Uma Noite Histórica para o Imortal
Talvez os mais confiantes ou visionários poderiam imaginar (ou esperar) um desempenho e efetividade tão grandes do Grêmio nesta volta, que era bem temerosa por tudo o que acontece no Estado e a longa parada de um mês, enquanto seu adversário entrou em campo classificado e invicto há 5 jogos. Para mim, como escrevi ontem, era uma grande interrogação. Melhor assim, pois o resultado fica mais gostoso de se saborear.
Tem-se que olhar para o jogo como um fato isolado, pois ele acabou sendo pelas circunstâncias bem conhecidas e, desta forma, os pequenos erros devem ser relevados. E foram bem pequenos, realmente. Verdade que o Strongest vira presa fácil fora da Bolívia, mas a goleada se explica mais pela ótima atuação gremista, onde Diego Costa, Gustavo Nunes, Nathan Fernandes, Dodi e João Pedro se sobressaíram num "universo" de várias performances dignas de elogio, inclusive Marchesin e Galdino, que fez o seu gol em bela jogada, mas longe do lugar que foi inicialmente escalado pelo treinador. Avançou e arrematou como os antigos pontas como Éder, Nei (Palmeiras), Lula (Fluminense e Inter) e até o meia esquerda que completou o ataque do Tri de 70, Rivellino.
O clima do Couto Pereira lembrou o Olímpico. Até a charanga foi melhor ouvida e a posição das câmeras deu ao telespectador a tradicional ambiência do casarão da Avenida Carlos Barbosa.
De tudo que vi, apenas um reparo: Gustavo Nunes não pode ser reserva. O técnico agindo assim como está, não pune tão somente o time, mas igualmente, o torcedor de futebol, mesmo aquele que vai ao estádio ou senta à frente da tevê para assistir sem um envolvimento emocional.
Dizer que Galdino "cumpre importante função tática" é um filme repetido para a massa gremista, que já assistiu películas semelhantes com Alisson, Ramon, etc...
Com Gustavo Nunes e Nathan Fernandes, o Grêmio desmanchou The Strongest, apesar do significado pretensioso do nome.
Por fim: Esta partida entra para a história do clube por ser carregada de emoção e pelo "final feliz".