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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Opinião



Derrota anunciada 

Eu que sou "fominha" por escrever, não tive entusiasmo para postar nada que se referisse a este primeiro jogo da decisão, porque o caos está instalado no time do Grêmio. Uma bagunça sem "ânima". Um time amorfo e inanimado que sequer fez cócegas no arqueiro palmeirense.

 Weverson, o assistente privilegiado do jogo.

De nada adianta poupar os titulares para se prepararem para este "duelo", pois nem no aspecto preparação física, esta medida surtiu efeito. O Palmeiras jogou cerca de 30 minutos (considerando os acréscimos) com 10 e o Grêmio não teve uma única chance de gol originada de jogada concatenada, bem trabalhada.

A inexplicável troca no arco azul não trouxe vantagem, embora a falha no gol de G. Gomez tenha sido de Kannemann que chegou atrasado. Os maus resultados não passaram pelo goleiro Vanderlei.

A defesa teve muita sorte de não ser "fustigada" como diziam os antigos narradores. No Parque Antártica, o Palmeiras vai pressionar mais e os laterais vão fazer água. No miolo da zaga, Rodrigues, P. Miranda e David Braz, o negócio é atirar a camiseta para cima e é de quem pegar. Seis por meia dúzia. Victor Ferraz decresceu e Diogo Barbosa não tem culpa de ser contratado.

E o meio de campo? Maicon é aquilo ali, não desarma, não lança, nem arremata; é o chamado "domínio estéril" . Palavra que li em algum lugar da mídia que "com ele, JP e MH crescem". Crescem?

Pepê esqueceu seu futebol em algum lugar muito bem escondido; o resto do ataque é o resumo da aridez ofensiva, ou seja, depender de Diego Souza, quase que unicamente e do "titularíssimo" Alisson, um jogador que dá para dizer: de onde nada se espera, dali é que não vem nada mesmo, é agredir e atiçar a paciência da massa torcedora.

Segue inaceitável a condição de reserva de Ferreira; passa de implicância para falta de inteligência.

Sobre Churín e Pinares (que não pode jogar) tomei a seguinte decisão: não vou mais criticá-los, porque Marinho (Rei da América da Libertadores 2020) e Luciano (goleador do Brasileiro) não podem ser tão ruins como pareciam ser. Ninguém vira destaque principal da Libertadores, nem goleador do Brasileirão, se não tiver qualificação, então, há algo de insano na condução do elenco.

É algo que Romildo precisa pensar, antes de renovar com Renato.

Como falta apenas 1 jogo, a zebra pode aparecer até com gol de Alisson, por exemplo, mas o bom dirigente tem que ter discernimento do que é fortuito ou planejamento.

Esta renovação de Renato ou a vinda de um novo treinador está valendo a temporada inteira. 


sábado, 27 de fevereiro de 2021

Opinião



Rescaldos 



Brasileirão se foi e deixou algumas constatações:

- O Grêmio escapou de boa, pois podia amargar a mudança de posição da gangorra Grenal, bastava um único gol vermelho

- A estatística dava 75% de chances para o Inter e 6% para o Flamengo, após a rodada do Grenal. Adiantou?

- Bola de Prata em completo descrédito; elegeu Rogério Ceni, o melhor treinador do certame

- Parte da Imprensa alegou falta de coerência na não marcação da penalidade de Ramiro; para comprovar, menciona o pênalti assinalado em lance de Léo Moura em 2019. Pergunto: e aqueles repórteres/jornalistas que evocaram o regulamento que absolve o suposto infrator, quando está com o mão colada ao chão para defender a não marcação há dois anos atrás, também desistiram da coerência no lance de Quinta-feira?

- O Grêmio desde que retornou à Série A, reduziu o número de derrotas, sete, número ocorrido apenas uma vez desde 2005, algumas com o time reserva, tornando-se a equipe que menos perdeu no certame, pergunto: foi a excelência de seus laterais? A boa proteção dos volantes? As raríssimas aparições de Geromel e Kannemann juntos? Ou a performance discreta, mas eficiente de seus goleiros?

- A colocação do Tricolor (decepcionante) terminou com a paciência da torcida com Renato

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Opinião



Derrota na despedida e uma imagem preocupante 

Entre as várias alternativas de jogos desta noite, optei por ver o do Grêmio. Baixei o áudio da tevê e fiquei com as partidas do rádio e o olhar na telinha.

Era lógico que o "onze" desentrosado do Tricolor sofresse muito contra um dos melhores times do returno, jogando em seus domínios, então, a derrota era o resultado mais previsível.

Mas o Grêmio surpreendeu, porque resistiu bem, perdeu, é verdade, porém, se empatasse, não seria nenhum crime.

Do que vi e me referindo apenas aos desempenhos desta noite, houve algumas decepções: Churín tropeçou mais na bola do que em atuações anteriores, Darlan, discretíssimo, a zaga titubeou muito, já Pinares teve um bom segundo tempo, Cortez segue me convencendo que é mais confiável defensivamente do que o titular.

Se for para destacar alguém; Ferreira, o melhor do time e Júlio César, o goleiro. 

A imagem preocupante da manchete aí de cima: a televisão mostrou três vezes o treinador Tiago Nunes no estádio, fazendo anotações. Era tudo o que eu não queria.

O Grêmio não pode sair em busca de "aventuras". A história de "qualquer um que não seja Renato"  é irresponsabilidade. 

Renato saindo, o Grêmio não pode tomar decisões, escolhas, que façam o torcedor ter saudades do técnico muito rapidamente.

Basta ler os jornais paulistas na semana da demissão de Tiago Nunes para ver o estrago que fez no Corinthians. 

Não foi pouca coisa. 

Se for ele; 2021 é ladeira abaixo. 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Opinião




Saber contratar 

Às vezes, eu até ficava constrangido em tratar certos jogadores como sendo "bons para Coritiba, Goiás, Sport, etc...", pois parecia demonstrar um desprezo por eles, jogadores e clubes, mas a realidade me convence que era exagero essa minha auto cobrança. A realidade me deu razão.

Ao ler que Robinho está se acertando com o Coritiba, o rebaixado Coritiba, que Jael fechou com o Ceará e que Thiago Neves é bem aceito pelo "final de fila" Sport Recife, vi que as melancias se ajeitaram na carroça ou como diz Benito de Paula, tudo está no seu lugar. Jael até teve boa passagem pelo Grêmio, mas, certamente, ele ocupou o espaço de outro (no mercado) que possivelmente daria maior resposta. 

A exceção é Diego Souza. Exceção, repito.

O Grêmio não sabe contratar atleta de alto valor no mercado; basta olhar para os que deram certo: Kannemann e Pedro Geromel. Nenhuma aventura financeira.

Penso que as contratações a serem buscadas, devam recair sobre jogadores jovens como aquele Claudinho, pouco conhecido, quando disputava o Paulistão ou, lembrando o distante passado, foram Jardel e Paulo Nunes.

Jogadores como Borré, centro avante do River Plate ou noutra época, Lucas Pratto, seriam aquisições de alto risco com tendência para não dar retorno.

Melhor olhar para a base, porque, pelo histórico recente, são os que dão retorno em campo e financeiro.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Opinião

 


Vestindo a Camisa


Ler o “noticioso” esportivo, depois da derrota colorada neste Domingo, realmente, foi um grande exercício de aprendizado ou de confirmação de quase tudo que a gente já viveu no futebol.

Boa parcela da Imprensa exagerou na missão de vestir a camiseta de sua empresa (não confundir com a do Coirmão), com isso, vilipendiando a sua profissão, ignorando crises de moral ou consciência. O que valia nesta hora era faturar em cima da notícia, nem que fosse necessária a sua transmutação. Os fatos teriam que chegar ao torcedor vermelho de uma forma tocante, coincidentes com o seu estado de espírito; resumindo, faturar em cima dos acontecimentos.

Basta dar uma olhada para o dia seguinte do Grenal e o que se verá é uma minimização dos erros de arbitragem (pênalti em Ferreira), ausência de revisão do var na suposta penalidade máxima de Kannemann, porque, essa parcela da mídia gaúcha ficou entre a cruz e a espada; isto é, não poderia ser fiel aos acontecimentos ou ampliar a sua dimensão, pois seria considerada “gremista” justamente num clássico; então, a manchete principal direcionou-se para os 75% de chance de título do Inter e os apenas 6% do Flamengo.

A desastrosa atuação de Luiz Flávio de Oliveira virou pó, perdeu a importância. Não houve colunas raivosas, nem microfones indignados.

Agora, observando o lance violento de Rodinei em cima de Filipe Luiz, fico imaginando como seria se os protagonistas fossem Isla sobre Moisés, isso, com o idêntico desfecho: a expulsão do agressor (mesmo que não tivesse intenção, afinal Kannemann, também não a teve ao ver a bola ser tocada no seu  braço recolhido); como essa parte da imprensa trataria o caso. Faria uma segunda revolução farroupilha?

Alguns dessa parcela, chegaram a mencionar que em situações iguais, o mesmo juiz tomou outra decisão, dando apenas cartão amarelo. Eu digo: mérito para Rafael Klaus que deu vermelho, certamente, ao dar amarelo em lances semelhantes, ele errou; deve ter sido capacitado novamente, ter passado por uma reciclagem e, finalmente, acertou a cor do cartão. Repito, mérito para ele, porque repetir o erro para ter “coerência” é de uma burrice inominável. Klaus superou a ação equivocada do passado e acertou em cheio. Errar é humano, permanecer com o erro é inadmissível.

Olhem a imagem: há a bola longe, no meio, o pé esquerdo de Rodinei e a cena do "crime", o pé direito do defensor colorado sobre o tornozelo torcido, dobrado de Filipe Luiz. Nem em foto, nem em vídeo, nem que a vaca tussa, isso é para cartão amarelo.

O que essa parcela da imprensa trama, arquiteta é promover esse ambiente até o final da trigésima oitava rodada, quando, o Inter, vencendo, ela dirá que ele passou por cima de tudo; porém, em caso do título ficar na Gávea, baixando a poeira, dirá que venceu o melhor.

Quem viver, verá.




domingo, 21 de fevereiro de 2021

Opinião




Vitória em jogo invisível 

Partida do Atlético Paranaense é assim, só no radinho (até onde eu sei); então, fui de Guaíba, mas confesso que hoje, eu fiquei meio decepcionado, porque o veterano narrador "repatriado" pela empresa, passou boa parte da partida mais ou menos assim: " bola recuada para a zaga gremista; chega até a lateral esquerda. Toca prá lá prá cá (sua marca registrada), alcança o atacante que está na ponta, ele cruza, sai bem o arqueiro do Furacão, encaixa e lança para o ataque. A bola foge pela lateral. É arremesso para os donos da casa."

Incrível! Os atletas não são citados. Imagino, por falta de visão do narrador, então, a "banda toca desse jeito". É aquela minha postagem "Saber parar".

Mesmo ouvindo toda a partida, tive apenas uma grande certeza; o time foi mal escalado ou mal distribuído em campo, pois o clube paranaense esteve mais próximo da vitória; o Grêmio se safou pelas grandes defesas de Paulo Victor. O retrato do primeiro tempo.

Segue a inexplicável preterição de Ferreira, que mesmo sem aproveitar bem as chances, ainda apresenta mais empenho e melhores resultados do que outros.

No segundo tempo, o time cresceu com as entradas de Ferreira, Thaciano e Jean Pyerre. Churín participou do gol. O quinto jogador a ingressar foi David Braz, um zagueiro para dar maior segurança. Funcionou.

O saldo foi positivo, porque ganhou. Só isso.


sábado, 20 de fevereiro de 2021

Opinião



Bolzan Jr. e seu incômodo histórico 

O presidente gremista que acerta tanto na condução do Tricolor, carrega uma incomodativa marca; uma tatuagem difícil de ser removida; qual seja: quando se trata de investir pesado em contratações, ele fracassa. Fracassa rotundamente.

Não considero o acerto (na verdade, erro) com Diego Tardelli, a pior contratação, mesmo com os valores elevados e o contrato absurdo firmado em termos de duração, de tempo exagerado, afinal, ele tem histórico importante, goleador, seleção brasileira, faixa no peito de Libertadores e Copa do Brasil; havia uma lógica que legitimava a sua vinda. Nem a de Caio Henrique, que "veio, viu e voltou", quase igualando o tempo recorde de Cebola Rodriguez (outra gestão). Não, não foram elas, as piores.

Considero a aquisição de Diogo Barbosa, o símbolo deste estigma que persegue o presidente, embora os seus números mais modestos que outras frustradas tentativas de qualificar o elenco.

Por que a de Diogo Barbosa é o mais gritante equívoco? Porque é um jogador limitado, sem histórico de longa permanência em clubes, porque saiu (segundo se noticiou) R$ 10.000.000,00 (Dez milhões de reais) por módicos 25% (Vinte e Cinco por cento) dos seus direitos federativos, o antigo passe; para arrematar, "não desocupará tão cedo a moita", inviabilizando ou atrasando o processo de aproveitamento de jovens em ascensão. Resumindo: não há nada certo.

Sinceramente, analisando friamente, não tem razão, causas, justificativas, explicações para tão malfadada aquisição, considerando ser um negócio idôneo.

Agora, eu leio que, com a venda de Pepê e na hipótese de vencer a Copa do Brasil, o Grêmio poderá botar no bolso mais de Cem milhões de reais, neste caso, Bolzan Jr. terá uma chance magnífica de retirar de sua biografia, essa mancha que empana a máquina gremista e trava o clube de obter mais títulos nos gramados.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Opinião




Números, números, o que dizem ... 

Gosto da Papas da Língua. Parece que está dando um tempo na carreira. Pena.

Uma de suas músicas, "Esta não é a sua vida", nela há um trecho que diz ... números, números, números, o que é, o que são, o que dizem sobre você, esta não é a sua vida, esta não é a sua história ...

Renato passa dos 400 jogos no comando técnico. Perfeito! ele esteve por trás de cada momento destas 4 centenas, para o bem e para o mal. É representativo, tem peso. 

Já o que dizer dos 100 jogos de Thaciano com a camisa Tricolor ou de Jean Pyerre que se aproxima desta marca que no meu tempo de guri, seja pelo baixo número de jogos por ano, seja pela quase imutabilidade dos onze que saíam jogando, tinha mais relevância?

Talvez, daqui há pouco, Pinares atinja 50 partidas, porém, o que se terá de concreto, de relevante?

Números devem ser respeitados, no entanto, não são inquestionáveis. Precisam de análise.



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Opinião




A Base falha? 


Leio que o América Mineiro pretende aproveitar dois atletas oriundos da base gremista, vide Guilhermes

O Guedes e o Azevedo passaram o 2020 inteiro no elenco principal do Tricolor.

O primeiro, quando atuou, foi muito bem; depois, lesão e arquivamento; esse o seu histórico recente.

Já o segundo, alguém lembra dele, saindo jogando?

Olha-se para o time atual e o que se vê? Matheus Henrique e Jean Pyerre, ambos contestados, atualmente e Pepê, uma realidade bem-sucedida, mas à espera do voo para Portugal.

Como o Grêmio tem permanentemente uma base bem estruturada, isto é, com todas as categorias (diversos subs) ativas, sempre usando o pressuposto de possuir dirigentes atuando pelo bem do clube, por que não se tem uma maior presença de jovens entre os onze titulares?

A base, sua estrutura de produção, falha? É possível passar meio século sem formar um centro avante que saia dos juniores direto para o time principal?

Infelizmente, o que se tem no Brasil entre os grandes clubes é uma engrenagem que descarta a utilização massiva dos jovens. Apenas, quando a água bate no pescoço por necessidades financeiras ou pelos maus resultados em campo, como foi no meio do campeonato de 1981, após uma goleada impiedosa no Morumbi, Ênio Andrade fez uma cirurgia no time e acrescentado ao menino China (base); outros nomes surgiram: Paulo Roberto, Newmar, Casemiro e Odair; aí, a turma "de baixo" é lembrada e convocada.

Ficam perguntas: será que Guilherme Guedes, por exemplo, joga menos do que Diogo Barbosa? será que a força dos empresários é algo inquebrantável que altera a lógica do bom senso?

Ou tem algo maior?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Opinião




Arrojar-se 


Estar numa final é meio caminho andado. Não tem volta, ou seja, a possibilidade de botar a faixa, grosseiramente, é de 50%, grosseiramente. 

Este Grêmio de 2021 é um arremedo; está mal treinado, mal fisicamente, o emocional dá pistas de desgaste; por consequência, a injeção de confiança que acompanha os vencedores, está inócua. É a velha frase que não me canso de citar: num time ajeitado, o ruim vira médio, o médio vira bom, o bom vira craque, o craque vira extra-classe. Serve ao contrário, também. Parece ser o caso.

Esta escalação imutável do Tricolor, salvo lesões e suspensões, não trará o caneco para a Arena. Só uma intervenção divina, mas há mais preocupações para os deuses ou Deus se preocuparem neste momento.

Renato, portanto, vai ter que fazer uma cirurgia no time. Há a indecisão (dentro e fora de campo) na zaga, isto é, dúvidas nominais e vacilos dentro do gramado. 

Na lateral esquerda, já que Guilherme Guedes há um ano não joga, a prudência indica o retorno de Bruno Cortez. No meio, Darlan tem que entrar. Quem deve sair? Qualquer um. Na frente: aí, o arrojo maior do treinador. Alisson, já sabemos o que (não) rende. Ali está um daqueles furos que são imperceptíveis, numa visão distraída. Isso atrasa e muito o desempenho ofensivo gremista. 

Resumindo: Renato tem problemas nos três setores; como não tem muito tempo, o jeito é olhar para este grupo e ver de onde podem brotar as soluções.

Depois, bom, aí é renovação quase que total, botando faixa ou não.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Opinião




Quando o Grêmio decolou 


Leio em vários blogs e jornais que Maicon é fundamental para o Grêmio retomar o bom futebol ou ter chances de ganhar a Copa do Brasil; enfim, que sem ele as possibilidades de conquista se reduzem muito.

Se essa é a maré, então, estou nadando contra a corrente, pois olho e não consigo ver consequência para o time e na tabela, o futebol vistoso, dominador, hegemônico de Maicon.

Inexistem "pifadas" para os atacantes, nem lançamentos relevantes para os laterais e "pontas", tão pouco, o sistema defensivo fica robustecido com a presença dele.

Alguns jornalistas citam a queda de rendimento diante do São Paulo, após sua saída, mas, eu, em contra partida, vi crescimento na equipe diante do Botafogo com a sua substituição, portanto, é discutível esse ponto.

Se Maicon está há 12 meses sem completar uma partida inteira, é relativo esse rótulo de ser "fundamental" a sua presença contra o Palmeiras.

Observem: quando o Tricolor obteve uma sequência de vitórias, até empates relevantes que lhe garantiram um decolada na tabela, o capitão gremista estava fora das quatro linhas. Era o jovem e arquivado Darlan no time.

Que visualmente, a equipe parece demonstrar um futebol dominador com Maicon em campo, isso é correto, porém, também é correto afirmar que, na prática, esse falso domínio gremista é o sonho de "consumo" de todos os adversários do Grêmio. 

Não transforma em chances a sua posse de bola e permite contra ataques generosos e quase sempre mortais aos seus oponentes.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Opinião




Disco Arranhado 

Alguém pode, lendo a manchete, afirmar: - que falta de criatividade. Já sei do que se trata e não é nada novo. Neste caso, permitam-me afirmar que há uma variação que demonstra o meu pessimismo quanto ao final da temporada 2020/21.

Conservo comigo, todos os vinis (Lps) desde a minha adolescência. É uma proeza. Tenho um carinho especial pelos quatro, cinco, seis primeiros. No final do ano passado, eu descobri que o terceiro adquirido, Bolan Boogie, T.Rex, banda que se confundia com o seu líder, Marc Bolan, estava "pulando" a primeira faixa do lado B, Raw Ramp. Usei meus limpadores de disco, lavei com detergente neutro; fui para a internet em busca de solução e, vencido, finalmente, comprei outro ao preço de R$ 160,00 + o frete. Valeu a pena, parece "zero bala".

Essa história me faz lembrar do sentimento que tive com relação a Renato. É bom ressaltar que não acho que devesse sair em 2018; quando fomos roubados em casa no confronto com o River e merecíamos ir para á final da LA, assim como a Copa do Brasil, quando uma falha individual permitiu que uma bola parada (escanteio) fosse cabeceada dentro da pequena área (revi ontem, mais uma vez).

Agora vem a história do elepê avariado e suas infrutíferas tentativas de repará-lo; tinha esperança que Renato se renovasse, reconsiderasse determinadas escolhas, se "repaginasse", mas o disco permaneceu arranhado e eu me rendi à solução de por um novo treinador na casamata gremista.

Leio pela enésima vez, vide Grêmio Diferente que o treinador afirma que o Tricolor será outro, diante do Palmeiras. Sinceramente, não dá para acreditar. Por que?

Porque o time de Renato, faça sol, apareçam nuvens carregadas, céu de brigadeiro ou chova canivete é: Vanderlei; Victor Ferraz, Pedro Geromel, Walter Kannemann e Diogo Barbosa; Maicon, Matheus Henrique, Jean Pyerre e Alisson; Diego Souza e Pepê.

Só troca por lesões ou suspensões, senão, podem estar jogando absolutamente nada (Alisson), podem ser limitados (Diogo Barbosa e Alisson, novamente), final de carreira visível (Maicon) ou abaixo do que podem render (Matheus Henrique, Jean Pyerre e Pepê), que estarão no time independente de atuações ou resultados do time em campo. Cadeira Cativa.

Erros como não escalar estrangeiros de cara ou atrasar a ascensão de juniores, Renato repetiu à exaustão. Pois, quando se contrata um estrangeiro com uma certa rodagem, o natural é escalá-lo logo e, comprovada a sua inaptidão ou falta de adaptação, retirá-lo. 

Gata Fernandez jamais poderia vir para "compor grupo". Ou entra no time ou não vem. Mesmo caso de Pinares. O cara é da seleção chilena; aí, alguém vai dizer: - não joga um ovo. Bom! então está configurado o erro de avaliação.

Trazer atletas com nome e titularidade no exterior e ficar escalando (quando escala), faltando 5, 10 minutos para o final da partida, pode ser chamado de tudo, menos de gestão de grupo.

O mesmo pode se dizer de juniores que entram e, mesmo que, minimamente, apresentam melhor desempenho que outro (Ferreira com Luiz Fernando), ficam sempre no final da fila; é um erro colossal como treinador e repito, gestor de grupo.

Quando é dito que o Grêmio será diferente, não dá mais para acreditar, nem por novos nomes entre os onze, nem por outra atitude.

Como no caso do meu álbum do T.Rex, o jeito vai ser trocar.


domingo, 14 de fevereiro de 2021

Opinião




Descendo a Ladeira

Está muito difícil acompanhar os jogos do Grêmio sem perder a paciência ou o (bom) humor. 

Contra o Botafogo estavam em campo 5 reservas + Maicon que não completa uma partida inteira há mais de um ano e foi uma goleada com alguns aspectos positivos, mas eu e outros parceiros do blog fizemos a ressalva que seria interessante ver o que aconteceria diante do São Paulo.

E veio a rodada seguinte, confronto de Tricolores na Arena e o que se presenciou foi algo quase irrepetível: nenhum atleta gremista, ninguém mesmo, teve desempenho minimamente decente. Um desastre que foi mascarado pelo gol acidental (por tudo que se via no jogo) de Diego Souza. O Grêmio não merecia sair para o intervalo ganhando. Nem o São Paulo. É daqueles jogos que costumo dizer que se houvesse no regulamento perda de três pontos para ambos os contendores, esse dessa noite é um exemplar típico. Uma porcaria.

A sensação é que os jogadores já sabem que Renato não ficará, por sua vez, o treinador cônscio disso, se permite manter velhas e inconsequentes alternativas ou, pior: fazer concorrência com o Prof. Pardal, célebre criação da galeria de Disney e desestruturar o setor defensivo que já era uma avenida do goleiro ao centro médio, isto é; cinco posições, o que resumindo dá meio time.

Mas e a outra metade desse "meio time"? Me expliquem o que fizeram Jean Pyerre, Matheus Henrique, Pepê e Alisson? Diego Souza fez o gol e nada mais.

E os que entraram? Lucas Silva perdido. Thaciano, invisível. Luiz Fernando, antes de Ferreira? Outra agressão ao bom senso. E Pinares? Bom, ele demonstrou que está puto da cara com toda a situação de não aproveitamento ou de entrar faltando 5, 10 minutos. Sua expulsão vem de seu descontrole e da ruindade da arbitragem que não deu a falta de Reinaldo em Luiz Fernando, aí, ele resolveu "fazer justiça com os próprios pés".

Aliás, as arbitragens do "Gacibão 2020/21" são o que de pior acontece na competição e vendo a excepcional série Doutor Castor (4 episódios na Globoplay), no final, há uma fala que diz que o futebol sempre foi  corrupto, a gente fica com "uma pulga atrás da orelha" com as situações e especialmente, com as coincidências que vem dando forma, ou seja, vem conformando com muito asco este final de campeonato.

Para encerrar: o Grêmio deve incluir no seu planejamento para 2021, os complicados compromissos de pré-Libertadores, porque essa é a perspectiva que mais se aproxima do clube neste mês de Março.

Tem muita coisa errada e a construção que o presidente fez, pode ruir rapidamente se as medidas necessárias nâo forem tomadas em tempo hábil e de forma eficiente.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (246) - Ano - 1990

O Mago 

Fonte: Jornal Zero Hora

Entre a torcida gremista, havia uma pequeníssima parcela (mas, barulhenta) que achava que treinador de "fora" não servia ao Tricolor, porque alterava o "dna" do time, contrariando a tradição do clube.

Nunca partilhei desse sentimento, especialmente porque foi um mineiro (Telê Santana) quem quebrou o maior jejum de títulos da centenária história do Grêmio.

Além de Telê, há o ex-craque do Flamengo, Barcelona e Real Madrid, Evaristo, que não foi bicampeão mundial (58 e 62), porque a CBF tinha como critério convocar apenas atletas que jogavam no país para representá-la nas Copas do Mundo. Em 1970, Manga, o maior goleiro brasileiro, também ficou de fora, pois estava no Nacional do Uruguai.

Evaristo era inteligentíssimo. O carioca de bem com a vida que sabia cobrar sem gritar ou fazer ameaças. Dizia-se que era o único técnico brasileiro que tinha autorização para ligar para o telefone pessoal do sheik do Catar, tamanho era o seu prestígio no mundo árabe.

Conseguia extrair o máximo de elencos modestos ou de qualidade mediana como foi o caso do Bahia, campeão brasileiro em 1988 ou na partida final da Copa do Brasil de 1997, em que o Tricolor ganhou o seu terceiro título com uma equipe remendada, causada por lesões e cartões amarelos. Foi para o Maracanã como autêntico azarão, dark horse e saiu com a taça.

Em 1990, sua primeira passagem pelo Imortal, ele pegou um elenco sem grandes estrelas e fez uma campanha brilhante no Brasileiro: em 23 jogos, fez pontuação inferior apenas ao campeão, Corinthians, que teve dois jogos a mais, os da final (32 pontos contra 29). Até a semifinal tinha a melhor campanha, mais pontos, maior número de vitórias, melhor ataque da competição, um gol a mais do que as defesas menos vazadas, maior saldo de gols. Era, em tese, o melhor time do certame.

Aí, o detalhe entrou em campo: no jogo de ida da semifinal, Evaristo perdeu o seu principal zagueiro (João Marcelo) e um menino vindo do Pelotas teve a incumbência de marcar Raí. Ele não foi bem e o resultado foi 2 a 0. Ambos os gols dele, Raí, além da não marcação de uma penalidade escandalosa no lateral Alfinete, o que alteraria o rumo daquele embate.

Na volta, o São Paulo de Telê, segurou o resultado que foi de 1 a 0 para o Imortal, gol de Maurício. E assim, o maior destaque da competição, o de melhores números, ficou de fora da decisão.

Evaristo era tão bom treinador que esse elenco de 1990 era o mesmo no ano seguinte e sem ele na casamata, o Grêmio foi de melhor time do Brasileirão para o seu primeiro rebaixamento.

No dia 08 de Dezembro, um Sábado, o Tricolor teve a difícil missão de reverter a situação de 0 a 2 do primeiro confronto.

Evaristo naquela tarde utilizou: Sidmar; Alfinete, João Marcelo, Vílson e Hélcio (Biro Biro); João Antônio, Donizete e Wolney Caio; Maurício, Nílson (Darci) e Assis.

Telê Santana mandou a campo: Zetti; Cafu, Antônio Carlos, Ivan e Leonardo; Bernardo, Flávio e Raí; Alcindo (Ronaldão), Eliel e Elivélton.

Enfrentando um adversário mais qualificado e bem treinado, o Grêmio teve dificuldades na parte ofensiva, tendo no centro avante Nílson, a figura mais apagada, tanto que no intervalo, ele foi substituído por Darci, passando Maurício para o comando do ataque.

A troca deu resultado logo aos três minutos, quando Caio lançou Maurício, o camisa 7 avançou, driblou o arqueiro e de pé esquerdo marcou o 1 a 0. As esperanças renasciam para a maioria dos 40 mil torcedores no Olímpico.

Com poucas chances, o Tricolor do Sul teve contra si, um incidente nas arquibancadas, quando alguém gritou "vai cair", gerando um tumulto, onde treze pessoas saíram feridas, alterando o ritmo da partida.

Incrivelmente, o juiz Wilson Carlos do Santos não concedeu um minuto sequer de acréscimo, o que, junto a uma suposta sonegação de penalidade no final da partida em Maurício, aumentou a ira gremista após o trilar do apito final, tendo o goleiro Sidmar peitado o juiz, sendo contido pelos policiais.

Assim, em pequenos detalhes nos dois jogos de sua semifinal, o Grêmio de Evaristo de Macedo, assistiu a decisão entre Corinthians e São Paulo com a sensação que a conquista do certame nacional lhe escapara por pouco.

Seguem os melhores momentos:




Fontes:     Arquivo pessoal do amigo Alvirubro   
                 Wikipedia
                  Jornal Zero Hora

                    
 
        



 


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Opinião




Hora de agir com a Razão

 

O jornal Zero Hora enumerou os atletas que terão contratos finalizados até o final deste ano (2021). São eles: Robinho - 28/02/2021, Júlio César - 28/02/2021, Luiz Fernando - 28/02/2021, Maicon - 31/12/2021, Diego Souza - 31/12/2021, David Braz - 31/12/2021, Cortez - 31/12/2021, Brenno - 31/12/2021, Leonardo Gomes - 31/12/2021,Victor Ferraz - 31/12/2021, Vanderlei - 31/12/2021 e Machado - 31/12/2021.

Sinceramente, eu renovaria apenas com Brenno, talvez Leonardo Gomes. Os demais tem gás apenas para este ano, por mais que tenham bons serviços prestados. Cortez, Maicon, Victor Ferraz,Vanderlei, David Braz estão na descendente em suas carreiras. A tendência é de decréscimo maior.

Júlio Cesar, Luiz Fernando não tiveram as devidas chances que foram dadas a outros das suas posições, portanto, alguém no Grêmio já deu o veredito quanto à continuidade.

Felipe Machado é jogador de Série B. Robinho nem deveria ter vindo. 

Minha dúvida é o aproveitamento de Diego Souza.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Opinião




Caindo nas Graças

Até onde a análise e interpretação dos fatos pela Mídia são sinceras ou desinteressadas?

Assim como na postagem anterior, eu recorro ao passado para exemplificar.

Nos anos 70 e 80, situações como essa que narro a seguir eram corriqueiras. Situação um: Cláudio Adão, Nunes ou Baltazar, três camisas 9 do Flamengo, qualquer um deles e todos eles, deram passes importantes para Zico marcar gols. O Galinho de Quintino, nestas ocasiões, era elogiado pelos gols oriundos dessas contribuições. O gol era o maior acontecimento. 

Corta! situação dois: Zico dá um passe maravilhoso para o tento de qualquer um desse trio; resultado: A "pifada genial" do camisa 10 da Gávea era o que de mais importante ocorrera no lance. O velho Zico deixando seu companheiro na cara do gol. 

Mais outro exemplo: o goleiro A(mado) e sua cotação na partida: nenhuma defesa difícil, um assistente privilegiado da partida. Nota 7.

O goleiro D(esprezado) e sua cotação na partida: nenhuma defesa difícil, um assistente privilegiado da partida. Nota 5.

Atualmente, eu vejo um superdimensionamento na importância de Maicon para o time. Importante essa palavra: super. Lógico que se trata do jogador mais técnico do elenco, um jogador de sinuca (um Carne Frita, um Ruy Chapéu dos gramados), mas faz 12 meses que não completa um jogo.

Agora, se diz que Matheus Henrique melhorou com o ingresso dele e seu crescimento é visível como ocorreu diante do Botafogo (o rebaixado Botafogo). Verdade. Mas como Zico, se está valorizando com um olhar generoso, pois o melhor momento do camisa 7 gremista ocorreu, após a saída do capitão Tricolor, quando fez dois gols.

Estivesse Maicon atuado na etapa final de forma integral, o discurso seria o seguinte: a presença de Maicon no time permitiu os avanços de Matheus Henrique na área adversária, fato que determinou dois gols do jovem volante.

Finalizando: um jogo didático para mim, aquele Flamengo 5 a 0 de 2019. O Grêmio brincou com fogo, ficou ignorando a carência da lateral direita (Léo Moura e Galhardo) e quando a onça foi beber água, recorreu a Paulo Miranda. Igualmente, ignorou o comportamento psicológico de Paulo Victor em decisões e desprezou as péssimas condições físicas de Maicon para cumprir atividades básicas de meio de campo.

Estar "preparando" Maicon para os jogos contra o Palmeiras com a ideia de ser o diferencial do time, demonstra que as lições das derrotas, não foram aprendidas.

Maicon é um craque com a bola nos pés, sem ela, o caminho da roça está pavimentado para a festa dos adversários.




  

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Opinião




Saber Parar 

Há dias que eu queria postar algo sobre este assunto bem delicado; a hora de "pendurar as chuteiras".

Admiro Pelé, porque dentro de campo ele fez tudo certo na hora certa. Soube parar. Parou na Seleção em 1971, parou no Santos em 1974, indo desbravar o inóspito território da bola nos Estados Unidos, onde pode prosseguir sem cobranças ou decepções.

Quando eu dava aula de História e Sociologia, batia muito na tecla da análise dos fatos e comportamentos, sempre considerando o contexto. Sem isso, o risco do erro, da injustiça seria grande e muitas vezes, fatal. A chance de ser irresponsável, equivocado e soar anacrônico na interpretação do estudo era imensa. Para exemplificar eu utilizava o verbo traficar que significa  comercializar. Traficante (de escravos) era a atividade dos senhores mais ricos do Império brasileiro, a profissão mais comum entre os senadores. Hoje, traficante leva à memória, atividades ilícitas e perigosas. o orgulho com que os senadores se apresentavam nos Séculos XVIII e XIX, atualmente seria motivo de recriminação pela origem desumana da natureza do comércio, embora a legalidade do ato naquele período.

Na final da década de 60, o maior ídolo do Flamengo era Fio, o camisa 10, que antes de ser consagrado como Fio Maravilha na música de Jorge Ben(jor) era chamado pelo meio esportivo de "Crioulo Doido". Na mesma época, Paulo Borges, ponta direita do Bangu, campeão carioca em 66, foi vendido para o Corinthians, maior transação do futebol brasileiro. Pois ele viu seu apelido Risadinha ser substituído por "a Gazela do Parque São Jorge", reduto corintiano, antes de Itaquera. Era o contexto.

Hoje, apelidos assim são ofensivos, até passíveis de execração pública de quem ousar utilizá-los. O mundo mudou. Imagino que para melhor nestes aspectos.

Onde eu quero chegar? Há profissionais que por necessidade financeira, talvez medo de dar o passo para a aposentadoria ou da solidão, quem sabe, teimosia, insistem em se manter na ativa, sem perceber que o mundo está girando, que ele é dinâmico e suas condutas, antes aceitas sem restrições, atualmente são integralmente desatualizadas, algumas até sem consequências maiores, outras definitivamente arrasadoras para os novos tempos, manchando a biografia tão bonita por uma ação derradeira e absolutamente nociva. O chamado "sem noção".

O risco de repetir o caso de Dercy Gonçalves, um ícone do cinema, teatro e televisão, esta última que ajudou a dar forma e êxito, mas que ficou na história para os mais jovens como a "a anciã desbocada" é potencialmente alto.

Algumas biografias cinquentenárias, por falta de um fim no momento exato, podem ganhar um carimbo, uma tatuagem definitiva por um escorregão causado pela imprevidência de prosseguir na mídia, quando tudo indicava para o acionamento do "Stop" em suas carreiras.

Uma pena!



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Opinião




Grêmio goleia o Lanterna

Antes de mais nada, importante mencionar que foi um jogão de se ver. Primeiro porque o time que a gente torce, goleou; segundo, muitas chances de gols; terceiro, o aparecimento de jovens promissores no Botafogo. 

Mateus Nascimento, menino de 16 anos, é fora de série. Um entusiasmo igual, eu tive quando vi Soteldo na Universidad de Chile. Esse menino, se o Grêmio tiver grana e inteligência, deve comprar correndo.

Parece contraditório o que escrevo, mas esse Botafogo, individualmente , é muito bom: Kevin, Cesinha, Rafael Navarro e Mateus Nascimento; mais menção honrosa para Kayke e Mateus Babi. Falta estrada, sequência e entrosamento para essa gurizada.

E o Grêmio? Paulo Victor fez um milagre e defesas importantes, Vanderson é muito bom; apenas um detalhe: faz 45 minutos distintos, sempre. Talvez seja preparo físico. O miolo de zaga não foi bem; David Braz, mal e Paulo Miranda escorregou no segundo gol. Cortez fez a partida correta. Bem defensivamente e alguns cruzamentos bem executados.

No meio, Maicon não me convence. Infelizmente, não consegue acompanhar os adversários no combate e isso deve ser prioridade para quem atua neste setor do campo. O grande jogador de 2016 e 17 não existe mais.

Jean Pyerre, o dono do jogo. Botou no bolso. Se fosse sempre assim, ninguém contestava e seria nome cogitado para a Seleção. Matheus Henrique, um começo discreto, depois cresceu a ponto de fazer dois golaços. Pode ter recuperado o seu bom futebol.

Alisson fez sua melhor partida desde que voltou. Fez gol, fechou no meio, deu assistências. Sorte que o treinador dá sequência para ele, algo que outros não são agraciados com essa "dádiva".

Pepê, sempre perigoso. Parece recuperar a alegria de jogar.

Churín retornou, perdeu uma chance ótima, muita combatividade e uma cobrança de pênalti correta, ainda assim, o mais discreto do time.

Dos que entraram: Isaque participou da construção de dois gols, Lucas Silva, Rodrigues melhores do que Thaciano e Ferreira.

É o Botafogo, o rebaixado Botafogo, mas foram cinco gols. É um (re)começo.


domingo, 7 de fevereiro de 2021

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (245) - Ano - 1981

Baltazar, o Centro Avante que empilhava Gols 

Fonte: Revista Placar

Os grandes camisas 9 que vi no Grêmio, Alcindo, Tarciso, André, Baltazar e Jardel, todos poderiam ganhar apostos adicionais; Alcindo, o Completo. Sabia fazer gols de todo o jeito, inclusive faltas e pênaltis; Tarciso, o Persistente, tanto que virou ponta direita para ganhar o devido reconhecimento; André, o Cerebral, o gênio dentro e fora da grande área; Jardel, o Efetivo, bastava "meia chance", que marcava. Deixei por último, o iluminado Baltazar e seu adjetivo que se vê até nas peladas de rua: Fominha.

Há exatos quarenta anos, 07/02/81, um Sábado, no maior estádio do mundo, o Maracanã, Baltazar, o artilheiro de Deus, marcou três vezes contra o Botafogo; isso num espaço de treze minutos (10, 16 e 23 do primeiro tempo), fazendo com que todos temessem por uma goleada sem precedentes entre estes dois gigantes. Na etapa final, o Botafogo reagiu e o placar ficou em 3 a 2, mais condizente com o histórico de seus clubes.

Era partida da sétima rodada do Brasileiro que três meses depois, teria a consagração definitiva do Tricolor gaúcho no Morumbi, dia 03 de Maio, 1 a 0, gol dele, Baltazar. Grêmio campeão nacional e o Botafogo, semifinalista.

O time de Ênio Andrade entrou a mil, quase marcando aos dois minutos numa boa defesa de Paulo Sérgio num chute do camisa 9; aos quatro, Uchoa marcou, mas estava impedido e aos dez minutos, Dirceu bate falta para De Léon, este chuta, Baltazar desvia e marca o 1 a 0.

Aos dezesseis, Baltazar usa a cabeça num escanteio batido por Tarciso. 2 a 0.

Aos vinte e três minutos, novo escanteio da esquerda; Vantuir toca de calcanhar, Odair tenta o gol e Baltazar aproveita o rebote. Emenda. 3 a 0. O Botafogo atônito, assiste o passeio gremista. 

Até o final da etapa inicial, o clube carioca tratou de se fechar e esperar pelo intervalo para evitar o desastre.

Paulinho de Almeida Ribeiro, treinador gaúcho que deu o bicampeonato regional no ano anterior ao Grêmio, ex-lateral de times históricos do Vasco da Gama e Seleção Brasileira na década de 50, ajustou o time como ingresso de Jérson (com J mesmo) e contou com o recuo inexplicável do adversário.

Com o maestro Mendonça voltando melhor; descontou aos catorze minutos, quando o próprio Mendonça bateu de forma perfeita uma cobrança de falta no ângulo superior direito de Leão. 1 a 3.

O Botafogo seguiu pressionando e o Tricolor tentando garantir a vantagem, a partida chegou aos minutos derradeiros e o sufoco gremista aumentou, no momento, em que Mendonça entrou na área, cabeceando nas costas de Dirceu, pegando a sobra, tirando Leão do lance. 2 a 3.

Aos quarenta e três, Revelles fez boa jogada, passou para Édson que poderia arrematar, mas equivocadamente, resolveu atrasar para Mendonça, que acabou chutando prensado com a zaga, perdendo o gol de empate e a possibilidade de se igualar a Baltazar na artilharia da tarde.

José Assis Aragão foi o árbitro e o Grêmio usou: Leão; Uchoa, Vantuir, Hugo De Leon e Dirceu; China, Renato Sá e Vilson Tadei; Tarciso, Baltazar (Héber) e Odair (Paulo Bonamigo).

O Botafogo utilizou: Paulo Sérgio; Gilmar, Gaúcho, Zé Eduardo e Serginho; Rocha, Mendonça e Marcelo (Jérson); Edson, Mirandinha e Ziza (Revelles).

Além de Baltazar, o grande nome do Grêmio foi Vilson Tadei, já prenunciando que seria o grande condutor do meio de campo gremista ao lado de Paulo Isidoro, que neste confronto fez muita falta.

Baltazar deixou seu nome na história gremista pelos títulos e gols que marcou na sua curta passagem pelo Imortal. 

Está entre os 10 maiores goleadores do Grêmio.

Segue o compacto: 



Fonte:  Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

             Revista Placar

             Arquivo Histórico de Santa Maria

             Correio do Povo

             Zero Hora

             Gremiopedia



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Opinião




Para superar o histórico 

Início de ano, mesmo que esse seja atípico, é hora das primeiras notícias de futuras contratações nos clubes e no Grêmio não será diferente.

No Tricolor, parece haver uma sina, porque as aquisições dos últimos anos, por razões diversas, não dão o retorno esperado. 

Digo razões diversas, pois são jogadores de diferentes históricos, diferentes origens e valores díspares, que é impossível creditar a uma única causa ou indicativo, o malogro delas.

André, Vizeu, Tardelli, Marinho, Luciano, Caio Henrique, Rômulo e recentemente, Orijuela, Diogo Barbosa, Pinares e Churín, são exemplos, que, repito, por fatores diversos, não dão o retorno esperado pela torcida e instituição.

Vanderlei e Victor Ferraz, talvez Lucas Silva, acabam sendo exceções neste histórico de frustrações, mesmo assim, o que esse trio apresenta é menor do que as suas biografias apontavam.

A Direção tem nova chance para evitar que a grana ganha na venda de jovens e talentosos jogadores seja queimada inultimente.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Opinião





A Novidade Ruim 

Há pouco tempo, o Tricolor era a defesa menos vazada (com folga) do Brasileiro, bastaram 10 gols nas 4 últimas rodadas e o time desceu na tabela. A média que era menos de 1 gol por partida, subiu para 2,5 neste quarteto de enfrentamentos. Um absurdo, isto quer dizer que para vencer o jogo, está comprometido a fazer 3. Não dá.

Escrevi que ajeitando o meio de campo, o time se acertaria. Verdade! "na verdade, meia-verdade", porque se ele se desarranja sem Lucas Silva ou a figura de um volante mais tradicional, além da absoluta ineficiência de Alisson,  outro fato se descortina claramente à medida que o campeonato se afunila; isto é, a defesa piorou muito.

A simples chegada de Churín mexeu com o futebol de Diego Souza que se desacomodou e melhorou, então, dá para fazer seguinte correlação, a saída de Orijuela, coincidência ou não, trouxe um Victor Ferraz menos efetivo, pelo menos, na arte de defender.

A titularidade discutível de Rodrigues é outro fator de desestabilização defensiva com respingo nas atuações de Kannemann. O jovem zagueiro vem falhando sistematicamente. Se o erro diante da Universidad Católica no Chile, com menos de 1 minuto em campo (lesão de Geromel), pode ser creditado ao momento, a fogueira que encarou, os demais (e são vários) não encontram explicações que não sejam de seus aspectos técnicos e táticos. 

Ele não está bem.

Chegamos à lateral esquerda. Quem é/foi o mentor de tão desastrada contratação? Não é possível que não sabiam das limitações de Diogo Barbosa. Seu futebol é "gêmeo" do praticado por Egídio, Marcelo Hermes ou Márcio Azevedo, por exemplo; ou seja, um futebol cheio de defeitos, mas repletos de maneirismos que mascaram suas limitações defensivas. Limitações essas,  fatais para os clubes que jogam.

Por fim, os erros de arbitragem existiram e prejudicaram barbaramente o Grêmio, no entanto, eu faço mais uma constatação: Pedro Geromel tem tanto azar, quanto os demais jogadores gremistas? Quantas penalidades máximas, fruto de trapalhadas, de enroscos de braços, ele cometeu?

Se é apenas sorte, dá para utilizar aquela frase surrada: a sorte acompanha os bons.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Opinião




Grêmio sofre castigo no final 

Analisando apenas esta partida, hoje, o Grêmio mereceu vencer, apesar dos defeitos que apresentou, sempre lembrando que o Santos estava desfalcado dos quatro melhores jogadores: Lucas Veríssimo, Diego Pituca, Soteldo e Marinho.

No mínimo, dá para dizer que essa trinca sempre deu azar para o Tricolor: Héber Roberto Lopes, Ricardo Marques e este Wilton P. Sampaio. Sempre tem rolo, tem confusão e geralmente, o prejudicado é o Grêmio.

Minha opinião: falta em Rodrigues no primeiro gol do Santos, não houve pênalti em Pepê e o Matheus Henrique estava de costas, foi empurrado e é marcado penalidade. Não foi. Também,  Madson agrediu Matheus Henrique e nem amarelo recebeu.

O time melhorou, Jean Pyerre jogou mais, o primeiro tempo de Lucas Silva foi aceitável e Pepê evoluiu. O 3 a 1 era  o placar que espelhava o que se via em campo, aí, os pênaltis ...

Claro! Este empate vai para o agregado, somando 17 em 34, o que é péssimo; também, a estatística arrasadora do duelo Renato versus Cuca, amplamente favorável ao paranaense.

Individualmente, Vanderlei, uma defesa importante no primeiro tempo, sem culpa nos gols, os laterais, Victor Ferraz, bem ofensivamente, discreto na defesa; Rodrigues, apesar da energia, disposição, começo a pensar em Paulo Miranda ou David Braz para a decisão da Copa do Brasil. O jovem tem vacilado em lances que resultam em gols dos adversários. Por fim, Diogo Barbosa, este não tem condições de jogar no Grêmio. Só isso. Nem vou perder tempo.

O meio melhorou, mas é ou está insuficiente para enfrentar os desafios que um clube grande encara. Sempre falta alguma coisa, nunca se completa, melhora numa jornada em alguns aspectos, depois, não confirma nas partidas subsequentes. Difícil entender.

Diego Souza, ainda é o atleta que dá o melhor desempenho. Pepê, como escrevi, começa a retomar o bom futebol. E Alisson? Deixa assim, ele não tem culpa.

Ouvindo o rádio neste momento, há um cuidado em analisar não apenas a partida de hoje, mas agregar aos resultados ruins.

Então, que seja assim. No conjunto, a confirmação do mau momento, individualmente, esta partida teve a mão decisiva da arbitragem.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Opinião




Réquiem para um Meio de Campo 

Primeiro, eu devo dizer que o Grêmio passa bem pelo Santos, amanhã, porém, o resultado positivo, não será um revés na opinião que segue, um cala-te boca. São situações distintas, a possível/provável vitória sobre um time combalido pela perda da Libertadores, não invalida o texto abaixo. 

Lucas Silva, Matheus Henrique, Jean Pyerre e Alisson, este quarteto já comprovou que está dissonante com o moderno e eficaz futebol praticado pelos times atuais.

Ele só seria aceitável se fosse composto por, pelo menos, dois extra-classes, não é o caso.

Fico pensando se o nosso camisa 5 fosse Diego Rosa e o quarto homem de meio pela direita, Tetê, qual seria o tamanho da diferença?

Esses quatro nomes atuais com apenas a variação do "fantasma" Maicon, isto é, em campo, de vez em quando e em poucos minutos, não dão sustentação ao time, quiçá, a uma temporada com a exigência de quem disputa quatro competições num ano.

De todos os erros cometidos por Renato, o maior, penso, foi ficar refém de sua ideia, de sua escolha de nomes para o meio e, principalmente, de sua resistência em buscar alternativas novas, oxigenadas, que inserissem o time no modelo vigente em campo e no pensamento dos grandes comandantes técnicos ao redor do mundo. Pelo contrário, quando indicou nomes, estes foram os fracassados Thiago Neves e Robinho.

Triste fim.




segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Opinião




Penalidades Máximas 

Estou entrando num período de duas semanas de férias, então, não estranhem postagens em horários "bruxos".

Trato de dois assuntos: o primeiro diz respeito ao início da reconstrução do time gremista, visão de um torcedor distante fisicamente, mas com alguma rodagem nesta cachaça chamada futebol. Qual é?

O Tricolor deve se voltar para ajustar o meio de campo. Ontem, eu vi um pedacinho da primeira etapa de Inter e Bragantino e fiquei entusiasmado pela velocidade de execução do meio e ataque do "Massa Bruta". Jogadores habilidosos, insinuantes e principalmente, leves, parecendo mais magros do que os demais. Foi uma surpresa saber depois que eles haviam sido derrotados.

Repetindo: A reconstrução do time gremista passa obrigatoriamente por mudanças táticas, de postura anímica e de nomes naquele setor. Ajeitado ali, a defesa e ataque passarão por uma melhoria brusca e positivamente acentuada.

Segundo assunto: num primeiro momento, eu achei que Jean Pyerre bateu bem o pênalti; neste caso, um grande mérito de Wilson, goleiro manhoso, experiente, inteligente, que por essas surpresas da vida, não teve maior êxito do que ser goleiro de time médio.

Logo, refleti que já escrevera que não existe cobrança bem batida que não tenha o desfecho invariável do tento. Portanto, cobrança bem feita; aquela que entra de forma inapelável.

O que é de forma inapelável? Existe uma fórmula, na verdade, um cálculo que nem goleiro de 2 metros de altura e veloz pode pegar. Basta a Comissão Técnica mostrar um cálculo da física que implique a equação: velocidade, altura e direção, isto é, um chute forte, cerca de 1 metro acima do chão com o objetivo de atingir a rede lateral do arco, "a bochecha".

Se o batedor tiver dificuldade de compreensão entre número e fórmulas, basta pegar uma camiseta, atar na rede, onde a bola deva entrar e insistir. O alvo e sua missão.

Garanto que nem o velho Manga e também, o belga Courtois, ambos com muita envergadura, conseguiriam alcançar.

Para pegar, só com a complacência dos sopradores de apito, aceitando um movimento irregular dos arqueiros. Caso contrário, após a cobrança, a bola vai para o centro de campo e reinício de partida.