal nos Eucaliptos, dia 16 de Dezembro. O time do técnico Sérgio Moacir bate o rival em sua casa por 2 a 0 com ambos os tentos marcados por Marino. Resumo da ópera: Igualados. Há necessidade de um jogo extra, desta vez a ser realizado no Olímpico, ainda não Monumental. 

Curiosamente a decisão somente seria realizada em Fevereiro do ano seguinte. Com este time da foto (Em pé:Ortunho, Altemir, Henrique, Elton, Airton e Renato; agachados: Marino, Joãozinho, Ivo Diogo, Milton e Vieira) contra o Inter de Gainete, Zangão, Ari Hercílio, Cláudio Dani e Soligo; Bandeira (Piloto) e Osvaldinho, Sapiranga, Mauro, Flávio Bicudo e Gilberto Andrade; o Tricolor bateu por 4 a 2 com show do ex-colorado Ivo Diogo fazendo 2 gols, Joãozinho e Vieira completaram o placar. Flávio e Soligo descontaram para o Colorado. 

Um feito e tanto, porque pavimentou a estrada vencedora que levaria até ao Hepta em 1968. 

Uma jornada épica, verdadeiramente Imortal.


14 -  Houve uma vez um Gauchão - 1976


O Gauchão de 2012 está chegando ao final; mais duas ou três semanas e ele será passado. Civilizou-se, modernizou-se, há mais dinheiro, maior divulgação, ganhou até um sobrenome de multinacional. Como diria o saudosista: É o progresso!

 Pois confesso que tenho saudades daqueles tempos de piá ou adolescente, onde fui hepta, amarguei um octa e encontrei o paraíso em 1977 com Telê, André, Tadeu & cia. Tempos em que qualquer jogo no interior era parecido com La Plata, campo do Estudiantes argentino. Várias lendas.

 Conta-se que na Pedra Moura, em Bagé, o centro-médio Orcina jogava com um rebenque enroscado no braço, zelando pela  meia-lua de sua área; em São Borja, o zagueiro Cassiá, noutra lenda corrente, trazia na cintura um facão três listras, bem secundado pelo seu goleiro surdo Alcino, com sua cara de poucos amigos e em Passo Fundo; bem, aqui merece uma pausa, um longo suspiro para reverenciar a dupla mais assustadora do futebol gaúcho: os irmãos Pontes, João e Daison, neste caso, a lenda era mais criativa.

 Conta-se que a marcação das linhas da grande e pequena áreas era feita com as esporas de rosetas chilenas que eles ajustavam nas suas chuteiras. Homero, o grego, se vivo fosse, escreveria a continuação da Ilíada e Odisséia, apenas com os feitos destes gaudérios.

 Havia Bebeto, o centro-avante que tinha um canhão em cada pé.  Pois, para ilustrar uma dessas jornadas, busquei um épico jogo realizado em junho de 1976. Enquanto o Inter sofria para empatar com o São Borja lá nas Missões, o Imortal ia até o estádio Wolmar Salton na temida Passo Fundo, enfrentar o Gaúcho. 

O Tricolor estava fortíssimo pela ação do presidente Hélio Dourado. Trouxera Cejas, um goleiro argentino fantástico, Alexandre Bueno, apelidado Tubarão porque era um líder com a camisa 10, já havia Zequinha, o ponta direita mágico, além deles; Alcino, um centro-avante com 1,98 m, uma fortaleza de músculos e malvadeza, mais Oscar Ortiz, fantástico ponta-esquerda que dois anos depois seria campeão do mundo pela Argentina.

 O primeiro turno o tricolor conseguira batendo o tradicional rival por 2 x 0, gols de Alexandre e Anchetta; se ganhasse o segundo praticamente seria o Campeão depois de sete longos anos. 

Pois nesse 25 de junho, o estádio estava lotado, o campo embarrado e os Pontes haviam cedido os seus postos para dois herdeiros da mesma linhagem; Mário Tito e Gringo que batiam até na sombra. Com Iúra no lugar de Alexandre, suspenso, e Chico Spina no de Zequinha, o Tricolor vinha quase completo: Cejas, Eurico, Anchetta, Beto Fuscão e Bolívar, Jerônimo, Neca e Iúra, Chico, Alcino e Ortiz. Durante o decorrer entrariam Tarciso e Luis Carlos, um meia-esquerda canhoto.

 No Gaúcho, um ataque temível com a dupla Pedro e Bebeto. Como era de se esperar, o jogo foi guerreado e a disputa, palmo a palmo.  Touceira a Touceira.

Termina o primeiro tempo com o placar fechado. No recomeço, logo aos três minutos, aproveitando um rebote na entrada da área, Anchetta driblou um zagueiro e com calma "tirou" o bolo que estava à sua frente e colocou no canto. 1 a 0.

 Aos 10 minutos Bebeto passa pela zaga, lança para Pedro, este dribla Cejas e só não "entrou com bola e tudo, porque teve humildade". Seguia a peleia sem uma definição.

 Aos 34, o artilheiro do interior se fez presente; Bebeto roubou a bola de Jerônimo, passou para Pedro que devolveu de cabeça, o centro-avante sequer deixou a pelota cair no solo, antes, acertou um petardo no ângulo esquerdo de Cejas.  Como de hábito, o canhão funcionou. 

Parecia o fim. Parecia, eu disse! Aos 38 minutos, Tarciso que entrara na ponta-direita, cobrou escanteio, Anchetta (considerado o melhor da partida) cabeceou no meio da zaga e a bola sobrou para Eurico. O lateral chutou forte, a bola bate na trave e na volta, nas costas do goleiro Ronaldo. Gol. 2 a 2. Os gremistas já estavam satisfeitos, pois com os dois grandes empatando, a diferença permaneceria em 1 ponto. 

Aos 44 minutos, um chuveirinho da direita, encontrou Alcino, a Estrela de Belém, apelido lhe dado por Paulo Santana, porque sua origem era o Remo da capital paraense, de costas para o gol, cabeceou e decretou o 3 a 2 final.

 Na foto, Alcino está encoberto  por Tarciso, Beto Fuscão, Jerônimo e Cejas; Neca está próximo (na comemoração). Vitória da garra, da raça, do fardamento embarrado. Em sua coluna no jornal, o colorado Ibsen Pinheiro decretava: "Pintou Azul", dedicando a crônica a inevitável reconquista da hegemonia gremista que se vislumbrava ali em frente.

 Infelizmente, o Grenal do segundo turno teve uma atuação infeliz do árbitro José Luiz Barreto que validou um gol ilegal e o sonho ficou adiado para o ano seguinte.

 Este Grêmio e Gaúcho foi um típico jogo de Gauchão. Agora são novos tempos, o resto é passado. É lenda.




15 - Cenas de uma Imortalidade - 1981



Hoje, 03 de Maio marca mais um aniversário do primeiro título brasileiro do Grêmio. Jogo inesquecível no distante ano de 1981; Morumbi lotado, São Paulo, uma máquina e o Tricolor do Seu Ênio ganhando com golaço do Baltazar. Mas, olhem! A verdadeira decisão veio três dias antes, quinta-feira, 30 de Abril (o melhor presente de aniversário que ganhei do meu clube). 

Naquela noite o Brasil testemunhou cenas de uma Imortalidade que já estava no seu "dna", mas ainda imperceptível para o grande público brasileiro.

 O Grêmio vinha ansioso para a decisão, porque o eterno rival já havia conquistado três títulos  nacionais e ele sabia que não poderia deixar escapar aquela oportunidade; essa ansiedade era também consequência do terrível jogo da semifinal, pois após vencer a Ponte Preta em Campinas por 3 a 2, perdera por 1 a 0 no Olímpico hiper-lotado com gol do nosso futuro ponta-de-lança Osvaldo, campeão mundial em 1983.

Pois bem, o Tricolor paulista possuía nove jogadores de Seleção, por isso, mesmo jogando em casa, poucos acreditavam no Grêmio. 

O jogo foi eletrizante, aos 15 minutos, Tarciso sofreu pênalti que Baltazar bateu e pela primeira vez errou. Jogou pelo lado da trave direita de Waldir Peres, dando indícios que seria uma jornada dramática, pois jogava melhor, mas a bola teimava em não entrar. 

Desgraça pouca é bobagem! Aos 39 minutos, o artilheiro do Brasil, Serginho fez o seu e o primeiro tempo encerrou com o placar desfavorável, 0 a 1. 

Ênio Andrade inova, tirando no intervalo o centro-médio China (na foto, à esquerda do goleiro Leão) e coloca um meia que mais parece atacante, Renato Sá (o último agachado). 

No primeiro minuto do período final, o ponta-direita Paulo César acerta a cabeça do capitão Émerson Leão. O goleiro desmaia e sai de ambulância para o hospital. Entra Remi, um dos piores goleiros da história tricolor. Ali, naquele momento, eu joguei a toalha. Só por milagre. 

Tudo conspirava contra. Porém, o Grêmio tinha o craque do campeonato, a "Bola de Ouro" da revista Placar seria dele após estes jogos finais: Paulo Isidoro (o segundo agachado). Ele e Renato Sá empurraram o São Paulo para a defesa e que defesa! Waldir Peres, Getúlio, Oscar, Dario Pereyra e Marinho Chagas. Deu certo! Paulo Isidoro, o Tiziu, virou o placar, fazendo aos 19 e 31 minutos os tentos numa partida verdadeiramente épica. 

Havia no estádio mais de 53.000 pessoas. O Grêmio jogou com Leão, depois Remi, Uchoa(o quinto em pé), Newmar, De Leon e Casemiro;China, mais tarde Renato Sá, Vilson Tadei e Paulo Isidoro; Tarciso, Baltazar e Odair. Por essas armadilhas da História, ficou para a memória, o jogo da volta em São Paulo, mas lá dava até para empatar. A verdadeira decisão, repito, com cenas da nossa Imortalidade, ocorreu naquela inesquecível noite de quinta-feira, dia 30 de Abril. Um senhor presente de aniversário.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Opinião



Três Assuntos

Neste início de feriado, vou tratar de 3 assuntos que realmente me preocupam com relação ao nosso Tricolor: Comportamento de parte da torcida; a parada da Copa e a imobilidade na escalação do time.
As notícias que envolvem parte da torcida gremista preocupam. Primeiro, essa ronha com o MP que eu não sei quem tem razão, mas que foi desencadeada pela sucessão de fatos lamentáveis nas organizadas, principalmente. É muito triste e perigoso o momento; a faixa colocada na Goethe é de uma infelicidade que não resiste a qualquer explicação, da mais rebuscada a mais singela. Se havia uma intenção de provocar os ânimos dos jogadores, só demonstrou o despreparo dos autores. Ninguém que gosta de futebol e que viva em sociedade, pode pregar a violência. Gostaria que alguém desse um único exemplo concreto de conquista de títulos, de campanhas satisfatórias que foram decorrentes desta "receita". Tiro no pé, com certeza.

Seguindo; o Tricolor inicia a busca do seu tricampeonato nacional neste Domingo de Páscoa num certame que tem as suas peculiaridades, pois, além de ter uma interrupção pela Copa do Mundo, existe o ineditismo desta parada ser no Brasil. O dado relevante é que ela se dará com 1/4 do campeonato já jogado; então, é preciso entrar a mil, focado mesmo, arranjando ânimo para enfrentar os adversários, ainda que exista a Libertadores no meio das rodadas. O Tricolor tem fresquinho na memória, 2010, quando Silas vinha com resultados bons, campeão gaúcho, avançando bem na Copa do Brasil, até a mal fadada parada da Copa da África do Sul. Deve servir de exemplo.

Encerrando; será que Enderson não vai mexer no time? Por que não? Quem sabe Marcelo; Ramiro, Geromel ou Saimon, Rhodolfo e Wendell; Edinho e Riveros; Luan, Rodriguinho e Dudu; Barcos? Há ainda Zé Roberto. Quem não arrisca, que desocupe a moita.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Opinião



" Não são apenas os onze"

Apesar de tudo, legal o quebra pau que apareceu no blog. Se ele não é um ringue, também não é um internato de vestais. Com exceção de um companheiro assíduo, os demais, com certeza sonham com o Imortal empilhando taças e faixas. Esse é o objetivo de todos, apenas com "olhares" diferentes. Dito isso; bola para frente.

Escrevi que apoiarei o time que o Tricolor colocar em campo contra os argentinos, semana que vem; no entanto, fiz ressalvas que  era a minha opinião, aliás, coincidente com muitos do blog e da crônica profissional; isto é, tem que haver uma sacudida que implica também trocas, seja no comando técnico, seja no time principal.

O que eu li e ouvi hoje me deixou preocupado; essa história de todos estarem envergonhados, é uma frase aparentemente muito boa, saudável, mas eu percebi que há algo mais, ou seja, o grupo está fechando por completo e isso que, à princípio, parece ótimo, na verdade, mostra miopia do treinador ou perda de comando; pois por trás disso está a imobilidade nominal da equipe. Serão os onze que vão procurar "lavar a honra com sangue". Errado! Errado! Errado!

Aí entra o título da postagem; não são só os onze, aqui simbolizando o time que entrar em campo, independente de nomes. Quando falo não são só os onze, refiro-me a atuação da Direção e Comissão Técnica, especialmente da primeira. Ora, Presidente! Está na hora de encostar no treinador, dar luz alta. Não pode ser o grupo de jogadores que vai definir quem vai a campo. Tem figuras lá, especialmente nosso zagueiro central, que precisa ir para o banco. O esquema com três volantes, também deu o que tinha que dar. 

Então, para não ser extenso, a Direção é o patrão, é o empregador; tem obrigação de se envolver com as questões técnicas e táticas da equipe; não se trata de interferência exagerada, porque ela (a Direção), em última instância é a responsável pelas vitórias ou derrotas. Não dá para chegar na Argentina com Werley + 3 volantes. Pode ganhar? Pode, mas estaremos andando em círculo e logo, sem munição.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Opinião




A sabedoria de Paulo Vanzolini

"...Venha lhe dar a mão
Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima..."

Começo o post com a genialidade do poeta paulista Paulo Vanzolini, autor destes versos de Volta por Cima e de Ronda, entre tantos clássicos, para buscar esquecer o estrago da decisão do Gauchão. 
Este mês fecho 55 anos e nunca, nunquinha nesta vida, tinha visto o Tricolor tomar uma saranda em sequência em Grenais, 2 a 6 foi de matar. Mas a vida segue e ficar só reclamando do zagueiro, do técnico e do goleiro, não vai recuperar o Imortal. Felizmente temos pela frente o torneio mais importante e mais cobiçado na América. Temos, também, dez dias para botar a casa em ordem, mas para isso, não sejamos ingênuos, tem que se ter talento, qualidade, competência e atitude; só desejo não leva a nada.

Não acho que faltou raça dentro das quatro linhas, faltou fora; um técnico acabrunhado, pronto para ser levado ao patíbulo, não serve. Tem que (res) surgir um Enderson diferente, senão, babaus. 

Da minha parte, estarei torcendo para todo e qualquer atleta que for mandado a campo na semana que vem, mesmo contrário à minha vontade, mas tenho o sentimento que só mudança de ânimo, esquema tático, nova postura do treinador, isso tudo não resolverá. Há necessidade de experimentar uma nova formação que passa por buscar alternativa na lateral direita, talvez Ramiro; colocar jogadores criativos e com maior potencial de chegada à frente, aí entram Zé Roberto, Rodriguinho e Dudu, que aguardarão a volta de Luan. Somado a isso, chances maiores para o menino Éverton e a maior das transformações: um zagueiro zagueiro. Se não estiver no grupo, busquem no Brasil. Já acho inacreditável não ter no grupo alguém que seja superior ao Werley, mas vamos dar um desconto. Impossível em todos os times da Série A e B que não apareça um beque promissor; se não acharem, fechem o banco de dados do clube e "mijem" os empresários que diariamente ligam para o Rui Costa, pois se não tiverem essa carta na manga, passam atestado de incompetência.

É isso. Obrigado mestre Vanzolini pelos versos. Que o Tricolor os leve como bandeira para os próximos jogos. 




segunda-feira, 14 de abril de 2014

Opinião



Mais desta segunda-feira cinzenta

- E a nossa Imprensa, hein? Quanta falta de humildade! Passaram os quatro meses queimando o Abel pelo " só um volante", time faceirinho, que logo ia ver lá na frente; pois bem, o time faceiro de apenas um volante, perdeu apenas uma vez este ano (acho, não sei direito os números do Coirmão) e meteu 6 (seis) gols em dois jogos num time com 3 (três) volantes e ninguém fez o "mea culpa". Certamente, quando o time perder 2 ou 3 seguidas, a crítica vai vir com força

- Parece que Enderson será mantido; questão de convicção. Da minha parte, já tinha expressado minha posição, que, ouvindo as rádios da capital, coincide com a da maioria dos gremistas 
A minha bronca com ele vem da "hora da onça beber água", neste momento, os decisivos, ele naufragou e piorou a situação com suas manifestações pós-jogo, pois não compreendeu o ambiente do Sul. Comparações com o que ocorreu com o Goiás (para ele, semelhantes), demonstram que ele não entendeu nada do que está acontecendo. Ruim para o Grêmio

- Desconfio que, mantido Enderson, semana que vem, o time entrará em Buenos Aires com Werley + 3 volantes; no máximo, com Zé Roberto na vaga (não no lugar) de Luan, o que é pouco ou quase nada, mais chances de dar errado do que ter êxito

É isso. Resta o que para nós?


Opinião



A ressaca da segunda-feira

Sugeri que o presidente Koff se aconselhasse com o travesseiro, eu fiz o mesmo. Ontem, ainda de cabeça quente, achava razoável Enderson Moreira prosseguir, hoje, não.

Parece incoerente, sempre fui pela manutenção até que provem o contrário; acontece que o "provem o contrário", para mim chegou no final do Grenal. Esta final de Gauchão foi uma hecatombe, vai para a história dos clássicos. Foi 2 a 6 em dois jogos, sendo que o primeiro, foi a primeira derrota na Arena. É demais! Precisa de um choque. Enderson não mostrou talento e espírito para encarar  decisões.

Não é só o treinador; Marcelo Grohe insere seu nome ao restrito grupo de goleiros que foram vitimados em momentos tristes da história tricolor. Lá estão Sérgio Moacir, "goal-keeper" do Grenal do 2 a 6 em 1954 e Murilo, o arqueiro de 4 dos 5 tentos sofridos no 2 a 5 em 1997. Agora são 6 gols em apenas 2 partidas; pior! consecutivas e em decisão. Ninguém esquece mais.

O mais grave, são apenas 3 vagas para inscrever para as fase seguintes da LA. Por contratar errado (ou Geromel é um acerto?), o Tricolor queimará uma inscrição com um defensor, traz um meia, Rodriguinho, resta uma para duas ou três necessidades, um reserva para Barcos, um lateral direito, desta forma, para o arco vai aquela expressão; " só tem tu, vai tu mesmo". Mas a lição está aí para aprendermos, goleiro é algo raro. Quando Danrley saiu após 10 anos, eu sabia que dificilmente seria suprida a vaga facilmente, então quando o Tricolor encontrou Victor depois de uma série de equívocos, eu fiquei tranquilo, tínhamos goleiro para 10 anos, aí começou aquela história de fulano está pedindo passagem e eu comecei a me preocupar, pensei: vai dar lambança; não é que deu? Aí veio o Dida - Bom, temos goleiro para mais dois anos, raciocinei. Não é que deu lambança, de novo? Dispensaram o Dida.

Espero que o pessoal aprenda com os erros e que o Tricolor acerte o passo, mas tá difícil entender a Direção e parte da torcida.






domingo, 13 de abril de 2014

Opinião




Grêmio é goleado no Grenal

Profeticamente, a primeira linha de nosso post anterior foi a Lei de Murphy, pois, para nós gremistas, na mosca.

A goleada é incontestável, discorrer sobre gols e placar fica para a crítica especializada, o que me interessa e que eu vou focar são as evidências que a goleada escancarou. Primeiro que nós, torcedores vemos um time que não existe, existe o time real e um virtual, que aquele que só a gente vê. Eu vou seguir olhando, mesclando o olhar entre este real e o que imaginamos, portanto, com a cabeça inchada e repito, misturando o real e a ficção, arrisco escrever:

- O time do Inter é muito superior em individualidades. Alguém ainda ousa comparar Grohe com Dida? Basta olhar o que ocorreu aos 9 minutos do segundo tempo, uma falta cobrada relativamente fraca e o goleiro tricolor vai e espalma para escanteio, uma "defesa espetacular". Minutos depois, falta para o Imortal, bola desvia na barreira, vai no ângulo no canto direito e o arqueiro vermelho defende com se fosse um treino. Dida botou mais uma faixa (em atividade, o atleta que mais ganhou taças) e segue, passando a impressão que os adversários não colocam em risco o seu arco. Nada de  defesas "fantásticas". Grohe esteve mal em 3 gols sofridos, um faltou braço, outro na pequena área e pelo meio das pernas, o quarto, deu o lado para o Alex. Penalti, bom, 10 anos de profissional e 2 penaltis defendidos (Figueirense e LDU)

- Gilberto e Pará. Brincadeira, né. Werley e Paulão; pois apesar da ruindade do segundo, Werley é hors concours. Não dá mais

- Rhodolfo e Wendell, tudo bem. Chegamos ao meio de campo; D'Alessandro, Aránguiz e Alex sobram em relação a Riveros, Ramiro e assemelhados 

- Sobram Barcos que é bom, mas sofreu sem companhia e Dudu que foi um lutador, que pena que os outros não tiveram a entrega, o comprometimento dele

- Alan Ruiz, Léo Gago? Bah; vou utilizar a máxima de Roth:"É difícil, é complicado"

- Enderson afundou nos Grenais e teve azar, também, ficou sem Zé Roberto e Luan. Koff vai ter que consultar o travesseiro para tomar a melhor solução. Eu não fico em cima do muro, acho que ele, Enderson, tem culpa, quando mantém alguns jogadores que comprometem em decisões, mas é absolvido porque tem muito jogador comum juntos. Temos Luan e Wendell, depois, Barcos, Rhodolfo e Dudu, um pouco abaixo e o resto é o resto

- Urgente! Rodriguinho, um zagueiro zagueiro e pelo amor de Deus! Um goleiro do tamanho dos anteriores, Victor e Dida, senão, vamos ficar no quase

Finalizando, com esse time, só com muita organização tática e raça, garra para compensar as deficiências técnicas, quando isso não ocorre, diante de times bem superiores, a goleada é uma possibilidade forte.