Pequenas Histórias (240) - Ano - 2004
Grenal é Grenal, sempre
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Fonte: http://gremiodados.blogspot.com/ |
É sempre assim, se aproxima o Grenal e a parte da imprensa utiliza a velha fórmula de provocar assunto, usando a "ferramenta" de rotular o favoritismo para um dos lados. Acho que funciona ou então é falta de criatividade mesmo.
Até o pior Grêmio que conheci, o de 2004, tem uma vitória para contar. Verdade que era numa Sul-americana e não avançou, mas quebrou um jejum de 11 partidas sem um único triunfo. O último, dia 04 de Agosto, um 3 a 1 em cima do Santos. Naquele momento, o Grêmio era o penúltimo colocado do Brasileiro.
Foi num 22 de Setembro, aliás, mesmo dia e mês do famoso Grenal Farroupilha lá em 1935, que o Tricolor bateu o seu tradicional rival no Olímpico, à noite e evitou a quinta derrota consecutiva em clássicos, fato registrado há mais de meio século (1947) no tempo do Rolo Compressor.
Cuca escalou: Márcio; Felipe Baloy, Fábio Bilica e Claudiomiro; Émerson, Cocito, Felipe Melo, Yan e Arilson; Cláudio Pitbull e Fábio Pinto. Entraram também, Bruno Neves, Marcelinho e Roberto Santos.
Muricy Ramalho utilizou: Clémer; Edinho, Vinícius e Álvaro; Élder Granja, Gavilán, Marabá, Fernandão e Chiquinho; Danilo e Rafael Sóbis. Usou ainda, o goleiro André, Felipe e Diego. Era a febre do 3-5-2 chegando ao sul do país.
Precisando vencer por diferença de três gols ou dois para levar a disputa para os tiros livres, o Tricolor foi muito ofensivo inicialmente, onde se destacou Cláudio Pitbull (foto acima. Aparecem também, Cocito, Edinho e Gavilán), no entanto, o Inter abriu o placar e saiu vencedor na primeira etapa. Chiquinho foi o autor do gol inicial do clássico, quando bateu em diagonal de fora da área, a pelota desviou em Baloy; Márcio ainda conseguiu tocá-la, porém, o balão acabou nas redes de sua goleira. 1 a 0.
No segundo tempo, o Tricolor seguiu pressionando e aos 12 minutos, Álvaro perdeu a disputa com Pitull. Derrubou-o dentro da área. Penalidade que o próprio camisa 7 bateu no canto direito de Clémer, empatando o Grenal. 1 a 1.
No afã de recuperar a bola dentro do arco e recomeçar imediatamente a partida, Claudiomiro foi acertado por Clemer que tentava atrasar o reinício; formou-se o bolo. Paulo Cesar Oliveira optou por expulsar apenas os iniciadores da refrega. Muricy tira Danilo para recompor o gol; entra André Döring.
A virada veio aos 31 minutos, quando Cláudio Pitbull bateu falta no lado direito e encontrou Roberto Santos que pouco havia tocado na bola antes. Gol. 2 a1.
Aos 33, André salvou o Inter numa defesa espetacular em chute do menino Marcelinho.
O maior risco de empate surgiu quando Diego Gavilán cobrou falta na trave de Márcio. Sorte gremista.
O último lance perigoso aconteceu em chute de Arílson e André brilhou novamente.
Final de clássico. 2 a 1. Uma vitória que foi comemorada muito, mesmo que tenha sido insuficiente para prosseguir no certame.
Para a história, este Grenal ficou escondido, cercado de fracassos e insucessos inesquecíveis, mas é um daqueles que engrossa o slogan cunhado pelo político e patrono colorado Ildo Meneghetti: Grenal é Grenal.
Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro