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sábado, 30 de abril de 2022

Opinião



Grêmio bate o frágil CRB 

Vitória valeu pelos três pontos, nove nos últimos nove, também pela liderança nos critérios que pode ser definitiva na rodada, dependendo de outros resultados. Olhando assim, sem um maior acuro, parece bom, mas está sendo um duro teste para o torcedor gremista assistir o seu time. Venceu; foi superior, porém, o adversário está numa fase péssima, é o lanterna da Série B. Não apresentou absolutamente nada de aproveitável. Esse desconto precisa ser dado. CRB e Operário não possuem a tradição de Ponte Preta, Guarani, Chapecoense e o próximo desafiante, o Cruzeiro, além de Bahia, Vasco e Sport Recife. É essa turma que vai brigar pelo acesso para a Série A com o Imortal. Aí, o fiel da balança: trocar pontos com eles e não se atrasar contra os menores.

Feito esse registro; olhando apenas para o que ocorreu esta tarde na Arena, o Grêmio teve um Bitello jogando muito bem, Biel, participativo, faltando o acabamento do lance, Elias mais perigoso do que Campaz (não entendi a anulação daquele que seria o seu segundo gol); aliás, o que foi a expulsão do Nicolas? se há times muito ruins nesta série, há juízes no mesmo patamar. Faz parte.

O fato estranho é o aparente cansaço da equipe, já que está disputando apenas um campeonato. Pode ser o fator psicológico de atuar sempre como franco favorito, no entanto, isso deve ser investigado.

É isso! encerrando: o nível da competição está muito baixo, por isso, o grande número de empates nestas primeiras rodadas. É sintomático.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Opinião




Qual o lugar de Campaz?

Na virada dos anos 70 para 80, surgiu no Bahia o centro-avante Cristóvão (hoje conhecido treinador com o acréscimo do sobrenome Borges). Jogador técnico, habilidoso, que logo se destacou, indo para o Fluminense, mais tarde, depois de outras passagens, chegou ao Corinthians, já como ponta-de-lança, o chamado Camisa 8, portanto, recuando um pouco de suas origens.

Em 1987, desembarcou em Porto Alegre, quando foi dirigido por Luiz Felipe em sua primeira experiência como comandante do Imortal. Muito assisti ao Cristóvão, lado a lado com Lima no meio do ataque. Porém, ele estava afundando, parecia que seria mais um "enganador" oriundo do eixo Rio-S.Paulo, descendo para o Brasil Meridional. Irritava a torcida pela apatia e desacertos na tomada de decisões.

Ano seguinte, Otacílio Gonçalves da Silva Jr., meu conterrâneo, assumiu a batuta do futebol gremista e trouxe Cristóvão para a segunda função do meio de campo. Curiosamente, escolheu atuar com a camiseta 4, ficando a 5 para o lateral esquerdo Aírton. Estava formado o quadrado mágico com Bonamigo (10), Cristóvão (4), Cuca (8) e Valdo (7): o néctar do Grêmio Show. Cristóvão brilhou tanto; virou o capitão do time, resultado: chamado para a Seleção Brasileira.

No Grêmio atual, ocorreu algo semelhante com Villasanti, de segundo volante de Felipão e banco de Mancini, transformou-se no titular da primeira função do meio com Roger Machado. Pode não ser o centro-médio ideal, mas está anos-luz à frente do titular anterior.

Agora eu vejo algo afetando o futebol de Campaz, isto é, sem ser o "menino prodígio" que tentaram vender a imagem, quando da sua chegada, Campaz pode estar sendo mal escalado pelo mesmo Roger que recuperou Villasanti. 

Antes de um veredito final depreciativo para o colombiano, seria interessante apostar nele noutra posição, nem que momentaneamente, ele tenha que assistir do banco os próximos jogos, aguardando uma nova chance noutro espaço dos gramados.

Opinião



Aplicado e Atento: o Grêmio em Ponta Grossa

Muitos talvez vejam na partida desta noite, o Tricolor com a "cara" de Série B ou que aprendeu a encarar a nova realidade. Discordo. Jogando assim, tanto faz o certame, a verdade é que em tempos de muitos adversários iguais, exceto dois ou três no Brasil, muitas derrotas serão evitadas com a aplicação e o devido interesse dos atletas dentro de campo. 

Observem que o progresso da equipe veio do espírito competitivo do coletivo, que é tão presente em Geromel e Kannemann, para exemplificar e se espraiou por todos os setores; zaga, meio e ataque, cada um com suas particularidades; é verdade.

Os ingressos dos laterais nos últimos jogos (Rodrigo e Nicolas), elevaram a qualidade defensiva do quarteto de zagueiros. O meio de campo foi o ponto alto, destacando-se Villasanti e, em especial, Bitello, este, numa de suas melhores jornadas.

Por fim, o ataque apresentou "fatos novos": Diego se destacou mais como pivô do que finalizador, Biel vem num crescendo e Elias, apesar de uma única vez, apareceu de forma decisiva no meio da área. Janderson entrou bem, mas falta o acabamento da jogada. Ele zune entre os defensores e quando se imagina um desfecho favorável no lance; desperdiça cada chance que ele mesmo cria.

O ponto ruim: Campaz, novamente. Estou chegando à conclusão, que confinado ao lado direito, afundará. Está num exílio; é jogador de centro. Ali, ele deverá brigar por um lugar entre os 11 titulares. Desconfio que está se aproximando do banco de reservas.

Se seguir jogando compenetrado, mais alguns ajustes em determinadas posições (e movimentações), o Tricolor poderá "rondar" o G-4 até o momento de se estabilizar nele.

É cedo, mas vencer na casa de um adversário que não perdia desde Outubro é um bom sinal de evolução.


terça-feira, 26 de abril de 2022

Opinião




A Bela Lembrança 

Esta semana, eu vi uma postagem que fez justiça a um dos grandes nomes do futebol gremista, oriundo de um período exitoso que culminou com 12 campeonatos em 13 anos, Refiro-me a brutal hegemonia gremista entre a segunda metade da década de 50  até o final dos anos 60.

A postagem é do blog do Mário Marcos, vide: Um Senhor Volante, que trata do alemão de Roca Sales (cidade que presta tributo aos presidentes General Rocca e Campos Salles, respectivamente da Argentina e Brasil), Elton Ferstenseifer, centro-médio, hoje seria nominado como primeiro volante, que marcou simplesmente, 81 gols em 326 jogos, sendo 17 em cobranças de penalidades máximas e 5 de falta, além de vários de cabeça e outros tantos de fora da área. São dados fornecidos pelo trabalho incansável e imbatível do amigo Alvirubro. Para mim, a maior autoridade em dupla Grenal nestes pagos.

Apesar do físico avantajado, Élton não era violento (só o assisti atuando pelo Inter) e o fato de estar entre os 20 maiores artilheiros da história gremista, demonstra que era um centro médio  diferente.

Por exemplos como esse, o de Elton e tantos outros: Cláudio Marangoni, Fernando Redondo, Clodoaldo, Franz Beckenbauer e até Casemiro, é que tenho dificuldades em aceitar quebradores de bola na zona mais importante dos gramados.

Será que é tão difícil hoje, Século XXI, aparecer, pelo menos um júnior com a mesma vocação de Élton?


Opinião



"Diegodepedência" 

O futebol para o torcedor virou um teste de paciência. Vi pelos comentários da postagem anterior, que não estou sozinho neste sentimento. Ele, o futebol, empobreceu e vai perdendo a graça e até, o interesse de uma parcela, antes, assídua. As razões estão nele e nos gestores, com certeza. 

Neste pacote, nós, gremistas, temos mais uma causa para isso: a queda para a Série B com reflexos na qualidade dos jogos a serem vistos e, em especial, na qualidade do elenco que o Tricolor montou para o fardo de ter que lutar pela volta ao convívio dos melhores clubes brasileiros.

Roger tenta acertar o time, mas enfrenta uma dificuldade que pode ser passageira, se Elkeson confirmar a sua fama e se Ferreira, Biel e/ou alguma surpresa no grupo, começarem a fazer gols.

Por enquanto, o Grêmio está na dependência total (os números dizem isso) do veterano avante Diego Souza, que há menos de 2 meses de completar 37 anos, segue sendo a esperança de gols do time.

É pouco.

domingo, 24 de abril de 2022

Opinião



Apenas a Série B impede o Céu de Brigadeiro 

Se o Grêmio estivesse disputando uma competição mais relevante (Libertadores ou Brasileirão) , o cenário que imagino para um torcedor da minha idade, da minha rodagem, seria o ideal.

Jogos do Imortal; um por semana. Os demais; Série A, nenhum interesse, número que assisti: zero (se vi algum, não lembro); número que assisti da B; meio tempo de Brusque e Cruzeiro, horrível, diga-se de passagem. Perda de tempo.

Outro fato bom; as partidas não são aos Domingos. Redescobri como é bom fazer outros programas com a família ou só.

Na verdade, não me distanciei do futebol, ele, por circunstâncias não desejadas e imprevistas, me faz participar de outras formas de lazer neste 2022.

Nada é 100%. É "futebolísticamente", um ano sabático na vida de um gremista.



sexta-feira, 22 de abril de 2022

Opinião



O Mérito que também é Temor 

A vitória justa e necessária de ontem, também é um sinal de alerta das carências gremistas. Duvidam? pois retirem do jogo o camisa 29, Diego Souza e o que se verá é a grande atuação de Brenno, de Geromel e Bruno Alves e uma porção de chances desperdiçadas pelos atacantes, principalmente.

Se é correto afirmar que com O Tanque atuando em Campinas, os três pontos estariam no "papo" na estreia, igualmente, dizer que as dificuldades desta partida jogada no feriado de Tiradentes seriam imensas sem a presença dele, não se está fugindo da realidade.

A iniciativa da contratação de Elkeson e a "repatriação" de Ricardinho, a priori, é uma ação adequada. Resta saber se eles vão vingar.

Por fim, a economia de palavras, quase  mudez, e "beicinho" do vice de futebol na entrevista do pós-jogo era tudo que a torcida gremista desejava, já que o sonho de vê-lo vazar foi adiado momentaneamente.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Opinião



Individualidades dão a Vitória diante do Bugre 

Mais do que em outros, este jogo desta tarde necessita que o treinador gremista saiba porque ganhou. Ele espelhou com clareza as causas que garantiram os três pontos.

A primeira é a presença de um centro avante de qualidade. Arrisco afirmar que os três gols que Diego fez, da forma como fez, Elias não faria, em especial, o segundo, um "tiro" de cabeça que exigiu um movimento de corpo difícil.

Outra causa; a qualidade do apoio do lateral Nicolas; é ele que dá o passe maravilhoso neste mesmo segundo tento, que arremata e gera o escanteio do terceiro e, finalmente, a cobrança correta deste corner.

Além desses pontos, a notável participação de Brenno, que salvou o time em hora vital da partida. O Grêmio está muito bem servido de goleiros.

Isso tudo deverá ser motivo de reflexão. Sem ela, o risco de persistência dos erros, seguirá presente.

Diego Souza, Brenno, Bruno Alves (melhor partida dele) e Nicolas, os grandes destaques. Apenas um atleta que esteve entre os onze primeiros destoou: Campaz. Desconfio que não tenha perfil para disputar um campeonato tão renhido, disputado. quanto é a Série B.

Aliás, sobre a dificuldade da Série B, o motivo do questionamento meu sobre a contratação de Edílson, que tecnicamente é bom, mas com 35 anos, sem jogar desde Novembro/21, não era o indicado para assumir a lateral direita nesta situação, já parece procedente (o motivo).

O mesmo escrevi sobre Diego Souza, quanto à sua contratação; nada com relação à sua qualidade, mas à condição física. Também afirmei recentemente, que ele é o único com perfil de protagonista no elenco gremista. Tomara que Elkson e Ricardinho possam substituí-lo ao longo do ano. Algo inevitável.

Finalizando: Elias, imensa carência para as escolhas corretas no último toque, Janderson, boa partida e, se houver permissão legal para ainda contratar atletas de outras equipes da Série B (a tal história do nº de jogos), acho que o Grêmio deveria investir em Giovani Augusto, um autêntico camisa 10, que para uma temporada poderá dar conta do recado.

 

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (266) - Ano -1976

Tempos de Nostalgia 

Fonte: Revista Placar
Houve tempos em que enfrentamentos entre Ponte Preta, Guarani e a Dupla Grenal eram jogos memoráveis, de resultados imprevisíveis, independente do local dos confrontos.

São instituições antigas, fundadas nos primórdios do esporte bretão no Brasil: Ponte (1900), Grêmio (1903), Inter (1909) e Guarani (1911). Dispensável também, afirmar que compõem  rivalidades fortíssimas e semelhantes, em especial, entre os torcedores, mas chegando à imprensa, sem dúvidas. Grenal e Derby Campineiro são marcas tradicionais em qualquer biografia sobre o futebol nacional.

Houve tempos sim, em que os clubes campineiros forneciam mais atletas do que a Dupla Grenal para o Selecionado Brasileiro, incluindo aí, participações nos escolhidos para as Copas do Mundo. Waldir Perez, Carlos, Édson, Oscar, Juninho, Pollozzi, Chicão (volante), Júlio César, Amaral, Renato, Zenon, Ziza, Careca, Ricardo Rocha, Evair, João Paulo, Neto, Amoroso, Chicão (centro avante), Luizão, saíram de Campinas para a Canarinho pela primeira vez, fora os que chegaram ao Bugre e a Macaca, já tendo vestido a Amarelinha (Flecha, Djalminha, Mário Sérgio, André Catimba, Campos etc...). Eram potências no futebol. Isso ficou para trás; Grêmio, Ponte Preta e Guarani se digladiam na Série B. O Inter quase conseguiu o mesmo "feito".

Em 1976, o Brasil conquistou o torneio do Bicentenário dos Estados Unidos; no grupo estavam Falcão e Lula (Inter), Beto Fuscão e Neca (Grêmio), Amaral e Flecha (Guarani). Para se ter ideia da importância do dono do Brinco de Ouro da Princesa, basta olhar a foto acima, onde estão cinco jogadores com passagem pela Seleção e Flecha, ponta titular, está ausente nela.

Naquele ano, últimas rodadas do Brasileirão, O Tricolor  recebeu o Guarani no Estádio Olímpico, no dia 07 de Novembro. Telê Santana escalou: Cejas; Eurico, Ancheta, Beto Fuscão e Bolívar; Vitor Hugo, Alexandre Bueno e Luis Carlos (Alcino); Zequinha, Tarciso e Yúra (Gino).

Dorival dos Santos utilizou: Neneca; Miranda, Estevão, Nélson e Deodoro; Flamarion e Zenon; Flecha (Roberto), Renato (Campos), André e Ziza.

A primeira grande chance foi do Guarani com Flecha batendo forte para fora; decorriam 8 minutos. Aos 19, André (Catimba) recebeu passe do ainda menino Renato Pé-Murcho e fuzilou o arqueiro Cejas. 1 a 0. Telê anotou em sua cadernetinha o nome do centro avante, com certeza. Iria buscá-lo no ano seguinte.

O Grêmio pouco fez nesta etapa e sua grande chance ocorreu no ocaso (44 min) com Yúra arrematando fraco para a defesa de Neneca.

No segundo tempo, o time de Telê voltou mais acelerado e organizado e logo aos 7 minutos, Eurico e Zequinha trocaram passes, o ponta cruzou e Yúra surgiu na área, empatando a partida. 1 a 1.

O Imortal seguiu superior ao adversário que conseguiu manter o empate.

O juiz foi José Roberto Wright, que assim como Grêmio e Guarani, seguiria em carreira ascendente nas próximas temporadas.

Hoje, o Tricolor encara o time de Campinas, porém, depois de ostentarem o título máximo do Brasileiro, suas realidades são bem diferentes. Ambos lutam para sair da zona de rebaixamento da Série B.

Fontes: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

              Arquivo Histórico de Santa Maria

              Gremiopedia



quarta-feira, 20 de abril de 2022

Opinião


 

O Jogo do Ano

Bolzan Jr. em entrevista descarta a saída do seu vice de futebol; disse que ele está "prestigiado". Qualquer torcedor sabe que num bom vocabulário futebolístico, isso quer dizer que Abrahão está na marca do pênalti. 

Da mesma forma, outro indício demonstra a instabilidade que vive o Grêmio, vide Plano B. É natural a direção dos clubes, leia-se presidência, trocar ideias com seu comandante técnico sobre assuntos das quatro linhas, afinal, é o pagador diante do seu empregado, portanto, subordinado do corpo de pessoal da instituição; porém, quando isso só vaza em momentos de tensão, de maus resultados com a "batata assando", acende-se o sinal de alerta. Em mares calmos, isso passa sem ser notado.

Para exemplificar: em 1975, Rubens Minelli recebeu sugestão para tornar o meio de campo mais "cuidadoso" na semifinal no Maracanã, diante do Fluminense; resultado: saiu Escurinho, entrou Caçapava, que foi o melhor em campo, parando Roberto Rivellino. O antigo titular de todo o campeonato perdeu a posição e a posteridade consagrou o trio Caçapava-Falcão-Paulo César Carpegiani. Escurinho não saiu na foto de campeão. O time já vinha vencendo e ficou melhor com a alteração. Quem lembra que Minelli não decidiu sozinho?

Por todas estas evidências, a partida deste feriado de Tiradentes se apresenta como a mais importante de 2022. Novo insucesso, somente acrescentará mais um degrau em direção ao colapso.

Que uma luz de sabedoria baixe em Roger e o Tricolor consiga a primeira vitória.

 

 

terça-feira, 19 de abril de 2022

Opinião



Decisões 

O Grêmio está em momento decisivo na sua história. Poderá, infelizmente, repetir de ano; isto é, ficar na Série B e isso passa por muitas decisões equivocadas e outras que não acontecem, não vem ao encontro da instituição.  Algumas, detalhes, outras, o cerne.

A primeira é a decisão (não oficializada) do presidente concorrer ao governo do Estado, deixando o clube agarrado no pincel numa má hora.

A segunda, esperar que as melancias se acomodem na carreta, de forma natural. Bolzan é mestre nesta arte. Só que agora, ele está cercado de pessoas sem a capacidade de virar o jogo.

Uma outra, menos relevante, mas entra neste pacote da postagem: a entrega da camisa 10 para Ferreira foi uma decisão errada, sob todos os aspectos, porque dá ares de uma relevância inexistente no jogador. Imprensa, Atletas e, em especial, Torcida, não se empolgaram com a medida. Mais grave, no campo, não houve nenhum benefício. 

Nesse episódio, a repetição; quando Douglas Costa chegou exigindo este número, Jean Pyerre que já vinha mal, (erradamente) "largou para as cobras", extinguindo qualquer mínima chance de recuperação de seu futebol. 

Encerrando: a maior decisão está no feriado de Tiradentes, 21 de Abril; se o Tricolor não ganhar, bate o terror em todas as esferas do clube. Poderá reverter, mas será um parto.

E não dá para dizer que a torcida joga contra.

domingo, 17 de abril de 2022

Opinião



É Demais para o Torcedor 

O Grêmio está na Zona de Rebaixamento da Série B. É fato. Aí vem o argumento que é apenas a segunda rodada. Quantas vezes vimos esse lero no ano passado. É cedo! dá para recuperar. Outro argumento que nem deveria estar aqui: não cai! Caramba! estamos tratando do retorno ao seu lugar histórico que é a Série A. Desta vez,  a briga não é para ficar acima de 4 concorrentes; trata-se de brigar por título.

Fico pensando se a banda Blitz e Fausto Fawcett, dois ícones dos anos 80 resolvessem sair cantando em 2022: "... aí finalmente, você encontra o broto; que felicidade, que felicidade..." ou "... alô polícia, estou usando um exocet, calcinha, um exocet..." Para começar, estas gerações nem sabem quem são, em segundo lugar, essas bandas sairiam do atual estágio histórico para modelos de anacronismo e completo deslocamento. O risco de dar errado é elevado à potência máxima.

Assim, eu vejo a volta de Denis Abrahão. Não sou só eu, vide A Bronca do Jornalista. Esse cara está coberto de razão e, neste episódio, me representa. Com esse vice, o Grêmio vai ladeira abaixo.

A escolha de Roger até o momento, representa um equívoco, porque não consegue fazer o time jogar, não consegue dar uma personalidade aos que entram em campo. Ele serve para colocar o clube no meio da tabela, o que não resolve o problema do Tricolor.

Outro fato gravíssimo: a permanência de Diogo Barbosa e Thiago Santos, entre outros, mas em especial, porque se Roger cair, virá mais um com a ideia de "recuperar" o futebol desses dois. Ocorrendo isso, levará umas seis, sete rodadas para chegar a conclusão que não conseguirá. Sorte que não temos mais o Alisson, senão, seriam três apostas de recuperação. E tome ladeira abaixo.

Mais uma constatação: os clubes reclamam do calendário apertado. Por conta de seus fracassos, o Grêmio está atendido nesse desejo, ou seja, jogar uma vez por semana. E o que acontece? cresce como rabo de cavalo.

Por fim, por mais que se alerte, como foi em 2021, a Direção e Comissão Técnica, (eles) não acreditam nos sinais emitidos pelos resultados de campo e as entrevistas absurdas e constrangedoras em cada jornada do time. Acham que são os alarmistas querendo aparecer.

Muito triste. 

sábado, 16 de abril de 2022

Opinião



Rematada Inconsequência 

Tem-se que olhar a atual situação do Grêmio com muita preocupação. O que se observa é uma leviandade com a instituição (dentro dela, com os torcedores). É uma completa irresponsabilidade deixar o futebol nas mãos dos que estão segurando o timão do departamento. Duvidam? pois bem, vejam:

- Que clube tem mais dificuldade para agregar reforços ao time principal, Atlético Mineiro e seus muitos craques ou um rebaixado, onde nada funcionou? A lógica indica o primeiro (corrigi), o Galo vai ter que trazer jogadores raros, já o Grêmio, não deveria ter essa preocupação. No entanto, os "reforços" gremistas não são sequer primeiras alternativas de banco (Orejuela já foi, Benitez e Janderson são assistentes privilegiados das partidas)

- Quem pode acreditar no teatro da "manutenção do que está certo", ficando Mancini para logo ali, dispensá-lo, pagando uma fortuna e vê-lo disputar a Libertadores pelo América MG, que se mostrou um clube se auto-estima alguma, recontratando quem lhe virou a cara no meio do Brasileiro?

- Quem ouviu a entrevista do vice de futebol ontem teve certeza que acionaram o "repeat", a mesma lenga-lenga que não gosta de mimimi; variou apenas o "não vai cair" pelo "vai subir". A crítica aos jogadores segue impávida, o que deverá minar o vestiário

- Pior que incompetência é esta mortal associação: incompetência + soberba. Aquela que vitimou a Swat Vermelha em 2016. O pensamento de "clube grande não cai, estamos fora do Z-4 e tem um turno inteiro pela frente, então vamos colocar 'um dos nossos' como técnico, afinal, é trabalho para um cone". O final, sabemos

- Associando ao tópico de cima: "O Grêmio vai subir, nem que seja em quarto lugar, então, vamos chamar o Thaciano, Guilherme, Edílson. Esse pessoal que é da gente, não tem que ficar com mimimi, ouvindo os "manés torcedores" que se acham, dando pitacos no futebol

-   Para exemplificar o descontrole: Rodrigo, lateral do Mirassol, vinha jogando; destacou-se inclusive contra o Grêmio; vai ficar atrás de Edílson e Rodrigues? Foi equívoco ou o quê a sua contratação?

- Encerrando por hoje, a relação da direção de futebol com o Roger parece ser a de um tênis ou sapato com os cadarços frouxos; ninguém cobra nada. Uma hora o calçado sai do pé no meio da caminhada e o estrago está feito. Vide Tiago Nunes

Sem uma revolução, isto é, na sua melhor definição que é ruptura, o Grêmio não sobe. A Direção tem que colocar como prioritário o CLUBE.

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Opinião



Grêmio afunda diante da Chapecoense 

Cada vez que se assiste o Tricolor, a impressão de que o fundo do poço não foi atingido. A expectativa é assustadora, não foi à toa que fiquei dois dias sem postar aqui. Seriam textos pessimistas (na verdade, realistas). A apreensão começa por estes amestradores da imprensa, que o clube tem; são pessoas com biografia recente de incapacidade, de incompetência, só tem uma boa conversa; só que a torcida não engole mais esse tipo conversador, verdadeiro vaselina.

O momento é atenuado pelo discurso de que há 5 reservas atuando: Rodrigues, Bruno Alves, Diogo, Elias Manoel e Campaz. Sim, Campaz, porque tirando a bola parada, suas atuações são insuficientes. É verdade.

Porém, o momento é agravado, porque quem está à frente dos desígnios do clube no que tange futebol é de uma incompetência tremenda que levou o Tricolor ao rebaixamento e manteve quase toda a estrutura para 2022. Que anuncia duas grandes contratações, após uma derrota e vai atrás de Thaciano e Guilherme, dupla que provavelmente, assinará contrato por duas ou mais temporadas, isto é, não se considera a possibilidade de voltar para a Série A. Não há planejamento.

Amanhã, com mais calma, voltamos a análise deste momento. Uma certeza, pelo menos se solidifica: Abrahão tem que sair imediatamente, também, rever esse entusiasmo pelo técnico.

terça-feira, 12 de abril de 2022

Opinião



Antes de Arrojo, o Lógico 

Em 38 rodadas, o Grêmio, seu elenco, será na média, 95 a 100% superior a todos os demais concorrentes ao topo. Tudo isso, em tese.

Em tese, o Grêmio com o elenco de 2021 não cairia; caiu. Eu identifiquei duas causas mortais para a queda: as más escolhas dos comandantes técnicos e uma formação equivocada do meio de campo, onde até houve uma completamente anacrônica: Thiago Santos, Lucas Silva e Villasanti, mesmo obtendo algumas vitórias, foi insuficiente para uma sequência de jogos exitosos.

Hoje, o meio do Tricolor está formado por Villasanti, Bitello e Lucas Silva. Boa parte da crônica já acha (acertadamente) que é muito defensivo para partidas em casa ou em outras específicas ao longo do certame. Dizem que não é uma formação arrojada.

Eu aprofundo a crítica, digo que antes de ser arrojada uma formação mais ofensiva, é a lógica que indica, ou seja, é coerente com o que escrevo nas primeiras linhas.

Não será esperando adversários ou tendo cuidados defensivos em excesso que o Grêmio encontrará a melhor maneira de vencer seus adversários; repito, em tese, inferiores. Para isso, Lucas Silva ou Villasanti, um deles terá que ser sacado para o ingresso de um meia. 

Mexer no meio vira uma imposição da caminhada até a Série A.


domingo, 10 de abril de 2022

Opinião




Mococa ou Falcão? 

Em 1979, o Inter enfrentou o Palmeiras em São Paulo pela semifinal do Brasileiro e o Jornal da Tarde (SP) deu esta manchete para resumir o confronto muito esperado. O camisa 5 colorado rebentou, fez dois gols e o citado periódico estampou no dia seguinte ao jogo: Falcão, é claro! Hoje, esta comparação virou algo surreal. No entanto, foi feita à época.

Por que que ela entra aqui num blog gremista depois de 4 décadas? porque parte da nossa imprensa e dentro dela, uma parcela vermelha, por muito tempo discutiu seriamente quem era melhor dupla, se Geromel e Kannemann ou Moledo e Cuesta? os zagueiros centrais em menor número, mais os chamados antigos quarto-zagueiros (Cuesta e Kannemann), a briga era acirrada.

Para mim, essa comparação sempre beirou o fanatismo deste extrato da crônica. Nunca, nem nos piores momentos do "Viking", ele foi superado pelo ex-zagueiro do Independiente. Na minha ótica; pura forçação de barra.

Pois bem; Cuesta sai quase anonimamente do Inter, muitos dando graças a Deus e nesta tarde eu ouvi numa jornada esportiva, uma pérola de quem antes rasgava elogios ao camisa 15 colorado, qual seja: "Cuesta é um zagueiro comum, que somente lá pelas bandas do Beira-Rio achavam se tratar de um craque".

Por essas e outras deste tipo, que eu sigo batendo minhas teclas por aqui.

sábado, 9 de abril de 2022

Opinião



A Série B mostra a cara para o torcedor gremista 

Imaginem ser apenas espectadores, nenhuma intenção de torcer para um dos clubes; só o desejo de assistir um "joguinho" para passar o tempo, o que dá para dizer desse Grêmio versus Ponte Preta? terrível!!!

Como sempre, eu pus no canal da tevê e o som na Rádio Guaíba, porém, hoje, foi duro de aguentar a emissora. Um narrador que já deveria ter pendurado as chuteiras e um comentarista (Sanchez) que está mais para "severino quebra-galho". No segundo tempo, ele implicou o tempo todo com o estreante Biel (Gabriel Teixeira). O que vi foi um menino esforçado que não ficou devendo a Campaz ou Ferreira, por exemplo. Se não foi um primor, não foi nada horroroso. O melhor, mesmo com alguns reparos: Elias; a decepção: Ricardinho.

A Ponte Preta com o ineficiente Hélio dos Anjos à beira do gramado é forte candidata a brigar pelo Z 4, disso resulta a frustração gremista de deixar dois pontos, onde muitos visitantes  arrancarão vitória.

O Grêmio é um time insuficiente nas laterais, verdade que faltam os titulares (Rodrigo e Nicolas), tem um meio de campo suficiente para Gauchão e inexiste na frente. A atenuante é que está em construção, o agravante: estamos em Abril e o clube perdeu muito tempo com equívocos tremendos que não conheceram virada de ano, ou seja, janeiro começou como continuidade de 2021. Precisou pressão da torcida para despacharem Mancini e repensarem o aproveito de jovens.

De qualquer forma, empatando fora e vencendo em casa, o Grêmio sobe fácil, fácil. No entanto, fica a pergunta: é só isso que o clube como todo tem a dar para a torcida? que ano para a massa gremista!

 


quinta-feira, 7 de abril de 2022

Opinião




Início da Volta 

Final de semana com o retorno à Série B; porém, o "retorno" desejado é o do Ascenso. Temos grupo para isso. Bom! pelo menos para ficar entre os quatro que subirão.

O Grêmio vai ter que pesquisar, ter que entender o processo que fez o Botafogo subir relativamente tranquilo e o que fez Vasco e Cruzeiro permanecerem na mesma divisão. Há semelhanças entre os quatro clubes, sem dúvida, mas o Grêmio é aquele que parece não estar tão com a faca no pescoço em termos de finanças, se isso vale alguma coisa.

Vejo movimentos interessantes dos dirigentes, quando "repatriaram" Ricardinho, resgataram o jovem Natã e investiram no igualmente jovem, Gabriel Teixeira. No entanto, há outros (movimentos) que, à princípio, podem ser uma canoa furada, casos de Edílson e Elkeson, este último, por atuar num mercado cheio de desconfianças como é o chinês. Futebol, ele tinha.

Aliás, desconfianças se tem com relação as (boas???) intenções, quanto aos retornos de Guilherme e Thaciano, dos gloriosos Al Dhafra (Emirados Árabes) e Altayspor (Turquia), respectivamente. Pergunto: alguém conhece esses clubes? igualmente, conhecem jogadores brasileiros que voltaram destes países e deram resultados satisfatórios? pois é...

Como é estreia fora de casa, diante de um clube histórico e uma camisa de respeito, empatar em Campinas não será um resultado  ruim, o que não quer dizer "jogar para empatar". São coisas diferentes.

Por fim, acho que o treinador Tricolor acerta ao escalar os mesmos 11 que iniciaram o Grenal. É um esboço de time-base.


quarta-feira, 6 de abril de 2022

Opinião



Devagar com o Andor 

O Grêmio conquistou o Gauchão pela quinta vez consecutiva; é penta. Parte das críticas silenciou, outra se transformou em elogios, aí, eu pesquisei o que se dizia em idêntica  situação, por ocasião da conquista em 2021.

Havia rasgados elogios ao time e ao comandante técnico nos diferentes órgãos de cobertura esportiva. Fico com esta que coloco os três últimos parágrafos do texto do experiente jornalista José Alberto Andrade, de 23 de Maio de 2021, jornal Zero Hora:

"Tiago Nunes melhorou a forma do time jogar. A equipe está mais sólida do que nos últimos tempos de Renato. É bem verdade que como herança foram deixadas peças importantes que não trabalharam com o ex-técnico como Rafinha e principalmente Thiago Santos.

É cedo para dizer que o Gauchão aponta para uma candidatura tricolor clara ao título brasileiro. Nossa competição regional muitas vezes criou ilusões em seus campeões e eles pagaram caro no Brasileirão.

O que se tem com certeza de herança excelente do certame estadual no Grêmio é que o técnico contrariou as tendências, superou a barreira de substituir à "era Renato" sem traumas e agora terá plena condição de encaminhar uma "Era Tiago". O tetra garante."

O Grêmio que acena com contratações "do calibre" de Thaciano e Guilherme, preocupa mais do que o que diz a mídia sobre o momento do time.


segunda-feira, 4 de abril de 2022

Opinião



Cartolices 

Tinha 11 anos, quando foi lançada a revista ícone do esporte, em especial, do futebol, seu nome, Placar. Era ano de Copa do Mundo e ela circulava semanalmente. Muitas coisas aprendi ali, páginas e páginas devoradas com muito prazer. Uma expressão ficou bem gravada: "Cartola". Ela representava o dirigente de futebol oportunista, que nem sempre colocava os interesses do clube em primeiro lugar. Geralmente, o cartola usava a instituição e a paixão do torcedor para auferir vantagens em suas mais variadas formas.

Uma prática muito comum era, após uma derrota significante num clássico: correr para os microfones e anunciar "grandes contratações"; prática que contava com a cumplicidade dos parceiros de parte da imprensa, o pessoal da "tchurma", que dava guarida no que se transformava numa grande confraria.

 O que ocorria? este engambelamento aplacava momentaneamente a ira da torcida e as tais "grandes contratações" não apareciam. A torcida via chegarem nabas ou quase isso, com pompa e circunstância. Gatos por lebres apresentados com solenidade e seriedade.

"Felizmente", isso pertence ao passado; agora nossos clubes são geridos por pessoas sérias e comprometidas, deixando para trás esta prática odiosa, que tanto mal fez aos torcedores.

Que bom que atualmente, quando dizem, após um revés contra o principal rival, que virão grandes contratações, elas acontecem para o delírio da massa e crescimento da instituição que administram.


domingo, 3 de abril de 2022

Opinião



Num Domingo Chuvoso 

A chuva começou na madrugada; são 21 h e segue tranquila, sem provocar estragos na minha cidade. É um convite para se encaramujar em casa, ver filme (vi um bem fraquinho com o Bruce Willis), música (entre eles, o primeiro elepê dos Beatles), leitura (iniciei Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia de José Louzeiro), auxiliei a turma aqui em casa (passei algumas camisas e ajudei no almoço); mas deu tempo para ver a decisão do Paulistão; aí entra a frase que uso com frequência: o futebol nem sempre tem lógica, mas quase sempre tem.

Um time que conta com Jandrei, Rafinha, Alisson + Patrick e Nikão, os dois últimos entraram durante o segundo tempo; jogadores sofríveis, só por uma surpresa do destino, bateria o bi campeão da Libertadores. Um milagre com jeito de brincadeira dos deuses. Como quase sempre dá a lógica no futebol, resultado: 4 a 0 para os palmeirenses. Rogério Ceni tem a mesmo influência que Renato tinha no Grêmio. Isso, às vezes, é nociva, é tóxica. Contamina o processo científico da busca por reforços, que os dois Tricolores possuem. Parece ser na base de uma listinha rabiscada num guardanapo e passada para os diretores.

Aí, eu chego na decisão do Gauchão. A imprensa saudou a conquista, considerou o Tricolor o melhor, etc, etc... tudo verdade, porém, sem o Var, talvez, a partida fosse para a loteria dos tiros livres e dependendo do resultado, haveria uma mudança de comportamento da "imprensa especializada". Como ela está atrelada ao fator vendas e índices de audiência, a análise fica condicionada ou seja, "contaminada". Não é independente. 

Não é o meu caso. Vi um Grêmio avançando nos jogos finais, mas sem perder o foco do que vi nos três Grenais. Em 9 pontos disputados, o Imortal conquistou 3. Isso que o Inter ainda está muito longe de ser um adversário temível.

Falta muita coisa; a Direção discursa nesse sentido; bom sinal, no entanto, o problema é o histórico de erros grotescos. Fica a questão: dá para acreditar nesse pessoal, que vai dispensar jovens meio-campistas para manter um Thiago Santos, por exemplo?



sábado, 2 de abril de 2022

Opinião




... E o Penta Chegou

Chegou pela mãos de Roger Machado, mas diante das limitações maiores dos oponentes, que são históricas em alguns e momentânea no Inter, poderia ter vindo com Mancini, também. Fato!

Igualmente é fato, que o time melhorou com Roger, pelo menos sofreu menos gols, ainda que em tese o meio de campo nominalmente tenha ficado mais ofensivo. Nisso, não há nenhuma incoerência, pois o concreto da realidade, baseia-se na qualidade individual dos atletas escolhidos na reta final de campeonato. O time ficou fortalecido e menos engessado.

Sobre a partida, o destaque muito acima dos demais é Pedro Geromel, com certeza, o melhor zagueiro da história gaúcha. Nos últimos 50 anos, ninguém jogou mais. Impressionante!

O meio gremista funcionou; todos estiveram bem (Lucas, Bitello e Villasanti), porém, o ataque ficou devendo bastante, inclusive Ferreira, que desembocado, teve oscilações durante a partida.

No adversário, a decisão proporcionou ver dois laterais (Gedeílson e Diego Porfírio) com ótimas saídas de bola e um senso defensivo eficiente, além de ter o goleador do certame, Erick, que se estivesse no Tricolor (era da base), provavelmente estaria engatinhando no grupo de transição.

É uma conquista muito importante por manter a sequência; mas tenho muitas dúvidas, quanto ao sucesso na Série B. 

Falta gente na frente para fazer os gols. 

Opinião




A Hora da Decisão 

Faço parte da maioria de torcedores gremistas; da turma que não tem vinculação com grupos políticos que são muitos. Também, já torci quando o clube tinha Celso Roth e Flávio Obino na ativa. Não esmoreci, apesar da confirmação das minhas suspeitas quanto ao insucesso como destino final gremista.

Hoje não será diferente. Embora com restrições ao comando diretivo da instituição e do futebol, em particular, estarei torcendo pelo penta com todas as boas vibrações possíveis. Como escrevi antes, não se chegará ao Hexa em 23, sem ter levado o penta neste ano. Matemática pura.

Novamente vou citar um trecho do livro Esforços Olímpicos de Anelise Chen: " A vitória, como a gravidade, é uma forma de convergência". Vencendo, o Tricolor poderá aglutinar a massa torcedora para novos acertos, novas correções de rumo em busca do seu verdadeiro lugar no cenário nacional.

Já referi em postagens anteriores, vários equívocos como a manutenção de Mancini para 2022, a preterição de alguns nomes em favor de Thiago Santos e vejo outros presentes ou em vias de serem cometidos; a volta de Thaciano para ser primeiro volante, como se o elenco não estivesse bem servido de jovens talentosos. O arquivamento de Pedro Lucas é outro.

Finalmente, se é válido comemorar a passagem para a final em cima do rival; é válido, também, lamentar uma derrota "dispensável", que quebra o encanto, a mística que era temida pelo Coirmão, qual seja, não conseguir ganhar clássicos na Arena. Havia uma única, uma solitária vitória em 2014, que servia para consagrar a exceção. Atuando da forma como atuou no mais recente Grenal, bem abaixo de suas potencialidades, o Tricolor mandou um recado para seu histórico adversário: sim, é possível ser vencido na nova casa. Uma pena. Um erro de estratégia. Tira o temor do que dizia a estatística.

No mais, respeitar o Ypiranga, mas ir para cima e dar volta olímpica nesta tarde/noite em Porto Alegre.