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domingo, 31 de março de 2024

Opinião



Time Misto ou Não?

O Grêmio tem uma decisão histórica no final de semana. É fato! não se discute. Quantas vezes os torcedores gremistas tiveram a chance de disputar um título que vale o Hepta? Então, tem que valorizar. Antes, tem que se preparar para isso, até porque o jogo de ida ficou no 0 a 0. Em tese, chances idênticas para os disputantes.

The Strongest, Always Ready, Oriente Petrolero nunca foram páreo para os clubes brasileiros. Bom, aí a conclusão é simples: é a altitude e o psicológico que afetam os visitantes. Concordo, por isso, a qualidade dos adversários tem um papel secundário, vai da capacidade física e, novamente, do psicológico de quem sobe a Cordilheira dos Andes.

Por tudo isso, acho que o Grêmio acerta em cheio, quando pensa em levar um time alternativo para La Paz. Geralmente, os clubes brasileiros tem melhores elencos do que os dos bolivianos, peruanos, etc... A exceção parece ser o Bolívar com a injeção de grana do Grupo City.

Um time "alternativo" na Bolívia é a melhor "alternativa" para um confronto que ficou "ensanduichado"  nessa peleia de gremistas versus jaconeros.


sábado, 30 de março de 2024

Opinião




Villasanti "destruiu" 


Jogo pegado, ruim de se ver, poucos lances de área, desse jeito, o placar só seria movimentado por acidente, por algum detalhe. Como o Grêmio era o visitante, um ótimo resultado.

Individualmente, Caíque segue "espantando a bola", Rodrigo Ely confirma suas limitações até para ser o primeiro reserva, Kannemann parece mais atrapalhado sem Geromel. A boa notícia:  os laterais que seguraram os avanços pelos lados do ataque caxiense.

No meio, um jogador garantiu sozinho o setor. Para mim, Villasanti realizou a melhor exibição desde que chegou ao Tricolor. Pepê e Cristaldo, sofríveis. Outra decepção foi Pavon, mesmo assim, criou a melhor chance de gol na primeira etapa.

Diego Costa e Gustavo Nunes careceram de parceria. 

Dos que entraram: Soteldo, um pouco mais solto do que contra o Caxias, Dodi, sumido, Du Queiroz, levemente melhor do que Pepê. JP e Nathan não tiveram tempo.

No Juventude, Caíque não confirmou o bom desempenho que vi na partida decisiva contra o Inter. Burocrata. Jádson bateu demais, demonstrando que Daronco tem uma "fórmula" de apitar; não dá cartões amarelos no primeiro tempo, depois, menos de 20 minutos, ele já havia distribuído 4 cartões em faltas absolutamente idênticas à etapa inicial. Além disso,  um lance importante, o toque de mão do goleiro esmeraldino fora da área. Inaceitável.

O Grêmio está com a mão na taça, precisa apenas gerenciar bem essa ida a Bolívia para que não ela não prejudique o foco na decisão do Regional.

O Hepta está muito próximo.


sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião



Os "Múcios" da Mídia Esportiva Gaúcha 


Para quem não conheceu ou lembra, Múcio era um personagem de Jô Soares, que metido entre dois amigos que discutiam, sempre que pediam a sua opinião, ele não discordava de ninguém, apenas confirmava a última intervenção, mas a cada fala, mudava rapidamente, ficando naquela de "sim, é verdade", "mas, pensando bem", "por outro lado", "no entanto" e assim ia até irritar os dois debatedores, sempre ficando em cima do muro, o que era mais conveniente.

A nossa imprensa gaúcha é especialista nisso, onde o "Múcio Mor" despeja uma saraivada de justificativas, conforme o desfecho das peleias. É irritante, procuro evitá-lo, mas, às vezes é impossível, pois não depende de mim, a escolha da transmissão.

Como exemplo, a desclassificação do Inter nos tiros livres. Bastava Robert Renan acertar e Rochet pegar a derradeira cobrança, que o discurso estava pronto:

 - Justíssima classificação do Colorado com melhor campanha, melhor time, melhor elenco, melhor treinador, ganhou o Grenal, sequência de 10 vitórias, invicto há bastante tempo no campeonato. Não há reparos ao seu desempenho.

Perdeu. Mudou tudo. Lógico que nem tudo estava bem, como agora, nem tudo está mal. O que procuro demonstrar aqui é a conveniência irresponsável, diria mais, "a canalhice oportunista" que assola boa parcela da imprensa esportiva gaúcha nos seus comentários.

Há pouco tempo, a comparação entre os 11 de Grêmio e Inter era uma sacanagem do tipo 9 x 2 ou 10 x 1 ou até 11 x 1, quando a análise pegava os comandantes técnicos, também.

Fico matutando, aguardando como serão as avaliações dos jogos finais do Gauchão, a metamorfose desses invertebrados que se curvam de forma odiosa às consequências dos resultados.

Espero apenas que a maior obviedade do certame, não seja maculada na escolha da revelação, talvez, até de craque do Gauchão: Gustavo Nunes.

terça-feira, 26 de março de 2024

Opinião




Grêmio sofre, mas vai decidir o Título 

Venceu as duas partidas, está na final, porém, o que se viu do Grêmio é "mais do  mesmo", isto é, as individualidades são as sobreviventes desse emaranhado que é o time Tricolor.

O primeiro tempo mostra isso, Diego Costa, que é muito bom, mas que eu critiquei a sua contratação pelo recente histórico ruim no Galo e Botafogo, foi o responsável pelo triunfo. Participou dos três tentos, o terceiro, um primor, onde demonstrou que é um avante inteligente, me lembrou gols de Lucas Barrios, malícia e sangue frio, pois Diego atrasou a passada, após matar no peito num movimento que tirou o zagueiro, se fosse um centro avante bronco e pouco inspirado, daria um "bago" e consagraria o goleiro adversário. Enfim, gol de quem conhece o "riscado".

Diego Costa, Pavón, Gustavo Nunes e Cristaldo seguem bem. No outro lado da "balança"; Rodrigo Ely, muito mal, não tem condições de jogar no Grêmio. Aliás, nessa linha, o que é o Caíque, será que um dia vai defender de forma segura um chute ou vai ficar "espantando a bola" para qualquer lado, dando "sopa para o azar"? O saudoso Paulo Santana, um dia definiu Gomes,  goleiro do Grêmio em 1991 com passagem pela Seleção Brasileira, de Aqualouco, pela forma "espetaculosa" que transformava cada arremate numa defesa sensacional. Caíque é dessa escola. Botou o Caxias de volta no jogo no Centenário e esta noite, de novo, numa falha grotesca. E parte da torcida e da mídia também, seguem passando "o pano". Por que? Não sei. Se fosse o Grando ou Brenno...

Outra decepção é André Henrique, que, a exemplo de Éverton Galdino, depois que ganhou a "estabilidade" de ser contratado pelo clube, simplesmente, não joga mais. 

Renato segue sem dar ao time um padrão tático estável, o time quando precisou dele nas dificuldades, após a expulsão do Mayk, ficou órfão de treinador. Não se justifica o sufoco contra o modesto Caxias em casa.  

Finalizando: A arbitragem gaúcha vai muito mal, esse Jean Pierre já devia ter largado o apito; o Gustavo Nunes foi caçado o tempo todo e mesmo com VAR, a agressão que sofreu que o tirou da partida, não foi devidamente avaliada.

Um alerta: O Juventude é mais time e tem melhor treinador do que o Caxias. 




Opinião




"Pep Roger" Strikes Again 


Peço licença e compreensão para os amigos que entendem que este espaço deva ser apenas para assuntos do Grêmio, mas hoje, ou melhor, esta noite é para exaltar o trabalho de Roger Machado que saiu classificado dentro do Beira-Rio diante de mais de 40 mil almas e dos muitos profissionais da mídia que torceram veladamente e se decepcionaram com o fracasso do Coirmão.

Não vi a primeira partida, o primeiro empate, mas quem assistiu, me alertou: - Olha, o Juventude foi melhor!

Esta noite acabei vendo meio de forma desconfiada a partida com o bom desempenho do Juventude, que se comportou melhor na maior parte do tempo. E como futebol também é feito de detalhes, um foi determinante para arrefecer o ânimo do time colorado; a expulsão infantil de Maurício.

Tenho uma frase que uso muito: Uma coisa é o que penso, outra é o que vejo, o que se apresenta no gramado: explicando, é a convicção substituída pela honestidade, relatar a prática da partida, "o jogo como ele é".

Depois deste parágrafo, embora, todas as restrições que tenho ao histórico recente de Roger, neste momento, é importante salientar e saudar a grande performance do seu time, que controlou a maior parte do confronto, apresentando um time organizado que possibilitou o surgimento de individualidades como os zagueiros esmeraldinos, os volantes Jadson e Caíque, este o dono da noite mais Lucas Barbosa.

Roger pode estar "virando a chave" na sua biografia recente.

Finalizando, ainda que a tarefa do Caxias seja mais espinhosa, o Grêmio precisa respeitar o clube caxiense e não dar "mole".

quinta-feira, 21 de março de 2024

Opinião




Foco e Adaptação 


Depois do sorteio dos grupos da Libertadores, o mundo gaúcho esqueceu das semifinais do Regional. O Caxias agradece.

Se a Direção e Comissão Técnica conseguiram blindar o grupo de atletas deixando as discussões fora do ambiente do vestiário e gramado, elas estão de parabéns. Pode ser obrigação, mas está mais para um feito.

É preciso foco na decisão de Segunda-Feira (!!!!). Corrigindo: é Terça (obrigado, Rodrigo).

Nós, torcedores, estamos liberados para palpitar sobre a estreia na altitude da Bolívia e se antes escrevi nos comentários da postagem anterior que era importante colocar reservas, hoje corrijo, lembrando que os responsáveis pela preparação física Tricolor são aqueles que devem ser ouvidos neste momento, ou seja, do elenco, aqueles que estão sempre atuando (banco e titulares), quais os mais bem preparados para esta empreitada nas alturas bolivianas.

É questão de adaptação ou presunção dela.


segunda-feira, 18 de março de 2024

Opinião




Grêmio é o favorito do seu grupo na LA 

Ficaram conhecidos os grupos da Libertadores da América, versão 2024, vide Sorteio. Estão clubes da Bolívia, Argentina e Chile no caminho do Imortal. O mais chamativo é o Estudiantes de La Plata, clube inserido definitivamente na história gremista pelos confrontos de 1983.

Fiz esta manchete, porque, às vezes, pode haver interpretações exageradas no sentido de superestimar os adversários do Tricolor. A bem da verdade, quem tem que temer algum confronto são os que desafortunadamente caíram no grupo cujo pote 1 indicou o Grêmio.

Respeito não pode ser confundido com receio, por isso, mesmo com as imperfeições táticas renitentes e reincidentes azuis, ainda assim, passar de fase vira obrigação.


sábado, 16 de março de 2024

Opinião




Grêmio consegue vantagem importante 


Foi o mais importante do confronto desta tarde. Se segue patinando, pelo menos, vai com vantagem para o jogo de volta em casa.

Como sempre, eu vi a partida sem o áudio da tevê e a transmissão da Rádio Guaíba (aliás, sigo fiel, apenas pelos comentaristas que são os melhores), depois, uma olhada no texto da ZH e é incrível como "cada cabeça, uma sentença", pois vi, assim como o Cristiano Oliveira (Guaíba), uma partida muito atrapalhada de Caíque e na cotação do jornal, o seguinte texto: "Fazia um jogo seguro até a falha no gol do Caxias. Nota 6".

Minha opinião: Não consigo ver o Grêmio disputando uma Libertadores com Caíque no time. Para mim, muito inferior a Grando, Brenno e Adriel. Se Marchesín, realmente, for uma contratação equivocada, então, "estamos no mato sem cachorro". Caíque tem muita agilidade, reflexos e envergadura, o que facilita nas penalidades máximas ou decisão por tiros livres, mas é o clássico "atacador de bola" como a gente vê na várzea, parece que a formação na base, apesar das suas convocações, foi deficiente.

Defensivamente, a melhor notícia, todo o quarteto foi bem, jogo parelho em alto nível. Uma nota expressiva para Geromel, porque residiam dúvidas quanto ao sem desempenho. Maik Silva, muito bem.

No meio, ali começam os problemas, Pepê, um jogador invisível, Villasanti, o melhor do time e Cristaldo fez o melhor lance do primeiro tempo.

O ataque, Diego Costa demonstrou que está evoluindo, conservando as características de camisa 9 e excelente média de gol. Gustavo Nunes, bem, sem ser destaque e Pavón, sumidaço. O pior do time.

Para piorar, as substituições pouco ou nada resolveram. apesar do esforço de Nathan Fernandes e Dodi. 

Tenho minhas dúvidas em relação ao comportamento do time e do destino da partida, se o Caxias saísse em vantagem no placar.

Resumindo: o time como um todo prossegue sem passar a ideia de evolução coletiva.




terça-feira, 12 de março de 2024

Opinião




DNA formador 


Léo Jardim chegou lá! Está na Seleção Brasileira e era um guri da base gremista, assim como Cássio, Fernando Prass, Matheus Cavichioli, Brenno, Grando e Adriel, para ficar apenas nos goleiros.

Houve erro de avaliação do clube? Pode ser, no entanto, eu tenho uma visão bem peculiar sobre essas passagens fugazes dos jovens pelos profissionais do Imortal e depois, tendo sucesso em outras agremiações: é uma questão de "dna" da instituição e periferia (imprensa gaúcha), explico: os dirigentes são receosos, os torcedores céticos e a mídia implacável. Ou estouram de cara ou dançam. Resumindo: ficando no Imortal ou no Coirmão, a maioria deles, não aconteceria. A maioria viraria a "maioria" composta por medianos. Santo de casa não faz milagre aqui no Sul. Existem exceções, poucas, por isso, exceções.

O que chamei de DNA formador no título, na verdade, deveria ser "Fomentador", porque o Flamengo é formador, mas não é fomentador. Fomentador é o Santos que tem até uma expressão consagrada: Os Meninos da Vila.

A instituição como um todo tem que ter algo "doentio", uma obsessão por ter a base no grupo principal. Vejam: nem vou considerar Pelé, vou pegar exemplos mais recentes como Diego e Robinho, Alessandro, Paulo Henrique Ganso e Neymar, Rodrygo, sem considerar os craques que giraram em torno dessas estrelas como Clodoaldo, Ailton Lira, Pita, João Paulo, Léo, Elano, Renato, Alex (zagueiro) Juari, Kaio Jorge, Marcos Leonardo e até Yuri Alberto, ou seja, que deixaram fortunas, repito: FORTUNAS nos cofres do Peixe que inexplicavelmente é um clube endividado.

Para o Grêmio (que é meu interesse) se tornar o clube dos Meninos da Arena, terá que ter uma mudança em todos os níveis que o formam, não é algo "do dia para a noite".

Por tudo isso, não dá para lamentar ou jogar pedras, porque Léo Jardim está na Seleção. É um processo que de forma inevitável contém o "detalhe" de deixar o seu lar, a sua casa para cumprir o seu destino. Ficando, não passaria de um reserva confiável apenas.

domingo, 10 de março de 2024

Opinião

 



Grêmio faz bom jogo e vence o Brasil

Uma boa exibição do Tricolor que venceu por um placar "mentiroso", ou seja, 2 a 0 não refletiu a imensa superioridade do Imortal. Era para 5 a 0.

Para mim, uma surpresa o Brasil chegar onde chegou, muito fraco, pelo menos, ele teve uma boa  estratégia e humildade para encarar confronto tão desigual. Já o Grêmio (para o meu gosto) deveria entrar com Du Queiroz no lugar de Pepê, pois, ao contrário do que possa parecer, o meio não ficaria enfraquecido na parte de transição, porque tanto Villasanti, quanto Du Queiroz não são quebradores de bola e ambos tem mais intensidade do que Pepê, que acerta todos os passes ... laterais e de 2 metros. Ficaria mais forte defensivamente, sem perda ofensiva.

Outro ponto importante, o time não sofreu gols, desconfio que muito pela inoperância pelotense que teve um único chute perigoso que bateu no travessão, porém, vale o destaque de Mayk Silva na lateral.

Diego Costa cumpre bem a função de centro avante desde sua estreia. No gol de Cristaldo, embora não precisasse, ele impede a ação do zagueiro, demonstrando que conhece do riscado na área, além de muita presença e uma fome de gol. Lutou muito até conseguir o seu tento.

Mas os melhores foram Cristaldo, Gustavo Nunes e o lateral João Pedro. Também, dois que ingressaram na segunda etapa entraram bem: Wesley e Dodi.

Uma grande vitória com belo desempenho, que precisa de confirmação nas rodadas seguintes para tirar dúvidas: O quanto os méritos gremistas estão "linkados" com a imensa fragilidade Xavante?

quinta-feira, 7 de março de 2024

Opinião

 




Problema sem Solução é problema resolvido


Este é uma adágio antigo, que às vezes cai como uma luva para promover a criatividade aos seus limites mais elevados. A pressão e a necessidade são dois combustíveis interessantes, se bem trabalhados.

 Antes de criticar o Grêmio pela imprevidência de não prover o grupo devidamente neste início de 2024, ficando impossibilitado pelo fechamento de prazos (janelas), prefiro pular esta parte e ver nesta dificuldade, a chance de olhar para dentro do clube e colocar jovens numa prova de fogo, tal qual aconteceu com Gustavo Nunes, hoje, uma realidade.

 E pensar que ele poderia estar sendo “lapidado” no time de transição ou treinando em Eldorado do Sul, porque “é jovem, precisa aprender mais coisas. Não está pronto”, como costumamos ouvir por aí nas coletivas de pós-jogo.

 Sem possibilidade de contratar, vejo aí risco zero para atrair insucessos, vide João Pedro Galvão, Rodrigo Ely e Bruno Uvini, por exemplo, quem sabe, não seria a hora de investir nos meninos da base?

Fico pensando o que poderia ser do Grêmio com um treinador mais afeito ao trabalho, mais estudioso, dedicado exclusivamente ao "métier" da função de comandante técnico. Será que estes jovens como Ronald, Gustavo Martins, Natã, não estariam noutro estágio, assim como ocorreu com Gustavo Nunes, que sabemos, sua titularidade foi a fórceps?

E Du Queiroz? Será que está sendo "lapidado"? Só falta virar banco para Pepê e/ou Cristaldo!

É de conferir e confiar na "Imortalidade".


terça-feira, 5 de março de 2024

Opinião




A Lesão de Reinaldo muda o Grêmio 


Tenho a convicção que o Grêmio deste momento está em desvantagem com relação ao tradicional rival. Uma surpreendente mudança, pois ela ocorre em apenas dois meses; vale lembrar que o Tricolor em Dezembro se tornou vice do Brasileirão e saiu muito valorizado, inclusive sendo integrado pelo Bola de Ouro do certame (Suárez) e o Coirmão, em baixa, um modesto nono lugar.

Os próprios confrontos recentes entre Coudet e Renato, não foram nada agradáveis para o técnico gremista, duas derrotas com seis tentos sofridos.

Então, desconfio que a melhor forma de enfrentamento neste momento, é fechando o time. Não sofrer tantos gols, mal que vem incomodando o time há meses e até impediu a conquista do Nacional, depois que o Botafogo deu "mole".

A formação com três marcadores no meio vira primeira necessidade: Villasanti, Du Queiroz e Ronald ou Dodi, deve ser a primeira adoção de Renato.

Outra mudança forçada pela lesão de Reinaldo poderá ajeitar o lado esquerdo defensivo. Se Maik confirmar as credenciais de bom marcador, o limão vira limonada, isto é, a lateral ficará menos vulnerável com o imprevisto.

Como o time tem vocação para marcar gols com jogadores velozes, Soteldo, Nathan Fernandes, Gustavo Nunes e Pavon, especialistas no "um contra um", penso que o setor ofensivo não perderá muito sem Reinaldo e meio-campistas (em tese) mais ofensivos como Pepê (???) e Cristaldo.

Renato que foi abençoado pelas lesões em sequência de Soteldo e Nathan Fernandes, pois não precisou de tempo para "lapidar" o menino de 18 anos, Gustavo Nunes, quem sabe, possa dar um jeito nas laterais com a ausência de Reinaldo e de mais dois meio-campistas marcadores?


sábado, 2 de março de 2024

Opinião




Grêmio bate o Guarany, naturalmente 

Uma vitória tranquila com os mesmos defeitos e virtudes. Não evolui e isso preocupa num ano em que o único potencial rival está mais organizado, está com mais "sangue nos olhos". Se isso vai ser suficiente para botar faixa, não se sabe, mas o desenho da caminhada ao sétimo título se apresenta mais complicado.

Onde está a preocupação pelo lado azul? Vejam que o treinador teve uma semana para ajustar o time e o que se viu foi um meio de campo frouxo, lados/laterais mal cuidados, zaga exposta e a rotina de levar gols em todos os jogos, indiferente de quem esteja embaixo do arco. Além disso, uma hora, falha Geromel, noutra, Bruno Uvini, no clássico, Kannemann e Rodrigo Ely, a criação vive de individualidades como no ano anterior iluminado por Suárez. Desta vez, a válvula de escape são Gustavo Nunes e Pavón. Quando muitos jogadores estão mal, o problema não está na nominata dos 11.

O receio é que todos sabem como jogam Fábio, João Pedro e Reinaldo, todos eles, em tese, apoiam bem. O primeiro gol do Tricolor é um primor de lançamento do camisa 6, como se fosse um grande armador. Já o limitado Wilson Júnior "pintou e bordou" em cima dele no tento único do clube da fronteira. E isso é usual nas apresentações do time. Não se veem medidas salutares, eficazes, eficientes. 

Também, é difícil acreditar que Cristaldo, Pepê e até Carballo (ano passado) apresentem tão pouco em tantas oportunidades. Será que são ruins mesmos? 

Sorte que o campeonato não é de pontos corridos e o Coirmão, mesmo em franco progresso, tem suas recaídas. Pode haver um tropeço fora do "script".

De momento, não vejo um enfrentamento equilibrado em dois clássicos decisivos, por exemplo, porque o Grêmio é um  time em irritante estágio de frouxidão na marcação do meio de campo, uma desconfortável e quase sempre fatal exposição dos beques, apresenta avenidas laterais, ou seja, sempre o mesmo roteiro, independente da qualidade do adversário.

O que o treinador minimamente tem que fazer é fechar o meio com Villasanti, Du Queiroz e outro de marcação (Dodi?) até o retorno de Soteldo, pois ele e Pavón por características e Gustavo Nunes, pela juventude, podem dar sustentação ao setor defensivo.

Encerrando: os melhores foram Geromel, Gustavo Nunes e Pavón, este último, o grande responsável pela construção da goleada. Mike entrou bem e Diego Costa, uma surpresa positiva, muita presença de área, mostrando que conhece a "rotina do lugar" como cunhou a expressão o mago Otto Martins Glória.

Tomara que haja evolução na hora mais complicada do campeonato. Só camisa não ganha mais títulos.