Pequenas Histórias (107) - Ano - 1975
Duelo de Titãs
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Ênio Andrade & Telê Santana |
1975 foi um ano marcante e extremamente bom para mim, pois foi o do ingresso no ensino médio, mesmo sendo o primeiro degrau para a contagem regressiva do fim da doce vida do colégio. Havia muita festa e muito rock'n'roll; os integrantes dos Secos & Molhados, lançavam seus primeiros álbuns solo, assim como Rita Lee com o essencial Fruto Proibido; no resto do mundo, Led Zeppelin com Phisycal Graffiti, McCartney, Venus and Mars, The Who, The Who by Numbers, Black Sabbath, Sabotage, Pink Floyd, Wish were Here, George Harrison, Extra Texture e John Lennon, Rock'n'Roll. Mal sabíamos, que aquele seria o último dele, antes da sua auto reclusão de 5 anos.
Verdade, que o Brasil ainda seguia na escuridão antidemocrática e o Coirmão alcançava o hepta campeonato no regional; tirando isso, a vida de adolescente era uma alegria e tanto.
Em Outubro, Brasileirão em curso; o Imortal encarou o Atlético Mineiro, que era uma máquina de jogar, havia vários craques de primeira linha e um treinador, que dera o título do primeiro Brasileiro, Telê Santana, que se tornaria ao longo da história, a maior referência nacional na sua profissão.
Sem que eu imaginasse, aquele confronto reuniu os dois maiores treinadores do Grêmio. Ênio Andrade em sua primeira passagem, comandando um clube de ponta e Telê, o mago mineiro, que cometeu a façanha de devolver a alegria aos gremistas em 77, depois de um longo inverno de 8 temporadas sem o grito de "É campeão".
Ênio escalou naquela tarde: Picasso; Celso, Ancheta, Beto Fuscão e Bolívar; Cacau,Yúra e Neca; Zequinha, Tarciso e Nenê. Usou ainda, Osmar e Luis Carlos nos lugares de Cacau e Yúra.
Telê contou com Ado; Getúlio, Grapete, Vantuir e Chiquito; Toninho Cerezzo, Heleno e Paulo Isidoro; Árlem, Reinaldo e Romeu. Entraram também, Vanderlei e o artilheiro Campos, respectivamente, nos lugares de Heleno e Árlem.
O primeiro tempo foi muito ruim, mas na etapa final, a evolução azul foi tanta, que chegou a um placar elástico e inimaginável; 3 a 0.
Logo aos 2 minutos, Tarciso abriu o marcador, Neca ampliou aos 18 e novamente, Tarciso, aos 33, gol que deu números definitivos ao encontro.
O Olímpico recebeu um público entusiasmado, que empurrou o time para cima do Galo; Dulcídio Wanderlei Boschilia foi o árbitro.
Neste duelo de gigantes à frente de seus times, Ênio levou a melhor.
Amanhã, Grêmio e Atlético se enfrentam como comandantes ainda sem grife. Outros tempos.
Fonte: www.famososquepartiram.com (foto de Ênio Andrade)
www.soumaisflu.com.br (foto de Telê Santana)
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