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sábado, 31 de julho de 2021

Opinião



Grêmio joga bem, mas perde mais uma

Uma derrota mais com jeito de empate pelo que se viu hoje à noite.

Não me considero um cara supersticioso, mas quando soube que era Ricardo Marques Ribeiro o juiz da partida do Grêmio, pensei: Fecho por um empate. Até peço que o Alvirubro me informe o histórico nos jogos  com este senhor no apito. Ele dá muito azar para o Tricolor.

Apesar de ter feito um bom enfrentamento, a vitória (até o empate) não veio. Faltou o que falta há muito tempo: ataque. O Bragantino era batível pelo que se viu em campo, mesmo com a boa posição na tabela. Verdade é que Claudinho faz diferença. Sua ausência diminui muito o tamanho do time.

Gostei de algumas atuações como a dos zagueiros Ruan e Geromel, também Lucas Silva, o melhor pelo lado azul. Vanderson, um pouco abaixo deles, errou alguns lances; na média, foi bem. Vejam que são destaques defensivos. Darlan oscilou, parece que vai deslanchar, mas aí dá aquela rodopiada e atrasa o ataque.

Já Jean Pyerre, Ricardinho e Léo Pereira muito mal. Ouço na jornada que Alisson é "jogador da confiança" do técnico. Vou dizer: quando essa frase é dita, eu tenho certeza que a razão de estar no time, não é pela qualidade do jogador. Serve para Alisson, serve para outros. É "bucha", como diz o gaúcho.

O Grêmio está evoluindo, mas convenhamos, depois da implosão que o sucessor de Renato cometeu, não tem como ficar pior, por outro lado, a construção é muito demorada. Não vai cair, mas a torcida vai ter que ter paciência.

O foco da Direção tem que ser suprir o que foi diagnosticado por todos: Comissão Técnica, Imprensa e Torcida: um grande armador e atacantes.

Restou, repito; ter paciência.




sexta-feira, 30 de julho de 2021

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (257) - Ano - 1977-1979

Bravura Indômita 

Fonte:https://observatorioracialfutebol.com.br/ 

Morreu nesta Quarta-feira, 28 de Julho, o André do trio fabuloso do Vitória (Osni, André e Mário Sérgio), o André Demolidor, que antecedeu a Careca e Evair na arte de fazer gols com a 9 no Guarani de Campinas, mas, especialmente, morreu o André Catimba, genial e genioso, centro avante gremista, autor do gol libertador de toda uma geração de jovens gremistas na década de 70. É dele o mais belo tento que o Olímpico Monumental ofereceu à sua torcida.

Catimba, sinônimo de astúcia, de manha, de matreiro. Nisso, André era mestre. Atacante completo que saiu da sua Bahia, onde se formou na missão de atormentar os zagueiros, utilizando técnica, esperteza, malícia e muita, muita coragem. Além de gols, de passes magistrais como no dos 14 segundos de Iúra, sabia jogar capoeira para momentos de sufoco, que não eram poucos dentro da grande área. Ele, um auto-confiante "in natura", que uma noite convocou fotógrafos para se posicionarem atrás da goleira, pois faria um gol de bicicleta: - Ali, naquela goleira- afirmou; esse lance da foto acima ou quando saiu do banco, naquele 15 de Junho, diante do Flamengo na sua estreia, marcando o gol de empate do  Tricolor, mais ainda, no momento que ficou esparramado, rente à grama e, rastejando, cabeceou para as redes, novamente, contrariando o lugar-comum na partida contra o Coritiba pelo Brasileirão; com certeza, naquela cabeçada mortal em mais um clássico vencido, onde aparece cercado por seis jogadores do Inter, entre eles, Caçapava, Falcão e Batista (foto abaixo); vitória no Beira-Rio por 3 a 2.

Pensem num jogador que dá ao torcedor a certeza que seu time não sairá derrotado dentro da sua casa, de seu estádio, ou ainda, que não perderá nunca para o seu principal rival; pensaram em André? Acertaram. Para caracterizar a exceção, perdeu duas partidas em quase três  temporadas no Olímpico (67 confrontos), um único revés em Grenal (disputou 13); justo aquele que ficou na reserva, lesionado e só entrou, porque Telê, também não gostava de perder nunca.

 Saindo jogando, "never!", não conheceu derrotas no clássico.

O evento da imortalidade está associado a momentos marcantes na vida do Grêmio: na letra do hino (Lara), na estrela da bandeira (Everaldo), nas imagens de Tóquio (Renato). Nesse seleto grupo, aparece o voo gigantesco interrompido após o gol, no triunfo que se tornou a gênese das décadas vitoriosas do clube (André). A foto que ajuda a ilustrar o blog.  

Poucos segundos antes do "clic" da máquina fotográfica, ele "desafiou a lógica" no seu chute, que deveria ser de pé esquerdo, forte, rasteiro, canto oposto de Benitez. Inovou, batendo de pé direito, reto, embora de três dedos, ângulo superior do arco, como escrevi há quase dez anos, que repostei em 2014, vide Pequenas Histórias 27. Indefensável estocada no coração vermelho, impedindo o enea do Coirmão. Aliás, Enea que virou "Eles Nunca Esquecerão o André". Ninguém esquecerá!!!

A consequência do salto incompleto, sua lesão, possibilitou ser a ponte, o elo entre o Grêmio vitorioso do Hepta campeonato de 68, onde brilhava outro centro avante corajoso e artilheiro: Alcindo, que o substituiu naquela tarde de 25 de Setembro de 1977.

Esse era André, um bravo que poderia ser chamado de André Coragem.

 Obrigado, Catimba!

Fonte:https://futebolgaucho.tumblr.com/

Veja o gol de bicicleta:



Fontes: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

              Arquivo Histórico de Santa Maria




quinta-feira, 29 de julho de 2021

Opinião




Medo 

Se tem algo que me dá medo na conjuntura gremista, é ver a Direção ir às compras.

André, Marinho, Vizeu, Tardelli, Diogo Barbosa, Luciano, Pinares, Churín, todos, só frustrações. Os motivos são diversos, o resultado idêntico.

Peguem as contratações de 2021, aprovadas ou não pela massa torcedora, Rafinha, Thiago Santos e Douglas Costa, novamente a mesma frase: "por motivos diversos", não estão dando certo. Segunda-feira será Agosto. Sete meses se foram.

Agora, leio que o Tricolor está indo com vontade ao pote das contratações. CEO na Europa, nomes interessantes como Hernani, ex-Furacão, mas quem está próximo é Pedro Rocha. Bah! Aí é para desanimar.

Tirando uma fase boa na Copa do Brasil e parte da Libertadores como recheio entre o início de carreira com inúmeros gols perdidos e a passagem frustrada pela Rússia, Cruzeiro e Flamengo, o que sobra na carreira dele?

Sinceramente, acho que desse "mato, não sai coelho".

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Álbum Tricolor (161)

ANDRÉ CATIMBA
Revista Placar

Nome: Carlos André Avelino de Lima.
Apelido: André Catimba.
Posição: centro-avante.
Data de nascimento: 30 de outubro de 1946, Salvador, BA.
Data de falecimento: 28 de julho de 2021, Salvador, BA.
 
JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
135 jogos (87 vitórias; 37 empates; e 11 derrotas). 68 gols.
 
JOGOS COMO TITULAR
125 (81 vitórias; 34 empates; e 10 derrotas).
 
ENTROU NO DECORRER DO JOGO
10 jogos (6 vitórias; 3 empates; e 1 derrota).
 
JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO
67 jogos (50 vitórias; 15 empates; e 2 derrotas). 43 gols.
 
JOGOS EM OUTROS ESTÁDIOS
68 jogos (37 vitórias; 22 empates; e 9 derrotas). 25 gols.
 
CERTAMES OFICIAIS PELO GRÊMIO
Caráter Estadual (76 jogos; 54 vitórias; 19 empates; e 3 derrotas).
Caráter Nacional (41 jogos; 20 vitórias; 14 empates; e 7 derrotas).
 
CLÁSSICO GRENAL
13 jogos (6 vitórias; 6 empates; e 1 derrota). 4 gols
 
ESTREIA NO GRÊMIO
15.06.1977 - Grêmio 1x1 Flamengo (RJ) -  Amistoso - Olímpico.
 
ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
16.09.1979 - Grêmio 1x1 Esportivo (RS) – Camp. Gaúcho – Bento Gonçalves (RS).
 
CARREIRA COMO JOGADOR
Guarany-BA (1964 a 1966), Ypiranga-BA (1966 a 1968), Galicia-BA (1968 a 1971), Vitória-BA (1971 a 1975), Guarani-SP (1976 a 1977), Grêmio-RS (1977 a 1979), Bahia-BA (1979 a 1980), Argentinos Juniores-ARG (1980), Pinheiros-PR (1980 a 1981), Nautico-PE (1981), Comercial/RP-SP (1982), Ypiranga-BA (1983 a 1984), Fast Clube-AM (1984 a 1985).
 
TÍTULOS PELO GRÊMIO
Campeonato Gaúcho: 1977.
Campeonato Gaúcho: 1979.
 
Por Alvirrubro.
 
PRINCIPAIS FONTES:
- Jornal Correio do Povo.
- Jornal Zero Hora.
- Revista Placar.
- Arquivo Pessoal.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Opinião



Goleada no Barradão 

3 a 0. Vaga garantida para a próxima fase. 

O Grêmio teve o adversário que pediu a Deus neste início de semana. O Vitória de 2021 é o pior de todos esses anos que vi o clube baiano. Ou é muito ruim, ou esteve numa noite assustadora.

O primeiro tempo foi constrangedor para um clube locatário, mesmo que fosse um oponente da Série A o que tinha pela frente. Não passou do meio de campo; pior! isso, não significou saber se defender. O 1 a 0 demorou para sair. Aí, o momento mais atrapalhado da partida: mais de seis minutos para definir se o gol era válido.

Sobre o Tricolor: Alisson, ótimo primeiro tempo, caiu na etapa final, ainda assim, participou no gol de Diogo Barbosa, quando lançou Luiz Fernando que fez excelente jogada e pifou o lateral esquerdo que nesta jornada funcionou como ponta.

Na etapa final, Léo Pereira cresceu de produção, fez o segundo e deve ter sido substituído mais para Luiz Fernando pegar ritmo de jogo.

Destaque também para Ricardinho que marcou o primeiro e deu passe decisivo para o segundo.

De todos, o melhor foi Vanderson, além dele, Rodrigues jogou sério, Gabriel Chapecó apareceu quando foi preciso em dois chutes importantes no segundo tempo. Darlan, igualmente apareceu bem para quem estava arquivado.

Fica a ressalva da fragilidade do clube baiano, mas o placar ficou bem ajustado. Materializou o que se viu em campo.

Foram oito jovens começando a partida. De veteranos, Cortez, Lucas Silva e Alisson, porém, este confronto, recém finalizado, não é matéria para conclusões definitivas.

Que venha a próxima fase, de preferência com um adversário mais fraco. Quem sabe o Criciúma, se confirmar a classificação no Rio?



segunda-feira, 26 de julho de 2021

Opinião



Parâmetros 

À partir do comentário do Carlos na postagem anterior, eu que vinha pensando neste assunto, resolvi escrever este texto.

Li em vários lugares que o elenco do Grêmio é fraco, pelo menos, o desse ano. Depende.

Depende do objetivo, se for comparado com os do Palmeiras, Atlético Mineiro e Flamengo para brigar pelo título, realmente, ele é insuficiente. Se for para escapar do rebaixamento, o plantel gremista sobra contra os seus "eventuais concorrentes" à fuga do Z-4.

Comparei o elenco do Fortaleza com o do Grêmio e a diferença é imensa, então, por que essas posições de ambos na tabela?

Porque há outros fatores que implicam nas performances dos times/clubes. Um deles é justamente o peso da tradição e da camisa, outro, a situação financeira da instituição, atrasos de salários prejudicam muito, mais um: desgaste da relação comissão técnica com o passar dos anos.

  A gestão do "vestiário" também é ponto importante. Esta última questão, há exemplos recentes: Ramirez no Inter, Tiago Nunes no Grêmio, ambos não foram "adotados pelo grupo" e o mais recente, Renato no Flamengo, neste caso, de uma forma positiva. O clube da Gávea virou potencial concorrente para as três competições, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão, apenas acertando na escolha do treinador. 

Entendo que mesmo precisando de reforços pontuais, a posição do Grêmio no Brasileiro e a desclassificação na Sul Americana, esses tropeços estão mais relacionados com a perda da identidade do time na forma de jogar, na falta de uma liderança técnica e anímica e na ausência de confiança do grupo como um todo. Novamente recorro ao Flamengo que nas goleadas recentes, os jogadores esbanjaram auto-estima, não tiveram receio de atacar, de arriscar chutes, de improvisarem lances. Isso, só se faz se o peso de errar for um detalhe inconsequente na cabeça do atleta. Os mesmos que atuavam com Torrent e Ceni jogam leves hoje. Certamente, não tinham desaprendido neste hiato entre Jorge Jesus e Renato Portaluppi. 

Então; que venham os reforços, mas é importante trabalhar a mente dos jogadores e a questão tática. Definir um sistema de jogo e depois, só depois, buscar os jogadores com o perfil para a forma de atuar escolhida.

Luiz Felipe tem bagagem para reverter esse quadro.







domingo, 25 de julho de 2021

Opinião



 A Manutenção dos Três Zagueiros

Li que Luiz Felipe pode desistir da formação com três zagueiros, já no próximo compromisso diante do Vitória pela Copa do Brasil. Deve ter as suas razões, porém, mesmo para quem está distante dos acontecimentos, a adoção deste sistema utilizado contra o América Mineiro foi positiva. O gol sofrido ocorreu de forma acidental pelo que vi nos melhores momentos. 

Eu até esperava esta formação na estreia do novo treinador contra o Inter, vide Três Zagueiros, porque entendia que, além de Geromel e Kannemann, nomes incontestáveis, o clube tem uma promessa, quase uma realidade, Ruan, que deveria ser aproveitado.

Geromel e Ruan são jogadores velozes, bons de antecipação e de saída rápida, quando estão com a bola; já Kannemann no período que era atleta do San Lorenzo, nas vezes que entrou, atuou mais como lateral esquerdo do que como zagueiro.

Com a afirmação de Vanderson e novas chances para Guilherme Guedes, o Tricolor, mantendo dois volantes técnicos, fica bem defensivamente e ganha jogadas ofensivas pelas pontas.

A persistência do 3-5-2 é necessária para o melhor aproveitamento dos jovens e solidificação de uma identidade do time, algo que o time perdeu com a saída de Renato.

sábado, 24 de julho de 2021

Opinião




 Grêmio empata e segue na vice-lanterna

Assisti somente os 30 minutos finais, um compromisso em Vale Vêneto me impossibilitou de ver toda a partida.

Nessa meia hora final, eu vi um time atrapalhado, sem criatividade e, principalmente, acelerando o jogo demais. Há também, a afobação (ápice do aceleramento) no lance em que Guilherme Guedes tocou para Ricardinho; ele poderia ajeitar melhor para depois finalizar. Errou batendo de primeira, movimento muito difícil de ser acertado.

Procurando os melhores momentos (coloco no final da postagem), vi que na primeira fase, o Grêmio teve transição rápida da defesa para o ataque, em especial, com os alas Vanderson e Guilherme Guedes, esse, autor do gol gremista, quase na pequena área adversária. Bom sinal. Teve igualmente, duas grandes defesas de Cavichioli e uma bola na trave. 

O gol de empate; uma infelicidade de Ruan, que "espanou" a bola com vigor, mas ela se ofereceu à frente do camisa 10, pegando o resto da defesa no contrapé.

O resultado é péssimo, as possíveis lesões de Vanderson, Diego Souza e Guilherme Guedes, idem.

Como escrevi na postagem anterior, o item mais preocupante neste instante, é a instabilidade emocional do time, a falta de confiança, que aliada a falta de qualidade ofensiva, torna o fardo mais pesado. Isso precisa ser trabalhado pelos dirigentes.

A Direção/Comissão Técnica, esse duo, deve dar apoio aos jovens, mas buscar reforços que sejam superiores ao que se tem no grupo. Amontoar jogadores de média qualidade, esta iniciativa,  ao contrário de ser a solução, aumentará a pressão sobre o elenco.

Luiz Felipe tem conhecimento e experiência para tirar o time do rebaixamento.

Seguem os melhores momentos:



sexta-feira, 23 de julho de 2021

Opinião




Três Posições 

O meu irmão dizia que a confiança era peça fundamental no êxito de uma equipe; lógico, ele considerava qualidade e atitude como elementos primários, nem se discutia isso.

Concordo plenamente; ontem, depois da cobrança de penalidade sem sucesso de Edenílson numa reedição de 1989, mesmo palco, mesmo adversário, o Inter desmanchou, escapou até de perder.

Voltando; Gabriel Chapecó, Vanderson, Fernando Henrique e Victor Bobsin são excelentes valores vindos da base, a zaga é a melhor do Brasil, Douglas Costa, espera-se,  a cereja do bolo, Ferreira, se ficar, um ótimo atacante.

Considerando que o calendário ficou mais folgado para o Tricolor, as lesões e preservações serão menores, com isso, repetir o mesmo time, uma possível realidade; então o clube tem três posições "sensíveis" entre as onze; lateral esquerda, meio de campo armador e um centro avante.

Se a Comissão Técnica e Direção entenderem que os que estão no elenco são insuficientes, a tarefa não será tão difícil assim, afinal, além de grande clube, o Grêmio, segundo se divulga, é uma instituição que paga em dia.

Atletas no mercado tem. Basta dar o tiro certo. Isso, mais o retorno natural da confiança, vai mudar a recente história mal escrita em 2021.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Opinião




Elenco caro e ineficiente 

Folha de 15 milhões de reais por mês ou quase isso (noticia-se assim), eliminação na pré-Libertadores, Sul Americana, integrante da zona de rebaixamento e terceiro treinador na temporada (não incluo os temporários), torcida questionando os atletas da base, isto é uma receita explosiva, que pode detonar ou ser desarmada com muita coragem e competência. Este é o Grêmio do primeiro semestre de 2021, avançando para o segundo.

Com essa folha altíssima e juniores de baixos salários no time principal, basta ver na mais recente partida: Chapecó, Vanderson, Fernando Henrique, Victor Bobsin e Léo Pereira. Meia formação dos onze, é um caso para análise.

Aí, eu lembrei de três situações, a primeira,vide Zico fala, mostrando sua desconfiança quanto às convocações e a movimentação dos empresários na Seleção, isso dito anos atrás; a segunda, o porquê de atletas da base que sempre tiveram o mesmo empresário, na última categoria (a de juniores) mudam para outros mais conhecidos e poderosos, sabidamente mais "influentes". Curioso que esta pauta seria interessante para a Imprensa, mas parece que ela não se interessa. A terceira é aparentemente contraditória; o conhecimento desta prática predatória pelos dirigentes de clubes e aceitação dela, realidade de quase todos os clubes. 

Alguém poderá dizer, se é corrente entre os clubes, então essa não é a causa única dos insucessos. Verdade! porém, cabe ao dirigente de instituição grande escolher como e com quem negociar, não ir para o matadouro se espernear. Saber dizer não! esse, eu não quero.

Até o torcedor mais indiferente, se pergunta: Por que determinado jogador com idade avançada, vindo de lesão grave sem sequência de jogos, salário elevado em seu clube de origem, vai ser uma contratação satisfatória? Por que um atleta que ultrapassou a casa dos 30, tem 1 ou 2 clubes de grandeza em seu currículo de mais de 20 trocas, vindo de um mercado periférico vai tomar o lugar de um júnior de 20, 21 anos, que quando entra mostra qualidades?

Essas manobras costumam cobrar caro. As instituições de maior grandeza no Brasil que caíram para a Série B, tem entre os seus ingredientes, este condimento quase fatal para carregá-las para baixo.

Felizmente para o Grêmio, há todo um returno para ficar pelo menos, em décimo sexto no Brasileiro. Basta dar um "basta".

PS: Algo "auto-explicativo": Quem tem o salário mais alto? Paulo Victor ou Chapecó, Rafinha ou Vanderson, Diogo Barbosa ou Guilherme Guedes, Thiago Santos ou Fernando Henrique, Maicon ou Victor Bobsin,  Alisson ou Ferreira?

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Opinião



O Primeiro Equívoco de Luiz Felipe 

Luiz Felipe encarou uma bronca imediata ao assumir o Tricolor, qual seja; pegar um time destroçado, cujo o horizonte apontava para um inexorável rebaixamento. Como desgraça pouca é bobagem; dois dias após a sua apresentação no clube, ele teve um clássico pela frente, o maior do Brasil e não podia perder. 

Montou bem o time, fez algumas alterações urgentes (Cortez e Fernando Henrique). Balançou, mas não saiu derrotado. Esquema certo para a ocasião certa.

Em seguida, nova "boca entaipada"; jogar na altitude contra a LDU, equipe vinda da Libertadores; mais uma vez, justificadamente, o time se encolheu e jogou pela chamada "uma bola". Ganhou, levando boa vantagem para a partida da volta na Arena.

Seguindo o calvário, encarou o Fluminense no Maracanã e sabiamente, não houve exposição do time, que foi agraciado por uma penalidade máxima no ocaso da contenda. 1 a 0. Estratégia correta com fuga da Lanterna do certame.

Aí, o Grêmio teve a sua primeira jornada em que o sufoco não seria seu parceiro (à principio), a partida contra a LDU, isto é, não se tratava do Real Madrid ou Bayern München, fora de casa e em desvantagem.

Foi um escândalo. Um verdadeiro fiasco, porque o apenas discreto adversário do Equador  teve em alguns momentos, 70% de posse de bola, o que seria admissível, se no restante desta parcela, o Tricolor tivesse realizado algo de produtivo que se definiria então, como uma proposta inteligente, racional e vencedora.

 Não foi o que se viu. Na verdade, se constituiu numa estratégia suicida que apenas o bafejo da sorte impediria o insucesso, visto que Gabbarini, arqueiro equatoriano, passou a noite toda assistindo a partida de um lugar privilegiado. O Grêmio foi incapaz de perceber que, na falta de outro jeito, o bom senso indicava arriscar arremates de longe, depois da falha do goleiro na bola isolada que foi em direção ao arco da LDU no tento de Diego Souza.

Antes de criticar (ou penalizar) qualquer atleta, a conta desta desclassificação é do treinador, porque a defesa ficou exposta, o meio de campo esteve frouxo e o ataque completamente inoperante. Salvou-se o goleiro e nisso, a prova inquestionável da superioridade dos visitantes.

Por se tratar de um comandante técnico vencedor, que inúmeras vezes mostrou-se um estrategista, foi um equívoco imperdoável. 

Luiz Felipe com esse erro crasso, apenas reforça que o único certame que o Tricolor tem "chances" é a sua manutenção na Série A para 2022.

Fora disso, dessa projeção, só com uma mudança de mentalidade da Comissão Técnica para os confrontos dentro da Arena, afinal, Juventus ou Barcelona não jogam o Brasileirão. 

Jogar por uma bola com um elenco que gera uma folha salarial de 15 milhões de reais/mês, é caso para estudo nos cursos superiores da área econômico-administrativa. 



terça-feira, 20 de julho de 2021

Opinião



O Fim de um Atrapalho 

A Raposa e as Uvas; a fábula; eu não me preocupo, se estas linhas tiverem relação com "as uvas estavam verdes". A Sul americana não tem "tesão" nenhuma, que bom que caiu fora. Paro por aqui e vou especificamente para a partida de hoje. Apenas mais um reparo; o time regrediu esta noite.

Péssima partida do início ao fim, não merecia empatar, escapou de tomar uns três, o próprio gol foi acidental, uma bola defensável, que o goleiro da LDU aceitou. Arqueiro que não fez uma única defesa nos 100 minutos.

Os erros começaram na casamata com a infeliz estratégia de aguardar o adversário para contra atacar. Deu vergonha de ver o time recuado, sem nenhuma jogada de "escape".

Além do coletivo estar aquém das suas possibilidades, individualidades afundaram esta noite. Lógico! os jovens vão oscilar até se firmarem, o ruim é que "escolheram" uma partida decisiva para ir mal. Vanderson, Fernando Henrique e Léo Pereira foram decepcionantes, Bobsin, o menos ruim e Jean Pyerre, sumidaço. 

A zaga trabalhou demais, Geromel e Kannemann ficaram muito expostos, Diego Souza se encaminha a passos largos para a aposentadoria, não dá para se enganar com o gol que fez.

Alisson esteve bem na frente, mas a propalada importância tática, confesso que não vi novamente e a condição de "bengala" de lateral, igualmente, não apareceu na Arena. Cortez esteve órfão naquele dois contra um que a equipe equatoriana fez no lado direito ofensivo.

Agora, a prioridade fica robustecida (sair do rebaixamento), assim como, a carência de um armador e de atacantes, pois diferentemente da má jornada de Fernando Henrique e Vanderson, que considero eventual, Léo Chú, Léo Pereira e Guilherme Azevedo não são jogadores para investir em momentos decisivos. A média de atuação deles é essa.

De tudo que vi, os jovens não me preocupam, me preocupa a condição de Diego Souza, o investimento em Cortez e Alisson, também, a estratégia equivocada do treinador para  essa decisão. 

Soou anacrônica.

Teve algo positivo? Sim, temos um goleiro de muita qualidade.

Por fim, o juiz beira o amadorismo, mas a desclassificação está muito mais "linkada" com a péssima atuação do Tricolor.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Opinião




O Olhar 

Aí está a beleza do futebol; as diferentes visões e interpretações sobre os mesmos fatos, acontecimentos. Algumas são de gremistas, outras, "subterrâneas", diria estranhas, estas últimas, exclusivas da mídia.

A recuperação ainda tímida do Tricolor tem vários fatores; eu a interpreto como consequência do trabalho experiente e seguro do treinador, da ascensão vertiginosa de Gabriel Chapecó (desconfio que cumprirá trajetória semelhante a de Alisson Becker), a colocação de Cortez, esse, pelo bom trabalho defensivo e a inclusão de Fernando Henrique e Victor Bobsin à frente dos fantásticos Geromel e Kannemann. Para completar: nessa partida mais recente, a certeza da titularidade de Vanderson, Uma obviedade.

Mas onde estão as diversas visões que relato na primeira linha? Numa parcela da imprensa esportiva, que visualizou a importância tática que Alisson comete, incluindo ser a "bengala" para Vanderson (Juro que vi o camisa 23 atuando pelo lado oposto, o esquerdo, até quando sofreu o pênalti), também, ela já projeta o ingresso de Thiago Santos, o cara que deu estabilidade ao setor (sic), o que "empurraria" Fernando Henrique para o lugar de Bobsin, que sairia do time.

Pergunto: Já foi descartada a hipótese de não mexer no que está dando certo, FH e Bobsin juntos? Por que?

Tem um texto que afirma que desde a entrada de Alisson, o time parou de tomar gols, está invicto e venceu duas consecutivas. Verdade! vale para Alisson, mas igualmente para Chapecó, Cortez, Fernando Henrique e Léo Pereira. Aí, eu pergunto: Léo Pereira merece lugar no time e Douglas Costa esperar a sua vez?

Ficaria tranquilo, se estes olhares diversos fossem desprovidos de outros propósitos, não originados pela eterna rivalidade gaúcha, porém...

PS: Estou em Férias, 10 dias, por isso, este texto no meio da manhã.

sábado, 17 de julho de 2021

Opinião




A Noite do Monstro

Há vários aspectos positivos nesta vitória no jogo recém finalizado: a primeira vitória no certame, a fuga da lanterna, terceira partida sem levar gols, a sedimentação da dupla de volantes modernos no meio de campo, a indesmentível melhor condição de Vanderson sobre Rafinha, a tranquilidade de "veterano" do arqueiro Gabriel Chapecó, a recuperação anímica do elenco, mas o maior de todos (aspectos): a atuação fantástica de Pedro Geromel. Alguém poderá dizer, ele deu uma rosca, mas, convenhamos, além de não ter consequência prática para o Fluminense, foi mais pelo esforço demasiado no lance. Outro atleta sequer chegaria na bola. 

Ouvindo a Guaíba, ela escolheu por unanimidade, Vanderson, o melhor. Realmente, o menino foi muito bem, mas o que vi foi uma atuação quase irrepetível de um zagueiro.  

Quem está vendo Geromel poderá dizer para seus filhos ou netos mais adiante, que viram o melhor zagueiro que atuou neste Estado em todos os tempos.

Foi uma jornada que coloca mais um degrau na caminhada ascendente do Tricolor, onde os méritos e a estrela de Luiz Felipe apareceram até o final do jogo. Uma prova disso: manter Alisson até o fim, sem que o que se via em campo, justificasse a sua permanência.

Goleiros, Zagueiros, Centro avantes e especialmente, técnicos, precisam de uma boa dose de sorte.


Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (256) - Ano - 1993

 Maracanã, Fluminense, Luiz Felipe, Goleiro Jovem ... 

Fonte: https://gremio1983.wordpress.com

Em 1987, Luiz Felipe teve a primeira passagem pelo Grêmio, ganhou o Regional e buscou novos ares. Na segunda, ele conquistou a maioridade como técnico de futebol e subiu feito um foguete. O início não foi animador, mas ele com seu jeito agregador e visionário, começou a formar o elenco que deu o segundo título da Copa do Brasil (94) e seguiu ajustando o grupo até chegar aos resultados de 95 e 96 com respingos ainda em 97 no tri.

A trajetória começou em 93 com alguns tropeços, passos vacilantes que necessitaram a intervenção do presidente Koff, garantindo a permanência do jovem treinador.

Em Outubro daquele ano, campeonato Brasileiro, o Tricolor gaúcho foi ao Rio de Janeiro. Coincidência com atual momento; além de ser contra o Fluminense no Maracanã, Luiz Felipe contou com um menino de 20 anos no gol, Danrlei e um centro-avante com uma boa estrada em seu currículo, Charles, campeão nacional pelo Bahia de Evaristo de Macedo e passagem pelo Boca Juniors.

Naquele final de tarde, Felipão utilizou: Danrlei; Grotto, Paulão, Aguinaldo e Branco; Pingo, Jamir, Carlos Alberto Dias (Marco Aurélio) e Carlos Miguel; Fabinho (Wolney Caio) e Charles.

Nelsinho Rosa escalou o Fluminense com: Nei; Márcio, Brasília, Alessandro e André; Alaércio, Chiquinho ( Serginho), Moreno  e Julinho; Ézio (Celinho) e Nílson.

Os clubes vinham de mal a pior, em especial, Fluminense e Botafogo. Naquela rodada, nenhum deles venceu. O pior era justamente o clube das Laranjeiras que via o rebaixamento muito próximo.

O Imortal saiu na frente logo aos 12 minutos, gol do baiano Charles. Esperto, ele penetrou na zaga, após chute de Jamir que resvalou num adversário. 1 a 0, quebrando o jejum de três jogos em que o time não marcava.

Após este lance, a partida caiu num marasmo terrível, sem jogadas de áreas, em especial, os donos da casa que com essa derrota, encordoava uma sequência de quatro derrotas consecutivas e oito sem vencer.

A situação era tão ruim para os donos da casa, que o presidente do clube sugeriu durante a semana, uma ideia curiosa: os atletas assistirem o desenho animado de Tom & Jerry para quebrar a tensão do elenco.

Não deu certo. As pouco mais de duas mil pessoas presentes no estádio, não perdoaram a diretoria, nem o time ficou descontraído.

Felizmente para os tricolores cariocas, aquela edição do Nacional possuía trinta e dois participantes, com isso, os grandes clubes (Flu, Botafogo e Atlético Mineiro) se safaram do rebaixamento.

Fonte: Arquivo Histórico de Santa Maria

             Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

             Jornal do Brasil.

Segue o gol de Charles:



sexta-feira, 16 de julho de 2021

Opinião




Reformulação deve começar já

Coerente com o que escrevi anteriormente; apenas para recordar: que o clube deve mirar o próximo ano, já que o horizonte até Dezembro indica cuidados apenas com o rebaixamento, tarefa que requer atenção, mas é de relativa facilidade; basta chegar em décimo sexto entre vinte clubes, então, hora de pensar em reformulação do grupo, priorizando o aproveitamento de jovens e pontuando posições específicas onde o elenco não tenha titulares a altura das exigências das competições vindouras.

Com isso, vejo como natural a dispensa de Diego Souza, que desperta interesse em instituições que pararam no tempo, vide Vasco quer Diego. Da mesma forma, transformar em dividendos os "passes" de Matheus Henrique, enquanto ele tem mercado exterior e de Alisson, cuja fama é superior ao seu futebol.

Recordando o que escrevi há tempos: Desconfio de jogadores de "importância tática para o time" e de treinadores "trabalhadores". Existem exemplos aos borbotões, basta apenas lembrar que Telê, Ênio Andrade ou Tite jamais ganharam a qualificação de "trabalhadores", ainda que foram/sejam. O mais recente foi Tiago Nunes que "quem assiste os seus treinos, vê que trabalha com método e intensidade"; também jamais ouvi falar que Ronaldo Fenômeno ou Mauro Galvão possuíam "importância tática" para os seus times. É o "futebolês" em sua essência. Fácil de entender.

Encerrando: não ficarei chateado se o nosso "goleador" sair no meio da temporada, nem o "coringa" do time. O Grêmio precisa mirar 2022.



quinta-feira, 15 de julho de 2021

Opinião




Churín e Pinares 

Lendo notícias antigas, eu me deparei com a boa expectativa dos torcedores (e do próprio clube) pelas contratações de Diego Churín e Cesar Pinares. O primeiro, centro avante nascido na Argentina, mas jogando no Cerro Porteño; o segundo, atleta da seleção chilena. Pareciam duas contratações do tipo "chegam, vestem a camiseta e viram titulares". Até agora, decepção pura.

Pois hoje, novidades; Pinares estará à disposição do treinador para o jogo contra o Fluminense e Luiz Felipe vai apostar em Churín, já que gosta deste perfil de camisa 9.

Os autores desta última informação, chegaram a levantar a hipótese do veterano treinador ter conversado com Arce, ex-jogador dele nos anos 90 e ex-comandante técnico de Churín no Paraguai.

O aproveitamento com êxito desta dupla seria uma reversão de expectativa espetacular, porque passado mais de um ano, poucos acreditam neste "milagre".



quarta-feira, 14 de julho de 2021

Opinião



Qual é o Problema?

Os gremistas viram uma solução feliz para um dos mistérios mais recentes da longa história de seu clube; Victor Bobsin ganhou chances no time de cima e deve se firmar. Foram uns bons anos de espera e muito diz que me disse.

Há outro que rende bastante; a novela do aproveitamento de Guilherme Guedes. Ele subiu em 2018. A exemplo de Bobsin, há anos se fala no aproveitamento dele. Como o volante, Guedes também sofreu uma lesão séria, mas está aí. 

"Estagiou" com êxito na Ponte Preta, segunda divisão, que se sabe é um campeonato dificílimo, o Grêmio penou para subir, embora se tornasse campeão e o Inter, que muitos jornalistas afirmaram que botaria faixa com "um pé nas costas", conquistou um honroso segundo lugar.

Pois este Guilherme Guedes, mesmo com todo o mundo sabendo das deficiências dos laterais esquerdos tricolores, não consegue jogar, muito menos, ganhar uma sequência.

Hoje à tardinha, ouvindo o Repórter Esportivo na rádio, os participantes opinavam sobre o aproveitamento de Rafinha naquela posição, diante do sucesso de outro atleta da base, Vanderson. Bom, com isso, eu vou sugerir para o empresário do Guilherme Guedes, que ele seja negociado, porque, se em outras posições, os jovens vem recebendo oportunidades, fica a pergunta:

Por que numa posição carente, o jovem e promissor, atleta da base gremista, não consegue atuar?


 

terça-feira, 13 de julho de 2021

Opinião



Grêmio volta a vencer 

A volta de Luiz Felipe ao Grêmio permite a gente presenciar elementos de reconstrução de um time. É um processo, deverá haver passos para trás, mas a caminhada para a normalidade vai prosseguir.

Quais são esses elementos? 

-A presença de um goleiro confiável, pelo menos, nestas duas partidas mais recentes. Decisivo na primeira etapa e depois, ele contou com a sorte que acompanha os grandes arqueiros

- Uma zaga bem postada, atenta, destacaria não por ser o melhor, mas para comprovar a importância defensiva, Cortez. Inúmeras vezes, ele fechou para o meio da área e impediu arremates ou situações de gol do adversário. Importante e decisiva participação no bloqueio dos equatorianos

- Dois volantes técnicos, mas que, quando o jogo exigiu, foram viris, impositivos. Não saíram da frente da área 

- Jean Pyerre, discreto na maior parte do tempo, mas no gol, uma ação decisiva. O fator que determinou a vitória. Mérito para a esperteza de Léo Pereira

- Aproveitamento alto em relação ao número de chances, o goleiro Gabbarini não fez uma única defesa; tomou um gol e quase sofreu outro de Ricardinho

- Por fim, a presença de um treinador vencedor; coincidência ou não, no clássico, o Grêmio pelo que se viu, deveria ter perdido. Empatou. Hoje, um empate não seria injustiça pelo que se viu; ganhou. Isso vai alterando o ânimo da equipe, os degraus são galgados assim

É óbvio que houve evolução; não perde há dois jogos, não sofre gols. É matemática pura; sempre que sofreu um gol, teria que fazer dois para vencer. Não tomando, vai pontuar, 1 ou 3 pontos. Luiz Felipe tem essa questão (saber se defender) como um dogma.

Com exceção de Diego Souza e Alisson, todos tiveram uma partida muito boa, inclusive Lucas Silva, tão contestado (merecidamente contestado antes). Destaques foram goleiro e o quarteto defensivo + Léo Pereira, que pode ganhar sequência e crescer.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Opinião



Sem Pressão 

Desconfio que esse confronto de amanhã, seja o de "oitavas-de-final" menos nervoso dos últimos anos para o Grêmio. Talvez os gremistas mais fanáticos fiquem abalados com uma derrota e a possível desclassificação no certame continental. Apenas eles.

São duas as causas: a primeira, porque o objetivo principal do ano será sair da zona do rebaixamento no campeonato nacional. Segunda; esse torneio, não tem a importância da Libertadores, tanto que o Grêmio já o disputou e poucos torcedores lembram de uma partida histórica, memorável, marcante. Nada disso. Eu me esforço e não recordo de nenhuma vitória espetacular ou derrota traumática.

Disso resulta uma certa tranquilidade para ajustar  o time, encarar de forma mais leve estes jogos decisivos, chance de quebrar a sequência ruim de resultados.

Claro! a LDU também tem os seus propósitos, mas isso sempre esteve "na pauta" desse enfrentamento.

Mesmo bem desfalcado, o Grêmio "vai de boa" nesta Terça-feira.

  

domingo, 11 de julho de 2021

Opinião




De Olho em 2022 

Antes que alguém pense que é uma manchete pessimista, me apresso em dizer que não. Trata-se de por em prática uma decisão a ser tomada, que o clube empurra com a barriga, isto é, renovar o elenco, buscar um ciclo novo, possivelmente, melhor do que este que findou com a saída de Renato e com a implosão do que restava de bom, obra e graça de Tiago Nunes.

O objetivo do Grêmio, aquele que está acima de todos os demais é permanecer na Série A, ano que vem. Parece difícil, se for olhada a tabela hoje, mas o campeonato do Tricolor será ficar à frente de 4 adversários. Tomando as medidas corretas em tempo ágil, não é missão impossível. Depois disso, aí, observar o que vem pela Copa do Brasil e Sul americana.

Com isso, Luiz Felipe poderá (e deverá) ao longo deste semestre, trocar os laterais (entram Vanderson e Guilherme Guedes); também, sedimentar uma saída boa pelos médios Fernando Henrique e Victor Bobsin, melhorar a condição física, técnica e tática de Douglas Costa. 

É complicado? Bom! complicado é achar um goleiro confiável, o Grêmio encontrou. Tem dois, no mínimo, porque Adriel não foi testado ainda. Se Brenno se firmou numa posição extremamente sensível de um time de futebol e, se Gabriel Chapecó mantiver a performance que apresentou neste Sábado, por que não haveria de dar certo em outras posições do time, utilizando a base?

Além de Geromel e Kannemann, existe Ruan. Se confirmar Ferreira no elenco, a busca para um time residirá em um grande armador e um centro avante confiável, isso, sem considerar as respostas de Jean Pyerre, Darlan, Pinares, Diego Souza, Ricardinho e até Pedro Lucas.

Depois de tantos reveses nas últimas contratações (André, Tardelli, Vizeu, Marinho, Luciano, Robinho, Thiago Neves, Éverton Cardoso, Diogo Barbosa), a Direção deve ter aprendido alguma coisa. Nem cito Pinares, Churín, Luiz Fernando, Rafinha e Thiago Santos, que ainda estão no elenco, nem os goleiros anteriores, porque para esta posição, ela (a Direção) encontrou a solução na base do clube.

Vejo com um certo otimismo o ano de 2022; para isso, as ações devem começar ainda neste mês de Julho.

sábado, 10 de julho de 2021

Opinião



Gabriel Chapecó confirma e vira destaque

Na base, eu vi alguns jogos desse goleiro e também, os de Adriel. Minha impressão é que o Grêmio tinha goleiro para uma década. Como Brenno confirmou, a briga está muito boa. Imaginem se o clube buscasse um goleiro mediano "cascudo".

 Chapecó foi o maior destaque do clássico, o de sua estreia. Salvou o time no Grenal.

Luiz Felipe providenciou uma escalação de emergência. Ficou nítido o cuidado defensivo. Teve a sorte de contar com Geromel que era dúvida; alterou a lateral esquerda, ressuscitando Cortez, o que para o momento, uma medida acertada. Se o treinador não queria mexer muito, Guilherme Guedes teve que esperar. Disto; uma conclusão infalível: o Grêmio finalmente se convenceu da ruindade de Diogo Barbosa. Se Cortez, que ano passado já era insuficiente, tanto que buscou Caio Henrique, não será agora com mais idade, que Cortez será solução. Resumindo: será Guilherme Guedes ou o Tricolor irá às compras.

Luiz Felipe ao colocar Fernando Henrique e Victor Bobsin num Grenal pela primeira vez, pensou que precisava compensar a falta de experiência e trouxe Douglas Costa e Alisson para formar o meio. Aliás, Alisson é o caso típico de "a primeira impressão é a que fica"; isto é, começou bem no Grêmio, fez gols providenciais, virou "talismã", mas foi só. É um pensamento mágico, que não traz resultados positivos há meses. Imaginem, voltando de lesão. Conclusão: o Tricolor jogou com dez o tempo inteiro.

O resultado isoladamente, foi muito bom. Não perdeu, embora merecesse. Ainda não foi o time do novo treinador. Ele virá daqui para frente.

Além do goleiro, o miolo da zaga esteve bem, Fernando Henrique é o volante que o clube merece. Poderá compor, com o tempo, uma ótima dupla de volantes com Victor Bobsin.

Preocupa o homem de criação; Jean Pyerre em poucos minutos provou estar mais bem preparado do que Douglas Costa. É ele ou então, o clube vai igualmente às compras.

Sobre preocupação: o ataque é o ponto crítico do time. Diego Souza acendeu o alerta que acusa o ocaso da carreira. Ferreira precisa de parceria.

O melhor da frente: Léo Pereira.

Pelo menos, hoje a zaga não foi vazada. 

 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (255) - Ano - 1973


Alfredo Domingo Obberti - El Mono

Fonte:https://gauchazh.clicrbs.com.br

Esta semana iniciou com uma notícia triste, segunda-feira, dia 05, faleceu aos 75 anos, Obberti, "El Mono", grande atacante canhoto, que atuou entre 1972 e 1973 no Imortal, vindo do Newell's Old Boys da cidade de Rosário, Argentina, para onde retornou no início de 74. Seu último jogo ocorreu em Dezembro de 1973, uma vitória gremista sobre a Portuguesa de Desportos. 

Esta  mesma semana finaliza com um Grenal no Sábado, estreia de Luiz Felipe como técnico (na foto de Junho de 72, Obberti aparece superando o jovem zagueiro do Aymoré, que viria a ser o treinador do penta campeonato mundial do Brasil, 30 anos depois).

El Mono meteu tanto gol (36) em apenas 2 dois anos, que virou o maior artilheiro estrangeiro do Grêmio, recorde que permaneceu intacto até a passagem de Hernán Barcos, o Pirata; isto é, por 40 anos.

Obberti foi um dos meus ídolos de adolescência; pertenceu a elencos fortes azuis, que enfrentaram a  melhor fase do Internacional em toda a sua existência. 

É falsa a ideia que os times do Grêmio desta época eram muito inferiores na comparação com o tradicional rival. Era, porém, nunca comparável aos distanciamentos do Rolo Compressor dos anos 40 e o Expresso da Vitória gremista dos anos 60.; tanto que os Grenais vencidos pelo Coirmão foram por diferença mínima e em duas ou três vezes, por 2 gols nestes 8 anos de hegemonia (1969 a 1976).

Para exemplificar, descrevo aqui o clássico de 20 de Maio de 1973, decisão do primeiro turno, empate no Beira-Rio, que o Inter ganhou no saldo de gols, pois ficou empatado com o Tricolor em pontos.

Dino Sani escalou o Inter com: Schneider; Edson Madureira, Figueroa, Hermínio e Jorge Andrade; Carbone, Paulo César Carpegianni (Escurinho) e Djair; Valdomiro, Manoel (Tovar) e Volmir.

Milton Martins Kuelle utilizou: Picasso; Cláudio Radar, Ancheta, Beto Bacamarte e Jorge Tabajara; Paulo Sérgio, Humberto Ramos (Bolívar) e Loivo (Carlinhos); Tarciso, Mazinho e Obberti.

José Luiz Barreto foi o árbitro e o público pagante superior a 60 mil pessoas.

A partida foi o tempo todo equilibrada com o meio de campo colorado composto por dois selecionados por Zagallo, Carbone, o melhor da partida e Paulo César, mais o menino Djair inspirado, inclusive, fazendo um golaço de fora da área, após receber passe de Valdomiro e driblar Humberto Ramos. Decorriam 18 minutos da primeira etapa. 

O Grêmio foi para cima, Obberti conseguiu vitória pessoal sobre a zaga, usando a sua canhota, desferiu um chute potente que obrigou Schneider a ótima defesa. Ficou assim o primeiro tempo. 1 a 0; o empate servindo para os donos da casa.

No segundo, com as mexidas de Milton Kuelle, em especial, os ingressos de Bolívar no meio de campo e Carlinhos na ponta direita, passando Tarciso para o centro do ataque e Obberti para a ponta, o time cresceu, foi mais ofensivo. Numa estocada, aos 17 minutos, Bolívar lançou Carlinhos, este cruzou para o meio da área e El Mono Obberti cabeceou sem chances para o arqueiro rubro. 1 a 1.

Reacenderam as chances, o otimismo voltou e Dino Sani, trocou um centro-avante (Manoel) por um segundo volante, Tovar, povoou o meio com quatro atletas e segurou o empate, jogando o final da partida "com o regulamento embaixo do braço", conquistando o título do turno.

Na infância e adolescência, a vida parece andar mais devagar, todos os momentos são vividos com muita intensidade, por isso, quando pesquiso e vejo que Alfredo Obberti jogou apenas dois anos no Grêmio é difícil de acreditar, porque ele deixou marcas indeléveis na memória daquele jovem torcedor, mesmo passado meio século, praticamente.

Obrigado, El Mono.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro   
            Arquivo Histórico de Santa Maria 
            Correio do Povo
   
 





 








quinta-feira, 8 de julho de 2021

Opinião




Três Zagueiros 

Hoje, andei ouvindo e lendo que Luiz Felipe não tem como mexer de imediato no time, que um único treino (alguns citaram como "mais um bate-papo") é o máximo que o Gringo poderá fazer.

Para um treinador novo, de pouca rodagem, sem estofo para bancar rupturas, eu até aceito, mas um treinador que viu o céu (2002) e o inferno (2014) em Copas do Mundo, cidadão do mundo (treinou até no Uzbequistão e China, além da Inglaterra e Portugal), que encontra um time que ganha 2 pontos em 24 possíveis, mexer nominal ou taticamente o Grêmio, é fichinha, é possível; isto é, não é "proibido" para ele. 

Se perder o Clássico, tudo bem, aumenta a pressão, mas não amplia a missão de ficar à frente de apenas 4 clubes num total de 20 num campeonato que vai até Dezembro. Pelo menos, como primeira tarefa.

Por isso, arrisco afirmar que ele vai alterar certos nomes dos 11 ou o modelo de jogo. Podem ocorrer ambas as medidas. O Grêmio vai com Ruan, Geromel e Kannemann; o treinador vai sacar Diogo Barbosa; na direita, a minha grande dúvida (Vanderson ou Rafinha), vai fechar o meio e mais uma missão: quem vai preencher o lado esquerdo como ala? Aí, eu fico devendo essa.

O importante éque, que não faltará coragem ou atitude para Luiz Felipe nesse novo desafio na sua extensa carreira.


quarta-feira, 7 de julho de 2021

Opinião



Prossegue o Calvário

Esta derrota está dentro daquelas que são passíveis de ocorrer, quando se vê a tabela geral no início do campeonato; porém, olhando o conjunto de jogos, ela é mais um tijolinho que desabou na construção.  

Quando a maré é contrária, até Geromel falha (ou leva azar), pois ao rebater forte, a bola bateu no adversário e se ofereceu para Rafael Veiga, que esperto, chegou antes de Kanneman. Gol com 15 segundos. Um 0 a 1 que desestruturou psicologicamente o time.

Por conta disso (ou não?) Vanderson não funcionou na nova posição, nada acrescentou e sua substituição foi justa. Foi mal, mas tem crédito.

Quem não tem crédito de jeito nenhum são os dois titulares das laterais: "pelamordedeus!!!", Rafinha é "ex", Diogo Barbosa não é. Não é, porque nunca jogou nada. Trata-se de uma manobra de empresário com dirigentes. Um acerto que ferrou o clube. Só pode.

Sobre ocaso de carreira, desconfio que ele chegou para Diego Souza. Bastou a exigência aumentar, que o artilheiro sucumbiu. Ferreira tem se mostrado um jogador incapaz de um enfrentamento mais qualificado e organizado. Já não enfileira mais os seus marcadores, também seus arremates não acham o arco contrário. Não se trata apenas de "cabeça na Europa".

Teve algo positivo? Sim, teve. Ruan entrou muito bem a ponto de se pensar num esquema com 3 zagueiros. Douglas Costa esteve muito participante, começa a ganhar ritmo de jogo. Foi o melhor do time.

O Grêmio não cairá, pois não tem um fator que empurra os clubes para baixo: o atraso de salários. Ele, felizmente, honra seus compromissos, no entanto, é constrangedor a gente tratar disso desde Junho para um certame que termina em Dezembro.

Se eu tivesse influência e oportunidade de falar com o novo técnico, diria de imediato: libera Rafinha, Diogo Barbosa e Alisson, caso contrário, Luiz Felipe ficará tentado a utilizá-los.

Este grupo precisa de um choque, uma intervenção que o treinador sabe como poucos.

Se Luiz Felipe não dá ao torcedor e a imprensa, a impressão de estar antenado com as transformações dentro dos gramados nestes últimos anos, a liderança e domínio de vestiário permanecem inabalados.

É por aí que me apego. 


 

terça-feira, 6 de julho de 2021

Opinião




Pode ser uma Boa

Se foi pensado ou resultado de improviso, esta decisão de adiar a escolha do treinador e dar uma oportunidade para Thiago Gomes me parece uma boa saída para este momento. 

Claro! é apenas uma opinião, mas se analisarmos os dois nomes mais fortes nas especulações, eles estão longe de ser soluções; Renato, nem pensar, desconfio que é notícia plantada e Luiz Felipe, que até achei que poderia conduzir o time por apenas seis meses, sinceramente, é um pensamento mágico e antiquado. Seria um remendo, um remédio paliativo com sérias dúvidas quanto à eficácia.

Thiago Gomes desperdiçou a primeira oportunidade que teve este ano. Tímido, cordato, passou a impressão de passividade, muito mais do que de serenidade. Agora, vacinado, vai ter a grande oportunidade de confirmar que tem potencial para conduzir grandes clubes, a começar pelo Imortal.

Penso que pode ocorrer com ele, o mesmo que se passou com o goleiro Brenno; isto é, teve a chance e se solidificou na posição. Serve para o treinador e para Guilherme Guedes, Vanderson, Bobsin, Fernando Henrique; aliás, no ataque temos outro bom exemplo de  êxito vindo da base: Ferreira.

Perder para Palmeiras e o clássico, será ruim, a torcida vai ficar irada, a Imprensa cairá de pau, mas, esse tempo de dois jogos, uma semana, será de avaliação e de muita reflexão. Se não for Thiago Gomes, a Direção terá mais tempo para avaliar o mercado e ampliar as chances de fazer uma boa escolha.

Antes disso, a oportunidade estará nas mãos de Thiago Gomes.

O cavalo está passando encilhado para ele.


segunda-feira, 5 de julho de 2021

Opinião



Para baixo, todo santo ajuda 

Neste hora, num local dividido em duas metades, uma queda retumbante é um prato cheíssimo para a imprensa sempre sedenta de notícias explosivas para garantir os trocados e a audiência. Até parece que a outra parte deste Rio Grande vive dias luminosos. Paciência! o Grêmio se meteu nessa; terá que sair sozinho e vivo desse emaranhado, onde o principal nó é a apocalíptica passagem de Tiago Nunes, tão avassaladora que deu dor de cabeça aos pesquisadores do futebol gaúcho. Penaram até chegar ao triste dado que aponta para o pior começo de um Brasileiro (desde 1971), portanto, em meio século, não há nada igual. Uma bomba atômica. Um recorde absoluto. Devastador.

Como se não bastasse esse estrago, a Imprensa (e foi ela) se apressou em dizer que Luiz Felipe estava praticamente acertado. Essa versão foi ganhando "adendos ou reparos", como uma hipotética corrente dirigente dentro do clube que quer a volta de Renato, por fim, outra, a de um dos cronistas da ZH, afim de minimizar o ensaio do que poderá ser mais uma de suas incontáveis barrigadas, que os jogadores teriam vetado Luiz Felipe. 

Por favor! Parem tudo; alguém acredita que os "líderes do vestiário", que não passam de três ou quatro atletas, alguns em final de carreira, teriam esse poder?

Sinceramente, nesta hora, a receita é a Direção buscar um nome de consenso e apto para recuperar o grupo, que este (o grupo) feche em torno do treinador interino e faça um grande enfrentamento diante do Palmeiras.

Só com vitórias, o quadro será revertido. 

domingo, 4 de julho de 2021

Opinão




Juntar os Cacos e Pedaços

Um dos melhores discos que conheço é de Cláudio Nucci, ex-Boca Livre, que tem um álbum solo chamado Volta e Vai, que tem esta música: "Cacos e Pedaços", que começa assim, "juntar os cacos e pedaços, refazer a revisão...".

Serve demais para o Grêmio nesta hora, tem que refazer a revisão. Diria que a "revisão" ficou no discurso, aquele lá do início do ano. Esta revisão que deve ser refeita agora é redobrada; é refazer o trabalho de Renato e aproveitar alguma parcela destes setenta dias de Tiago Nunes, que diga-se de passagem, não tem culpa nenhuma de ser contratado pelo Corinthians, nem pelo Grêmio. Melhor para ele! Ganhou uma baita grana destes clubes e deu em troca, trabalhos pífios, um desmonte geral.

O ano em termos de conquistas pode estar comprometido, ganhar Sul Americana, além de difícil, é prêmio de consolação. Tem a Copa do Brasil, quem sabe...

A escolha do treinador vai demonstrar o quanto a Direção tem "casca" para superar este momento. Pensar em Luiz Felipe é apenas plano emergencial; é evitar o rebaixamento, tão somente, nada a médio ou longo prazo.

O elenco do Grêmio é qualificado, faltam alguns reparos e coragem para fazer as devidas mudanças. Não é desprezível.

Também, a Direção deve estar preparada para uma avalanche de críticas, umas reais e consistentes, outras oportunistas; exemplificando: o comentarista interino da Guaíba, uma espécie de Severino, tentando demonstrar a bagunça do time, citou que Geromel esteve até na ponta direita, fazendo papel de ponteiro, cruzando para a área. Engraçado! em 2016, em pleno Mineirão, Copa do Brasil, o Tricolor com 10 (Pedro Rocha expulso), Geromel fez idêntica movimentação, que resultou no terceiro gol, o de Éverton Cebolinha, 3 a 1. Ali, o camisa 3 foi considerado "genial".

O Grêmio terá a grande oportunidade de reinventar-se, de rejuvenescer o elenco, de, igualmente, saber aproveitar os cascudos, aqueles que ainda podem dar uma bela contribuição. O receio que tenho é que qualquer treinador que vier, não descartará nenhuma das alternativas anteriores, inclusive, Alisson.

Amanhã será um recomeçar. Tem todo um semestre para testar as mudanças que a Direção fará  agora.

Boa sorte para todos nós.