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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Galeria Imortal



Galeria Imortal - (24)


Grêmio campeão gaúcho de 1993. O treinador era Cassiá, que em seguida deu lugar a Luiz Felipe. Há algumas curiosidades nesta formação como o fato de Koff reassumir o Imortal e ter que usar sua conta pessoal para contratar, pois o Grêmio vinha de um rebaixamento e os cofres raspados (alguma novidade?).
O lateral direito Luis Carlos Winck vestiu a Tricolor, Paulão era de Seleção. Ao contrário de seu homônimo em atividade no Coirmão, era de muita técnica.
Dener era um dos maiores jogadores do Brasil e veio para o Imortal botar sua única faixa no profissionalismo em sua curta carreira.
De pé: Luis Carlos Winck, Eduardo Heuser, Paulão, Pingo, Luciano e Carlos Miguel. Agachados: Fabinho, Jamir, Gilson, Dener e Caio. O saudoso Alvaci Almeida (Banha) está também na imagem.

Opinião




Yuri Mamute em campo ou seria falta de assunto?

Anteriormente, já firmei minhas ideias para este Grenal, isto é, com três volantes, Douglas e Giuliano + um guri veloz na frente; mas este guri seria um destes: Éverton, Pedro Rocha ou Lincoln, este último, trocando de posição com Giuliano, aí, o paranaense sendo o mais avançado.

No entanto, estou lendo que Luiz Felipe pode surpreender com Yuri Mamute; será? Vi imagens do atacante e me pareceu fora de forma, pode ser impressão. E o entrosamento com o time? E os que vem jogando, Everaldo e Lucas Coelho? Será que não se sentiriam depreciados?

Minha opinião: Eles tiveram várias chances, então ... Já Pedro Rocha deu motivos para permanecer, gostaria de vê-lo no Grenal. Está entre minhas sugestões acima.

Tenho quase certeza que Luiz Felipe vai surpreender, mas não radicalizará. Neste caso, Mamute é muito mais especulação do que uma hipótese a ser considerada. Pelo menos, para começar o clássico.







sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Opinião




Maicon é um bom nome

Nada como um dia após o outro; se ontem a especulação sobre reforços era de uma infelicidade total, hoje surge um nome que me agrada: Maicon.

Maicon (desconheço o profissional, apenas o jogador) é um meia que atua, tanto como "10",  quanto segundo volante e até, exagerando um pouco, como um ponta de lança, aquele que coadjuva o centro avante, lá  na frente.

Também, não é um garoto, já tem estrada, além disso, virá de um clube acostumado a frequentar o topo das tabelas nas competições que participa.

Maicon, um alento para o sofrido torcedor gremista.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Opinião



Ariel, nãoooooo !

Pelo amor de Deus ! Leio e não acredito, o Tricolor pode buscar Ariel. 
Gente, os colorados e coxas-brancas estão gargalhando, um bonde pior do que Santiago Silva. Um André Lima sem um mínimo de noção do que seja futebol.

Se vier Ariel, a Direção do Grêmio confirma que está perdidinha da silva, além de torrar o escasso poder de compra. 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Opinião



         
Se eu fosse treinador do Imortal nesse momento ...

Bom, se eu fosse, teria uma conversa especial nesta semana de Grenal com o elenco. Diria que a obrigação de vencer está sobre as costas do adversário, que joga em seus domínios, fez pesados investimentos, disputa a Libertadores e ainda por cima, pega um Grêmio desmontado, apequenado, humilhado pelos últimos resultados; que está fazendo história às avessas. Enfim, perder sem ser goleado não será nenhuma hecatombe.

No entanto, não ficaria só neste papo, faria mais; montaria o time com 3 volantes de muita marcação, talvez Wallace, Marcelo Oliveira e Fellipe Bastos, arriscaria a volta de Geromel ao lado de Rhodolfo; daria um "ultimatum" para o Douglas, mostraria que esta é a partida para ele se consagrar e na frente, colocaria dois destes quatro: Giuliano, Pedro Rocha, Éverton e Lincoln.

Os dois escolhidos, eu puxaria para um canto do vestiário e os tranquilizaria; joguem como se fosse uma pelada, um brincadeira em chão batido. Façam o que melhor vocês sabem na vida, isto é, um futebol ofensivo, de dribles moleques, de avanços verticais e chutes sem medo.

Avisaria que o Gauchão não é Copa do Mundo, porque se fosse, o Tricolor já teria fechado as portas há muitos anos.

Diria principalmente, que Grenal se vence com muita transpiração e ousadia. E finalmente, que são   onze contra onze.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Opinião



Grêmio Pós-Barcos segue sem vencer na Arena

Pelo estágio atual do Tricolor e a ascensão do Juventude eram previsíveis as dificuldades no jogo desta noite, mas mesmo assim, a vitória azul era quase obrigação. 0 a 0 frustrante.

Acho que o treinador gremista contribuiu para isso, quando escalou um lateral esquerdo reserva para jogar no meio de campo. Para nós, que estamos à quilômetros dos treinos, pareceu inexplicável. O desempenho pífio de Marcelo Hermes e a diferença de produção do segundo tempo, quando Giuliano elevou a qualidade do time, comprovam isso.

Se o paranaense não tinha condições de sair jogando, ainda assim, a lógica era colocar alguém do "ramo" jogando na Arena na primeira etapa.

Houve algumas fatos positivos; a regularidade de Júnior, a boa fase de Marcelo Grohe, importante em momentos cruciais, Fellipe Bastos muito ativo, o sassarico de Pedro Rocha, mostrando que é jogador de movimentação, rápido e com apetite para buscar o arco adversário. Douglas, que não me entusiasma, jogou bem e a melhor notícia: Giuliano parece estar curado da lesão. É um acréscimo, sem dúvida.

O que houve de preocupante? Bom! Erazo deixa os gremistas com o coração na mão, Galhardo defensivamente é inconfiável e principalmente, a falta de presença de um atacante na área. Aquele que preocupa os beques.

O jogo contra o Avenida mostrou que Everaldo não fazia cócegas na zaga esmeraldina; quando entrou Marcelo Moreno (que não é nenhuma brastemp) e em menos de 10 minutos, já havia concluído 4 vezes, duas com endereço certo.

A carência nesta posição me leva a sugerir a mudança de perfil dos atacantes para o Grenal. Nada de Everaldo, nada de Lucas Coelho. A formação deve passar pela escolha de 1 ou 2 destes meninos: Pedro Rocha e/ou Éverton. 

Agindo assim, dá para fazer uma formação com 3 volantes + Douglas e Giuliano no meio e um destes garotos na frente, também não dá para descartar Giuliano com a 9 e rechear o meio com Lincoln, Douglas e + 3 volantes.

O certo é que sem novos valores, o Grêmio vai penar muito para fazer gols. Sem Barcos, a Arena não viu mais as redes balançarem a favor do Tricolor.

Está ruim, mas tem solução. A bola está com a Direção e Comissão Técnica.

Opinião



Jogo duro na Arena

Apesar da vitória contra o Passo Fundo, aliás, o Tricolor só ganhou dos que estão na zona de rebaixamento; o enfrentamento de hoje, à noite na Arena se reveste de muitas dificuldades.

O Juventude, em tese, é muito superior ao Frederiquense, Veranópolis, Avenida e até ao Aimoré. Pois, dois destes, o Grêmio saiu derrotado em seus enfrentamentos.

Tomara que Galhardo melhore, Júnior mantenha a escala ascendente, Wallace seja o escolhido à frente da zaga, Pedro Rocha confirme e, especialmente, Douglas repita o bom jogo.

Também, Giuliano possa iniciar a justificativa do investimento e Everaldo aproveite as inúmeras chances que tem recebido.




sábado, 21 de fevereiro de 2015

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (80) - Ano - 1979

O Bandido e o Mocinho


O bandido e o mocinho
São os dois do mesmo ninho
Correm  nos estreitos trilhos...
... São os dois da mesma safra
São os dois da mesma ilha ...

Versos de O Pavio do Destino, música e letra do capixaba Sérgio Sampaio, onde busquei a inspiração para essa crônica. Ela, mais Barcos, cuja a venda enclausurou no vestiário azul, o espírito da camisa 9, me remeteram ao ano da graça de 1979, quando o Imortal possuiu ao mesmo tempo, dois dos maiores centro-avantes de sua história, dois que vestiram a Amarelinha da Seleção, André, o Demolidor, o Catimba e Baltazar, o Iluminado, o Artilheiro de Deus. Dois opostos, unidos pelo "vício" irrefreável de fazer gols. Dois habituais frequentadores dos estreitos trilhos da grande área, da mesma ilha chamada gol.

O baiano André fora goleador no Vitória, formando o ataque arrasador, que acabou na Seleção: Osni, André e Mário Sérgio. No Guarani seguiu fazendo gols, 27 em 1976. Jogou com Maradona na Argentina. Aliás, fazem aniversário no mesmo dia, 30 de Outubro.

O goiano Baltazar era um menino de 19 anos em 78, quando empilhou tentos no Atlético Goianense. Jogou com Zico no Flamengo. Como o Galinho, também jogou na Europa.

Ambos jogaram ao lado de Paulo Cesar Lima. A prova está nas fotos acima.

André era um furioso escultor, seus gols eram quase sempre, obras primas. Baltazar estava mais para cirurgião; era preciso, prático, um minimalista na função de empurrar a bola para as redes adversárias.

Pois em 1979, André e Baltazar se encontraram no Olímpico. A Direção gremista desconfiava de seu camisa 9 de quase 33 "primaveras" e, atento ao mercado, buscou um menino que faria 20 anos em Julho.

André, doutor na arte da capoeira, além dela, teve aulas com os mestres baianos Caribé e Ivo Rangel no caratê; era malandro, tinha técnica, mas, se precisasse, ia para o confronto sujo, do escarro no rosto do marcador, na areia nos olhos do beque, no dedo serpenteador.

Baltazar era dócil, quieto. Ingressava discreto no campo e antes do apito inicial, distribuía Bíblias para os defensores. Convicção ou tática? Não sei, mas funcionava, pois balançou as redes 131 vezes em 214 partidas. O terceiro maior artilheiro do Tricolor. Jogou de 79 a 82.

André entrou em campo em 135 oportunidades entre 77 e 79, fazendo 67 gols. Com ele em campo, o Grêmio perdeu em apenas 8% da vezes, 11 confrontos. Praticamente, bicho certo para os jogadores e alegria para a torcida.

Naquele Gauchão, o Tricolor chegou mais de 10 pontos à frente do Coirmão e na partida final contra o Brasil de Pelotas, 3 a 0, André entrou no segundo tempo e fez o dele. Um gol simples, de rebote da trave, um tapa seco na esfera, um gol a Baltazar. Uma espécie de homenagem ao garoto que lhe enviara para a reserva.

Dois anos passados, 1981, Morumbi, Baltazar receberia um passe de Renato Sá, uma ajeitada no peito e uma chicotada no ângulo da goleira são-paulina, um gol a André. Uma retribuição.

André e Baltazar, dois camisas 9, dois centro-avantes, autores de dois dos mais importantes gols do Grêmio, 77 e 81. Quem sabe não servirão de inspiração para o nosso próximo comandante de ataque?

Para encerrar, um gol de André:



Obs: Utilizei dados repassados pelo amigo Alvirubro e buscados no site: http://impedimento.org/. As fotos são de http://www.torcedor.gremista.nom.br/












sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Opinião



As Incógnitas

Luiz Felipe começa a simplificar (ou seria final da fase de experimentações ?) e um esboço de time-base aparece de forma mais visível. É aquilo que a média dos torcedores admite como o mais viável. Lá estão Grohe, Rhodolfo, Júnior, Wallace, Fellipe Bastos + Pedro Rocha e Giuliano. Completam os 11, os "temporários" Erazo, Galhardo e Everaldo. Douglas, eu nem sei em que "categoria" colocar.

Destes, dois eu considero incógnitas; não pela falta de futebol, mas pelo encaixe, pela regularidade. São eles: Pedro Rocha e Giuliano.

Pedro Rocha, a amostragem foi empolgante, mas muito pequena, um trailer. Precisa comprovar se é o bicho.

Giuliano, eu não tenho dúvidas de sua utilidade, de sua qualidade; apenas fica a dúvida quanto ao tempo para ficar "nos cascos" como se dizia antigamente.

Contra o Ju, chance para os dois confirmarem. 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Opinião



Reflexões de uma Quinta-feira

As próximas linhas não são consequência do resultado de ontem, o 2 a 0 sobre o Passo Fundo; a vitória ajuda, mas não serviu única e exclusivamente para o que segue.

O Grêmio rapidamente, após o desmonte de dois meses de 2015, já esboça uma base, basta que essa minha convicção seja também de Luiz Felipe. Vamos a ela:

- Marcelo Grohe, Geromel, Rhodolfo e Júnior formam a defesa. Falta o camisa 2

- Raul, mais dia, menos dia, vai ser testado na lateral e assim como o seu companheiro de Copinha, Júnior, poderá dar uma resposta satisfatória

- Wallace é certo à frente da zaga, então já temos 5 titulares e uma promessa (Raul)

- Fellipe Bastos, Marcelo Oliveira, Ramiro e Araújo disputam a segunda posição do meio de campo. Provavelmente, um deles dará uma contribuição aceitável

- Luan é craque; falta achar o seu lugar no time e a torcida ter paciência

- Giuliano, Lincoln, Éverton, Pedro Rocha e Douglas, um deles será titular

Se Luiz Felipe e Direção fecharem com o texto acima, restarão duas vagas, dois atletas que não estão no grupo atual e essas vagas são para o ataque, necessariamente um camisa 9.


Opinião



Grêmio bate o Passo Fundo e se recupera

Ninguém esperava nada diferente; era vencer ou vencer. O Grêmio aplicou 2 a 0 no Passo Fundo no Vermelhão da Serra com gols de Erazo e Pedro Rocha.

Sem  entusiasmar, o Tricolor apresentou muitas coisas boas:

- Júnior, o melhor da partida, parece um veterano aos 18 anos. Show de bola

- Marcelo Grohe foi um dos responsáveis pelos 3 pontos, porque fez duas defesas importantíssimas, enquanto zero a zero, que poderia mudar a história da partida

- Douglas foi o maestro que se espera dele. Muito bom; aliás, acho que estava de aniversário

- Pedro Rocha é um achado. Vai brigar por titularidade

- Fellipe Bastos melhorou em relação aos jogos anteriores

- Wallace voltou muito bem, apesar de pouco tempo em campo. É titular indiscutível

Apesar destes avanços, há alguns reparos a serem feitos:

- Araújo é segundo volante

- Erazo mesmo fazendo uma boa partida, mostra muitas limitações no enfrentamento mano a mano

- Galhardo, defensivamente, comprometeu. A lateral direita está em aberto

- Everaldo e Lucas Coelho seguem devendo, apesar do esforço de cada um deles

Se Luiz Felipe usar de seus conhecimentos e experiência, vai reduzir os seus problemas, por exemplo; a lateral esquerda tem dono. Ponto final. O melhor volante é Wallace. Ponto Final. Geromel voltando, é titular. Ponto Final e assim, ele e a Direção terão uma ideia mais clara das carências.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Opinião



Saída emergencial

Se eu fosse treinador faria sempre isso; pegar o que tenho no elenco e dele buscaria o esquema ideal à partir da matéria-prima disponível.

Lógico! Tenho meu esquema preferido, mas ele é impraticável no futebol atual, então, sugeri 3 volantes para o momento Tricolor, simplesmente, porque o grupo precisa de estabilidade, confiança para demonstrar a qualidade que está escondida em alguns jovens. Não é definitivo, mas absolutamente necessário o trio de centro-médios.

Essa saída emergencial é o reconhecimento que há muito trabalho a ser feito; aliás, Renato percebeu isso em 2013 e o Tricolor ficou apenas atrás do Cruzeiro no Brasileirão. Não é questão de preferências, mas de inteligência, neste momento.

Falta muito para Luiz Felipe acertar o ponto; parte disso é originado de suas ações, uma delas, Douglas e sua manutenção no centro da criação de um time, time esse que além de ser carente tecnicamente, carece da mesma forma de transpiração "integral". Imaginem num grupo de 11, um deles entender que pode botar os braços na cintura e esperar os demais roubarem a bola e depois deixá-la limpinha para o "maestro" conduzir a orquestra. Doces tempos que não existem mais.

Se com Marcelo Moreno e Barcos, o esquema com dois camisas 9 era discutível, o que se pode esperar com os meninos Lucas e Everaldo, este último, nem tão menino assim? Aqui, o equívoco do técnico. Melhor seria, na ausência de Luan, efetivar Éverton ou Lincoln ao lado de Lucas.

O Grêmio terá outra atitude na questão anímica, no entanto, isso não poderá mascarar as deficiências do time e a Direção e Comissão Técnica acharem que o "time está evoluindo".

Finalizando; em Koff, nós torcedores mais antigos, depositamos esperança no ajuste do timão e o encaminhamento dos acertos. É muito triste o clube depender messianicamente de um único dirigente.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (79) - Ano 1971-74


A grande arte

Fonte: http://www.renatocogo.com.br

Jogar bem em diversas posições é uma arte; ser polivalente garante lugar no grupo e uma carreira longa, ainda que não seja craque. Se for, melhor. A Copa de 70 é o maior exemplo,  exagerando um pouco, havia dois camisas 5 e cinco camisas 10 entre os 11. Wilson Piazza e Clodoaldo, Gérson, Pelé, Jairzinho, Tostão e Rivelino.

Polivalente é uma adjetivo que o treinador Cláudio Coutinho introduziu no cotidiano do futebol, juntamente com overlapping e ponto futuro. Herança de sua passagem pela Seleção Brasileira na Copa da Argentina, 1978. Antes dele, atleta que jogava em mais de uma posição era chamado de eclético ou versátil.

No Grêmio, que é o que interessa, Everaldo, o tricampeão era a personificação do "eclético". Jogou nas laterais e em 70, 71 virou até jogador de meio de campo. Havia outros como Di, zagueiro buscado no Metropol de Criciúma que brincava na lateral direita, também. Torino, um falso ponta esquerda, que virou meia armador e mais tarde, camisa 5, um centro-médio ou volante.

 Yúra começou como ponta direita, lançado por Daltro Menezes em 71, virou ponta de lança com Ênio Andrade e terminou meia esquerda no célebre time de 77 de Telê.

Mais recente, Mauro Galvão, Adilson Batista e Tinga são exemplos de improvisações que deram certo. 

São muitos jogadores ecléticos na história Tricolor que é difícil enumerá-los sem cometer injustiça, mas alguns ficam fortemente na memória do torcedor. Dois deles, para mim, são inesquecíveis: Renato Cogo e Tarciso.

Renato Cogo era quarto-zagueiro (assim mesmo, hífen para designar o zagueiro pelo lado esquerdo da área), veio do Cruzeiro de Porto Alegre e só não jogou no gol do Grêmio, passou por toda a defesa, laterais e zaga. Sempre bem, tinha a raça como principal virtude, uma espécie de Oberdan com mais técnica, no entanto, esse seu ecletismo lhe foi prejudicial aqui no Grêmio; além disso, mesmo sendo os anos 70 de derrotas, o Tricolor se caracterizou neste período por montar boas defesas. A concorrência era forte.

Renato Cogo personificou para mim, o conceito de polivalência. Na foto acima, ele voa para se antecipar ao Rei Pelé, observado por Ancheta.

Outro atleta versátil ou eclético (polivalente) foi Tarciso, o mineiro que o Grêmio foi buscar no América do Rio em 1973 para ser o jogador que mais vezes vestiu o manto gremista em toda a sua história.

No ano anterior, Tarciso destruiu com o Coirmão no Beira-Rio e o clube carioca venceu com gol dele.

Tarciso veio para ser o centro-avante, jogou de 73 até 77 assim. Telê descobriu sua verdadeira posição e naquele ano virou ponta direita, chegando à Seleção.

Em 1983, o treinador Espinosa já com um menino de Guaporé como camisa 7, teve que buscar um lugar para Tarciso e na conquista da primeira Libertadores do Imortal, lá estava ele como ponta esquerda. O ataque era Renato, Caio ou César e Tarciso.

Pois, não é que no final do ano, Dezembro, cidade de Tóquio, Tarciso seria mudado de função, pois havia Paulo Cesar Lima, o Caju e Mário Sérgio? Retorna ao comando do ataque, ironicamente, vestia a camisa 9, que fora sua no início da exitosa carreira pelo Grêmio.

Atualmente, Luis Felipe tenta encontrar lugar para atletas recém chegados ao grupo e os coloca ora numa, ora noutra posição, no entanto, o Gringo sabe como poucos, que a versatilidade é uma arte. Uma pinguela perigosa a ser cruzada em busca do sucesso. 

Obs: A maioria dos dados que me ajudou a compor esta crônica, busquei junto ao site de Renato Cogo (vide embaixo da foto) e do amigo Alvirubro.




segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Encheu o saco!

    Como eu já havia adiantado na sexta, minha intenção era aproveitar o final de semana para escrever algo sobre o escrete gremista e as opções da direção, algo como afinar o discurso, assumir de uma vez que o Grêmio não vai disputar títulos no ano e se dedicará tão-somente à profilaxia das finanças. Talvez desta forma os resultados fossem menos indigestos e angariamos o apoio que o Palmeiras conseguiu de parte de sua torcida. 

     Mas, sinceramente, não vou me alongar no tema porque o último jogo me frustrou e com o Grêmio tem sido assim, é se manifestar de pronto porque o próximo resultado pode ser o pior. 

    Seja o momento ou não minha única vontade é de ressaltar algumas posições - não apenas desta, mas também - das diversas direções que comandam o Grêmio.   

   Já encheu o saco essa história de imprensa vermelha, porque é logicamente incompatível num estado com 70% de gremistas não se ter nenhum destes nos veículos de comunicação. E é mentira quem diz que não tem porque a lista divulgada aqui mesmo no blog prova que tem! 

     Há, mas eles pagam churrasco. Pois que pague dois porra! E se eles pagarem três nós pagamos quatro! E com direito ao Murtosa assando a carne, não é pra isso que ele serve? Porque encheu o saco dessa lengalenga entra ano e sai ano e ninguém faz absolutamente nada! E como ninguém faz absolutamente nada me leva a pensar o que? Que é mais uma desculpa para justificar os recorrentes fracassos e se alguém fizer alguma coisa é uma desculpa a menos.

    Encheu o saco também dessa história de "Noveletão", de campeonato ajeitado e o escambau de bico. Porque o vice dessa federação não é gremista? E nunca tem eleição nessa joça? E o Grêmio não tem força alguma? E se sustentam que o time é prejudicado a direção nunca faz nada? E como não faz nada me leva a pensar o que? Que é mais uma desculpa para justificar os recorrentes fracassos e se alguém fizer alguma coisa é uma desculpa a menos. 
    E já encheu o saco e os tubos essa história de ganha, empata ou é roubado. Quem da dupla teve mais penalidades a favor? E quem, por Deus, consegue sustentar que o Veranópolis meu Senhor, o VERANÓPOLIS (!!!!!) vem dentro da nossa casa e o juiz tem a coragem de roubar a seu favor. Não se pode ter um mínimo de vergonha na cara para sustentar isso, porque se não conseguem contratar um jogador com um mínimo de personalidade, um infeliz que tenha a decência de não estender a mão - estatelado em campo - pro adversário que o atropelou, ou que não peça desculpas por receber falta. Porque é uma desfaçatez sustentar que o Grêmio é um time gaúcho macho, viril, copero e pelejador e precisar vir um carioca pra recuperar um mínimo de dignidade que se perdeu em anos e anos de um argentino de metro e meio pisando em mais de cem anos de história. E porque se sustenta - e tem quem sustente - que o Grêmio é sistematicamente prejudicado eu pergunto, porque não fazem nada? Ninguém mais respeita o Grêmio? Ou, claro, tem a outra possibilidade, de ser mais uma desculpa para justificar os recorrentes fracassos e se alguém fizer alguma coisa é uma desculpa a menos. 

    Sinceramente, tem tanta coisa que encheu o saco; encheu o saco, depois de uma pré-temporada completa e quatro jogos, não ter ideia de qual time vai jogar a próxima partida; encheu o saco ver volante na lateral, lateral no meio, volante na zaga, lateral na volancia, atacante na armação e ex-jogador se arrastando em capo; encheu o saco o coitadismo; encheu o saco essa Arena que já foi comprada - nas minhas contas - na base de umas quatro vezes; encheu o saco criar problema pra vender solução; encheu o saco de fórmula mágica, enfim, dava pra ficar aqui até amanhã escrevendo, mas, pela inconveniência da hora, quem encheu o saco dessa conversa foi a minha esposa... 


domingo, 15 de fevereiro de 2015

Opinião




Três volantes, Luiz Felipe

Antes de chegar no assunto do título, vou enumerar algumas questões que precisam ser (re)vistas:

- O Tricolor possui capacidade de endividamento, por que não vai às compras?

- Qual o atual Marcelo Grohe? O fantástico goleiro do segundo semestre/14 ou o dos Grenais?

- Luiz Felipe é daqueles treinadores que morrem abraçados com uma ideia fracassada ou dos que reconhecem os erros e afastará Douglas do time?

- A ausência pública de Koff é inevitável neste momento?

- Há dúvidas quanto à posição certa para atuarem Marcelo Oliveira e Galhardo? Essas indefinições não estão prejudicando time e atletas?

- Qual o verdadeiro papel de Rui Costa? Ele, recém afirmou que os reforços virão somente à partir de Junho, Bolzan Jr. parece pensar diferente

Agora, o assunto do texto; em 2013, após Renato emplacar 4 vitórias seguidas, escrevi em Agosto a crônica (vide O Espírito de João Saldanha), onde sugeria a utilização de 3 atacantes, Kléber, Barcos e Vargas, pois, assim como o mestre nascido no Alegrete, entendia que os melhores devessem jogar. Fui além, esbocei um time, que para minha satisfação foi alterado em apenas 2 posições Bressan na de Werley e Ramiro na do Zé Roberto, isso que na decisão, última rodada contra a Lusa no Canindé, estavam 10 dos meus 11 sugeridos; Zé havia recuperado o lugar no time.

Pois bem, desta vez não será para acomodar os melhores que volto a dar pitacos, mas porque entendo que o time e elenco estão fragilizados demais por falta de qualidade e nos jovens, ausência de experiência, portanto, para conseguir estabilidade, equilíbrio e confiança, afirmo com todas as letras, que Luiz Felipe deve colocar 3 volantes no meio de campo. É onde estamos bem equipados: Wallace, Ramiro, Araújo, Arthur, Matheus Biteco, Fellipe Bastos, além deles, Marcelo Oliveira, pois ele, até agora, só jogou bem ali. Na zaga e lateral esquerda, ele fracassou.

Portanto, mesmo que possa parecer pretensiosa minha postagem, ela não é nenhuma novidade por aqui.


sábado, 14 de fevereiro de 2015

Opinião




Mais que uma derrota

Perder para o Brasil de Pelotas que vem há 3 anos fazendo um trabalho de construção, de muita consistência por parte de seu técnico e direção, isso, mesmo em casa, é aceitável. Está no contexto do Grêmio, um time em formação.

Agora, a derrota diante do fraco Veranópolis, até então com 3 derrotas e 1 empate, nenhum gol marcado, dentro da Arena, o fato é mais do que uma simples derrota.

Luiz Felipe que tem minha admiração e profundo respeito, não está conseguindo evolução no time. Muito disso é fruto de suas ações. Vamos a alguns fatos:

- Douglas não servia há 4 anos, o que dirá agora. Erro rotundo o seu retorno. Zero de acréscimo, nem técnica, nem tática, muito menos animicamente

- Erazo. O que é isso? Será que no grupo não existem zagueiros iguais?

- Marcelo Oliveira, até aqui, só serve para disputar vaga no meio de campo. Ponto final

- Serve o mesmo para Galhardo; essa de ficar flutuando de posição para posição, só vai prejudicar time e jogador. Felipão sabe muito mais do que eu sobre o assunto

Aqui, recupero uma sugestão que fiz no espaço dos comentários, ainda nesta semana: o Tricolor deve ter 3 volantes e colocar Luan, Lincoln e Éverton. 

Deve repensar a titularidade de Fellipe Bastos. Joga cada vez menos.

Diante do lanterna, espero que essa derrota seja o fundo do poço, porque se não for, o rebaixamento no Gauchão não é hipótese que se despreze.

Faltou atitude dentro e fora de campo. A ideia de aproveitar juniores e descartar atletas caros e improdutivos é ótima, não pode ser abandonada, mas convém investigar o que está acontecendo com a comissão técnica e os "cascudos" que sobraram no grupo.

Torrar os juniores e tomá-los como causa das derrotas é errar o alvo. Assim como reintegrar Kléber. É errar novamente. 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Opinião



Se e portanto

Há dois meses escrevi que se fosse inevitável a venda de atletas para recuperar as finanças do clube (vide Esmiuçando), que não se buscasse a solução na venda de juniores e sim naqueles que são coadjuvantes no Grêmio e nas equipes em que passaram. Cheguei a citar Marcelo Grohe e Hernán Barcos como alternativas extremas de saneamento do caixa e preservação dos meninos que estavam surgindo no horizonte Tricolor.

Assim está agindo a Direção, portanto, por coerência, não posso atirar pedras nestas negociações; elas estão dentro da "minha receita" para tornar o clube saudável, mesmo que isso provoque insucessos imediatos. Tenho certeza que a preservação dos talentos como foram ou são Mário Fernandes, Wendell, Douglas Costa, Wallace, Raul, Júnior, Luan, Lincoln, Éverton, entre tantos, seria/será a grande mola propulsora para as conquistas de títulos e a garantia de maiores valores entrando no cofre azul nas futuras e inevitáveis transações. Não serão realizadas no sufoco ou com a corda no pescoço.

O que falta é não desperdiçar o minguado troco que entra em falsas boas alternativas, nem ficar achando que a base será o remédio para todos os males.

Gastar pontualmente, mas gastar bem, nem ficar de braços cruzados, também fazem parte da solução dos problemas.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Opinião




Está dentro do previsto

É ruim, mas está dentro das possibilidades mais prováveis de acontecerem, quando se tomam medidas radicais na redução de custos. O elenco encolhe em número e qualitativamente, pelo menos num primeiro momento.

Escrevi há tempos, que numa crise, o Grêmio deveria preservar as promessas e liberar os medianos e pesos mortos. Só os craques tirarão o Imortal do buraco.

Dessa oscilação normal de início de temporada somada a mudança de fotografia, surgirão alguns talentos como os laterais Raul e Júnior, volantes Wallace e Araújo, talvez  Éverton e a afirmação definitiva de Luan e Lincoln; mas não será nem do dia para noite, nem sem questionamentos e resmungos de parte da torcida.

Se eu estou satisfeito? Não, claro que não, porém, quem melhor do que Luiz Felipe para esta semeadura; qual treinador com o cacife dele poderia (dentro da realidade do clube) topar o desafio de conduzir o elenco, perdendo em dois meses Dudu, Zé Roberto, Barcos, Riveros, Marcelo Moreno, Alan Ruíz e outros menos bem sucedidos, mas com história ou mercado no mundo da bola como Máxi, Kléber, Edinho, Adriano e Fernandinho?

O grupo que varia dentro do Gauchão vai ser acrescido de Geromel, Wallace e Giuliano, além de Ramiro, para, pelo menos, dar alternativas ao técnico.

Marcelo Oliveira tem surpreendido, jogando no meio; não será titular, no entanto, não vi muita diferença para a bola que o Riveros vinha jogando. Está certo! Gauchão não é uma referência confiável, mas ...

Precisamos muito de um camisa 9; aí, nesta posição, suponho que o Tricolor terá que ir às compras com brevidade. Este, o grande desafio para a Direção do clube.




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Opinião


Grêmio tropeça em casa

Felizmente, eu tinha um compromisso logo após o final do jogo e isso serviu para ordenar as ideias antes de teclar estas linhas.

O Grêmio é um paciente que fez uma cirurgia complicada e agora está convalescendo. É um processo, onde a paciência  e tolerância são ingredientes imprescindíveis, além, é claro do acerto das medidas adotadas. Não existe mágica; vai ser assim, muitos questionamentos, alguns erros, passos para frente, outros passos (tomara que poucos) para trás; enfim, um remédio amargo para os 8 milhões de torcedores.

Contra o Brasil à pouco, Luiz Felipe errou ao deixar Júnior no banco e retirar Marcelo Oliveira da primeira posição do meio de campo, onde mostrou qualidade, até porque Wallace retornava da Seleção e não havia feito nenhum jogo pelo clube em 2015. Deveria ter mexido menos de Domingo para esta Quarta-feira.

Marcelo Moreno foi o velho atacante de outras jornadas, muito esforço, mas pouco futebol. Douglas tem a serenidade do lance, a jogada pensada, mas são espasmos cada vez mais escassos numa partida. 

Lincoln segue em ascendência, mas Éverton foi bem controlado pela defesa pelotense. Galhardo e Fellipe Bastos, ambos mal.

Outro fato preocupante é o momento de Marcelo Grohe. Depois de um segundo semestre fantástico ano passado; realizou hoje o terceiro jogo com falhas grotescas (contra o Avenida, a sua saída em falso foi atenuada pela defesa de Rhodolfo em cima da linha), duas resultaram em gols de Aimoré e Brasil.

Se é inevitável o "apequenamento" momentâneo do clube, também é inevitável não ficar impassível diante das dificuldades, afinal, nem todas as soluções para a equipe serão encontradas na base do clube. A Direção terá que abrir a guaiaca e/ou usar de muita criatividade para reduzir o período de pronto restabelecimento do clube e time de futebol. 

Opinião



Sem Moreno e Barcos, o cara é Walter

Moreno deve fazer o seu último jogo pelo Grêmio hoje à noite. Faz bem o Tricolor em colocá-lo em campo; vencer o líder poderá render dividendos lá na frente, além disso, em casa e sendo o grande clube do confronto, todo o esforço deve ser promovido.

À partir da saída do nosso último grande centro-avante, torna-se necessário trazer um de peso (brincadeiras à parte). O nome é Walter.


Walter carrega um ataque inteiro, tem talento, força, já jogou no Sul. Falta é um acompanhamento psicológico e estar de olho no seu desenfreado apetite; é diferenciado.

É caro? Bom, exceções existem para situações especiais. A camisa 9 é especial.

Obs: Estive sem internet por cerca de 18 horas.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Opinião



Mesmo com promessas, contratações são necessárias

Defendi aqui, que se fossem necessárias as vendas, o Tricolor teria que realizá-las, o famoso "cortar a própria carne". É questão de sobrevivência e de planejar bem os próximos anos.

Citei inclusive, negociações hipotéticas como as de Grohe e Barcos, dois atletas que em 2014 deram ótima resposta; pois o Pirata foi; agora vai Marcelo Moreno, antes Zé Roberto, Pará, Alan Ruiz, Dudu, Riveros. Associados a eles, Gabriel Silva e Matheus Biteco, também o despacho que deverá ser saudado por todos: Edinho e Kléber. Bom, se isso não for suficiente para equilibrar a folha do Grêmio, o seguinte deverá ser Rui Costa ou então, uma redução drástica em seus proventos.

Mas há movimentos em direção contrária a estes, que são igualmente obrigatórios, sob pena de queimar o jovem elenco gremista. Um desses movimentos será trazer algum cascudo para usar a camisa 9, porque não dá para confiar apenas em Lucas Coelho, algo que já ocorreu ontem. O menino se lesionou no treino e o comando do ataque ficou com Everaldo. Com ele em campo, o Tricolor penou muito e tudo indicou que sem o ingresso de Moreno, o resultado mais otimista seria um empate diante do Avenida.

Tenho certeza que um destes: Lucas Coelho, Marcos Paulo ou Luis Fellipe, um deles, pelo menos, se tornará um grande goleador, mas todos eles precisam de tempo e paciência.

A vinda de um camisa 9 (se Moreno sair) passou a ser prioridade.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Opinião



Boa vitória nos Eucaliptos

Pode não ter sido uma grande apresentação, mas a vitória apresentou alguns pontos positivos no time do Grêmio, apesar de recém estar começando a temporada e boa parte dos titulares do ano passado estar fora em 2015.

A primeira observação é a entrega, a pegada do time. Do goleiro aos jogadores que entraram durante o jogo, todos se envolveram com a partida. Mas não foi só isso, Galhardo e Marcelo Oliveira fizeram as suas melhores apresentações, Lincoln é titular e ponto final. Vai oscilar porque é novo, não por faltar futebol. Luan estava bem, sua expulsão foi um excesso do juiz, Fellipe Bastos, Rhodolfo e Júnior mostraram regularidade. Erazo muito discreto. Não comprometeu, mas foi abaixo dos demais defensores.

Um parágrafo especial para Marcelo Moreno, o mais efetivo em campo. Deve haver causas que fizeram com que o boliviano ficasse no banco; Moreno entrou faltando 30 minutos, participou de quatro oportunidades claras de gol, coisa que Everaldo não conseguiu em 66 minutos (tempo regular + os acréscimos). Em duas delas, guardou. O melhor em campo.

Apesar de ter protagonizado o lance principal da primeira fase, Douglas ficou devendo; pode ser a condição física que não é a ideal.

Os gols foram de Douglas cobrando pênalti, um gol contra e Marcelo Moreno para o Imortal. Paulinho, o camisa 9, anotou para o Avenida.

Encerrando, gostaria de ver Éverton começando uma partida, seja como companheiro do centro-avante ou num esquema em que ele seja o mais avançado. O Gauchão serve para os testes.






Opinião




A saída de Marcelo Moreno

Fiz questão de colocar o marcador deste espaço como "Opinião", porque na maioria das vezes, ele é, embora, tenha um pouco de informações. Por isso, fico à vontade para expressar aqui, minha indiferença quanto à saída de Moreno do Grêmio. Se a proposta for boa para o clube, por que não?

O atual camisa 9 nunca me inspirou confiança; jogador dependente da bola à sua frente, para sua estatura, cabeceia mal, enfim, funciona num time ajeitado como o do Cruzeiro.

Além das questões técnicas, mostrou-se pouco à vontade no clube, o que é normal, dada a forma com que saiu do Grêmio. Isso, também contribui para o meu pequeno entusiasmo pela permanência do boliviano.

Fica a pergunta: Sem Barcos e Moreno, com quem fica a camisa 9?

Eu buscaria um centro-avante experiente, final de carreira, barato, mas com biografia, para ensinar os novos Lucas Coelho, Luiz Fellipe, Everaldo a arte de fazer gols. Ainda, testaria uma formação com Éverton como centro-avante num esquema em que Lincoln e Luan tivessem mais liberdade para a criação. Neste caso, promoveria a volta de 3 volantes com Douglas no banco.

Repito; como é apenas opinião, nada impede de eu quebrar a cara e Moreno arrebentar, mesmo que seja contra o fraquíssimo Avenida, pior time do certame, virtual rebaixado.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (78) - Ano - 1975


O Dono da chave do cofre

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/


Há exatos 40 anos, o ex-craque Luiz Carvalho, centro-avante do Imortal e da Seleção Brasileira dos anos 20 e 30, no último ano de sua gestão como presidente, resolveu dar uma guinada na condução financeira do clube. Trancou as torneiras por onde vazavam a grana da instituição e os sonhos distantes da torcida tricolor e cumpriu um ano de investimentos modestos no elenco, que via o Coirmão fechar 6 títulos consecutivos no Gauchão. Algo semelhante (mas não igual) ao que vive o Grêmio em 2015.

Até o final dos anos 60, Grêmio e Inter raramente buscavam reforçar suas equipes com jogadores de fora do Rio Grande; uma pequena parte vinha do Prata e outra de Santa Catarina, no mais, juvenis (não existia a categoria júnior) e no "celeiro" do interior gaúcho.

Na década de 70 passaram a trazer atletas de outros centros e aqui desembarcaram Benê, Lula, Marinho, Sérgio Lima, Dario, Land, João Ribeiro, Cao, Carlos Alberto Rodrigues, Negreiros, Humberto Ramos, Júlio Amaral, Mazinho, Carlinhos, Tarciso, Nenê, entre outros.

Não sei se foi só por isso, mas também por isso, o Grêmio comprometeu suas finanças e Luis Carvalho em 1975, apertou o cinto e  investiu em jogadores de menos expressão, quase todos do interior do Rio Grande mais os pratas da casa, que se juntaram a remanescentes, egressos igualmente dos clubes pequenos do nosso estado como Jorge Tabajara, ex-Novo Hamburgo, João Carlos, ex-Santa Cruz, Luiz Freire, ex- Gaúcho de Passo Fundo.

Trouxe o promissor técnico do Esportivo, Ênio Andrade, que indicou o lateral Celso do Atlético de Carazinho, o goleiro Gasperin, o centro-médio Cacau e o ponta de lança Neca, todos de seu clube de Bento Gonçalves. O maior investimento foi Nenê, ponta-esquerda do Botafogo de Ribeirão Preto, São Paulo. 

Além deles, Ênio contaria naquele ano com vários juvenis, o goleiro Alexandre, o lateral Vilson Cereja, o então ponta esquerda Bolívar (o original), Celso Freitas, volante, Luis Carlos, meio esquerda, Claudinho, centro-avante, Chico Spina, ponta direita, entre outros, que se somaram a Cláudio Radar, Beto Bacarmate, Beto Fuscão, Iúra, Tarciso, Loivo e especialmente, Picasso, Ancheta e Zequinha, os astros do elenco.

Não foi um ano bom, porém, nada diferente dos anos anteriores, até conseguiu levar para a prorrogação a decisão do Gaúcho contra um time muito superior, que no final do ano conquistaria o Brasil com seu futebol de entrega, organização e qualidade.

Conseguiu quebrar a invencibilidade no famoso Grenal de Zequinha, que fez 3 gols no jogo noturno no Beira-Rio. 3 anos e meio, 17 clássicos de seca. Uma das maiores partidas que vi meu time jogar.

Luiz Carvalho entregou ao seu sucessor, Hélio Dourado, um Grêmio mais sadio, que permitiu grandes investimentos em 76 e a volta dos títulos nos anos seguintes.

Na foto com a camisa celeste, uma bela invenção daquele ano, aparecem pela ordem, em pé: Vilson Cereja, Ancheta, Cacau, Beto Bacamarte, Jorge Tabajara e Gasperin; agachados: Zequinha, Iúra, Tarciso, Neca e Nenê.

Fica aqui o meu agradecimento especialíssimo ao amigo Alvirubro pelas informações de seu arquivo fantástico.

Seguem os gols deste Grenal inesquecível:

http://youtu.be/C8q9b5yjMY8

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Opinião



Em busca da formação ideal 

Ressalvando a falta de alternativas, esta formação que Luiz Felipe treinou hoje à tarde, parece ser a ideal para o momento.

Erazo tem a credencial de ter disputado uma Copa do Mundo, então, não dá para dizer  que é inexperiente; entra na zaga ao lado de Rhodolfo, além de boa rodagem, o equatoriano, também eleva a altura da dupla de defensores.

Galhardo precisa de sequência, assim como o jovem Júnior pelo lado esquerdo. Marcelo Oliveira ou Arthur, um deles deverá substituir Araújo, que já supria a ausência de Wallace. Juntamente com Fellipe Bastos, (eles) serão os volantes de contenção.

Agora! A grande modificação será compor o meio com Luan, Douglas + Éverton, que considero mais atacante do que meia armador.

Marcelo Moreno tem mais uma chance para comprovar a sua efetividade como camisa 9 e Lucas Coelho será preservado, pois estava pouco ou nada à vontade fazendo a função ao lado do boliviano.

O treinador está tentando e isso é muito mais vontade de acertar do que falta de convicção.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Opinião




A estreia de Arthur

Ontem em São Leopoldo, o Grêmio fez estrear Júnior e Arthur, ambos recém saídos do time que disputou a Copinha em São Paulo. São duas grandes promessas ao lado de Raul, lateral direito e Luiz Fellipe, centro-avante.

Júnior foi quase unanimidade; seu desempenho pareceu o de um veterano e, olha, que tem apenas 18 anos. Forte, perna esquerda habilidosa e muita personalidade. Um achado para o lugar de Zé Roberto. Pelo menos, ontem.

Mas eu quero tratar de Arthur, o segundo volante, que fez seu primeiro jogo numa função mais recuada, a de Wallace e Araújo. E aí a gente vê que o futebol é fascinante. Gostei do desempenho dele, acerto de passes, personalidade também, pela minha ótica, um dos raros atletas que se salvaram no primeiro tempo.

Pois, olhando e ouvindo os comentários da mídia especializada, me surpreendi com as avaliações negativas de seu jogo, talvez pela troca ( ao meu ver, tática) promovida no intervalo, quando deu lugar a Galhardo no meio, entrando Matías na lateral.

Apesar das opiniões discordantes, mantenho o meu entusiasmo pelo futebol do garoto. Não é craque, mas é mais atleta do que Ramiro e talvez, Fellipe Bastos.´

É ver para crer.


Opinião



Grêmio não superou o Índio Capilé

Vacilos fatais inviabilizaram os 3 pontos do hoje à noite. Um minuto e 51 segundos, Luan está atravessando uma bola que nem na várzea se vê mais, resultado; contra-ataque veloz, um chute forte que contou com a sorte. Isso determinou que a partida começasse 1 a 0 para o Aimoré, gol de Mikael.

Quase ao final da primeira fase, Renan acertou uma bola que me pareceu defensável e o Tricolor foi com um 0 a 2 para intervalo. Quase nada de bom se viu nesta fase, talvez Júnior, o lateral esquerdo e Galhardo na parte ofensiva. Luan, Marcelo Moreno e Lucas Coelho pouco produziram.

Na segunda fase era natural que o Grêmio pressionasse mais. As entradas de Éverton e Matias nos lugares de Lucas Coelho e Artur, não causaram uma melhora sensível, mas quando Lincoln foi para o lugar de Douglas, a bola passou a ser mais acelerada e o Tricolor tomou conta do jogo. As expulsões de Mikael e Viana tornaram a partida dramática para o Aimoré, que conseguiu resistir.

Individualmente, gostei de Rhodolfo, Júnior, Luan nos últimos 30 minutos, Lincoln entrou muito bem e Fellipe Bastos alternou bons momentos técnicos e uma raça durante toda a partida.

Luis Felipe vai ter muito trabalho, mas tem a seu favor as possíveis voltas para Março de Geromel, Wallace e Giuliano, além de um melhor entrosamento de Moreno e alguns meninos.

O Gauchão servirá para isso.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Opinião

Eu acredito é na rapaziada ...


“... que segue em frente e segura o rojão; eu ponho fé é na fé da moçada, que não foge da fera, enfrenta o leão ...” Versos imortais de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, muito apropriados para o momento azul, especialmente numa posição: a de Centro-avante.

Após apresentar a listagem de "9s" que passaram pelo Imortal e ler um comentário (de anônimo) no mesmo post sobre a escassez produtiva das categorias de base para essa posição, vi que era necessário tratar do momento de boa expectativa que vivemos com os guris centro-avantes que estão surgindo.

Nunca antes na sua história centenária, o Tricolor teve um grupo de alto potencial para “acontecer”, "deslanchar", nesta posição com atletas pratas da casa.

Marcos Paulo, Luis Fellipe, talvez Everaldo, mas principalmente Lucas Coelho; (eles) poderão dar uma resposta satisfatória nesta temporada e nos próximos anos, já que alguns estão fora do clube para a obtenção de experiência, tornarem-se calejados na arte de circular pela grande área.

Talvez a situação do novo titular, Marcelo Moreno, não seja tão tranquila assim. Vai ter que mostrar serviço, porque essa turma que citei acima, tem tudo para buscar “um lugar ao Sol” em pequeno lapso de tempo.


Bom para o clube; ótimo para nós, torcedores.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Opinião



A mediocridade grassando na Mídia

Desculpem-me, mas é difícil ouvir essa turma da imprensa gaúcha. Onde foram parar os grandes repórteres? 

Barcos ao confirmar a sua ida para a China, ouve uma jornalista esportiva perguntar se não era estranho a troca do Brasil pelo futebol da China; surpreso, ele responde que já jogara na China. O despreparo da repórter ficou evidente. Não conhecia a biografia do Pirata.

Hoje, Anderson passou a entrevista inteira pronunciando Manchester com a sílaba tônica em "ches". Os entrevistadores forçando em Mânchester.

Caramba! Ninguém é obrigado a saber inglês, mas quem está nesse ramo, pode ouvir no Google a pronúncia certa. O Google não é confiável, tudo bem! Há outras formas de buscar a pronúncia certa, afinal, temos vários jornalistas/repórteres que se dizem roqueiros. A música nos ensina muito.

Que tal ouvir Smiths que é uma banda de Manchester em Suffer Little Children, onde se ouve Morrissey pronunciar o nome de sua cidade? É tão simples. 



Há poucos anos, uma onda de Defênsor para a pronúncia de Defensor, clube uruguaio, terceiro em grandeza por lá; até que um dia, um jornalista hermano ao ouvir esta pronúncia esdrúxula, disse que em espanhol era defensor, isto é, com a sílaba tônica em "sor". 

Errar é da vida, persistir no erro é burrice.