O Desmanche não é trágico; Trágico é não saber remontar
Grohe, Edílson, Jaílson, Arthur, Ramiro, Lucas
Barrios e Fernandinho estavam na foto do Tri da LA. São passado no Grêmio.
Saíram do clube para entrar na História. É o desmanche. Talvez saia Luan,
também.
Considero natural; é do processo. Vejam o
Grêmio de 1995-96-97 e olhem para esta escalação: Danrlei; Valmir, Rodrigo
Costa, Scheidt e Roger; Otacílio, Fabinho, Luis Carlos Goiano e Itaqui; Zé
Alcino e Rodrigo Mendes. Ela é de um ano depois (1998).
Esta outra: Victor; Michel, Leonardo Silva,
Réver e Júnior Cesar; Gilberto Silva, Leandro Donizetti e Ronaldinho Moreira;
Diego Tardelli, Jô e Bernard. É o Galo campeão da Libertadores de 2013.
Dois anos passados: Victor; Marcos Rocha,
Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Leandro Donizetti, Rafael Carioca,
Dátolo e Tiago Ribeiro; Luan e Lucas Pratto. Isso mesmo! 2015. Permaneceram
apenas três da fotografia.
Repito é natural; é do processo. Os jogadores
gremistas ficaram visados e a folha inchou (justa ou injustamente); aí, não tem
saída ou melhor, tem muitas saídas.
O Grêmio após a vitoriosa gestão Koff, pegou
uma direção que se mostrou incompetente para fazer a transição do elenco, sua
remontagem. Torrou rapidamente com os Hélio dos Anjos, Sebastião Lazzaroni,
Guilherme, Beto, André Santos, Sérgio
Manoel "da vida". Falhou em não apostar nos juniores e quase rebaixou
o clube em 97 e 98.
Bolzan Jr. parece ser mais dirigente, mais
visionário, mais gestor; além disso, no seu último mandato no clube, não vai
deixar a oportunidade de transformar-se
num político elegível para qualquer cargo na esfera pública nacional.
Vai ter que ser cirúrgico nas contratações e
rigoroso na faxina dos que não apresentaram o que se esperava (Madson,
Thaciano, Marinho e André). Que sejam felizes noutras equipes. Sem rancor,
sinceramente.
Essa ponte de difícil travessia tem que
obrigatoriamente ser construída com o aproveitamento da bela safra de juniores
que o clube possui, em especial, a maior promessa depois de Ronaldinho: Tetê ou
Matheus Cardoso. Este é diferenciado.
A torcida precisará ter confiança no técnico,
nos dirigentes e paciência com os que subirão da base ou descerão no Aeroporto
Salgado Filho.
O momento é pontuado por sentimentos diversos:
de conformismo ou de profunda revolta da massa. Foi o que constatei, passeando
por diversos sites e blogs (+ de 10) que tratam dos assuntos do Imortal.
É o grande desafio para 2019.