Boleiros
Renato avisou que a concentração está antecipada. Ele é do ramo e sabe que isso é um componente que pode se constituir num detalhe decisivo nas retas finais de campeonatos.
Revelou que fez isso nas finais da Copa do Brasil e mais recentemente no enfrentamento diante do Juventude. Coincidência ou não, o time amassou o alviverde caxiense. 4 a 0.
Como escrevi, é um detalhe, isto é, pode influenciar o desempenho dos atletas, mas alguém poderá lembrar que se concentração fosse sinônimo de conquista, os torneios internos no Presídio Central terminariam empatados.
Renato está com "sede" por uma conquista de Gauchão; em 2011, o grito de Campeão ficou engasgado em pleno Olímpico, depois de passar pelo Coirmão no Beira-Rio (3 a 2). Perdeu nos tiros livres.
O Tricolor também está na seca, pois não vence desde 2010 e no ano passado, ele "deu" de presente o título para o principal rival.
Segurar a volúpia da boleirada nesta altura do campeonato é importante e não tem contra-indicação.
Aliás, escolhi "Boleiros", porque é o nome de dois filmes de Ugo Giorgetti, diretor consagrado (Festa, Quebrando a Cara) que são assim chamados: Boleiros e Boleiros 2, que tratam do tema futebol. Giorgetti, palmeirense, conhece o esporte.
No primeiro filme, ele homenageia os 5 times de São Paulo (Juventus, Portuguesa, Corinthians, São Paulo e Palmeiras) mais o Santos.
No episódio do Palmeiras, há um jogador malandro, mulherengo, que lembra o nosso eterno ponta-direita e é muito engraçado, pois o adversário contrata uma gostosa para tirar as forças do craque palmeirense na véspera do Derby. Vide Boleiros.
São dois grandes filmes.