Tonhão Rodrigues
Hoje, por conta da bela atuação do zagueiro Rodrigues, me veio à lembrança três nomes de jogadores dos anos 70 e 80 (me desculpem os mais novos): o ponta esquerda Lupercínio (com essa grafia mesma) e os beques Luiz Pereira, lenda do Palmeiras e Luiz Eduardo, quarto-zagueiro do Imortal da segunda metade dos citados anos 80.
Nilton Santos, mítico lateral do Botafogo e da Seleção Brasileira era dirigente do seu time do coração, quando chegou do Paysandu de Belém, o ponta Lupercínio e a "Enciclopédia do Futebol" determinou a troca do seu nome, porque para jogar na ponta e se destacar, os nomes dos jogadores teriam que ser de grafia pequena; então, o jovem virou "Lupi". Pouco adiantou, saiu em seguida; foi brilhar no Nordeste brasileiro, onde fez história.
Quando Hugo De León partiu do Tricolor em 84 para o Corinthians, a torcida tinha convicção que seu lugar ficaria por longo período num entre e sai de nomes como ocorrera com o lado Colorado, quando Figueroa retornou para o Chile; aí, um menino de Dom Pedrito subiu dos juniores e ficou quase uma década "gastando" a bola com muita competência: Luiz Eduardo.
No início dos anos 70, o Palmeiras tinha um timaço, a chamada Academia, igualmente, uma zaga de respeito na qual se evidenciava o zagueiro Baldocchi, tri campeão em 70 no México.
Ele foi embora e no seu lugar um jovem desconhecido tomou conta do lugar; Luiz Chevrolet, apelido ganho por ter trabalhado na montadora; como Lupercínio, houve implicância com o seu nome e ele virou Luiz Pereira, um defensor artilheiro que dava arrancadas idênticas as que foram vistas ontem na Arena.
Luiz Pereira jogou a Copa de 74 na Alemanha e brilhou no Atlético de Madrid por muitos anos. Era o único zagueiro brasileiro que rivalizava com os estrangeiros Ancheta, Figueroa, Ramos Delgado, Reyes e Perfumo no país.
Rodrigues, antes Tonhão, que veio da base, que pode substituir um ídolo (Geromel), que tem grandes arrancadas; é uma das grandes descobertas da Direção gremista.
E saiu mais barato do que muito medalhão. Nem tudo está perdido no horizonte azul.