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segunda-feira, 31 de março de 2014

Opinião



Os vários erros deste Grenal

O primeiro tempo do Tricolor beirou à perfeição; Riveros, especialmente, esteve acima dos demais. Pará ativo, Wendell também, Dudu e Barcos, elétricos, Grohe impecável, mas hoje vou tratar dos erros da outra etapa. Foram muitos:
- Enderson disse segundos antes da partida começar que o resultado dela, encaminharia o título. Erro primário, mesmo que fosse uma verdade cristalina. E agora?

- Se Werley é o menos ruim dos beques, então tem que fazer como fez Alexandre Kallil, presidente do Galo; -se o problema era goleiro, então eu vou buscar o melhor que existe no Brasil- Verdade que se valeu da corneta amiga dos "entendidos" e levou de barbada Victor, que pegou pênaltis nas quarta, semi e final da LA. Vai virar estátua, pois bem, Koff que junte Saimon, Geromel, Bressan e despache o trio, com o dinheiro, que traga um companheiro para Rhodolfo, porque ser reserva de Werley... Não dá mais  para jogar sem zaga

- Se Enderson ficar "esperando a banda passar" como ficou no início do segundo tempo; então vai quebrar a cara. Tenho a esperança que aprenderá com a derrota

- Além de esperar pela banda, o técnico gremista mexeu muito mal. Ao retirar Dudu, matou o ataque gremista e Barcos foi presa fácil, apesar de sua luta

- O aspecto psicológico merece reparos também, isto é, os atletas deveriam estar preparados para um revés no placar; eles sentiram demais o golpe 

- Um aspecto polêmico, mas paciência, aqui é um local de debates e as opiniões podem ser bem discordantes; então lá vai: Apesar das grandes defesas de Marcelo Grohe, maior nome gremista no clássico, vendo e revendo o gol da vitória colorada, até agora não entendi o posicionamento dele; Rafael Moura faz de cabeça se agachando, não apenas na pequena área, mas no meio dela. O Tricolor teve 3 bolas muito parecidas que chegaram à pequena área adversária e sequer foram situações de gol, por simples intervenções do arqueiro rubro. 

Finalizando, o Grêmio poderá se beneficiar da soberba vermelha que já começou ontem com o pronunciamento de Abel Braga, que disse que lá existe humildade; ora! a pessoa humilde jamais se auto-classifica como humilde, justamente porque na humildade, não há espaço para auto-promoção. 

domingo, 30 de março de 2014

Opinião



Grêmio perde Grenal no segundo tempo

Foi um clássico onde ficou evidente a mão do técnico. Enderson deu um passeio no tempo inicial, o time beirou à perfeição, verdade que o Inter não teve Jorge Henrique e Rafael Moura nesta etapa. Era quase inimaginável haver o verdadeiro "precipício" na atuação Tricolor que se verificou nos últimos quarenta e poucos minutos do jogo.

Na primeira fase não gostei apenas de Ramiro e Luan, embora bem acima de Jorge Henrique e Rafael Moura, ficaram distantes das atuações habituais. Na etapa final, Abel virou o jogo, não apenas trocando jogadores, mas mudando o posicionamento de Aranguiz e especialmente, D'Alessandro. Enderson e o time sentiram o primeiro gol, porque (o time) pensou no regulamento e aí a bola "queimou" os pés, o time "atravessou" o samba na avenida, saiu da passarela e foi para a arquibancada assistir o Inter jogar.

O grande derrotado foi Enderson Moreira, mas saliento aqui, não deve ser sacrificado, já estou curtido e vi muita superação; para ficar em 2 exemplos, Espinosa quando foi desclassificado no campeonato nacional de 83 e em seguida conquistou a América; agora, o próprio Rafael Moura, apesar de todas as limitações, hoje sai incensado no Grenal. Enderson tem crédito, mas precisa tirar lição deste revés.

Especificamente sobre as individualidades; o melhor gremista, sem dúvida, Marcelo Grohe. Ele fez defesas essenciais para a manutenção do placar do primeiro tempo e evitou um mais dilatado no passeio vermelho da etapa complementar. Há o gol na pequena área, o segundo, mas convenhamos, não vale a pena discutir diante dos grandes lances que protagonizou.

Enderson errou feio nas substituições; Ruiz, Máxi e Deretti, sequer mantiveram o desempenho dos trocados, que dirá, melhorar.

Está caindo de maduro: o Grêmio precisa encontrar um zagueiro para fazer companhia a Rhodolfo. Não adianta "meia boca". Hoje, o Tricolor poderia ter tomado a saranda que levou no segundo tempo e mesmo assim, ter evitado as duas cabeçadas  que eram passíveis de ser contidas. Desta forma, ficaria no empate.

Do lado do Inter, Rafael Moura, Alan Patrick e Dida, ele mesmo, que evitou o 2 a 0 ainda no primeiro tempo que mudaria a história do Grenal e me passou a mesma impressão de quando jogava no Imortal, ou seja, que o time adversário não chegava com força. Infelizmente, provamos do veneno hoje.

Que esta derrota seja "terapêutica". Para a final, jogo de volta no Beira-Rio e muito principalmente, para a Libertadores da América.




Opinião



A Grande Oportunidade 

Estes clássicos,  mais do que outros recentes, poderão forjar a equipe de Enderson Moreira para o ano e quem sabe, para os próximos; dar a "conformação" vitoriosa que é um trunfo em decisões, ou seja, entrar nelas com a certeza que poderá sair vencedora.

Um título, mesmo que de amplitude regional, provará que a equipe sabe o caminho que leva ao topo das competições. Esse vestibular pega o diretor de futebol, a nova comissão técnica e todos os jogadores, inclusive aqueles que já sentiram o sabor de grandes conquistas (Edinho) ou envergaram camisetas de seleções nacionais (Barcos, Riveros e Dudu).

Será a grande oportunidade para zerar ou diminuir a desconfiança da torcida, parte dela, com  a presença de alguns atletas, além de abreviar o tempo de chegada ao escrete Canarinho de pelo menos três, Rhodolfo, Wendell e Luan.

A bola está com eles.

sábado, 29 de março de 2014

Seguindo a (re) postagem das Pequenas Histórias, vão as 7, 8 e 9:

7. Volmir e Djalma Santos em tarde de Mané e João - 1965


No próximo domingo vamos ter mais um Grêmio X Palmeiras. Desta vez um jogo à princípio chocho, talvez sonolento; qual o atrativo? Difícil responder. Dois tradicionais clubes em um momento desolador, vivendo dias de decepção e sem maiores expectativas há vários meses dentro deste Brasileirão.O melhor neste momento é lembrar de grandes peleias. Quem não se recorda de duas goleadas de 5 em 1995, Libertadores, Porto Alegre e São Paulo, o Imortal avançando no detalhe e conquistando o Bi da América. Mas há uma outra goleada especial de 5, mais exatamente 5 a 1, outubro de 1965, num Olímpico transbordando, em tarde de recorde de público, 51.000 torcedores. Um juiz de luxo, Armando Marques e com o antigo Palestra desfilando o seu estilo acadêmico de várias décadas. Figuravam no time Djalma Dias, Dudu, Ademir da Guia, chamado o Divino; Servílio, Ademar Pantera, Julinho Botelho e num dos lados do campo, uma enciclopédia de futebol, tanto quanto o botafoguense Nilton Santos; tratava-se do bi-campeão mundial Djalma Santos, simplesmente o melhor lateral-direito do Brasil há anos. O tricolor possuía um grande e entrosado time; nele apareciam naquela tarde Airton, Paulo Souza, Sérgio Lopes e um ataque infernal Vieira (improvisado na direita),Joãozinho, Alcindo e Volmir. Ninguém de sã consciência arriscaria uma vitória elástica para qualquer lado, porém um ponta-esquerda nascido na Vacaria, que alternava partidas fantásticas com desempenhos medíocres, promotor de jogadas tão enroladas que recebera o apelido de Volmir Maçaroca; na foto, o último agachado(mão esquerda sobre a bola) estava pronto para ter a sua hora de "Mané Garrincha". Os que acompanharam sua carreira, apontam essa como a sua maior atuação, também dizem que nunca em sua extensa e exitosa carreira Djalma Santos levara baile tão grande. O Mestre Djalma virara um "João" para aquele Mané vacariano. João, assim Garrincha apelidara suas vítimas, pois não conseguia guardar ou pronunciar o verdadeiro nome de seus marcadores internacionais. No fim, todos os laterais-esquerdos viraram um simples "João" para Mané.
Volmir no início dos anos 70 jogou no rival do Grêmio, passagem apagada, mas mesmo assim, como de costume, botou faixa no peito.

E o jogo antológico? Bom, o Imortal foi metendo gol em cima de gol; Alcindo fez 2 no primeiro tempo, Volmir assinalou o terceiro, Joãozinho completou para 5 aos 16 e 39 min. do tempo final, Zequinha descontou para o antes chamado Periquito. Uma jornada inesquecível, bem diferente da que teremos amanhã. Infelizmente.

8. Era Corbo Tupamaro? - 1977


Esta semana andei lendo algumas coisas sobre a ditadura militar no Brasil e uma leitura puxa a outra; do golpe de 64 aqui para os demais ocorridos nas Américas foi um pulo. Em seguida, acidentalmente bati os olhos num poster do nosso time do final dos anos 70 e lá estava o goleiro uruguaio Walter Corbo. Lembrei que o visto para jogar no país foi decisivamente um problemaço para ele. Contratado no início do ano, o arqueiro só estreiou em 27 de Março.Vivíamos o último ano do governo Geisel e a sociedade brasileira já vislumbrava a tal abertura "lenta, gradual e segura", porém, na verdade, ainda a coisa toda era difícil, teríamos um último governo militar, o de João Figueiredo e mais arbitrariedades como por exemplo, o sequestro dos "tupamaros" Universindo Diaz e Lilian Celiberti em 1978 em pleno solo gaúcho.Tupamaros eram integrantes da guerrilha urbana no Uruguai que visavam reconquistar a democracia no país vizinho perdida desde 1973.
Voltando ao Corbo; o que se comentava era que o mais novo arqueiro tricolor tivera o seu passado revirado pelos órgãos de informação de segurança da nação em busca de uma (im)provável ligação com os ditos "guerrilheiros", o que de certa forma, trouxe mais um motivo para boa parte dos gremistas gostar dele. Um pouco de sua biografia:
Em dezembro de 69, indicado pelo técnico do seu futuro clube, simplesmente o mestre Osvaldo Brandão, Corbo chega ao Peñarol; tinha apenas 20 anos. No ano seguinte disputou a Copa do Mundo do México na reserva de Mazurkieweski, sendo companheiro de Anchetta, este eleito o melhor zagueiro daquela edição vencida pelo Brasil. Ganhou vários títulos e depois de 7 anos como titular do clube de Los Aromos; entendeu que era a hora certa para sair. Veio para o tricolor substituir uma lenda argentina, Cejas, que não realizara um grande ano. Convém lembrar que Telê Santana já na última rodada do Brasileiro de 1976 dava indícios de uma profunda reforma no elenco. Corbo que era baixo para goleiro, 1,78 m, cumpriu uma grande temporada no seu primeiro ano, mas no seguinte falhou em 2 jogos decisivos, um pelo Brasileiro de 77 terminado em jan/fev de 78 e na decisão do Gauchão quando os gremistas já sonhavam com o bi.  Foi vendido para o San Lorenzo de Almagro da Argentina onde virou ídolo.
Corbo não figura sequer entre os 10 maiores goleiros da história do Grêmio, mas está inserido no panteão tricolor por iniciar a escalação que todo gremista que se preze tem por obrigação saber de cor; o time de 1977:  Corbo, Eurico, Anchetta, Oberdan...



9. O Primeiro Título Internacional do Beira-Rio foi Azul - 1971


Pois é! Amanhã tem mais um Grenal em nossas vidas. Um clássico no Beira-Rio e aí fiquei pensando; o Beira-Rio quase sempre me trouxe boas lembranças. O primeiro jogo que vi lá, um Inter X Brasil de Pelotas deu 1 a 0 para o Xavante, gol do centro-avante Bira. Ao vivo, nunca perdi Grenal no Pinheiro Borda. Fui puxando pela memória; cheguei ao primeiro confronto vencido pelo Tricolor no estádio vermelho inaugurado em Abril de 69. Antes deste, houve o da pauleira, onde apenas três jogadores não foram expulsos, Alberto e Everaldo do Imortal + Dorinho, seguiram-se mais 3 com 2 empates e uma vitória rubra, portanto, o do dia 24 de Março de 1971 levou o nº 5 do novo estádio e até então, o mais importante porque estava em jogo uma decisão, melhor ainda, a decisão do primeiro torneio internacional do Beira-Rio. Foi um torneio de luxo, pois vieram dois grandes times de muita tradição no cenário europeu. Eram o Rapid Bucarest da Romênia e CSKA da Bulgária. Um quadrangular completado justamente pela dupla porto-alegrense. Para finalíssima, o Tricolor chegava com 2 vitórias, ou seja, 2 x1 sobre os búlgaros e 3 x 0 sobre os romenos. O Coirmão na primeira rodada sofrera um revés ante o Rapid, 2 x 3; recuperou-se fazendo 2 x 0 sobre o CSKA.Vamos aos detalhes:
Logo no início do jogo, 2 minutos, Gaspar (quarto agachado) abriu o placar. o Inter martelou o tempo inteiro, mas Flecha; aqui, uma ressalva, alguns documentos dão como Loivo (na foto, Flecha, primeiro agachado; Loivo, o último agachado) fechou o placar aos 43 minutos do segundo tempo, dando ao Grêmio o primeiro título internacional do Beira-Rio. Chamava-se Torneio Internacional de Porto Alegre. O Imortal teve em campo: Jair, Domingos (Espinosa), Di, Beto e Everaldo, Jadir,Caio e Gaspar, Flecha, Alcindo e Loivo. Desconfio que o primeiro campeão de tudo foi o nosso Tricolor.

Galeria Imortal



Galeria Imortal (19)


Neste final de semana, o Tricolor começa a decidir o campeonato gaúcho versão 2014. Há três edições que não conquista o título. A última vez foi em 2010 com Paulo Silas como comandante técnico. O elenco era bastante heterogêneo como podemos observar pela foto acima. 

Havia uma "ideia" dos dirigentes de buscar jogadores com currículo vencedor. Pelo menos, parcialmente, vingou. Estão aí, por exemplo: Rodrigo, Hugo, Borges, Leandro com passagens pelo São Paulo de Muricy. 

Os destaques técnicos eram Victor, Fábio Rochemback, Douglas e Jonas. Do grupo atual, apenas Marcelo Grohe participou da campanha de 2010.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Opinião



As Virtudes Azuis

O Tricolor de Enderson Moreira perdeu apenas uma partida, a acidentada jornada em Rio Grande, com a mão decisiva do juiz. Não assisti ao vivo, mas vendo alguns recortes do jogo, afirmei que a quebra da invencibilidade era, de certa forma, um alívio. Imaginem hoje, o fardo que esta situação traria para o Grêmio ante à decisão contra o seu maior rival. Menos mal.

O Grêmio vem progredindo dentro de campo; mesmo que alguns de nós tenham restrições por A,B e/ou C, a verdade é que, concentrada, a defesa vem muito bem, se a considerarmos um coletivo, a tal ponto que o contestado Werley, nela inserido, ainda não sofreu derrotas.

Além da zaga, o meio de campo Tricolor terá de manter a regularidade que é produto da combatividade e técnica, isso mesmo, Edinho, Ramiro e Riveros, mais do que entrosados, dominam um dos fundamentos essenciais deste setor, o acerto de passes.

O maior diferencial de 2014 para o ano passado está na parte ofensiva. Barcos melhorou, por si próprio, mas muito principalmente, pelas "boas" companhias, Zé Roberto, depois Dudu e Luan dão o abastecimento, o suporte para que o argentino saia menos da área e finalize em maior número de vezes durante os jogos.

O fato de ter enfrentado clubes de tradição como Internacional, Newell's e os dois Nacionais sem perder e mais, mostrando bom futebol, mostra que o Imortal pode efetivamente, domingo, fazer um grande jogo.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Opinião



Agora tudo é Grenal

A Dupla se classificou como se esperava e à partir do último trilar dos apitos das semifinais, o assunto passou a ser o clássico de domingo, o de número 400. O primeiro ponto: Não há favoritos.

Se o Inter tem a melhor campanha, a curva ascendente mais saliente é do Grêmio. O Coirmão tem jogadores mais curtidos à decisões; Dida, Juan, Willians, Wellington Paulista, Alex e D'Alessandro, entretanto, a fase de Luan, Wendell, Dudu e Barcos poderá pender a balança da vitória para o lado Tricolor.

Ontem, o Inter foi beneficiado pela fragilidade do Caxias, desfalcado  de meio time e aplicou 3 a 0, mas quem viu (não foi o meu caso), viu progressos no time vermelho. Já o Grêmio dominou o Brasil de Pelotas, repetindo o bom futebol que apresentou contra o Juventude até chegar a 2 a 0, placar esse que Elias Figueroa definiu como traiçoeiro, pois os times costumam relaxar e baixar a guarda, aí, ao sofrer o gol, bate o pavor. A história se repetiu e o Brasil encontrou uma defesa desatenta e descontou.

Acredito que o Tricolor saberá tirar proveito desta lição; isto é, ficar "ligado", totalmente concentrado até o final e não deverá dar "mole". Se perder, certamente será por outras ocorrências da partida.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Opinião



Grêmio vence e decide o Gauchão 2014

O Tricolor recém bateu o Xavante na Arena pelo placar de 2 a 1, gols de Dudu e Luan; Gustavo descontou no final. Assim, fez sua obrigação e está na final do campeonato.

Foi uma partida que repetiu as suas virtudes, mas também seus defeitos. Quais são essas virtudes? Bom, enquanto esteve concentrado, o sistema defensivo foi sólido, o meio bastante ativo, especialmente Ramiro e o ataque veloz e movediço. Desta forma, o Imortal chegou ao seu gol único da primeira fase, passe milimétrico de Luan para Dudu que apanhou dentro da área pelo lado direito, bateu cruzado, o zagueiro pelotense tentou evitar, mas sua ação facilitou o gol.

Na segunda etapa, antes dos 15 minutos, num vacilo defensivo do Brasil, a bola bateu no braço de Luan que se beneficiou da jogada, arrancou, driblou o mesmo zagueiro mais Luis Muller e de canhota empurrou para as redes; 2 a 0.

O jogo se encaminhava para uma vitória tranquila, mas desta vez, as modificações de Enderson não surtiram efeito, Ruiz no lugar de Riveros enfraqueceu o meio e o argentino não conseguiu dar consequência às suas jogadas. A entrada de Yuri Mamute no lugar de Dudu, de certa forma, trouxe tranquilidade ao setor defensivo do Brasil; isso, associado a uma desaceleração tricolor, acabou dando gás ao Xavante que veio para cima.

A recompensa veio num cruzamento da esquerda e aí os velhos erros defensivos do Imortal voltaram com força. Novamente, coube ao menor defensor, Pará, encarar o centro-avante adversário, desta vez, Gustavo Papa que cabeceou para baixo. Como contra o Juventude em Caxias (gol de Zulu) e em Rosário, gol de Máxi Rodriguez, a bola passou por baixo do corpo de Marcelo Grohe. Gols muito semelhantes.

O maior destaque foi Luan que segue sendo a grande luz do time. Foi secundado por Dudu e Edinho. 

O Tricolor chegou lá, mas poderia ter sido mais tranquila a passagem para a final.

Segue link com os gols:

https://www.youtube.com/watch?v=UNt4koqhE3I

Opinião



Jogo para confirmar a boa fase

O compromisso é bem complicado hoje à noite, o Brasil está há dois anos com o mesmo time e treinador, ganhou confiança pelo entrosamento, pela manutenção do trabalho e especialmente pelos resultados. Para um time que veio da Divisão de Acesso, está "sobrando", "voando".

É esse adversário que o Tricolor enfrenta, mas se é difícil para ele, imaginem para o Xavante! O Grêmio vem de performances convincentes, grupo unido, time entrosado, resultados positivos, avança na LA e também no Gauchão, além disso, promove juniores que não são "bonzinhos"; são extra-classes. Luan, Wendell e Éverton são de outra turma. Vocês acreditam que teve gremista que dizia que o Luan era um engodo, um "ciscador"? Pois, é ...

Às 7:30 h da noite, Enderson repete os 11 dos dois últimos confrontos; mas há atrações no banco; Éverton, Deretti, Máxi e principalmente Alan Ruiz buscam um "lugar ao Sol" e estas decisões servirão para consolidar suas últimas atuações.

Grêmio x Brasil, antes de habilitar o vencedor para a final, também se prestará para confirmar a escalada rumo ao topo desses dois tradicionais clubes gaúchos.

terça-feira, 25 de março de 2014

Opinião




O grande perigo

De repente, o Tricolor vira xodó da mídia; isso é bom ou ruim? Depende. Depende da tal maturidade/maioridade que escrevi antes dos confrontos contra o Newell's Old Boys. Se os elogios e a tranquilidade decorrentes da boa fase não ofuscarem os defeitos que o time apresenta, tudo bem; se o grupo colocar "salto alto", aí a maionese desanda.

Penso que o risco que o time corre não é exatamente a presunção, o tal "se achar", porque ele é composto de jogadores maduros, independente da idade. Grohe, Zé Roberto, Edinho, Riveros e Barcos não são exatamente jovens, mas mesmo eles, os jovens, Werley, Rhodolfo, Wendell, Pará, Ramiro, Luan e Dudu, passam a impressão que sabem o que querem e o porquê dos bons resultados; então onde está o tal o risco? Está na possibilidade de insucesso num desses jogos decisivos e aqueles que hoje batem palmas se associem aos "entendidos", torcedores de teses,  sempre prontos a detonar com o clube e isso atrase um pouco, o inevitável caminho rumo aos títulos que o Tricolor começa a trilhar com mais vigor e visibilidade. 

O grupo precisa estar consciente que há chance de um eventual fracasso no Gauchão, já que os jogos são de "mata" apenas. 

O foco não pode ser desviado, a ascensão não pode ser interrompida.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Opinião



O Estilo de Jogo

É uma postagem sujeita à chuvas e trovoadas, especialmente se o Xavante fizer o crime, quarta-feira na Arena. De qualquer forma, acho que a maioria vai entender que a mudança de jogo do Tricolor está assentada na campanha cumprida nestes primeiros meses de 2014.

Um resultado único (o hipotético insucesso diante do Brasil) não irá mascarar o que o Grêmio tem feito este ano, isto é, um time compactado defensivamente, saída de bola rápida, principalmente pelos flancos e atacantes habilidosos e regulares. O que eu quero dizer com regulares? Dudu, Barcos e Luan fazem o que esperamos deles. O contrário disso? Kléber e Vargas ano passado. O primeiro não conseguiu jogar o ano inteiro, o segundo, desempenhos dignos de um eletrocardiograma; no meio deles, um Barcos confuso e fora do lugar.

Além de um futebol vistoso onde o acerto de passes e as aproximações são as vedetes do time de Enderson, também dá para perceber que o número de faltas feitas e recebidas caiu muito, Não é preciso fazer um esforço intelectual grande para notar que isso ocorre pelos toques rápidos e certeiros com deslocamentos constantes, isso demanda para o adversário uma dificuldade terrível para "pegar" os atletas azuis. A ausência de um jogo de maior contato, o preferido por Kléber, impede as faltas, sobra a possibilidade do "fau" mais escancarado e aí, bom, aí se tiverem pela frente um juiz com J maiúsculo, o risco de uma expulsão é acentuadamente maior.

Os grandes times europeus estão fazendo assim. Sem comparar, pois  pode ser danosa a comparação, ainda assim, dá para ver no time de Enderson uma identidade marcadamente mais "cosmopolita" e moderna do que no trabalho dos "professores" que o antecederam.

domingo, 23 de março de 2014

Opinião



Um passeio de Barcos - (um título óbvio demais)

Olha gente! São tantos eventos neste Grêmio x Juventude que eu prefiro enumerá-los em tópicos:

- Eu já tenho o craque do campeonato. Geralmente, a mídia (vou chamar de "profissional") escolhe o craque do certame oriundo do time campeão; eu não vou esperar. É Wendell.

- A grande diferença para o telespectador entre o Tricolor deste ano para 2013 é que surgiu um futebol vistoso, de aproximação, de toque de bola, de inventividade (Luan e Dudu), de imposição técnica

- Barcos cumpriu as mesmas jornadas anteriores com um diferencial importantíssimo: fez gols, assim, no plural. Virou um dos maiores destaques desta tarde

- Dudu, embora a ansiedade, foi o melhor em campo. Desafoga a defesa, constrói contra-ataques e esteve presente nas principais jogadas ofensivas, além de compor bem o lado esquerdo defensivo

- Não sei como fará Enderson Moreira, mas Alan Ruiz precisa ser titular, o Grêmio precisa de Ruiz

- É nítida a influência de Enderson no posicionamento de Luan. O jovem circula com liberdade na zona de criação; quando arriscar mais chutes, o time dificilmente perderá

- A defesa se portou bem, apesar da inoperância caxiense. Uma menção para Pará que acertou mais do que errou. É um progresso (ou estava de aniversário)

- Edinho, Riveros e Ramiro mantiveram a regularidade; quando isso acontece, raramente o Grêmio perde o setor mais importante do jogo

Caso alguém não saiba como foi construído o placar: Barcos abriu aos 7 minutos da primeira fase num cruzamento perfeito de Pará, o Pirata cabeceou no contra-pé do goleiro Fernando. No segundo tempo, antes dos 10, em grande jogada de Dudu com Wendell, o camisa 9 ampliou de pênalti. A goleada se confirmou com outra grande jogada de Dudu; o camisa 7 serviu Barcos que driblou dois defensores, passou pelo arqueiro e só não entrou com bola e tudo "porque teve humildade" como cantou certa vez, Jorge Duílio Lima Menezes, o Jorge Ben (jor).

23 de Março de 2014, dia em que o futebol agradeceu ao Grêmio pelo espetáculo.  

Opinião



Imortal encara Juventude para passar de fase

Desconfio que os "barras-pesadas" do interior ficaram no emparceiramento do Tricolor. Juventude e passando por este, Brasil de Pelotas, ao me ver, são paradas mais indigestas do que Cruzeiro e Caxias, adversários do Inter nesta reta final de Gauchão.

Dito isso, fica claro que o Grêmio sabe com quem está se metendo; isto é, não será apenas com tradição e camisa que vai passar por esta quarta-de-final; o time da Serra se ajeitou com a presença de um bom e promissor técnico, que como aditivo às dificuldades que o Ju vai apresentar ao Tricolor, está o chamado "inimigo íntimo", ou seja, Roger conhece os meandros do clube do Humaitá até mais do que alguns membros da Direção e Comissão Técnica tricolores. Há menos que haja surpresas; jogo dificílimo.

Bom! Uma dessas surpresas, poderia ser a abertura do marcador cedo; "tipo assim", até os 15 minutos da etapa inicial. A partida dura, mudaria o roteiro, personagens teriam novos caminhos e o final poderia ser menos dramático.

Outro fator a ser considerado é aquele que pode remeter a decisão para o Bento Freitas, isso sempre levando em consideração a superação do obstáculo chamado Juventude. Sem menosprezo, mas o Tricolor é favorito e os favoritos sempre o são antes da bola rolar, tão certo, quanto a possibilidade de zebras dentro das quatro linhas. Resumindo: favoritismo acaba no apito inicial; provavelmente ele (o favoritismo) assista o jogo das arquibancadas, olhando a reação da massa com um riso irônico no canto da boca.

A receita é jogar como se fosse (realmente) uma partida de "mata", já que nem a volta existe mais para recuperar um eventual prejuízo.


sábado, 22 de março de 2014


Um Pouco Mais de Grêmio 1 x 1 Newell's Old Boys

O nosso amigo Alvirubro me enviou um link e junto com a matéria em questão, obtive este vídeo que achei maravilhoso, especialmente na jogada do gol, porque vemos toda a preparação do lance por Barcos, mostrou técnica, força e discernimento para achar Rhodolfo. O normal àquela altura do jogo e do resultado, era dar um "bago" para a área. 
O endereço é jbfilhoreporter.final.com.br e o link do vídeo é:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=dz2U3xLTFO0

Vale a pena reviver a emoção.

Galeria Imortal



Galeria Imortal (18)


Este é o Grêmio de Adenor Leonardo Bachi, o Tite, nascido em Caxias do Sul, atualmente o treinador mais cotado para substituir Luiz Felipe Scolari, após a Copa do Mundo. Um grupo que ganhou o Gauchão e Copa do Brasil de 2001. 
Este é o elenco do título regional. Estão lá: Em pé; Danrley, Eduardo Costa, Anderson Lima, Mauro Galvão, Alex Xavier, Marinho, Carlos Gavião e Eduardo Martini. Agachados; Roger, Rubens Cardoso, Zinho, Luiz Mário, Paulo Cesar Tinga, Anderson Polga, Marcelinho Paraíba, Renato Martins, Itaqui, Cládio Pitbull e o massagista Limonada.
Chama a atenção a grande quantidade de nomes compostos.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Opinião



Sinal de Alerta

A forma dramática como o Grêmio conquistou o tão sonhado "pelo menos um ponto", fazendo o gol aos 46 minutos da etapa complementar, levou muitos de nós, torcedores a um estado de euforia que atingiu inclusive, o nosso maior mandatário.

Koff é uma sumidade quando o assunto é futebol; ele sabe que o time evolui dia a dia e não vi exagero em suas palavras, isto é, o Grêmio é candidato ao título. Candidato não significa "já ganhou", é tão óbvio, mas às vezes, parece ser imprescindível lembrar.

O que deverá estar acima dessa fala é a prudência dentro das quatro linhas, enfim, saber que o jogo se decide no gramado e nunca antes do último apito do juiz, aliás, como ocorreu quarta-feira.

Há outras evidências de quão traiçoeiro é o caminho para a classificação. Cruzeiro, Atlético Mineiro e Flamengo tropeçaram contra clubes de pequena projeção continental, mesmo jogando em seus domínios, portanto, se o Imortal incorrer no erro de achar que o Nacional do Uruguai é páreo corrido, pode "cair do cavalo". O sinal de alerta está visível para torcida, Direção, mídia oficial e redes sociais. 

A tão mencionada maturidade/maioridade que alguns escreveram antes e/ou depois do confronto contra o Newell's Old Boys, carrega em si, o respeito aos adversários e a rejeição ao "já ganhou".

O grupo da morte, não tem ainda, óbitos.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Opinião


Rhodolfo

Rhodolfo chegou quieto, sem estardalhaços, reserva de Lúcio, Tolói, Edson Silva no São Paulo, demorou a estrear. A zaga era Werley e Bressan.

Veio o Grenal do Brasileirão, juntamente com a lesão de Zé Roberto. Renato Portaluppi preocupado com a perda de sua maior referência técnica, “inventa’ uma formação de 3 defensores, para isso, inclui o zagueiro que conheceu no Atlético Paranaense. O time fez um belo enfrentamento e logo em seguida encordoou uma série de vitórias que colocou o Imortal na zona da Libertadores de onde não saiu mais até conquistar o vice-campeonato brasileiro. Rhodolfo tornou-se o melhor zagueiro tricolor. Foi impecável.

2014 começa e a Nação gremista tem um sobressalto; havia uma cláusula no contrato dele que fazia o clube refém numa negociação para o exterior. O Tricolor se apressa e busca Pedro Geromel. A saída do beque parece iminente.

Para a sorte do Tricolor gaúcho, o Tricolor paulista bota o olho em Souza. Surge uma luz no final do túnel. Entre idas e vindas nas negociações, finalmente fica acertada a troca até o final do ano; Souza vai, Rhodolfo fica.

Ontem, para coroar uma sequência de boas atuações que inclui também, a liderança positiva do grupo, conjuntamente com Barcos, Rhodolfo surge aos 46 minutos da etapa final como centro-avante e apara de cabeça o cruzamento lúcido do Pirata, num momento em que as cortinas estavam sendo cerradas; muitos aparelhos de tevê desligados, radinhos com o volume quase zero, desta forma, reforçando a mística da Imortalidade que envolve o Tricolor.

Trilhando o mesmo caminho que consagrou De León e Adilson, Rhodolfo torna-se um dos selecionáveis; só Luiz Felipe ainda não viu.

Opinião



No peito, na raça, na bola

Poucas vezes temi ver uma tremenda injustiça num jogo que se avizinhava como equilibrado e "cabeludo". Já nos primeiros instantes da partida, dava para ver que o posicionamento Tricolor seria diferente daquele que estávamos acostumados (mas, contrariados) a ver em confrontos fora de casa. O Grêmio está curtido, essa foi a minha impressão.

Há alguns elementos que são responsáveis por essa maturidade, essa maioridade que o time está adquirindo. Ele erra muito pouco passe, derruba a tese de ter que fazer muitas faltas, tem ofensividade e um ferrolho defensivo, onde ainda destoa Pará, apesar de toda a raça e entrega que tem, mas seus problemas são mais na parte ofensiva. 

Há vários destaques, o maior de todos, a dupla Enderson Moreira e Fábio Mahseridjan. Dentro de campo, Marcelo Grohe (com suas características peculiares) fez grandes defesas e ia se transformando no maior nome do jogo, juntamente com o "portero" Guzmán, até o chute fraco no meio do gol de Máxi Rodriguez que o goleiro gremista aceitou. O 0 a 1 se constituiria numa grande injustiça, pois o Imortal era superior e estava mais próximo da abertura de placar.

As coisas foram colocadas nos seus devidos lugares nos acréscimos, quando Rhodolfo anotou o gol que encaminha a classificação, usando a cabeça.

Indo para as individualidades, Luan, Wendell e especialmente Marcelo Grohe até a falha quase decisiva, foram os maiores em campo, do lado portenho, Guzmán, o goleiro. 

Há outros nomes que merecem destaques: Werley e Rhodolfo, Edinho, Riveros e Ramiro, Dudu e Barcos estiveram muto bem. Pena a bola que Pará luta para jogar, mas que não consegue.

O time Tricolor está em ascensão, isso é visto, técnica, tática e fisicamente, isso que estamos apenas em Março. Fez um grande jogo e conquistou um ponto precioso. 

Agora é Gauchão.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Opinião



Jogo para encaminhar a classificação

Há vários elementos que conspiram contra o título do post, isto é; será num campo acanhado, terá um legião de torcedores fanáticos atormentando o tempo todo os gaúchos, enfrentará um time qualificado e entrosado (não foi à final da LA ano passado graças às defesas de Victor), o Newell's está fora da "linha" de classificação neste grupo da morte, o 0 a 0 da Arena foi mais negócio para o clube argentino, o resultado paralelo dos Nacionais foi ruim para os dois; enfim, argumentos não faltam para o Tricolor sair com um insucesso, hoje à noite. No entanto, grandes equipes, sempre pedem por uma situação assim, ou seja, um momento épico para que num futuro próximo, ele (o momento épico) virar rotina nos enfrentamentos seguintes. 

Newell's Old Boys x Grêmio poderá ser o batismo de sangue para este novo time, que começa por um treinador ascendente no cenário brasileiro, passa por jogadores contestados por parcelas da torcida como Werley, Pará, Grohe, Barcos, Edinho. Esses para alguns são a solução, para outros não. Os cinco juntos, talvez só ganhando um título relevante, serão aceitos em sua integralidade. Difícil. Unanimidades, acredito, apenas Wendell, Rhodolfo e Luan.

Espero a vitória, mas se ela não acontecer, pelo menos, uma grande atuação para a manutenção do bom astral do grupo, pois, nesta situação (derrota no Marcelo Bielsa), a jornada seguinte terá um peso bem mais elevado.

Finalizando, mesmo Enderson sinalizando no treinamentos, que entrará com Dudu, ainda assim, acredito que  Alan Ruiz será o escolhido, motivos não faltam; é mais marcador, é o mais parecido no elenco com a bola de Zé Roberto, é argentino; também, porque tem entrado bem e passa a impressão de que só precisa de sequência para se firmar entre os 11.

Ruiz deve ser o nosso camisa "10", hoje à noite.

terça-feira, 18 de março de 2014

Opinião




 Grêmio cuidando dos detalhes 

Mesmo alguns torcedores "torcendo o nariz" para o atual momento Tricolor, é inegável que muitos passos para frente foram dados. Há vários exemplos como: Uma criteriosa reavaliação da política implantada nas categorias de base, uma revisão no contrato com a OAS, a opção certa na contratação de Enderson Moreira, além da busca por Tite. Se não deu certo, computa-se positivamente a tentativa.   

Esse planejamento acerta também na busca de Alan Ruiz, Dudu e até, porque não, de Edinho. Há um único reparo até o presente, mas sujeito a reverter à expectativa atual; Pedro Geromel. Sigo confiando em Máxi Rodriguez, pode não ser o craque que imaginávamos, mas convenhamos, não é Rondinelly, nem Marco Antônio.

Dentro de campo, os acertos são mais visíveis, o time tem padrão, joga mais ofensivamente e há peças para a reposição. Não temos tão somente 11 atletas. Tem carências? Sim, mas tem algumas soluções; em vez do bom Osvaldo do São Paulo, Luan; em vez de buscar um lateral no mercado para substituir Alex Telles, deu-se força para Wendell. 

Infelizmente, parte da torcida prefere criticar à exaustão e aí eu lembro  do segundo semestre de 93, quando torcedores com esse perfil queriam correr com o Luiz Felipe e Koff proferiu aquela famosa frase: "Ele só saiu no fim do meu mandato". Queriam o rim do presidente, imagino que naquela ocasião, também o chamaram de canalha (incrível). Fariam isso a Hélio Dourado, Rudy Armin Petry ou Hermínio Bitencourt se estivessem presidente em 2014, não importa o trabalho ou o nome. Esse comportamento transcende o futebol. É outra coisa. 

A ida de Koff a Rosário, Argentina, além da obrigação pelo cargo que está investido, também traz uma aura vencedora e uma fala forte e emocionada no vestiário. Se será suficiente, não sei, mas é sempre bom ver que a Direção segue cuidando dos detalhes.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Opinião



Antes de qualquer coisa, atitude

Estamos discutindo a melhor escalação, o melhor aproveitamento dos candidatos à vaga de Zé Roberto, mas o que realmente fará a diferença em favor do Imortal, será a atitude durante o tempo inteiro da partida. Salvo alguma interferência inesperada, o confronto se mostrará como um daqueles de muito equilíbrio.

Prosseguindo, um bom resultado (e aí eu não descarto um empate) só virá com muita entrega. Não lembro de time brasileiro entrando desconcentrado ou faceiro, trazer resultados positivos da Argentina. Há, inclusive, uma histórica vitória do Paysandu de Yarley sobre o Boca em plena Bombonera, portanto, entrar ligado é uma obrigação.

O time do Grêmio não tem craques, aliás, há 2 craques, Wendell e Luan, mas convenhamos, são tão jovens que seria melhor desobrigá-los de tanta responsabilidade. 

Se chamei anteriormente de "jogos de maturidade", o primeiro, o da Arena, me deu razão, porque o Newell's mostrou uma proposta inteligente, que se não teve completo êxito, isso foi obra de uma das melhores jornadas defensivas do Tricolor. Um 0 a 1 e o Imortal não reverteria o placar.

O resultado é importante sim, mas, muito acima disso será a certeza que o Grêmio estará pronto para duelos de grande exigência física, técnica e psicológica nos próximos desafios.

Um grande passo a ser dado.

domingo, 16 de março de 2014

Opinião



No jogo dos "candidatáveis", deu Jean Deretti

Era previsto; Grêmio x Pelotas fariam um jogo morno, apesar do nosso otimismo provocado pela briga ao lugar de Zé Roberto; três postulantes, Ruiz, Dudu e Máxi, que poderia dar um tempero a partida. O primeiro tempo só fez confirmar o que se esperava: Ruim e Sonolento.

Maxi segue desperdiçando as chances, Ruiz foi discreto e Dudu esteve acima de ambos, mostrando que, no mínimo, será a primeira opção de mudança durante o transcorrer do jogo em Rosário.

Quem aproveitou muito bem foi Jean Deretti que acordou o time, nisso foi auxiliado pelo menino Éverton (outra jóia rara do Tricolor) e o placar de 3 a 0 refletiu a superioridade do misto sobre o rebaixado Pelotas. Deretti fez os dois primeiros e Éverton encerrou a goleada.

O que fica para quarta-feira? Segue a dúvida, agora restrita a dois nomes, Ruiz e Dudu. O primeiro tem a seu favor, o estilo mais próximo do de Zé Roberto e principalmente, conhecer o ambiente platino; certamente, não estranhará jogar em Rosário. 

A favor de Dudu estão seus desempenhos, o time (principal) cresce com sua entrada. Se Ruiz tem o handcap de ser parecido com Zé Roberto, Dudu possui a característica para um confronto fora de casa, onde o adversário vai sair bem mais do que ocorreu na Arena. Os espaços vão aparecer para Luan e Dudu, se este for o escolhido.

No mais, ninguém se destacou a ponto de impressionar o torcedor. Tinga não fez nada que justificasse botar Pará no banco. Tiago não foi exigido, assim como a dupla de zagueiros e também o lateral Breno. Matheus Biteco foi invisível e Léo Gago, o de sempre.

Outra lição que a partida nos (torcedores) deixa é a de que investir, reclamar nomes no time, às vezes, o tempo se encarrega de mostrar nossos equívocos. Máxi nos desmente a cada entrada na equipe, Guilherme Biteco pedido ano passado para o lugar de Zé Roberto sequer senta no banco e Mithyuê, xodó de muitos há 4 anos, período de Silas, se não me engano, se transformou num andarilho da bola e certamente, encerrará a carreira como sendo aquele que foi sem nunca ter sido.

 Com raras exceções, o craque certeiro é aquele que entra, não se assusta e rapidamente "acontece", casos de Lucas Leiva, Mário Fernandes, Anderson e mais recentemente, Wendell e Luan. Éverton está trilhando este caminho.

Agora, tudo é Libertadores.


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Esquentando os Tamborins

Antes de me puxarem as orelhas pelo título passado o evento, informo que o Carnaval para os gremistas não terminou, com boa sorte, irá até pós-Copa do Mundo. Dito isso, sigo, tratando do confronto de hoje à tarde com o mando de campo, mas fora da Arena por conta da ação de quem se julga muito esperto. Ainda bem que não é decisiva a peleia.

Mesmo com equipe mista, será um preparação para a jornada importantíssima de quarta-feira em Rosário, Argentina. O Tricolor colocará em campo três candidatos ao lugar de Zé Roberto que fica 30 dias fora, dando chance ao treinador de formatar a equipe com jogadores de estilos diferentes do nosso camisa 10 e, principalmente, diferentes entre si.

Dudu, Alan Ruíz e Maxi Rodriguez "brigam" pela vaga nos onze que iniciam a partida contra o Newell's Old Boys. Dudu pode jogar um pouco mais recuado do que vem atuando, é uma estrela ascendente, pede passagem no time. Com ele o time fica mais agressivo, mais veloz, é "um abridor de latas", rasgando as defesas adversárias e municiando Barcos, Luan ou quem chega do meio na área. 

Alan Ruíz é o meia clássico, um Gerson mais rápido, um Paulo Henrique Lima, o Ganso, a ditar o ritmo do time. Tem como aliado, o seu poderoso chute de canhota, além de compor melhor o meio defensivo do que os outros "candidatos". 

Chegamos a Máxi Rodriguez, aparentemente o que corre por fora, mas eu não descartaria o seu sucesso a médio prazo. Para quarta, difícil, mas para os próximos jogos quem sabe? Mostrou também um chute forte com a esquerda, é mais rápido na condução da bola do que Ruíz, gosta de improvisar, aqui no sentido de inventividade, de quebrar a "rotina do lance", portanto, acredito que está no páreo.

Esta partida contra o Pelotas, também servirá para observação do miolo da zaga, Geromel e Bressan (talvez Saimon), porque Werley se lesiona com uma certa frequência. Haverá Matheus Biteco que já pintou melhor; dá para incluir nas curiosidades do confronto, as presenças de Fohlmann e Everaldo, enfim, o que poderão apresentar.

Sem ser uma brastemp, este Grêmio x Pelotas pode ter bons atrativos para a Nação Tricolor.

sábado, 15 de março de 2014

Opinião



Uma crônica, dois assuntos

Vamos tratar de dois assuntos que julgo da maior importância, o primeiro ligado ao nosso Tricolor, o outro, à sociedade e suas relações.
Surge a grande oportunidade para Alan Ruíz. Ele é um meia canhoto de grande técnica, joga, fazendo os demais jogarem, é jovem e parece não ter sentido a mudança de clube,  de país. Tem tudo para acertar e tomar conta da posição com a lesão de Zé Roberto.

Zé Roberto, apesar de algumas críticas, é o centro de referência técnica do time. Com um pouco de boa vontade, as pessoas veriam nele, alguém que ajuda na parte defensiva, excelente controle de bola, está chegando mais à frente, fazendo o lado esquerdo tricolor jogar.

Zé Roberto deixa o time com 78% de aproveitamento na LA, invicto, sem sofrer gols e mais importante; líder geral da competição; isto é, mesmo prematuramente, dá para dizer que se a competição terminasse hoje, a taça teria o destino do Humaitá; mas, não dá para esquecer que futebol é um esporte coletivo. Com raríssimas exceções (Neymar, Messi), a ausência de apenas um jogador não pode fazer "a maionese desandar" num time preparado para um enfrentamento como este, um torneio inter-continental (lembrem-se dos mexicanos). 

Aí entra a relativa responsabilidade de Ruíz, para bem ou para mal, o argentino será uma peça da engrenagem.

O outro assunto diz respeito à .... falta de respeito, o deboche patrocinado pelos julgadores do caso Márcio Chagas/Esportivo. Perda de 5 jogos faltando uma rodada e multa de R$ 30.000,00 reais é como dar multa de R$ 500,00 por excesso de velocidade para quem tem um Porsche; lógico que ele preferirá pagando essa mixaria e seguir atropelando as pessoas e o bom-senso. 

O racismo recebeu um importante aliado. Saiu fortalecido. Aliás, o fortalecimento começou com a mudança de comportamento do presidente da federação, Sr. Novelletto, pois em 2008, quando o Riograndense de Santa Maria, erradamente, escalou o meia André Thereza, suspenso pelo terceiro amarelo, indo a julgamento e perdendo 6 pontos, ficando totalmente fora da disputa para o Acesso, justo quando estava bem próximo dele; pois bem, nessa oportunidade, o Sr. Novelletto, rapidamente, se antecipou à decisão do seu tribunal e sentenciou: se o Riograndense não perdesse os pontos, ele não entenderia nada mais no futebol. REPITO!, às vésperas do julgamento. Resultado; 7 a 0 pela condenação. Veja o link (Mais respeito, Senhores).

No caso de Bento, Novelletto se encolheu, murchou convenientemente. Saudade do folclórico Rubens Hofmeister que tropeçava no português, mas "matava no peito" e não transferia responsabilidades.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Opinião



Sobrou apenas uma crítica

Ontem foi um jogo diferente; o Tricolor não ganhou, a partida terminou sem gols, mas houve vários fatos interessantes. As críticas pontuais, fundadas ou não, à exceção de uma, não deram razão de ser. Pelo menos, ontem. Vou enumerar alguns, logo a seguir:

- Enderson Moreira mostrou que na sua biografia, improvisar, ter acessos de Professor Pardal, realmente, não é com ele. Sua formação inicial foi coerente, as modificações deram mais agressividade ao time

- Marcelo Grohe jogou à semelhança de Dida, tranquilo e discreto, passou pela partida sem problemas

- Pará foi bem defensivamente e melhor ainda na parte ofensiva, se não é o ideal, contra o Newell's, seu grande desempenho este ano

- Werley, quem diria? Um partidaço 

- Rhodolfo pelo lado esquerdo; pois é, perfeito

- Quem foi o destaque entre os 4 do meio? Edinho, Riveros, Ramiro? Negativo, o incansável Zé Roberto

- Luan e Wendell, pelo menos para mim, podem fazer o que quiserem dentro das 4 linhas; sempre sai coisa boa 

- Dudu e Alan Ruiz estão pedindo passagem; quem vai sair? Enderson ganha muito bem para resolver o excesso

- Chegamos em Barcos. Muita movimentação, bons arremates, mas, infelizmente, uma das "bolas do jogo" (a outra seria de Ramiro que passou da linha da bola), o Pirata bateu rente à trave, deixando margem à críticas; aliás, a única que sobrou, pois torcida e arbitragem foram exemplares

1 a 0 com gol de Barcos e teríamos uma noite perfeita. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Opinião



Neste jogo de xadrez, faltou o xeque-mate

Claro que a vitória seria o ideal, mas que partida realizaram Grêmio e Newell's! Um jogo de estratégia; o time argentino só não foi campeão da Libertadores 2013, porque parou nas mãos de Victor; alguém duvida que ele é superior ao finalista Olímpia?

Enderson prudentemente manteve os três volantes, mas parar Banega e Maxi Rodriguez é tarefa muito complicada. O time de Rosário é muito qualificado, tem um toque de bola excelente, apenas faltou ofensividade.

Talvez essa ofensividade faltante esteja relacionada a melhor jornada da zaga gremista; todos, do goleiro ao lateral esquerdo, passando inclusive por Pará, a defesa fez sua melhor partida no ano. Muita atenção, transpiração e forte organização defensiva. Um show!

No segundo tempo, o Imortal foi bem superior;  Enderson fez as alterações corretas que surtiram efeito, ainda que o zero teimou em não sair do placar.

As chances surgiram, mas ficaram nas defesas de Gúzman, no travessão e na precipitação de Barcos que criou a oportunidade, porém colocou rente à trave.

Houve destaques diversos, especialmente Wendell que eu não canso de dizer que, permanecesse um ano mais e seria o melhor lateral esquerdo da história gremista. Joga demais. Zé Roberto, Luan, Dudu foram muito bem. A defesa esteve espetacular. Barcos sai um pouco abaixo, porque centro-avante vai do céu ao inferno e vice-versa, em poucos minutos. Fizesse o gol da vitória e seria eleito pela mídia, o melhor em campo.

Estou otimista para a semana que vem, o Newell's virá diferente e isso pode ser bom.

Para finalizar; estou ouvindo pelo rádio as projeções, algumas preocupantes com a classificação do Tricolor. Fico pensando, o time de melhor campanha da LA "corre riscos" de não se classificar; mas é óbvio!!! Todos neste final de primeiro turno, correm riscos de ficar de fora da outra fase.

Lembrei do personagem Pedro Bó do longíquo Chico City.

  

Opinião




A hora do grande jogo

Está se aproximando a hora do grande desafio, até o presente, para o nosso Imortal. Escrevi que eram dois jogos para a maioridade do time e não retiro nada, embora, neste momento, não há forma de "etiquetar" como definitivo qualquer período, qualquer pontuação, que não dure uma semana nesta competição.

O Grêmio surpreende, Enderson surpreende; está no seu 15º jogo e o time (de 13, 14 jogadores) evolui a cada rodada. Se os resultados não são 100 por cento, na Libertadores até este final de noite, são. Aliás, o Tricolor vencendo, será o único com 3 vitórias neste primeiro turno. Fato que aumenta de importância, quando sabemos que o grupo é difícil, equilibrado. A exceção positiva, justamente, nosso time.

O treinador parece que vai (corajosamente) deixar Edinho no banco, tornando o meio de campo mais leve, mais técnico, mais ofensivo. Se ele tem essa convicção e seu recente histórico está recheado de acertos; fecho com ele. Luan, Barco e Dudu poderão empurrar o Newell's Old Boys para o seu campo; para isso, contarão com o apoio de 50.000 gremistas.

Uma noite prá lá de especial.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Opinião



Ridícula e Inaceitável

Quase em sua totalidade, as minhas postagens são a impressão, o olhar que tenho sobre os acontecimentos que envolvem o Tricolor; uma ou outra vez, apresento a opinião de outros e quando isso acontece, geralmente é para ser o ponto de partida do que discorro em seguida.

Esta de hoje, mais do que nunca, é um sentimento, um texto personalíssimo sobre os recentes acontecimentos no mundo do futebol relativos ao racismo no futebol.

Esta onda de preconceito racial que emergiu nestes últimos meses é inaceitável e ridícula, porque somos iguais, seja perante credos, seja pela ciência. As características  físicas são adaptações que o ser humano sofreu para enfrentar diferenças climáticas ao longo de milhões de anos. Além disso, essas recentes, ocorreram em regiões onde a miscigenação está presente de forma mais evidente, há pelo menos 5 séculos. É engraçado Peru e Brasil quererem discriminar por etnia qualquer pessoa. Onde está o limite de ser branco, negro, índio nestes países? Aí, associada ao inaceitável, aparece a situação ridícula.

Tratando das punições. Elas devem ser pesadas e exemplares, porém o que se vê, tanto no caso do Peru, quanto de Bento Gonçalves, (pelo menos, é minha sensação), “vamos dar um tempo”, “vamos ver se a coisa esfria”. Pessoas empreendedoras, ativas  e de grande tirocínio para a tomada de decisões, se encolhem neste episódio. Lamentável. Deduzo que a conveniência se sobrepõe à consciência.

Outro fato que me deixa incomodado; o de ver dentro do meu clube, uma parcela (mínima, mas barulhenta) entoar hinos ou expressões preconceituosas. Associar a palavra macaco à adjetivos pejorativos, fica indefensável e para mim, constrangedor nesta grande e na maioria das vezes, saudável rivalidade que temos com o Coirmão. Um serve de estímulo, de desafiador para o outro.
Eu teria uma sugestão para a Direção gremista: Escolher o macaco como um dos símbolos do Grêmio. Imaginem um King Kong com a camiseta Tricolor empunhando uma bandeira no meio da massa. Juntamente com o Mosqueteiro, adotar um mascote Macaco. Faríamos uma reversão de expectativa, tal qual o Boca que foi chamado de “Bosteros”, pois a Bombonera, antes era um estábulo, Newell’s Old Boys que adotou “Los Leprosos” depois das ofensas dos torcedores do Rosário Central, o Palmeiras que trocou o Periquito pelo Porco, que teve origem nos cânticos corinthianos, o Coxa Branca para o Coritiba que abraçou e defendeu seu atleta que era discriminado. Seria um contra-veneno que atingiria os torcedores racistas.

No caso, Macaco usado para ofender os colorados, o Grêmio adotando o Macaco para si, estaria se antecipando e (abortando) uma situação que pode ter consequências pesadas para o clube, e mais; que não é compartilhada pela imensa Nação Tricolor. Também, de certa forma, uma solução inédita; transformar uma prática ofensiva, inaceitável e ridícula, numa novidade mercadológica que ao mesmo tempo, gerará dividendos econômicos e sociais. Teríamos um mascote animal, poderíamos ter uma coreografia bastante original nas arquibancadas e inibiríamos os torcedores racistas.

Eu sei que para a pessoa racista não vai resolver muito, ela achará um outro meio, mas pelo menos, desse xingamento, os torcedores do Inter e nós, a maioria Tricolor que desaprovamos, estaríamos livres.

Macacos poderia ser uma expressão ligada aos torcedores do Imortal; por que não? 

terça-feira, 11 de março de 2014

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (64) - Ano 1972


Cravando triplo para cima do Newell's Old Boys


Com tristeza, convivemos nesta semana com atos de preconceito/racismo no Brasil e em nosso estado. Uma tristeza por tudo que representa, ainda mais por vivermos num país mais do que miscigenado, uma marca do nosso povo.

Pois no final de 1971, início de 72, meus três maiores ídolos gremistas eram Anchetta, um branco, Everaldo, a estrela negra da bandeira gremista e Alcindo, o Bugre Xucro, o índio maior artilheiro da história tricolor até hoje. Verdade que 71 tinha sido ruim para ele; muitas lesões, falta de sequência e a estupenda fase de Néstor Scotta, um argentino que só não ficou, porque o River Plate exigiu a sua volta no final da temporada.

Sem Scotta, o Tricolor voltou-se novamente para o mercado platino e trouxe do Newell's, o centro-avante Oberti. El Mono como era conhecido, veio a peso de ouro. Para abater o valor, houve dois confrontos entre as equipes com a renda toda para pagar parte do passe do atacante.

Chegou Oberti e saiu Alcindo, velho sonho do Santos que o queria ao lado de Pelé, revivendo assim, uma das duplas do Brasil na Copa de 1966. 

O time santista deu em troca, Mazinho, um negro forte (para se ter uma ideia, Cléber, aquele ex-zagueiro do Galo e Palmeiras no anos 90 é seu sobrinho), também centro-avante. Aliás, para quem não conhece o time, estão na reprodução: Em pé; Jair, Espinosa, Jadir, Beto Bacamarte, Anchetta e Everaldo. Agachados; Flecha, Mazinho, Oberti, Torino e Loivo.

Mazinho estreou na segunda partida do tal pagamento, a primeiro ficara no 1 a 1, três dias antes; Caio Cabeça fizera o tento tricolor. Foi no dia 11 de Fevereiro daquele ano e o Grêmio contou com Deca (Jair); Espinosa, Anchetta, Beto Bacamarte e Everaldo; Dacunto (Gaspar) e Torino; Flecha, Mazinho, Oberti (Caio) e Loivo. O técnico era a super estrela Oto Glória, que levara a Seleção de Portugal ao inédito 3º lugar na Copa do Mundo na Inglaterra. Esse Dacunto era um brasileiro que fora criança para a Argentina, acompanhando o pai, também jogador (Dacunto que jogou no Vasco da Gama), não sabia o português; deve ter jogado umas cinco partidas e sumiu. Não deu certo. Veio, foi visto e devolvido.

A estreia de Mazinho, talvez tenha sido a mais auspiciosa de um jogador no Imortal. Marcou três vezes, aos 9 e 15 minutos do primeiro tempo, depois aos 18 do segundo. Silva fez o gol argentino aos 12 da primeira fase.

Naquele mesmo ano, Oto Glória descobriu que apesar do biotipo, Mazinho era na verdade, um número 8, ponta-de-lança técnico se acertando bem com o não menos habilidoso Oberti que fazia o tipo centro-avante de movimentação, possuindo um pé esquerdo mortífero.

O mineiro Alvimar Eustáquio de Oliveira, apesar dos tempos difíceis, deixou sua marca impressa no Tricolor onde jogou até 1974, saindo para atuar no Fluminense.

Esta semana, o Tricolor assim como naquela ocasião, enfrenta o Newell's duas vezes em curtíssimo espaço de tempo. Eu não ficaria triste se esses jogos repetissem os placares de fevereiro de 72. Quem sabe alguém se habilita a marcar três vezes pelo lado do Imortal? 

Observação: Novamente, contei com o indispensável apoio do amigo Alvirubro no fornecimento da "munição" para esta crônica.