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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Opinião



Chance para os meninos, de novo

Com os titulares goleando, mesmo que seja Gauchão, o caminho da gurizada da base na busca pela titularidade vai ficando interessante, então, cada oportunidade é aquela chamada "de ouro".

Amanhã, Pepê, Jean Pyerre, Matheus Henrique, Lincoln e até Juninho Capixaba, que não é da base, mas está no mesmo barco em busca de um lugar ao Sol, todos eles estarão na Arena à noite para encarar um dos clubes que está na zona de rebaixamento, o São Luiz de Ijuí.

Incluiria também, Rômulo e Thonny Anderson, talvez Isaque e Felipe, estes dois que ainda não tiveram chances neste ano, como prováveis nomes na escalação ou banco, amanhã.

Fora de campo, a Direção está emprestando Thyere e isso é indício que a última vaga para a zaga segue sem um ocupante definitivo.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Opinião



Grêmio confirma o favoritismo: 3 a 0

No fim, virou passeio, virou goleada. O Tricolor parecia o time de mais jogos no certame, o Juventude, o estreante.

O goleiro Júlio Cesar não poderia ter escolhido melhor partida para ser a sua primeira; uma única defesa num arremate fraco. Assistente de luxo.

A defesa mostrou que dá para melhorar as laterais, na direita pela inconstância física de Leonardo Moura, na esquerda, porque Juninho Capixaba está aproveitando bem as chances e a distância entre ele e o titular é praticamente nula.

A principal diferença entre os adversários hoje começou pelo meio e escancarou-se pelo ataque; explico: A qualidade e principalmente o entrosamento do Tricolor transformou o confronto numa luta desigual. Bastava cercar, apertar um pouco mais e o Juventude entregava a posse da bola, não sem antes apresentar erros primários, mas compreensivos para que reformulou o elenco todo.

Jael fez um a zero, placar da etapa inicial e ele + Maicon ampliaram para três; resultado final.

Levando em conta o adversário e o início de temporada, ver Jael e Marinho como destaques não entusiasmam, mas, deixando o preconceito de lado, eles "rebentaram" esta noite.

Os três que entraram (Leonardo Gomes, Felipe Vizeu e Jean Pyerre) apareceram bem.

Agora é preservar o time titular e ir "investigando" quais os reservas que podem ser úteis neste 2019.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Opinião





 Vaciladas de "Coirmão" não se desprezam 

Participo de um grupo de whatsapp de gremistas que uns dias atrás postou um material de uma turma de "entendidos" da imprensa, onde aparecem elogios a estratégia do Inter para o início do campeonato, estratégia essa que segundo esse pessoal era melhor do que a do Grêmio.

Lógico que isso foi "solto" ao público logo após o empate do Tricolor com o Aimoré e na véspera do enfrentamento do Coirmão versus Pelotas no Beira-Rio com titulares, no momento em que o clube do Sul do Rio Grande se encontrava na lanterna. Teoricamente; fácil prognóstico com o qual seria validada a tal tese, logo à noite em Porto Alegre.

Faltou uma coisa que estes espertinhos não contavam: Combinar com os russos, neste caso, com  o Lobão. Sabemos o que ocorreu naquela partida.

Pois não é que o Inter vacilou novamente e levou uma sapecada do São José; 2 a 0, fácil, fácil? Está com 3 pontos em 9 disputados.

Bom, aí é que entra o título desta postagem. Seja qual for a formação escolhida por Renato para encarar o Juventude nesta Segunda-feira na Arena, o único resultado admissível é a vitória. Não dá para deixar escapar a chance de, na terceira rodada, ser a vantagem sobre o Coirmão de 4 pontos. Claro! Precisa encarar o Ju com muita seriedade.

Espero que a minha compreensão seja também a dos estrategistas do Imortal.


sábado, 26 de janeiro de 2019

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (209) - Ano - 1978


A Dança

Fonte:Correio do Povo

Na longa história de confrontos entre Grêmio e Juventude, a partida mais polêmica é aquela de 25 de Outubro de 1978; 4 a 3 para o clube da Serra no Olímpico.

Naquele Regional, a fórmula do certame era tão enrolada que em uma determinada fase dele, o mais  interessante para o Imortal era perder para se garantir na fase seguinte do campeonato. Vencendo, classificaria o Inter de Santa Maria se este na mesma rodada, em casa, goleasse o São Borja, missão muito difícil entre disputas de times do Interior.

Como se sabe, o Grêmio perdeu por 4 a 3, o que foi bom para ele, assim como, a derrota da Alemanha Ocidental para a outra Alemanha, a Oriental na Copa do Mundo de 1974; estranha, é verdade, mas que tirou o Brasil do caminho dela nas oitavas-de-final, Copa essa ganha por ela  em cima da poderosa Holanda. Esta providencial derrota, tirou do caminho os brasileiros e encontrou os holandeses só na final. Foram estratégicos.

Tudo o que escrevi acima é do conhecimento de todos os gremistas que se interessaram ou viveram o episódio; mas houve outros acontecimentos incomuns naquele Gauchão que a mídia e os torcedores, não sabem ou não querem lembrar. Não atenuam a derrota gremista, nem mudam os fatos, porém, detalham o contexto. Vamos a eles:

Na rodada que antecedeu esta derrota do Grêmio, ocorrida numa quarta-feira à noite, portanto, no final de semana, também o Tricolor utilizou reservas para encarar uma "parada torta" em Passo Fundo; jogou contra o temível Gaúcho. Venceu com um gol contra do zagueiro Cláudio. 1 a 0.

Outros pontos esquecidos pela história; naquela noite, 25 de Outubro, o Internacional foi a Caxias do Sul, encarou o Caxias, treinado por Carlos Froner e utilizou time reserva. Perdeu por 1 a 0, único resultado que interessava para o clube serrano prosseguir no campeonato.

Em Santa Maria, Estádio Presidente Vargas (Baixada Melancólica), mesmo horário de Grêmio e Caxias, assisti apenas o segundo tempo, visto que o meu curso era diurno, mas justamente na Quarta-feira, eu tinha uma cadeira noturna entre 19:30 e 21:30 h. Chegamos eu e Carlinhos (um dos quatro Carlos Alberto da turma) e ele muito conhecido, conseguiu que (nós) assistíssimos na Social, embora em pé na entrada deste setor. Estava cheio o estádio, tanto que a arquibancada de madeira do outro lado (geral) desabou, onde estava outro colega, o Molz, outro Carlos Alberto, saudoso goleiro de nosso time que veio a falecer anos depois, quando voltava de Júlio de Castilhos, onde defendia o clube de lá no futebol de várzea.

Pois não é que mesmo com times equilibrados, o Coloradinho impôs a tão necessária goleada de 4 a 1 num São Borja irreconhecível? Um resultado "fora da curva".

No jogo do Olímpico, Telê Santana usou: Remi; Valdoir, Baidek, Adilson (Vílson Cereja) e Serginho; Valderez, Rubenval e Valdir; Botelho, Everaldo e Jurandir.

Ênio Andrade montara um forte Juventude naquele ano: Vandeir; Jorge, Gonçalves, Edson e Sanches (Renato Cogo); Cacau, Amauri e Assis; Flecha, Plein (Vânio) e Ivanildo.

Os gols foram de Valdoir, Rubenval e Serginho para o Tricolor; Amauri (duas vezes) e os ex-gremistas Plein (pênalti) e Flecha para o Juventude.

Depois disso tudo, reservas em Porto Alegre, reservas em Caxias do Sul, uma surpreendente goleada em Santa Maria, dá para concluir que a bruxa andou solta nos estádios gaúchos naquela noite no Rio Grande amado e que os clubes interessados na classificação dançaram conforme a música que lhes foi apresentada.

Fonte: Jornal Correio do Povo






sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Opinião



Lembram: Lucas Coelho ou Hernán Barcos?

Dia 21 deste mês, portanto há 4 dias, eu postei texto intitulado "É só gostar", onde deixo claro a minha preferência e compreensão da forma de condução de um elenco de um clube de futebol; é aproveitando a base que se chega ao equilíbrio financeiro e ao topo dos torneios.

Não arredo um milímetro desse posicionamento, porém, devem haver condições favoráveis para o sucesso desta tomada de posicionamento e prática, qual seja, a boa qualificação, o potencial dos que ascendem dentro das categorias de base até o grupo principal.

Lembro de travar discussões no blog que participava anteriormente, porque havia uma preferência por juniores que dentro de campo não apresentavam resultados iguais ou melhores do que os cascudos que o Tricolor buscava no mercado. 

Eram teses defendidas sem a devida fundamentação dentro das quatro linhas, as atuações dos juniores eram sofríveis na maioria das vezes. Uma dessas (teses) dava conta da incompreensão da titularidade de Barcos em detrimento de Lucas Coelho. 

Obviamente que torcia pelo sucesso do menino criado na base, assim como o de Yuri Mamute, surgido igualmente naquele período, mas o que se via neles, não era nada parecido do que se verificou nos casos de Arthur, Éverton e Luan, para ficar em apenas três exemplos. Defendi a presença de Barcos no time naquelas discussões.

Lucas Coelho saiu do Grêmio há 5 temporadas; nelas, ele marcou 9 gols, passando por Goiás, Avaí, ABC e Criciúma.

A base deve ter preferência, entretanto, a realidade não poderá ser desprezada; vejam o que acontece com Kaio e Vico; será que Montoya deve esperar os meninos "acontecerem" ou entrar de vez na vaga de Ramiro?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Opinião



Empate com muitos defeitos

Antes de tudo, o título é uma constatação que inclui algumas críticas.

Era evidente que a forma como o Novo Hamburgo se portou, especialmente na etapa final no final de semana, iria "vacinar" o Aimoré para o confronto de hoje. O Grêmio teria dificuldades e isso realmente ocorreu.

A condição do gramado, a iluminação ainda incompleta em suas novas instalações e a postura do clube de São Leopoldo impuseram obstáculos que concretizaram este empate.

Os defeitos do Grêmio começaram pelo meio, onde Rômulo foi burocrático, Matheus e Jean Pyerre, bem marcados, foram discretos, Pepê sumiu e as escolhas de André e Vico inviabilizaram o ataque. O Tricolor jogou com nove atletas.

A opção por Vico e antes, Kaio, me faz acreditar que Renato tenta escancarar a todos, a falta de condições destes meninos de jogar num clube grande. Tipo assim: - Viram! Eles não servem. Provável resposta a dirigentes, empresários e agentes dos atletas. Aqueles mistérios do futebol. Assim sendo, eles podem ser descartados sem contestações. Só um pensamento mirabolante como este meu, para justificar essas escolhas para início de jogo.

Contudo, com todos os problemas de meio de campo e ataque, ainda dava para sair com a vitória; explico: Como em tantas vezes anteriores, o Tricolor tomou um gol de "bola indefensável"; um falta desnecessária, um chute de uma distância "quilométrica" e o goleiro gremista aceitou. Foi a iluminação fraca? Talvez, entretanto, quando começamos a achar em cada gol sofrido explicações que poucos acreditam, isto vira motivo de preocupação. É início de temporada, mas é hora de ver o que Júlio Cesar pode render, senão é trocar André por Vanderlei, ligeirinho.

Os discretos destaques foram Leonardo Gomes, Paulo Miranda, Lincoln e, óbvio, Juninho Capixaba que já deve ter mais gols do que muito atacante gremista.


Opinião



O Segundo Desafio

O Tricolor vai para o segundo jogo no Gauchão e novamente é fora da Arena.

É em São Leopoldo contra o índio Capilé; ambos venceram, aliás, o Aimoré foi o único locatário a vencer e o Tricolor virou líder pelos 4 a 0.

Desconfio que será uma partida com características diferentes, porque o clube do Cristo-Rei não vai atacar e o Grêmio terá alterações; uma delas deixa o time com maior poder de fogo (sai Kaio, entra Marinho), a outra, se ocorrer, será a estreia de Júlio Cesar, goleiro que vive o seu melhor momento na carreira, por último, Pepê ganha a vaga do lesionado Alisson.

Se vencer de novo, o Tricolor encaminha sem sustos a classificação para a próxima fase, já que vencer fora é sempre complicado.

O melhor é que está promovendo a maturidade de alguns juniores.

Os onze prováveis: Júlio Cesar; Leonardo Gomes, Paulo Miranda, Marcelo Oliveira e Juninho Capixaba; Rômulo, Matheus Henrique, Jean Pyerre; Marinho, Thonny Anderson e Pepê.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Opinião


É só gostar

Já vai para 10 anos que eu me manifesto sobre futebol nas redes sociais; primeiro como leitor do Mário Marcos, depois o Guto Bender me convidou para o blog dele e desde 2013 por aqui.

Em todos esses espaços e antes disso, sempre manifestei que um trabalho bem feito na base (e apostar nela no profissional) é uma das maneiras inteligentes para tocar uma instituição de futebol, no caso, o nosso Grêmio. Traz lucro e taças no armário.

Pois parece que esta gestão em especial, tomou gosto pelo aproveitamento de juniores e viu o clube mudar de patamar a partir de boas negociações e do retorno dos títulos mais as disputas de torneios intercontinentais. É por aí.

Se olharmos para a "mão-de-obra" que tem no elenco principal e na fornada que está quase pronta, dá para dizer que o clube poderá preencher boa parte do grupo com atletas de muito boa qualidade; é seguir a receita que deu certo com Walace, Luan, Pedro Rocha, Arthur e Éverton, nem citarei Marcelo Grohe por ser de uma outra geração, nem Wendell, Ramiro e Alex Telles, porque chegaram quase prontos ao antigo Olímpico.

Neste final de semana, três jovens despontaram muito bem em Novo Hamburgo; Mateus Henrique, Jean Pyerre e Pepê. Lógico! Oscilarão por um bom tempo, mas com paciência virarão realidade assim como os citados acima.

Há ainda para serem testados com mais benevolência, tranquilidade e na hora certa, Guilherme Guedes, Kazu, Felipe, Victor Bobsin, Jonathan Robert, Patrick, Dionatã, Tetê, Da Silva, Léo Chu, mais algum que me foge à memória no momento que escrevo.

Acho que a Direção gostou de investir na gurizada. O clube e torcida agradecem.




domingo, 20 de janeiro de 2019

Opinião



Goleada no Estádio do Vale

Para mim, esta goleada foi surpreendente, porque imaginava o Novo Hamburgo mais bem preparado fisicamente e contando com entusiasmo por encarar o time reserva do Tricolor. Aí, o Grêmio com uma atuação muito boa, especialmente na etapa final, conquistou uma goleada convincente com gols de Juninho Capixaba, Marinho, Pepê e Mateus Henrique. Um a zero, depois mais três no segundo tempo. Final, Quatro a Zero.

O que dá para tirar desta primeira amostragem; primeiro que os gols anteriores de Juninho Capixaba não foram apenas coincidência. Com esta vocação e efetividade, é uma joia que precisa ser trabalhada, burilada. Talvez o lateral esquerdo que o Grêmio vasculha no mercado, esteja no elenco. Não para dizer que é Gauchão, pois no Brasileiro, ele já demonstrou essa qualidade. Basta acertar a tática para evitar problemas defensivos e deixar o menino avançar.

Paulo Victor apresentou boas defesas, porém, ele errou gravemente numa saída da meta que a gente só costuma ver na várzea. Como atenuante, o primeiro jogo seu na temporada. Júlio Cesar é uma sombra interessante.

A dupla de zagueiros foi bem; deu pouca chances para o Nóia; não me pareceu desentrosada. Leonardo Gomes foi discreto. Deu conta do recado atrás e apoiou sem muito brilho.

Rômulo acertou tudo, mas esse "tudo" se constituiu num jogo de segurança, não arriscou nada mais complexo. Precisa de continuidade para uma avaliação definitiva.

A segunda linha do meio foi o que o Tricolor teve de melhor, especialmente quando saiu Alisson, lesionado e ingressou Pepê; assim, com ex-juniores, Kaio, Jean Pyerre, Mateus Henrique e o próprio Pepê, o Tricolor tomou conta da partida. Verdade que Kaio afundou mais uma vez; nada explica a insistência com ele.

Na frente, o garoto Thonny Anderson teve dificuldades, tanto que não existe um arremate seu, a sua única contribuição foi o passe maravilhoso de cabeça para Marinho (que entrou no lugar de Kaio) fazer o segundo tento com apenas dezesseis segundos em campo.

André entrou no lugar de Thonny Anderson, mas não participou de nenhum lance relevante.

Elejo Jean Pyerre como o grande nome da partida e uma menção para Pepê, arisco e decisivo, também, Paulo Miranda que deu segurança defensiva.

Estreias são sempre tensas; a tendência é melhorar o entrosamento e o desempenho.


sábado, 19 de janeiro de 2019

Opinião



Começa o sonho de novas grandes conquistas

É neste final de semana a arrancada de 2019 para o nosso Tricolor.

Como sempre, um início sem muitos atrativos, sonolento e com possíveis vacilos, pois o preparo físico está sendo azeitado; é incipiente ainda, novos jogadores estão chegando e os adversários, embora inferiores tecnicamente, na parte física estão acima da Dupla, pelo começo de 2019 ainda em 2018.

Pelo noticiário, Renato vai mandar a campo um time reserva, portanto, não de transição, vide Time para a Estreia, o que, à princípio é uma ótima providência.

Se eu tivesse ingerência na forma de jogar do time, escolheria retomar o futebol envolvente, muita posse de bola, pressão na saída defensiva adversária, acrescentando uma maior participação ofensiva dos laterais e, lógico, a volta da efetividade do comando do ataque.

Claro! Isso demanda tempo e "matéria-prima" adequada no elenco, mas dá para sonhar e buscar a materialização dele (o sonho).

Acho que estreia ganhando.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (208) - Ano - 1974


A Façanha do Encantado

Fonte: Correio do Povo

Este final de semana aponta para o início de mais um Gauchão. Sinceramente, alguém lembra de alguma estreia do Imortal? Difícil, não é? Salvo um fato peculiar, uma experiência pessoal ligada ao primeiro jogo, de resto, ninguém recorda. Eu mesmo, nem daquele inesquecível campeonato de 1977, não lembro contra quem começou a epopeia que culminou com o título em 25 de Setembro daquele ano. Viram? Sei até a data daquela cambalhota de André Catimba, após balançar as redes de Benitez; já da primeira rodada...

Pois, por incrível que possa parecer, eu lembro de uma estreia; foi na edição de 1974, mais exatamente, Agosto, primeira semana; aliás, período em que o mundo inteiro tinha os olhos voltados para Washington DC, pois Richard Nixon já admitia renunciar diante do escândalo Watergate, fato que se concretizou no dia 9.

No 4, o Regional marcava na primeira rodada, uma aparente barbada para o Tricolor; pegar o estreante em primeira divisão, E. C. Encantado da cidade de mesmo nome,  pequeno município que hoje, passado quase meio século, está com pouco mais de 22 mil habitantes. Aliás, esta foi a sua única participação na série principal do futebol gaúcho.

O Grêmio vinha de um excelente Brasileirão, onde perdera apenas 4 partidas em 24 disputas, infelizmente, a fórmula do certame o derrubou: Perdeu uma que não poderia, a partida em casa contra o Santos no mesmo final de semana em que se decidiu a Copa do Mundo lá na Alemanha.

O Brasileirão se encerrou num jogo extra, polêmico, três dias antes de Grêmio versus Encantado, o Vasco derrubou o favorito Cruzeiro no Maracanã, apesar da melhor campanha do clube mineiro. 

Para a estreia, o treinador Sérgio Moacir viu seu setor defensivo desfalcado de dois craques: Ancheta e Everaldo, o que, à princípio não era problema, afinal, todos estavam preocupados com a melhor forma de "furar a retranca" do pequeno time do interior do Vale do Taquari.

Naquela tarde, o Grêmio entrou em campo com: Picasso; Cláudio Radar, Beto Bacamarte, Beto Fuscão e Jorge Tabajara; Carlos Alberto, Yúra e Torino; Carlinhos, Tarciso e Loivo. Entrariam ainda, o ponta de lança Luiz Freire no lugar do lateral Cláudio e Humberto Ramos, um armador no lugar do volante Carlos Alberto Rodrigues, deixando o time muito ofensivo.

O Encantado do técnico Marcos Garcia mandou a campo: Franck; Coti, Valdir, Ronaldo e Betinho; Rui Bandeira, Nana e Clóvis; Malomar, Ênio Fontana e Soares. Celso entrou no lugar de Nana e João Ferri no de Malomar., substituições notadamente para reforçar a defesa.

Este time era recheado de juvenis do Inter (Nana, Clóvis, irmão de Cláudio Duarte, Soares), também por Rui Bandeira, ex-Esportivo, Celso que jogaria depois no Caxias com Luiz Felipe, repetindo o meio de campo, Clóvis, Celso e Nana.

José Luiz Barreto, juiz com histórico infeliz em jogos do Grêmio, no início da partida deixou de marcar penalidade máxima sobre Loivo. Na segunda etapa acabou expulsando dois atletas dos visitantes mais Humberto Ramos. Gerou reclamações de ambos os lados.

O Encantado surpreendeu o Tricolor fazendo 3 a 0, gol de Nana aos 31 minutos, Soares cobrando falta numa falha do arqueiro Picasso, ampliou para 2 a 0 e o placar da primeira etapa foi fechado aos 47, quando o ponta Malomar entrou pelo meio, batendo os Betos (Bacamarte e Fuscão) e colocando tranquilamente para as redes gremistas,  definindo a goleada. 3 a 0.

Sérgio Moacir que em toda a sua longa carreira pelo Grêmio tomara três ou mais gols em apenas 8 vezes, ficou possesso e o vestiário azul foi sacudido.

Voltando, o Tricolor descontou com Tarciso aos 13 minutos, já com uma desorganização tática bem visível como na foto acima onde aparecem na área adversária, o zagueiro Beto Bacamarte tentando o cabeceio e o volante Carlos Alberto observando; Tarciso está encoberto; o juiz aparece ao fundo.

Por volta dos 20 minutos ocorrem as expulsões. O Encantado se fechou por cansaço e inferioridade numérica.

A expressão "aluga-se meio campo" foi materializada no último quartel da partida. Só o Tricolor atacava.

Aos 37 minutos com muito desespero, Yúra num cabeceio, descontou. 3 a 2.

O vexame maior foi evitado nos minutos adicionais, mais exatamente, aos 46, quando Loivo acertou um petardo com seu poderoso pé esquerdo. 3 a 3 e uma comemoração semelhante a conquista de um título.

Esse confronto eletrizante é o único que tenho na memória, assim, de pronto, das muitas estreias do Imortal nos Gauchões da vida.

Fonte:  Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
             Jornal Correio do Povo
             https://timesdors.blogspot.com/






quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Opinião


O que Kannemann precisa entender


As notícias vem se repetindo a respeito  da saída de Walter Kannemann; uma hora é a Europa, noutra, o Flamengo; as ofertas platinas do Boca e Independiente são as mais recentes. O Viking virou sonho de consumo de qualquer clube ambicioso.

A primeira parte: As causas de tanto interesse  é a ascensão do futebol de Kannemann. Ele passou de zagueiro raçudo para a promoção de zagueiro de Seleção (Argentina) e eleição de melhor dupla de defensores da América junto com Pedro Geromel, nome cativo neste tipo de pleito.

Kannemann tornou-se imprescindível na defesa gremista a tal ponto que arrisco afirmar que o quarto título da Libertadores não veio pela sua ausência (e de Luan) no fatídico jogo da volta na semifinal diante do River Plate.

Resumindo: Kannemann merece uma valorização.

A segunda parte: Como ele chegou lá? Enfim, o que ele (e seu empresário) precisa entender deste processo evolutivo. Kannemann foi campeão da LA em 2014, mas era apenas um reserva, dublê de beque e lateral. Não aparece entre os 11 titulares. Vide San Lorenzo.

Depois disso, amargou a reserva no Atlas do México e novamente arrisco outra afirmação: Sem o Grêmio e sem Geromel, dificilmente Kannemann atingiria o estágio que alcançou em tão pouco tempo.

Então, se seu empresário encontra na mudança de patamar de seu contratado, isto é, a convocação para o selecionado argentino, motivação para mais uma valorização salarial, é natural que na hipótese de o novo treinador platino entender que Kannemann não merece estar entre os seus escolhidos, o salário do zagueiro retorne à situação anterior.

Alguém acredita nessa última possibilidade?

E, pior! O Grêmio enche o saco dessa lenga-lenga, vende o atleta; tragicamente, desfaz-se a melhor zaga do planeta, porém, fica a questão: E Kannemann como se dará longe da Arena? Manterá a alta performance? Pouco provável.

Hora da consciência dar o ar de sua graça.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2019


Álbum Tricolor (137)

ROMULO
Globo Esporte
Nome: Romulo Marques Antoneli.
Apelido: Romulo.
Posição: Atacante (centroavante).
Data de nascimento: 25 de Fevereiro de 1982, Inhumas, GO.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
30 jogos (17 vitórias; 5 empates; e 8 derrotas). 13 gols.

JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO
12 jogos (7 vitórias; 2 empates; e 3 derrotas). 6 gols.

CERTAME PRINCIPAL EM QUE PARTICIPOU PELO GRÊMIO
27 jogos pelo Campeonato Brasileiro.

ESTREIA NO GRÊMIO
24.06.2006 - Grêmio 2x0 SD Camboriuense, Camboriu-SC, Amistoso.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
26.11.2006 - Grêmio 3x0 CR Flamengo, em Porto Alegre-RS, Campeonato Brasileiro

CARREIRA
Botafogo-RJ (2001), Goiás-GO (2002), Anápolis-GO (2002), Novo Horizonte-SP (2003), CRAC-GO (2003), Ituano-SP (2003-2004), Comercial-SP (2004), Ituano-SP (2005), Mainz-ALE (2005), Grêmio-RS (2006), Cruzeiro-MG (2007), Beitar Jerusalem-ISR (2007-2008), Cruzeiro-MG (2008), Strasbourg-FRA (2009), Cruzeiro-MG (2009), Coritiba-PR (2009), Atlas Guadalajara-MEX (2009-2010), Guarani-SP (2010), Gremio Prudente-SP (2011), Brasiliense-DF (2011), Westerlo-BEL- (2012), Ironi Ramat-ISR (2012), Fortaleza-CE (2012), CRAC-GO (2013), Audax-RJ (2013), Valletta-MAL (2013), Trindade-GO (2014), CRAC-GO (2014), Itauçu-GO (2014).

GRENAL ATUANDO PELO GRÊMIO
2 jogos (1 empate; e 1 derrota).

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

PRINCIPAIS FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.