A "Seita" que dói menos
Desconfio que os torcedores do Grêmio, os que querem o bem do clube, estão cobertos de razão, quando pedem a saída deste "estado de coisas", desta letargia que atingiu o comando diretivo, que se submete a vontade do treinador, ação que contraria o bom senso e a lógica da boa administração.
São tantos eventos contrários aos interesses da instituição, que o apelido de "Imortal" faz jus, realmente. Como o Tricolor suporta?
O Grêmio virou freguês do tradicional adversário e esta tarde, ele demonstrou que tem um "contrato com Deus", pois, o goleiro que não vinha convencendo, respondeu positivamente e impediu aquilo que seria uma goleada histórica, aliás, tão sonhada pelo Coirmão. Não teve injustiça, não teve apito amigo, não teve interferência do VAR, nem armação. Tem-se que agradecer o "apenas" 1 a 0.
São vários atentados contra o nosso clube este ano, que fica difícil entender que uma parcela (verdade que está encolhendo), ainda não imputa ao treinador a série de estrepolias, principalmente perpetradas neste ano:
- A sua ausência na decisão da Recopa gaúcha, desprestigiando um segmento representativo de torcedores em Ijuí. Pergunto: se a partida fosse em São Leopoldo, o procedimento seria o mesmo? Fez parte do planejamento não acompanhar a delegação ou apenas uma preguiça?
- As indicações de jogadores (até de boa técnica), mas sabidamente, com problemas físicos e na descendente em suas carreiras, não são creditadas ao treinador?
- O discurso repetitivo (e irritante) dos efeitos da catástrofe de Maio sobre o clube, antes de ser uma defesa, se mostra um "gol contra", porque, nestas horas, os esforços deveriam ser intensificados como fez a população em geral. Se existe defasagem física, técnica, psicológica, a solução é redobrarem os esforços, nada de folga, mais trabalho para compensar esse desequilíbrio. Exemplificando, como ocorre, quando um time fica com 10 contra 11, o recomendado é que os presentes se desdobrem para superar a falta do expulso
- O clube não entendeu que só ganhou o Gauchão pela incompetência do seu único rival capaz de fazer enfrentamento e que o risco da perda do título esteve bem próximo, no momento em que o árbitro na Arena sonegou um pênalti de Caíque no avante do Juventude. O placar já estava 1 a 0 para o time de Roger Machado. Assinalada e convertida a penalidade máxima, não se sabe ...
- As desclassificações constrangedoras para Corinthians e Fluminense tem a assinatura exclusiva do técnico
- O tão propalado calendário apertado, com os fracassos nas Copas, resultou em dias maiores para a preparação. Resolveu?
- A entrevista infeliz do vice de futebol, mesmo que corresponda a realidade, sobre a coadjuvância de Roger nos títulos da Era Felipão, sugere que ele não sabe a dimensão de uma frase mal dita numa semana Grenal
Finalizando: Não sou pró nem anti Renato, mas no que tange ao futebol, coloco o clube bem acima, talvez, porque acompanho e torço para o Grêmio desde os anos 60, época em que o nosso técnico, ainda engatinhava na Serra, tanto que achei acertada a sua ida para o Rio durante as enchentes, porque um homem com mais de 60 anos, cardíaco, tem mais que se proteger e retornar saudável. Aqui, pouco ajudaria.
A derrota no clássico é a cereja do bolo no "coquetel de maldades" que esta gestão e comissão técnica servem para a sua torcida.
Só espero que não rebaixem o clube, de novo.