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sábado, 30 de dezembro de 2017

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (181) - Ano - 2016


... E a Machado de Assis foi asfaltada

Fonte:https://3.bp.blogspot.com

Entre o final dos anos 70 e metade da década seguinte, a minha terra teve um prefeito muito dinâmico que modernizou a cidade. Rejuvenesceu-a, sabendo utilizar a verba que veio do projeto "Cura", que visava renovar as partes urbanas dos municípios. E assim, entre algumas melhorias, o asfaltamento de ruas importantes foi se sucedendo, inclusive a minha, a Bento Gonçalves, ligação importante entre o Centro e o bairro (N.Sra. das) Dores.

Pois bem, para ir da minha casa até a Becker Pinto, a do amigo alvirrubro, Alvirubro, isso em nossa infância, era obrigatório "pegar" a rua Machado de Assis, uma que qualquer governante deveria priorizar o asfaltamento.

Entrava ano, entrava gestão nova, os anos se sucedendo e nada dela ser asfaltada. Virou uma espécie de birra ou de maldição. 

Na segunda metade de 2016, pelo Gauchão,  Sasha já havia dançado a valsa dos 15 anos no Pinheiro Borda, quando eu encontrei um conhecido colorado que não via há anos e, naturalmente, a conversa acabou derivando para o futebol. Lembrei-lhe que o Tricolor já demonstrava avanços, ações diferentes de épocas anteriores, inclusive com goleadas, 4 a 1 e a quase irrepetível, os 5 a 0.

O papo esquentou, aí ele sentenciou: - O Grêmio só será campeão no dia que asfaltarem a Machado de Assis, disse apontando para os paralelepípedos já desgastados pelo tempo; abrindo um sorriso, misto de ironia e senha indicadora que a prosa não estragaria um velha amizade.

Na última semana de Outubro, o Grêmio passeou no Mineirão e meteu 2 a 0 no Cruzeiro, gols de Luan e Douglas. Um chocolate. Faltava apenas confirmar no jogo da volta.

Como ainda moro próximo a Machado de Assis, no começo de Novembro percebi servidores da prefeitura se movimentando, manuseando instrumentos que imaginei serem de engenharia.

O Tricolor foi avançando na Copa do Brasil até chegar às finais, a primeira vencida no Mineirão diante do Galo com a maior atuação do menino Pedro Rocha, dois gols, também um partidaço de Pedro Geromel, que, além de defender, fez jogada de ponta direita, cruzando para Éverton definir e desafogar a partida que caminhava para um perigoso final de jogo. 3 a 1. Com 10 contra 11. 

No encontro da volta, o Grêmio empatou, 1 a 1, gol Tricolor de Bolaños (vide foto acima); botava assim, a mão no caneco da Copa do Brasil pela quinta vez e quebrava um jejum de 15 anos sem títulos relevantes. Era o dia 7 de Dezembro.

Uma semana antes, a rua Machado de Assis, importante ligação entre os bairros Dores e Menino Jesus, finalmente ganhava o seu asfaltamento "estalando de novinho". Assim como o Grêmio, ela entrou numa nova fase.

Infelizmente, ainda não encontrei o meu amigo profeta. Talvez, ele venha passar as festas de final de ano na cidade. 






sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Opinião



Se for o caso

Considerei as notícias do interesse de Renato pelo futebol de Adriano uma piada, hoje as coisas foram para o lugar e ninguém mais fala nisso. Mas, se for o caso, isto é, de consagrar este "lado recuperador" de Renato, eu indico dois jogadores, cujas biografias são permeadas por bons e maus momentos. São eles: Sassá e Walter.

O primeiro parece que vem mesmo. Trata-se de um grande jogador e essa minha impressão sobre ele, já foi tratada em texto de 2016. Se não cuidar da carreira, ele vai engrossar a longa fila dos que "podiam ser, mas não foram".

Walter é craque. Me lembra um dos melhores centro-avantes que vi jogar. Atacante cerebral que tropeçava apenas no português; Claudiomiro, que, infelizmente, antes dos 25 anos já era ex-atleta (03/04/1950). Nem figurou no time campeão de 1975 do Coirmão. Pois bem, Walter já é conhecido de Renato. 

Repetindo; se for o caso de arriscar, que o Grêmio arrisque em dois jogadores que não tem problema de intimidade com a bola e o gol.


quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Opinião



Jael, Henrique Almeida e Adriano, o Imperador


Age bem a Direção gremista em distanciar, desfocar, desviar os alvos reais no assunto “Camisa 9”. A Imprensa fica perdidinha com os boatos e os concorrentes, também.

Jael parece que inflou o peito, o título da Libertadores embaça seus olhos, embaralha os seus pensamentos e de seu empresário; talvez (imagino) conte com a complacência da Direção, seu naufrágio diante dos caprichos do treinador Renato; porém, desta vez, desconfio que esgotou a paciência ou a “admiração” dele pelo futebol de Jael. Deve sair.

Henrique Almeida: O blefe à casa torna. O que fazer com ele? Eu, na ausência de boas propostas, o incluiria no grupo que vai encarar o Gauchão. “Noves fora” é mais jogador do que Jael.

E a piada do dia é o pretenso interesse do Portaluppi em recuperar Adriano para o futebol. Pode?

O Imperador está com 35 anos, não joga há 22 meses, antes ainda, soçobrou naquilo que parecia “a chance derradeira” nas versões nacional (Atlético Paranaense) e internacional (Miami United).

Fico pensando se o Tricolor estivesse interessado em Ricardo Oliveira, ativo com seus trinta e muitos, eu já ficaria sestroso com relação ao êxito da empreitada, imagina com essa história do Adriano? Renato, realmente sabe capitalizar o espaço da mídia. Um grande piadista, sem dúvida.

Como sou otimista (ou ingênuo), só posso considerar uma estratégia gremista para desviar o foco do verdadeiro objetivo.

Tomara que seja isso.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Opinião



O Torcedor e o Profissional

Revendo algumas postagens recentes, eu me deparei com um evento que há muito me provoca, merecendo ser posto em texto, isto é, a superstição ou mística no futebol.

Nós, os torcedores temos o direito de botar fé numa roupa do corpo, uma letra de música, uma posição diante da televisão, enfim, uma rotina que possa "atrair a conquista". 

Já o profissional, embora supersticioso, deve ser comandado pela razão, pelos treinos, pela reação do atleta durante a concentração para os jogos.

Desconfio que no caso do Jael, além de uma provável escassez de "mão-de-obra", poucas alternativas, fiquei com a sensação que a superstição determinou  escolhas do treinador  gremista que aguardou o tempo todo por aquele momento mágico, tipo "Deus estava guardando isto para mim". Não veio. Deu o óbvio, isto é, de onde não se espera nada ...

Morreram abraçados, jogador, técnico e a massa torcedora.

Para encerrar, recordo 1994, Copa do Mundo dos Estados Unidos, o tetra brasileiro; no grupo havia um jogador chamado Viola, um bom malandro, artilheiro, mas que eu não o convocaria nunca para um selecionado brasileiro, havia Evair que foi preterido. Pois bem: Véspera da decisão diante da Itália (aquela que foi para os tiros livres após a prorrogação), Viola declarou para quem quis ouvir, que sonhara que, indo o jogo para a prorrogação, ele entraria e faria o gol decisivo. Uma grande sacada do centro-avante.

Parreira, não sei se era/é supersticioso; na dúvida, quando a decisão foi para os 30 minutos adicionais, não teve dúvidas; olhou para o banco e mandou entrar o atleta que tivera a "premonição". 

Viola se esforçou bastante, mas, como sabemos, a Copa foi decidida pelos chutes da marca da cal.


terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Opinião



Mau negócio para todos

Para começar serão necessários dois esclarecimentos: Opinião pessoal e o foco do comentário é o que se passa dentro das 4 linhas.

São as três pontas desse negócio: Edílson, Grêmio e Cruzeiro. 

Começando pelo jogador: O camisa 2 gremista nunca esteve tão bem. É a sua melhor fase, mas desconfio que parte do sucesso deve ser creditada aos ensinamentos de Renato Portaluppi, conhecido por recuperar atletas que estavam em baixa, antes de serem integrados ao plantel gremista. Cito 3 apenas: Vilson (primeira passagem, 2010), Bressan (2013) e Bruno Cortez, atualmente. Se não foram "tudo aquilo", pelo menos estiveram em suas melhores fases na carreira. Edílson entra nesta lista.

O lateral não foi bem no Atlético Paranaense, Botafogo e foi banco no Corinthians Paulista. Arrisco, dizendo que o Cruzeiro não está contratando o "Edílson do Grêmio", mais provável que seja aquele de clubes anteriores.

Se Edílson não será o "produto desejado", então estará avariada a sua recente biografia e frustrada a expectativa do clube mineiro.

A terceira parte afetada será o Grêmio, porque perde uma peça que funcionava razoavelmente na função ofensiva, um eventual bom cobrador de faltas, mas especialmente, o defensor. Há anos que o Tricolor sofria com a bola aérea às costas dos zagueiros, quando alçada pelo seu lado esquerdo defensivo, algo que Bruno Cortez faz com exímio desempenho no lado oposto. 

Com Edílson, este problema desapareceu. O Tricolor levou muitos gols pela dificuldade na bola alta (cobertura) de Pará e Matias Rodriguez.

Resumindo: Dentro das quatro linhas, o risco da insatisfação com os resultados da transação ser tríplice é grande.


segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Opinião


O Momento é do Grande Dirigente

Com pequena variação, eu retomo o tema do instante vivido pelo Imortal, onde quase todo o time titular saiu valorizado da campanha de 2017, especialmente o final de ano.

Luan, Arthur, Kannemann, Marcelo Grohe e Pedro Geromel adquiriram visibilidade internacional; outros como Bruno Cortez e Edílson, idem; até Fernandinho e Lucas Barrios despertam interesse de clubes de ponta. Este último é dado como certo no elenco do Colo-Colo.

De todos, Edílson parece ser o que tem a proposta mais concreta de negociação; trata-se do interesse do Cruzeiro.

O clube mineiro oferece três nomes que poderiam facilitar a operação, aí é que entram a presença e ação do grande dirigente: A primeira resposta gremista veio forte: Se estão levando um titular, queremos também titulares.

Também, o descarte gremista de Éverton do Flamengo pelo alto salário e idade, reforçam aos olhos do torcedor que o Grêmio sabe que neste momento, ele joga de "mão" no mercado da bola.

Tomara que eu não esteja enganado. 

domingo, 24 de dezembro de 2017





 Aos meus amigos e companheiros de blog, aos seus familiares, um grande abraço fraterno; espero que esta data encontre todos com muita saúde, paz, harmonia e felicidade.
Feliz Natal! 

sábado, 23 de dezembro de 2017

Opinião



Hora de fazer valer o bom momento

Quantas vezes nosso clube foi rejeitado por jogadores pela imagem de mau pagador e estar permanentemente em crise? Até o Perdigão esnobou o Tricolor quando jogava no XV de Novembro de Campo Bom. E, orgulho ferido à parte, dá para dizer que ele fez um bom negócio naquele instante.

Hoje a gangorra virou: Não é o Tricolor que produz declarações ou ações que viraram chacota (lembrem das hilárias histórias produzidas pela Swat Colorada), nem é o nosso estádio que sofreu reformas (remendos), nem disputamos a Segundona; pelo contrário, há dois anos que botamos no armário canecos muito ambicionados. Isso deu um reforço no caixa e especialmente na imagem da instituição.

É legal ouvir o Odorico Roman dizer que" os atletas de ponta querem jogar no Grêmio"; então, diante dessa nova realidade, o Tricolor pode e deve substituir jogadores com salários altíssimos e rendimentos pífios ou oscilantes, casos de Bressan, Fernandinho, Cristian, Bruno Rodrigo, Marcelo Oliveira, Jael e até Cícero, que somados a saída de Lucas Barrios, possibilitam/possibilitarão um alívio aos cofres, além, de propiciar escolhas inteligentes e interessantes nos mercados interno e externo, inclusive europeu e asiático.

A expectativa de se obter um novo Luan ou Arthur nesta safra de ex-juniores permite aos dirigentes irem mais seguros ao mundo da bola, podendo dar apenas "os botes certos" nas posições carentes do time principal.

Hora de fazer valer o prestígio conquistado. 


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017



Álbum Tricolor (110)
ZÉ CARLOS
www.alamy.com
Nome: José Carlos de Almeida.
Apelido: Zé Carlos.
Posição: Lateral direito.
Data de nascimento: 14 de Novembro de 1967, Presidente Bernardes, SP.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
37 jogos (16 vitórias; 8 empates; 13 derrotas).

ESTREIA NO GRÊMIO
17.03.1999 - Grêmio 1x1 SC Internacional - Copa Sul
GFBPA: Danrlei; Zé Carlos, Ronaldo Alves, Scheidt e Róger; Capitão, Luís Carlos Goiano, Itaqui e Arílson (Ronaldinho Gaúcho); Macedo (Zé Alcino) e Agnaldo.
Técnico: Celso Juarez Roth.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
03.11.1999 - Grêmio 0x3 SC Corinthians P - Campeonato Brasileiro
GFBPA: Sílvio; Zé Carlos, Ronaldo Alves, Scheidt e Róger; Fabinho, Gavião (Luís Carlos Goiano), Cleison e Ronaldinho Gaúcho; Rodrigo Gral e Magrão (Macedo).
Técnico: Cláudio Roberto Pires Duarte.

CARREIRA
São José-SP (1990), Nacional-SP (1991 e 1992), São Caetano-SP (1993), Portuguesa-SP (1994), União São João-SP (1995), Juventude-RS (1996), Matonense-SP (1997), São Paulo-SP (1998), Grêmio-RS (1999), Ponte Preta-SP (2000), Joinville-SC (2001).

TÍTULOS PELO GRÊMIO
1999 - Campeonato Gaúcho.
1999 - Copa Sul.

SELEÇÃO BRASILEIRA
2 jogos (2 empates).

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.

Opinião



O Camisa 9 pode ser Lucca

A discussão começa a tomar conta dos gremistas: Quem deve ser o nosso Centro-avante titular para 2018?

Aliás, essa posição é há muito tempo "artigo de luxo", por isso, veteranos como Ricardo Oliveira e Fred, ainda seguem "enganando" (no bom sentido) e muito valorizados. Jael é produto dessa escassez de mercado.

Pois ontem à noite, eu troquei umas mensagens com o gremista sempre bem atualizado Daison Sant'Anna e me veio à lembrança um nome cujas características se assemelham muito ao nosso antigo atacante Jonas, que brilha na Europa; trata-se de Lucca, um atacante que pode ser "9" sem a (falta de) movimentação dos antigos "aipins", já em extinção no mundo todo.

Lembro dele com intensa desenvoltura no meio e nos lados do campo na parte mais próxima do gol adversário. Pode ser de grande utilidade como o atacante mais avançado ou segundo, assessorando um mais fixo.

É minha sugestão para a Direção gremista. 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Opinião



O que a Quarta-feira nos reservou

Para um período que normalmente é de poucas notícias, esta Quarta trouxe várias e a principal delas é a renovação do contrato de Renato.

A permanência do treinador é um acerto da Direção; hoje, porque o futebol é dinâmico, não há reparos na ação dos dirigentes Tricolores. O cara simplesmente conquistou a Libertadores com muitos acertos, dessa forma, vai para a sua terceira temporada com dois títulos de expressão; lembro que se ganhar um Brasileiro e a Recopa, Renato estará "encostando" em Luiz Felipe no quesito conquistas importantes com o Imortal.

O segundo assunto em relevância é a sorte gremista no sorteio de grupos da Copa Libertadores: Cerro Porteño, Defensor e Monagas, torna o Grupo 1 "mamão com açúcar"; dá para buscar o topo na tabela de todos os competidores. Duas viagens (Paraguai e Uruguai) curtas e uma para um país de pouca tradição futebolística (Venezuela).

O terceiro, o interesse do Cruzeiro por Edílson e o mercado externo por Jaílson. Se a grana for boa, que se concretize ambos os negócios. Porém, isso só será vantajoso se for para segurar Luan e Arthur. Michel volta a ser o primeiro volante e Walace, parece, está doidinho para saltar da "barca" hamburguesa. Lateral; primeiro Leonardo Moura, depois Ramiro, enquanto o clube vasculha o mercado.

Essas saídas, sinceramente, não me preocupam desde que não sejam acompanhadas por outras mais relevantes. Vale lembrar que já não temos um 9, nem um armador de confiança.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Opinião



Os preferidos de Renato (na Corda Bamba)

Leio que a situação de três jogadores especialmente, depende da renovação de contrato do atual treinador. São eles: Cícero, Fernandinho e Jael.

As notícias dão a impressão que a permanência deles, somente se dará com a manutenção de Renato Portaluppi, pois o Tricolor não seguraria a negociação sem antes definir um novo comandante técnico, hipótese pouco provável. Tenho convicção que Renato seguirá à frente da Comissão Técnica azul.

Mas e nós, os torcedores, como vemos esta indefinição? Sem fugir de opinar diria; Cícero, sim; Fernandinho, talvez e Jael, não.

Cícero é atleta de múltiplas funções e sabe bem realizá-las. Não é um "quebra-galho". Fernandinho é jogador para o elenco, não para ser titular absoluto e a definição passa pela questão salarial. Chegamos em Jael; este, apesar da recente empatia com a massa, pouco produziu. Jogou 19 partidas e não balançou as redes. Seu perfil é semelhante ao daqueles jogadores que confundem o torcedor, substituem qualidade por carrinhos, peitadas nos adversários e juízes, levantamento de braços, buscando apoio dos torcedores, mas, se a gente "espremer" as atuações deles, pouco sobra. Além disso, Jael pode atrasar a ascensão de alguns garotos.

Outro assunto: O Correio do Povo fez matéria com perfil de 10 centro-avantes, posição carente no time titular gremista com a saída de Lucas Barrios. Vide 10 Sugestões. Confesso que mais da metade não me entusiasmou. O que acharam?

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Opinião


As Causas da derrota no lado Gremista

Todo o ano, eu utilizo duas frases por necessidade e conveniência ante aos fatos. São elas:

- No Futebol nem sempre dá a Lógica, mas QUASE sempre dá a Lógica
- O Grêmio teve muitos problemas, mas encontrou as soluções dentro do jogo

A primeira remete diretamente ao gigante Real Madrid. Escreveram que ele está em má fase, no entanto, a má fase dele resultou em cinco títulos no ano. Isso me faz lembrar de 1941, um filme de Steven Spielberg, produzido em 1979. Considerado o grande fracasso da carreira dele. Mas o fracasso dele gerou um faturamento de vários milhões de dólares. Muitos queriam um insucesso destes. 

A segunda frase demonstra que o Tricolor se superou, senão, vejamos: Contra o Lanús na Arena, Marcelo Grohe evitou o pior e num lance raro de Jael, a bola foi servida para Cícero, que pegou mal na bola, surpreendendo o arqueiro Andrada.

Na semifinal nas Arábias, diante do Pachuca, novamente o ataque titular foi inoperante e a solução veio do banco e da iniciativa pessoal de Éverton. Foi na superação e nos acréscimos. Oscar Perez, goleiro mexicano, fez uma única defesa relevante em chute de Luan.

As razões do vice campeonato também estão no lado gremista. Chegamos aos confrontos mais importantes da recente história Tricolor sem um armador confiável que poderia desafogar Luan na criação das jogadas. Aliás, criticar Luan é uma injustiça, ele não teve parceria na final e sofreu marcação dobrada o tempo todo. 

Apostar na dupla Fernandinho e Lucas Barrios, este já desmotivado pela dispensa no final de ano, amplia as causas da inoperância ofensiva em Abu Dhabi; refiro-me aos dois jogos. A tolerância com Barrios foi motivada pelo título recente da Libertadores; apenas por isso. Ter Jael como alternativa é uma insanidade.

Por fim, a lesão de Arthur retirou o prumo do time e seu reserva natural, Maicon não tinha condições mínimas para assumir o timão do meio de campo. 

Num rápido texto como este, dá para enumerar insuficiência em, pelo menos quatro posições do time, duas no meio e duas na parte ofensiva.

 Se enfrentar adversários sul-americanos com apenas uma peça deficiente é quase fatal, o que se pode imaginar de um duelo contra o mais poderoso clube do mundo com meio time inconfiável?

Portanto, 2018 começa com a busca de dois atletas de ponta para as funções de 9 e 10. Não estou considerando a hipótese das saídas de Arthur e Luan. Sem essas contratações teremos uma ano frustrante pela frente. 

domingo, 17 de dezembro de 2017

Opinião



O Grande Resgate

Se olharmos para o Grêmio de 18 meses, algo como Junho/16, quem imaginaria que ele neste Dezembro estaria decidindo o Mundial contra o Real Madrid de um técnico amplamente vencedor, 5 títulos só em 2017, o consagrado Zinedine Zidane? Poucos ou ninguém.

Há muito a observar sobre o momento gremista; vamos ter tempo para escrever, ouvir e debater, porém, o que está acima de discussões é o retorno da auto estima gremista (tivemos que engolir seco à época, a dancinha do Sasha pelos 15 anos sem títulos importantes), além disso, a sedimentação, o convencimento que investir na base é a melhor saída para o time e cofre Tricolores.

A exposição da marca Grêmio, a "capitalização" das entrevistas de Renato, o equilíbrio tão necessário a quem representa a instituição (Bolzan Jr.), o comedimento dos demais integrantes da Comissão Técnica e elenco gremistas, tudo isso vai dar retorno positivo para o Imortal Tricolor.

Alguém poderá dizer: É, mas o Coirmão bateu o Barcelona. Fato! Ok, aí eu pergunto, utilizando um termo gauchesco, alguns daqueles "bagaceiros" que fizeram festa até poucas horas da decisão no Japão, seriam tolerados num grupo administrado por Zidane?

Tanto é verdade que é bem fácil provar: Quantos ficaram no elenco nos meses que sucederam ao fracasso no Mundial?

Voltando ao tema principal: A grande verdade é que o período de administrações desastrosas/desastradas ou interesseiras/oportunistas parece que ficou no passado. São páginas viradas. É tão cristalino o potencial desse clube, que bastaram poucos meses para os títulos relevantes aparecerem e o prestígio voltar com tremenda intensidade.

Uma provocação final, em Março/17 fiz esta postagem, vide Geromito, Geromonstro, Geromel e afirmei que ele era melhor do que Sérgio Ramos. Errei por muito ou não? 

sábado, 16 de dezembro de 2017

Opinião



Um enfrentamento digno, mas a vitória não veio

Quando a poeira baixar, todos os sensatos com certeza, chegarão a conclusão que o Tricolor "batera no teto", quando conquistou a Libertadores da América.

Ganhou com todos os méritos, porém, muitos já percebiam carências bem visíveis no elenco; cheguei a escrever um texto chamado "Os Demais 50%"; isso, antes de enfrentarmos o Lanús. Referência da inoperância ofensiva. O time respondeu bem com os gols de Fernandinho e Luan na Argentina. Ali, parecia que a solução estava dentro do grupo. Ledo engano.

Para vencer o Real Madrid, só através de uma roleta russa com a bala na posição correta no tambor; caso contrário, o Tricolor venceria 1 em cada 10 enfrentamentos. Lembram que utilizei "números estratosféricos", expressão para qualificar a distância entre as duas instituições? Pura verdade.

Quando um clube como o Real Madrid contrata bem e acerta na escolha do treinador, o resultado é esse: 5 títulos num único ano. De quebra, a sorte lhe bafejou, quando Cristiano Ronaldo errou a cobrança de falta (ela deveria apenas "explodir" na barreira), mas encontrou um espaço deixado entre o segundo e terceiro homens da formação e liquidou com qualquer chance de defesa para o arqueiro.

O Grêmio perdeu Arthur, isto é, um do trio unânime (Luan + Pedro Geromel) e é óbvio, não dá para encarar os Merengues com uma formação que tem Jaílson, Michel, Ramiro, Lucas Barrios e Fernandinho ao mesmo tempo.

Aparentemente, eu posso parecer cruel; justifico: Não, não estou. É constatação, não se trata de crítica. Ninguém criticou Renato por usar este quinteto, pois, se trocarmos as peças, nós teremos: Maicon, Jael, Éverton, talvez Léo Moura no meio. Pergunto: Muda muito? 

O mais importante é que todos os gremistas, direção, comissão técnica e torcida, entendam que esta final não é o "fim"; mas uma etapa muito importante para continuar aperfeiçoando o time e elenco. Focar o interesse no meio e na frente; dar "munição" para Renato ou seu sucessor. Vender bem e comprar melhor ainda, o que não quer dizer "pagar os tubos" por jogadores sem a convicção da Direção e comandantes técnicos.

A derrota de hoje é apenas um passo na direção dos títulos.

Parabéns a todos. O ano foi vitorioso.

Para encerrar, eu vejo como o futebol é estranho mesmo. Para mim, o melhor em campo foi o lateral Marcelo que fez um estrago no lado direito defensivo gremista. Não esteve entre os escolhidos como destaques.

No Grêmio, a zaga foi soberba, Geromel e Kannemann foram perfeitos.


Opinião



Versos para manter a Esperança

Já me disseram que não terão místicas, rituais ou superstições, que retirarão do Real Madrid o título de hoje à tarde.

De qualquer forma, lá vou eu repetir os movimentos vitoriosos que fiz diante do Lanús. Nas duas vezes, deu certo.

Deixo aqui alguns versos de "Ventania", outro clássico de Geraldo Vandré:

Já gastei muita esperança
Já segui muita ilusão
Já chorei como criança
Atrás de uma procissão
Mas já fiz correr valente
Quando tive precisão ... (Ventania)

Só não poderei usar minha camisa de lã invicta em decisões, porque a esta hora já temos 25º na terrinha.

Opinião



A Terceira Listra da Zebra


Zebras não possuem mais do que duas listras: Branca e Preta. Esqueçamos a velha discussão que aponta apenas uma, já que a outra seria “a de fundo”.

 Gentil Cardoso incluiu o nome deste animal africano no dia-a-dia do futebol ao definir Zebra como sendo um resultado completamente descartado ou quase isso numa partida ou num campeonato.

No jogo do Bicho não há a Zebra, portanto, não tem como ocorrer nos números. De lá veio a inspiração para o treinador nascido no Recife, mas carioca por adoção.

Voltando ao esporte bretão, este Grêmio versus Real Madrid aponta dois clubes tão distantes no quesito financeiro, na qualidade de seus elencos, que aos olhos do planeta, uma vitória gremista é tão improvável, que o Tricolor gaúcho entra nas apostas como o grande azarão. Um sparring eventual para o grande Campeão.

Realmente, olhando os números estratosféricos que povoam o universo do clube espanhol, só acha um conflito equilibrado, aquele que pertence a uma massa fanática, neste caso, a torcida gremista.  Considera apenas o que diz o seu coração apaixonado.

Como faço parte desta Nação Tricolor, sonho com uma Zebra de três cores passeando em Abu Dhabi.

Ficção

A Lenda

Quinta-feira, 14 de Dezembro, 17 h e 03 min, saí de meu serviço há pouco. Percorro a Travessa Leopoldo Fróes, contorno a Concha Acústica;  entro no Vale do Itaimbé, um lugar lindo, porém, mal cuidado.

 Ele é  repleto de árvores, vários bancos, num deles percebo “cheiros peculiares ao redor” como já cantara o poeta; noutros, vários casais de namorados; um bom movimento de bicicletas nas pistas; pedestres a passos apressados fazem caminhadas; vou em direção à minha casa, um trajeto de apenas 8 minutos a pé.

Num dos bancos, talvez o  último, próximo do alcance a uma das ruas laterais do parque, vejo um menino dos seus 12, 13 anos, sentado. Segura um boné junto aos joelhos. Quando o ultrapasso, ainda estou na sua mira. Ele fala alto: - “Seu” Bruxo. Antes de uma provocação, é apenas um chamado, porque noto um sorriso. Achei estranho, pois só sou “Bruxo” aqui no blog.

Aceno para ele que me devolve o gesto, indicando que me aproxime: - E aí, como vai? pergunto.- Tudo bem, eu reconheci o senhor, afirma.
- Mesmo? De onde? - Prossegui.
- Do blog. Queria muito lhe conhecer pessoalmente.
- Legal. (Um ar de surpresa).

A minha curiosidade me incentivou a ampliar o bate-papo. Descubro que se chama João e afirma em sua imaginação criativa que veio do futuro. Por dentro, rio desta última frase. O garoto me atualiza, informa que o Imortal viveu grande fase entre os anos 10 e 20 do Século XXI.

 É gremista e diz conhecer quase tudo sobre o maior ídolo daquele período: Pedro Geromel. Para presenciar a época em que ele comandava a defesa Tricolor, navegou nessa aventura, desembarcando em 2017.

Interrompo e digo: - Geromito, Geromonstro; ele rebate; o nome que entrou para a história é Gêniomel.

Começo a gostar do menino. Decido incentivar a brincadeira. – Gêniomel, então? Conte-me mais. O que consta dele no seu “arquivo implacável” aí? Acenei com a cabeça para um envelope que lhe fazia companhia.

João se alegra e dispara: É o maior zagueiro tricolor de todos os tempos, uma lenda do tamanho de Eurico Lara, Gessy Lima e Renato Portaluppi. Jogou a Copa da Rússia, ele revela. – O Kannemann também participou do torneio mundial. – Essa é boa, que imaginação! Caçoo mentalmente.

 Aos poucos, o piá desfila a biografia do mito: Sua estreia diante do Novo Hamburgo, segue com a segunda apresentação; as suspeitas que o gol contra atrapalhado, em Ijuí, aos 43 minutos do segundo tempo que retirou a vitória do time, encetou nos torcedores azuis.

Falou mais: As eleições de melhor zagueiro do Brasil várias vezes por diversos órgãos esportivos, o título da Copa do Brasil, depois, o ano iluminado de 2017.

 O relato chega ao título da Libertadores. Neste instante, ele imita o movimento de Geromel, ergue os braços que seguram uma taça invisível, tal qual o gesto do camisa 3 Tricolor em La Fortaleza, reduto do Lanús.

O garoto é só entusiasmo, porém, eu o interrompo, dizendo que o meu pai igualmente se chamava João e era muito gremista como ele.

O menino sorriu: - Minha mãe me deu o nome do meu bisavô a pedido do pai dela, meu avô, lógico! Respondeu meio sem jeito.

Ele levantou, diz que precisa voltar ao futuro (De Volta para o Futuro, quantas vezes vi esse filme, penso). Um aparelho minúsculo no seu braço, menor que um relógio de pulso emite um bip, bip incomodativo para ele e estranho para mim.

- Minha mãe é muito possessiva, reclamou indignado, já se pondo de pé. -Tenho que regressar; ainda mais que a energia concentrada para viajar no tempo é de pequena duração. Num muxoxo, se queixa, apontando para outro aparelho que eu imaginava ser um anel apenas, mas que naquele momento piscava intermitentemente, indicando um “Alerta”.

Como ela (a mãe) se chama? - Indago. Ao ouvir sua resposta, espanto-me com nova coincidência: - Engraçado! Tenho uma filha que também se chama Clara. Fez 15 anos em Setembro. Encabulado pela minha “lerdeza mental”, ele abaixou a cabeça e quase me fulminou com um olhar de decepção.

Quando caiu a ficha para mim, o menino já sumia, entrando em um dos muitos túneis daquele vale, envolvido por uma bruma surpreendente para aquela estação do ano.

Com o coração acelerado, desconfiei que tudo aquilo “era de verdade” realmente.

Emocionado, corri em sua direção. Agora, o jovem era apenas uma  imagem pálida que ia perdendo a forma. Quando quase desaparecia por completo, gritei: Me conta,  a gente ganhou do Real?

Uma voz quase inaudível, que ia diminuindo progressivamente, sugeriu: - Veja sobre o banco.
Girei a cabeça e avistei o envelope.

Atordoado, fui abrindo. Ele guardava um almanaque do Grêmio. A capa ilustrada pelo distintivo do clube recebia o seguinte título: Todos os jogos do Imortal Tricolor. Em letras menores, anunciava: “Atualizado”, seguido pelo ano da edição; 2045.

Tenso, sentei e comecei a folheá-lo até chegar aos dados de 2017: Março, Maio, Setembro, Novembro ...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017



Álbum Tricolor (109)
RENATO
Revista Placar
Nome: Renato Portaluppi.
Apelido: Renato; Renato Gaúcho.
Posição: Atacante.
Data de nascimento: 9 de Setembro de 1962, Guaporé, RS.

JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
261 jogos (146 vitórias; 76 empates; 39 derrotas). Marcou 74 gols.

*1980 a 1986 - 243 jogos (139 vitórias; 68 empates; 36 derrotas). Marcou 70 gols.
*1991 - 17 jogos (06 vitórias; 08 empates; 03 derrotas). Marcou 4 gols.
*1995 - 01 jogo (01 vitória).

ESTREIA NO GRÊMIO
15.06.1980 - Grêmio 0x1 EC Comercial – Amistoso.
GFBPA: Remi; Mauro, Newmar, Vantuir e Dirceu; Vítor Hugo, China (Bonamigo) e Jorge Leandro; Renato (Jurandir), Baltazar e Jésum.
Técnico: Valdyr Atahualpa Ramíres Espinosa.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
04.07.1995 - Grêmio 2x0 CR Flamengo - Copa dos Campeões Mundiais.
GFBPA: Murilo; Marco Antonio, Luciano, Adílson e Róger; Dinho, Luís Carlos Goiano e Carlos Miguel; Renato (Arílson), Jardel e Paulo Nunes (Vágner Mancini).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.

CARREIRA
Esportivo-RS (1979 e 1980), Grêmio-RS (1980 a 1986), Flamengo-RJ (1987 e 1988), Roma-ITA (1988 e 1989), Flamengo-RJ (1989 e 1990), Botafogo-RJ (1991), Grêmio-RS (1991), Botafogo-RJ (1992), Cruzeiro-MG (1992), Flamengo-RJ (1993), Atlético-MG (1994), Fluminense-RJ (1995), Grêmio-RS (1995), Fluminense-RJ (1995 a 1997), Flamengo-RJ (1997 e 1998), Bangu (1999).

TÍTULOS PELO GRÊMIO
1983 – Mundial de Clubes.
1983 – Libertadores da América.
1985 – Campeonato Gaúcho
1986 – Campeonato Gaúcho

PRÊMIO COMO JOGADOR DO GRÊMIO
1983 - Melhor Jogador da final do Mundial de Clubes
1984 - Bola de Prata da Revista Placar

SELEÇÃO BRASILEIRA
44 jogos (22 vitórias; 13 empates; 9 derrotas). Marcou 5 gols.

TÉCNICO DO GRÊMIO
193 jogos (97 vitórias; 52 empates; 44 derrotas).

*2010 e 2011 - 65 jogos (33 vitórias; 16 empates; 16 derrotas).
*2013 - 39 jogos (17 vitórias; 12 empates; 10 derrotas).
*2016 e 2017 - 89 jogos (47 vitórias; 24 empates; 18 derrotas).

TÍTULOS PELO GRÊMIO COMO TÉCNICO
2017 - Libertadores da América
2016 - Copa do Brasil

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.