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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Opinião



O fim  da violência no futebol brasileiro 

Neste momento, nada indica que a escalada de violência reduza no futebol brasileiro, sendo que a causa de maior contribuição para a persistência desta "fotografia" é a impunidade.

A impunidade ocorre porque é interessante para alguém. Podem ter certeza! As declarações recentes de certos dirigentes apontam para isso; há um envolvimento dos facínoras com as entranhas das instituições, com quem conduziu ou conduz o dia-a-dia dos clubes. Quando são pegos os "meliantes", eles saem de cena momentaneamente, depois retornam, isso ocorre de forma silenciosa num primeiro momento, depois, botam a cabeça para fora, de novo. Diria, até mais fortalecidos, porque a biografia, a folha corrida cresceu.

O fim desta violência não virá pela valorização da vida, pelo bem-estar social, nem pela ação dos órgãos de segurança pública unicamente, nem pelo discurso dúbio dos dirigentes de clube que, são mais veementes ou mais moderados, conforme a origem dos agressores; se vier (o fim da violência) será por fatores econômicos, o prejuízo para a rede de comunicações detentora dos direitos de transmissão e suas afiliadas, o desgaste para os patrocinadores das transmissões esportivas, as cenas lamentáveis de violência, "tatuadas" nas camisetas de empresas que injetam grana nos clubes; todos esses fatores mostrarão que estão perdendo muito e "que isso tem que acabar".

Lógico! a mensagem oficial será outra, será mais humana, mais social, mas por baixo, as causas verdadeiras serão outras, porque o negócio futebol começou a ficar ameaçado. Está virando um gol contra.

De outro jeito, a polícia prendendo e o judiciário soltando imediatamente, o dirigente medindo a conveniência de banir um vândalo e, por consequência,  bater de frente com as organizadas, podendo comprometer a sua gestão e a próxima eleição; a imprensa acelerando ou reduzindo críticas, conforme a "confraria" a que pertencem os gestores dos clubes, isso tudo não reduzirá a violência nos estádios e no entorno deles.

Não vejo outra saída. Que seja desta forma: pelo lado econômico.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Opinião



Desencanto

Meu primeiro dia de férias associado com a série de acontecimentos que me tira o entusiasmo pelo futebol chegou ao ápice de abrir mão de ver o clássico e procurar "um programa melhor" com a família. Apenas ouvir pelo rádio, se desse, se não, paciência.

Pois foi com surpresa que ouvi relatos sobre este atentado, verdadeira tentativa de homicídio patrocinada por bandidos, que inviabilizou o Grenal e deixou jogadores feridos, em especial, o paraguaio Villasanti.

Não bastava a baixa qualidade dos jogos no Brasil pelo calendário absurdo, a ação predatória dos empresários, a irresponsabilidade e esperteza de certos dirigentes, a queda do Tricolor para a Série B, o conjunto de trapalhadas da direção gremista em 2022 como, por exemplo, a manutenção dos condutores do rebaixamento gremista, agora, notícias policiais avançando sobre as que seriam sobre esporte, entretenimento, recreação, etc...Tudo isso, afasta ou velhos torcedores do estádio e reduz o interesse deles e dos jovens pelo futebol.

Está difícil achar motivo para seguir acompanhando o antigo esporte bretão.


sábado, 26 de fevereiro de 2022

Opinião




Desafiando o Perigo 

Impressionante como alguns rótulos "pegam" e garantem anos de vida boa para determinados atletas. Já escrevi sobre um lateral direito que fez um gol contra a Argentina e ganhou vaga no seleto grupo que disputou a Copa do Mundo de 1982. Não passava de um corredor pelo lado direito; em dois significados desta palavra, pelo menos.

Agora, um clássico pela frente e a ideia de "fechar" mais o meio: Roger poderá (não existe confirmação) escalar Thiago Santos que quando atua, o Grêmio é vazado em sua meta 9 entre 10 jogos, porque o selo de cão de guarda da defesa é inquebrantável, apesar dos números e das evidências. Incrível.

Já no caso de Churín, sua escalação, só pode se dar pela semelhança de (falta de) movimentação com o titular. Como acho que Elias é jogador de lado; vejo coerência por parte do treinador. Apenas coerência; sem a convicção da eficiência da decisão.

Pode o time ir bem com um "volantão" de escassos movimentos inteligentes? Pode. A história nos mostra que decisões incomuns podem resultar em sucesso, embora isso seja "uma vez na vida, outra na morte". Substituir Fernandão por Gabiru numa final de clubes é um desses exemplos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Opinião




Grêmio animicamente forte para o Clássico 

Quem leu a postagem do pós-jogo contra o Frederiquense, testemunhou o texto de um homem amargurado e descrente. Pouco ou nada trazia algo de animador. Pois, aí está o maior mérito de Roger; a recuperação anímica do time e por extensão, da torcida. Uma vitória consistente, atuações impecáveis e boas mexidas que foram ao encontro do que pensavam alguns torcedores. Foi o triunfo da inteligência.

O meio de campo, setor fundamental para qualquer "onze decente" foi alterado totalmente; Defendeu bem e municiou o ataque que apareceu em três gols dos quatro. Importante! não foi vazado na defesa.

Agora, a leitura nos principais jornais e blogs sugere modificações neste setor. Os mesmos meios de comunicação que erraram feio nas pretensas escalações que divulgaram antes do jogo de final de semana. Ninguém acertou os ingressos de Gabriel Silva e Bitello juntos.

É clássico, um jogo diferente, mas Roger não está "proibido" de repetir a escalação dos três eleitos contra o São Luiz. A entrada de Lucas Silva pode ser uma alternativa, porém, o treinador terá obrigatoriamente que por na balança o que será pró e o que será retirado de positivo, também, no caso de escalar o camisa 16.

Encerrando, quero lembrar o passamento de um dos meus ídolos de infância: Flecha. Um grande ponta direita que chegou à Seleção e por muito pouco, não foi o camisa 7 do Brasil na Copa de 1978 (Argentina). 

Um abraço aos familiares.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Opinião



Roger e possíveis dúvidas para o Clássico 

Utilizo "possíveis" na manchete da postagem, porque elas podem existir apenas para as demais pessoas; talvez Roger já tenha os onze na cabeça, esperando pelo sinal verde da preparação física.

Ainda que Gabriel Grando tenha estreado em Grenal e ter se saído muito bem no ano passado, tirar Brenno, depois do time passar sem sofrer gols é uma ação que não soma nada. O camisa 24 deverá ser o arqueiro no clássico.

No meio de campo reside a principal dúvida: Campaz e Thiago Santos estão liberados, Lucas Silva é cascudo e entrou bem contra o São Luiz, além disso, a movimentação de Bitello, Villasanti e Gabriel Silva deu ao time leveza e ao ataque, munição.

Na frente, Rildo e Diego Souza estão escalados. Janderson, sua escalação deverá passar pelas escolhas do meio de campo.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Opinião





Manual Prático para Entender o Moderno Futebol - 2

Desde que foi criada a Super Copa, ela apresenta o confronto entre o campeão brasileiro e o da Copa do Brasil. Repetindo: sempre foi assim. Então, hoje temos o Clube Atlético Mineiro campeão das duas competições, por que há esta edição 21/22? Por que foi escolhido o Flamengo? 
Tem-se aí, mais uma prova que o fator técnico foi superado pelo aspecto "business". Os torcedores da "antiga" seguem com dificuldade para assimilar as modernidades do futebol.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Opinião




Excelente estreia de Roger na goleada na Arena 

Fazendo o recorte deste jogo apenas, o Grêmio apresentou um ótimo futebol. Quem olhou o time viu muita coisa boa, a zaga conteve o adversário, os "volantes" mostraram segurança defensiva, mobilidade, rapidez na saída de bola e acerto de passes (Villasanti e Bitello). Um ataque que marcou a saída de bola do São Luiz e efetividade na frente, marcando dois bonitos gols. Foi a fotografia da primeira etapa.

No segundo tempo, dois atletas cresceram em relação aos primeiros 45 minutos; Gabriel Silva e Nicolas, este, que marcou o seu segundo gol em cinco partidas de Grêmio.

No total dos 90 minutos, Bitello, Villasanti, Nicolas foram muito bem. Diego Souza foi destaque num dos tempos e Lucas Silva, idem. Entrou muito bem.

O São Luiz está na zona de classificação, isso valorizou a goleada gremista; é prematuro afirmar, mas houve avanços em relação aos jogos anteriores.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Opinião





Manual Prático para Entender o Moderno Futebol 

Está difícil compreender os caminhos do futebol atual; são várias "novidades", "grandes avanços", medidas inovadoras ou quase isso,  que trazem aos dinossauros torcedores (eu, inclusive) muitas dificuldades para absorver atitudes aparentemente sem uma lógica ou causa racional para a adoção delas.

Por isso, para clarear os fatos, a imprensa poderia criar um manual prático e como primeira medida, ao anunciar a escalação, informar também o empresário; exemplificando: goleiro X (seu empresário é A), lateral direito Y (seu empresário é B), Zagueiro pela direita Z (seu empresário, o mesmo do goleiro, isto é A), lateral esquerdo W  ...e assim por diante. 

Com isso, iria abrandar o complexo de inferioridade dos torcedores antigos, que não entendem determinadas escolhas.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Opinião


 



Irreprimida Vocação

 

O Grêmio não sabe “ou não quer” adquirir boas contratações. É fato! Uma irresistível atração por preferir mediocridades ou apostas duvidosas, enfim, opta pelo desafio de contrariar as evidências como nos casos de Thiago Santos, Janderson, Diogo Barbosa, Orijuela e principalmente, um pouco antes, Douglas Costa. Além, é claro, dos treinadores que conduziram o clube a esta realidade.

 Mesmo quando acerta, "erra", pois contrata uma promessa colombiana por um valor altíssimo, porém, uma joia a ser lapidada, então, essa necessidade de lapidação no momento que o time carecia de um atleta pronto, gerou a seguinte situação: Campaz se prepara para disputar a Série B. Surreal sua contratação pelos valores e pela carência nos principais fundamentos do futebol.

Existe uma regra básica: para contratar, os que chegam, tem que ser melhores dos que aqui estão. Esta condição ao que parece, é esquecida para satisfazer outros interesses que não o bem-estar e sucesso da instituição.

O Tricolor flerta com o perigo.

 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Opinião




A um Passo do Fundo do Poço

O Grêmio só não atingiu o fundo do poço hoje, porque a derrota poderia ser uma goleada em um Grenal. Graças a Deus, não foi. Chamar de varzeana esta derrota,  é ofender o futebol amador. São tantas notícias deprimentes, que vai ser difícil elencá-las numa única postagem. Vamos tentar, mesmo assim:

- A manutenção de Mancini e Abraão, depois do rebaixamento, ainda dará muita dor de cabeça, muita revolta, a maior delas, afastar a torcida do clube

- O elenco atual é muito, muito inferior ao de 2021, que já era de baixa qualidade

- A partida diante do União deu a nítida impressão do que era o Grêmio de 2004, por exemplo. Essa gurizada de 15, 20, 24 anos, tem agora a prova do que foram aquelas partidas do segundo rebaixamento

- Ninguém se salvou esta noite. Gabriel não teve culpa nos gols, mas ficou imóvel em todos, Orijuela e Rodrigues não podem vestir a camisa do clube. Bruno Alves, no máximo, um bom reserva. Nicolas merece paciência, embora a falha no terceiro gol

- Thiago Santos, o remédio é o mesmo para o caso Alisson. Só vendendo, senão vai jogar. Janderson me faz lembrar o que escrevi sobre Luciano Henrique, um jogador que o treinador Gallo indicou para o Inter. Gallo caiu e deixou o presente para o clube. Mancini caiu e ...

- Elias? Olha, mesmo sujeito a errar grosseiramente, eu arrisco um palpite: o Grêmio deve vendê-lo rapidamente, enquanto alguém imagina que ele seja jogador de futebol. Uma nova versão de Iúri Mamute

- Villasanti, jogador de seleção? Por favor! só no Paraguai de 2022

- Rildo, Bitello, Vini Paulista, Churin; sugestão: esqueçam eles

- Gabriel Silva e Lucas Silva, os menos ruins. Fernando Henrique não apareceu

- Os "pais desta criança", deste Grêmio pavoroso, atendem pelo nome de Bolzan Jr e principalmente, Denis Abraão que com muita lábia convenceu o presidente que ele, Mancini e boa parte do elenco não eram os responsáveis pelo terceiro rebaixamento 

- Preparem-se para novas dificuldades como a "copa do mundo" diante do Mirassol no início de Março 

- Uma única alegria deste jogo: as lembranças de quando morei lá, 2001 e 2002, época em que o Itapagé, clube amador e o Ipiranga com seu futsal forte, ainda não haviam se fundido, formando o União Frederiquense

 Frederico Westphalen mora no meu coração para sempre.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Opinião

 


Sentimento

 

Quando Luiz Felipe foi contratado para evitar o rebaixamento, eu tive aquele sentimento dúbio comum ao ser humano, isto é, o lado emocional torcia para a mágica acontecer, o racional me “clareava as ideias” para a grande chance de dar errado pelos seus recentes trabalhos no Brasil, isso que sou fã e grato ao Felipão. Venceu a razão. Um grande insucesso.

Agora experimento idêntica sensação; o Grêmio traz um técnico que é do perfil da maioria dos torcedores, ex-craque nascido na base, muitos jogos e títulos, carismático, porém, vem o conflito na cabeça, de novo; a emoção torce e crê cegamente no sucesso dele, a razão demonstra algo diferente . Alerta para os últimos trabalhos comuns e inconsistentes de Roger em clubes de camisas pesadas como Bahia, Galo, Fluminense e Palmeiras.  Basta que se tire dele a importante característica da identificação com o Grêmio e a diferença de sua biografia como técnico, pouco ou nada difere das de Rogério Ceni, Enderson Moreira e até Marcelo Cabo ou Eduardo Baptista. Isto é real.

Fica a pergunta: os torcedores estariam satisfeitos com Ceni, Moreira, Cabo ou Baptista?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Opinião




Bad Football  

Neste momento, eu poderia estar tratando apenas da contratação de Roger Machado, que eu sugeri em 2014 aqui neste mesmo espaço. Pus o seu nome juntamente com o de Cristovão e Renato e anos mais tarde, passei a ter reservas, ser crítico dele, após patinar na profissão, recheada de demissões justas e escassez de títulos. Mas isso ficará para mais adiante, haverá tempo e mais subsídios para uma boa análise. Ficarei com outras lições que 2021 e o início deste ano, inclusive hoje, me deixam, me apresentam.

Li e ouvi de Mancini e Abraão que o futebol buscado para 22 era aquele do final de campeonato brasileiro, isto é, o que chancelou a queda para a Série B. No início, eu achei que estavam brincando. Fala sério! a permanência deles era/é um erro gigantesco e dantesco para a instituição e sua torcida. Nada, de forma racional, explicava a tomada de decisão de mantê-los. Mancini caiu antes de Abril, prazo que imaginava para a queda. Abraão, o ex-dirigente da ISL (lembram?) segue altaneiro à frente do futebol gremista. Falando pelos cotovelos, adestrando a imprensa, "cuspindo torneado" como se dizia na minha adolescência para essas atitudes.

De concreto, sua imagem fica mais chamuscada, quando, para justificar a saída de sua escolha, sua convicção, saiu com essa; aqui, recolho um trecho de sua entrevista que está em ZH desta Segunda-feira: "...— Acompanhei todos os treinos. O trabalho que o Vagner desenvolve é de alto nível, a minha expectativa não é momentânea. É pouco, mas junto ao apelo popular. O trabalho feito para derrubar o cara, jamais vi  — citou, antes de completar: – Há um apelo, uma força externa contra o Vagner Mancini. Orquestrado. É notório. Estão identificando ele como responsável. Não foi ele."

Resumindo: Abraão "cedeu" aos apelos de quem quis derrubar o treinador. Ignorou o "planejamento e a pré-temporada". Fica a pergunta: cederá aos apelos de quem quer que ele vaze rapidamente? Quando ele encerra dizendo "não foi ele", o correto seria, "não foi só ele".

Roger é, em tese, mais adequado para o Tricolor do que o ex, o problema é a manutenção deste dirigente que nem deveria ter começado 2022.  

Se Abraão e agora Roger, aceitarem o clamor popular, como foi afirmado (e aceito no caso da demissão do treinador), então, muitas nabas sairão do elenco gremista por esse mesmo clamor popular e também, o técnico terá a chance de se recuperar na profissão, pois estará em casa com apoio total da torcida, porque ela vê nele um atleta/torcedor que entrou em campo cerca de 500 vezes, não é pouca coisa. 

Quanto a Mancini, sua demissão e o que ganhará (noticia-se 1,7 milhão em 24 meses) demonstra que o futebol brasileiro (ou mundial) o que dá mais retorno é ser incompetente na casamata, pois, ao ser demitido e logo admitido noutra agremiação, o treinador passa a receber salário/renda superior ao que ganharia se se mantivesse em apenas um clube durante as temporadas, ganhando títulos e reconhecimento. 

Na contabilidade, Mancini vai bem, muito obrigado!



domingo, 13 de fevereiro de 2022

Opinião




Empate escancara a precariedade gremista 

É líder, está invicto, mas quem se engana com o Grêmio? Bastou pegar uma camisa mais pesada do RS e teve "correria no beco gremista". Muita coisa errada, técnica, tática e nas escolhas para reforçar o grupo.

Quantas de nossas certezas (afirmações aqui no blog) se confirmam jogo a jogo: Orijuela é jogador de seleção nacional. É o mesmo caso de Borja. Qual jogador colombiano não tem problemas de fundamentos? Muito mal. O que é Diogo Barbosa? Levou um baile de Capixaba a partida inteira. Thiago Santos passou a tarde inteira fazendo o mesmo de sempre: correr atrás dos marcadores, nunca se antecipa, lance emblemático: o gol sofrido. Ele quase chega no lance. O que escrevi sobre Alisson (só vendendo) vale para o atual camisa 5. Vai jogar sempre, infelizmente. Tem apoiadores na direção, na imprensa e em parte da torcida. Paciência!

Lucas Silva, olha basta fazer a confrontação custo/benefício e a balança pende para o déficit. Janderson; bom, basta recordar o que pensam os goianos da imprensa, vide Janderson.

Benitez é um grande jogador, mas atua em época errada. Na década de 70 seria "o cara". Ótima técnica,  porém, hoje está mais para uma peladinha de "casados versus solteiros".

Rodrigues na lateral é o atestado que a Direção dá de incompetência. Improvisar um zagueiro reserva e este jogar mais do que o titular é porque tem muita coisa errada.

Tem algo bom? Sim, Brenno foi bem, Nicolas repetiu a boa impressão da rodada anterior e Gabriel Silva é excelente; Ferreira segue crescendo, pena a lesão.

Finalizando, péssima arbitragem, ruim para ambos. 

 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022


Pequenas Histórias (264) - Ano - 1971-72


O Grêmio queria a Glória de Oto

Fonte: Arquivo pessoal amigo Alvirubro
 

Com as desconfianças que boa parte da torcida está com o atual treinador gremista, eu resolvi fazer uma pesquisa diferente, provocando a memória, isto é, matar a minha curiosidade quanto aos técnicos com passagens por seleções nacionais com participação exitosa em Copas do Mundo que tiveram o privilégio de comandar o Tricolor gaúcho. Me perguntava. É uma senhora referência, sem dúvida.

Cheguei a três nomes, já que Sebastião Lazzaroni e Tite não deixaram uma boa lembrança no torneio mundial. O segundo terá nova chance este ano. Quais são os três nomes? Luiz Felipe e Telê Santana, qualquer um irá lembrar de imediato. O gaúcho é o comandante do quinto título mundial do Brasil e o mineiro, o magnífico arquiteto da melhor seleção brasileira dos últimos 50 anos (1971 até 2021) desclassificada precocemente em 82 e 86. Qual o terceiro nome? É o carioca Oto Glória, nascido Otaviano Martins Glória, descendente de negros e portugueses, que treinou o Imortal pouco mais de 18 meses, Janeiro de 71 a Julho de 72.

Ele foi assistente do grande treinador Flávio Costa (Copa do Mundo de 50), antes tentou ser jogador, mais tarde enveredou para o basquete, esporte que lhe deu ferramentas para ser um revolucionário no futebol.

Oto com trânsito óbvio na comunidade portuguesa, comandou o Vasco da Gama antes de se aventurar por Portugal, onde atingiu o ápice da carreira, treinando os quatro maiores clubes lusos: Sporting, Porto, Belenenses e Benfica, este, que até então era a terceira força sem muita expressão. Oto com seus métodos baseados nos ensinamentos das quadras de basquete, transformou o clube de Lisboa numa força europeia, introduzindo craques das colônias africanas portuguesas.

Dos clubes para a seleção nacional foi um pulo e em 1966, Copa da Inglaterra, Portugal atingiu o ponto mais alto de sua história, quando ficou em terceiro, parando apenas na anfitriã Inglaterra, que levou a Copa do Mundo Jules Rimet de forma inédita. Portugal desbancou o Brasil na fase de grupos, ganhando por 3 a 1 com show de Eusébio, o Pantera Negra.

 Oto também passou pelo Olympique de Marselha, Atlético de Madrid e Paris St. German de Paris. Em 1971, desembarcou em Porto Alegre num lance arrojado do então jovem presidente Flávio Obino.

Não ganhou títulos é verdade, mas enriqueceu o futebol do Rio Grande com os seus ensinamentos, métodos e frases que fazem sucesso até hoje como "o treinador quando perde é besta, quando ganha é bestial", “ cada jogador deve conhecer a rotina do seu lugar”, essa, que foi adotada pelos principais comentaristas da terrinha.

Estreou em Janeiro de 71 num amistoso (0 a 0) com o Novo Hamburgo e saiu em Julho de 72, coincidentemente, contra o mesmo adversário que lhe impôs a única derrota daquele ano, 1 a 0, gol de Xameguinha, o eterno camisa 10 anilado.

Ao todo foram 106 jogos com 59 vitórias, 34 empates e 13 derrotas. Grenais, disputou 9, perdeu 1, 1 a 0, gol de pênalti cobrado por Sérgio Galocha.

Encerrou-se assim, a passagem do extraordinário treinador luso-brasileiro pelo Rio Grande. No ano seguinte, 73, Oto sagrou-se campeão paulista com a Portuguesa de Desportos, dividindo o título com o Santos, fato ocasionado pela trapalhada do árbitro que encerrou as cobranças de tiros livres, depois dos 90 minutos e prorrogação, ainda com (remotas) chances para o clube do bairro do Canindé. O juiz interrompeu as cobranças faltando duas para cada clube, dando o título ao Santos. Oto Gloria espertamente fez seus jogadores descerem para o vestiário, tomarem banho, não dando chance para a retomada dos tiros livres,  quando do alerta do erro. Resumindo, houve dois campeões paulistas naquela edição.

Seis anos depois, Oto dirigindo o Vasco da Gama, com um time bem inferior, conquistou o vice campeonato, pois decidiu o Brasileiro de 79, vencido pelo Internacional que tinha Benitez, Mauro Galvão, Batista, Jair, Falcão, Valdomiro e Mário Sérgio, entre seus craques.

Em 1980, Oto Glória aos 63 anos, se joga a mais um desafio; vai treinar a Nigéria na Copa Africana das Nações, competição criada em 1957, jamais ganha pelos nigerianos e donos de um futebol incipiente, para não dizer ingênuo e rudimentar.

Parecendo narrativas tipo "Desafio de Campeões", a campanha exitosa (Nigéria campeã) apresenta cenas de cinema como demonstra o relato que segue, vide O Brasileiro que fez História na África.

Oto Glória, ainda que sem títulos, passou pelo Grêmio com muito profissionalismo e carisma. É um dos gigantes da casamata que infelizmente, não botou faixa no peito, mas deixou uma bela imagem junto aos torcedores.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

           https://esportes.yahoo.com

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Opinião




Grêmio ganha de virada 

O Tricolor segue líder, após bater o Aimoré no Cristo-Rei. Usou a maioria de reservas, buscando avaliar o elenco e a lição desta partida demonstra que alguns atletas somente serão bem aferidos se a análise implicar a presença deles no time titular.

Esta conclusão é fácil de se ver nesse jogo, porque o primeiro tempo foi sofrível, sem destaques e algumas peças beirando a decepção, casos de Fernando Henrique, parecendo um burocrata, Lucas Kawan, Marins e Gabriel Silva sentindo o peso de sair jogando, Nicolas e Villasanti, praticamente invisíveis e Churín confirmando que não jogará no Grêmio. Melhor tomar o caminho do Paraguai. Também Brenno não apareceu bem, prejudicado em dois lances pela irregularidade do gramado.

Com as entradas de Bruno Alves e, principalmente, Ferreira + Diego Souza, o desempenho gremista mudou da água para o vinho, mesmo saindo atrás no placar (gol de Wesley). Benitez que teve momentos de lucidez nos primeiros 45 minutos, ganhou as ações consequentes de Fernando Henrique, as arrancadas de Tonhão Rodrigues pela direita, o avanço vertical de Villasanti e a bela performance de Nicolas, além, é claro, de Ferreira e Diego Souza. O Grêmio foi outro.

Com gols de Villasanti e Rodrigues, o escore foi mais condizente com o que se viu no segundo tempo, onde considero Nicolas, Rodrigues e Benítez, os melhores em campo.

Gostaria de ver este lateral esquerdo no time principal para ter uma real avaliação do seu futebol.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Opinião




Destinos 

Em 2013, sob o comando de Fábio Koff, o Tricolor trouxe para a base, quase com os pés nos profissionais, sete atletas oriundos do Juventude, vide Apostas. Na época, eu fiz uma postagem parodiando uma propaganda de marca de televisores, onde questionava  o porquê da base do clube serrano ser mais efetiva do que a do Tricolor. 

Passados 9 anos, Bressan teve altos e baixos no Grêmio, Ramiro está na história do tri da Libertadores, Follmann também marcou o seu nome, infelizmente, participando da tragédia que atingiu a Chapecoense, Alex Telles chegou à Seleção. Os demais ficaram no meio do caminho.

Agora, o Grêmio tem uma safra interessante em duas posições: gol e meio de campo. Fazem parte do grupo profissional os jovens e bons goleiros Felipe, Adriel, Brenno e Gabriel. No meio, Bobsin, Fernando Henrique, Matheus Sarará, Bitello e Pedro Lucas.

Novamente, a massa tricolor poderá acompanhar toda a trajetória destes jogadores. Fica a pergunta: como e onde estarão em 2032, por exemplo?


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Opinião



 Escárnio

Escárnio
es·cár·ni·o
singular masculino
1 Ato de caçoar ou de zombar de alguém ou de algo, a fim de provocar riso; caçoada, escarnecimento, ridicularização, zombaria
2 Manifestação ofensiva de desdém ou desprezo em relação a alguém ou algo; desprezo, escarnecimento
3 Aquilo que é objeto de caçoada ou zombaria; escarnecimento

 Refiro-me as entrevistas de final de  jogo do Grêmio, ontem à noite. Se somente provocassem risos (a do Mancini), tudo bem. O problema é a do vice de futebol. Ela (a entrevista) exala desdém pela massa torcedora, ontem faltou total respeito aos demais profissionais da imprensa, quando abriu a fase de respostas parabenizando um deles pelo aniversário de uma forma bajuladora, algo tão artificial que enoja, pois, ele poderia ter usado apenas a rádio deste jornalista para o ato ou então, as redes sociais. Pergunto: fará isso com os demais numa entrevista coletiva, quando estes fizerem aniversário? Citará o nome e a rádio do aniversariante?

Tudo bem! Isso poderia ser irrelevante, se o seu discurso não fosse o mesmo aos que realizou antes da derrocada em 2021, sempre anunciando a superação, ignorando a realidade, tapando o Sol com a peneira. Essa realidade que aponta para um time igual ou inferior ao do final do ano passado, aliás, incrivelmente performance citada de forma idêntica por treinador e vice como modelo a ser buscado. É caçoar, é zombar da torcida!!!

Na prática, tem diferença o trabalho deste vice para o anterior? Sim, tem. Na verborragia despejada ou na tentativa de adestrar a imprensa, no desprezo pelo sentimento do torcedor do atual.

Essa "coincidência" no discurso de Mancini e do vice no jogo que viram, muito mais parece uma forma de abrandar as críticas da torcida do que a verdade vista no gramado.

O Grêmio está entregue a um vice de futebol que mais fala do que realiza e a um treinador medíocre; de novo, recorro ao dicionário: medíocre: de qualidade média, modesta, comum.

Estes que estão encarregados de tirar o Tricolor da Série B retornam à prática condenável, a qual, criei até uma expressão para definir: "mediocrimortalização", isto é, apequenar-se, tornar difícil o caminho da volta para que ela seja "épica" e seus autores, incensados e elevados ao panteão de heróis do clube. Só que os tempos são outros e os adversários da segunda divisão, idem. Brincar com a Série B é caminhar no cadafalso num barco inimigo com a queda iminente à frente.

De novo, a frase que canso de usar: - É fácil complicar; difícil é simplificar. 

Bolzan Jr já se pós-graduou nas más escolhas; é hora de recolher lições com os erros praticados.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Opinião




Grêmio vence o lanterna Guarany 

O clube de Bagé teve o mérito de saber de suas limitações, por isso, ele não foi goleado. Tomou um gol aos dois minutos numa lambança defensiva e teve a humildade de especular um improvável bafejo do destino e empatar a partida. Repito, por isso, não foi goleado; tem convicção que é o pior time do certame. No final, 2 a 0 ficou de bom tamanho.

O Grêmio é líder, mas nesse mérito está a campanha do grupo de transição, então, o melhor não é se iludir. Na verdade, o time não avançou nada do final de 2021 para este começo. A exemplo do que escrevia sobre a única solução no caso de Alisson que era a sua venda, escrevo agora: Diogo Barbosa e Thiago Santos, com certeza e Janderson; talvez, só negociando, pois são apenas  encantadores de técnico e de parte da imprensa. Se Nicolas não consegue ser titular nessas condições, nem deveria ter vindo. Mais; Matheus Sarará, Victor Bobsin e Fernando Henrique, qualquer um destes joga mais do que o "volante que deu estabilidade ao setor" (sic). Hoje, FH sem se matar em campo, sem dar chegadas violentas, controlou a entrada da área gremista e juntamente com Villasanti deu mais mobilidade ao time. 

Quem se beneficiou com esta leveza e técnica que esta dupla de volantes deu foi Martín Benitez, que deitou e rolou diante da fragilidade do adversário, ainda assim, me deixou a impressão de estar caminhando em campo. Uma avaliação positiva hoje pode ser precipitada.

Gabriel Silva é mais jogador do que Janderson, Orijuela esteve bem defensivamente, mas não tem a qualidade de Vanderson, Diego Souza marcou o gol e só. Ferreira dispersivo.

Para não dizer que o Regional que tem o Juventude na zona do rebaixamento está muito ruim, Sábado, eu vi o segundo tempo do Ypiranga e se não estava de "aniversário" foi o único que apresentou uma pegada intensa e consequente com um contra ataque mortal. O resto é o resto. Até a Dupla Grenal.


sábado, 5 de fevereiro de 2022

Opinião

 


 

Ex-Engana Bobo

 

Foi-se o tempo em que os torcedores se enganavam com conquistas de Gauchões, servindo de referência qualitativa. O ano passado demonstrou sem apelação que a armadilha só não derruba os incautos, porque o Tricolor experimentou uma sequência importante de vitórias consecutivas, ganhou clássico e meteu a mão na taça. Pareceu que a substituição de Renato com êxito era um fato consumado. Só que não. O ovo da serpente estava em pleno desenvolvimento e deu no que deu. 

Agora, depois da terrível e avassaladora queda, o Grêmio oferece ao torcedor o pacote repleto de perdedores de 2021,  com a Direção tentando dourar a pílula Abraão/Mancini, sendo que o Brasileirão está logo ali, início de Março e a liderança que poderá alcançar neste final de semana no regional, diante de um arremedo de time (Guarany), embora a histórica camisa que veste, irá mascarar mais ainda a situação.

A gente fica entre a cruz e a espada, isto é, torce pelo clube do coração ao mesmo tempo que sabe que a cura passa por uma cirurgia que é adiada com as paliativas vitórias em cima de rivais cada vez mais limitados. Nem as tradicionais pedreiras, Juventude e Caxias, apareceram em 2022.

É o dilema da massa gremista.

 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Opinião



Começo de Caminhada Discreto 

Iniciou a caminhada do elenco principal em 2022 com bastante discrição, um pouco, pelo desânimo da torcida, mais um tanto, pelo horário que para a maior parte do estado era de trabalho (meu caso). E foi ouvindo o rádio que acompanhei a primeira etapa e uns dez minutos do  tempo final, justamente no momento do gol de Diego Souza, provavelmente, a grande jogada do confronto.

A impressão que tive: excetuando o Inter, os demais clubes mantém as dificuldades dos anos anteriores para encarar a Dupla. São muito limitados, ainda assim, o Zequinha fez um gol e quase empatou na Arena. Resumindo: será um ano duro para a massa gremista.

Se houve avanços de Campaz para Campaz, Lucas Silva para Lucas Silva, outros problemas históricos se mantiveram, caso de Diogo Barbosa e a inarredável vocação para sofrer gols. Segue a velha matemática, isto é, para ganhar, um gol não basta.

Seguem os melhores lances: