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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Opinião



A lógica da Imprensa

Está cada vez mais difícil entender certos comentaristas; ontem, após o jogo, percorri as emissoras de rádios aqui do Sul. Em mais de uma ouvi conclusões coincidentes para lances parecidos, mas não iguais, embora com uma lógica que, a mim, pareceu tranquila de ser ver, eles chegaram a opiniões, que invariavelmente  mostram pesos diferentes nas análises  das performances dos atletas. Vamos aos lances:

- Primeiro tempo, Barcos ajeita e bate forte de canhota, sem olhar, mas o chute sai em direção ao arco alvinegro, Jeferson faz uma defesa espetacular com o pé esquerdo 

- Segundo tempo, Émerson Sheik fica livre. bate desajeitado na orelha da bola, lance difícil para Grohe que faz grande defesa

Conclusões dos comentaristas: 
a) Barcos perdeu o gol; não olhou para onde estava Jeferson; sequer mencionaram a qualidade do arqueiro no lance

b) Espetacular defesa de Grohe; sequer mencionaram o movimento defeituoso do atacante do Glorioso de General Severiano

Minha conclusão: Nos gols que Barcos não faz, nunca há mérito no adversário

domingo, 28 de setembro de 2014

Opinião



Vitória da superioridade

A conquista de hoje à tarde, demonstra que o Grêmio encontrou um jeito de jogar como visitante; não se deixa ser encaixotado. Isso ocorreu inclusive no Grenal, quando o trabalho do treinador era incipiente. As demais partidas fora da Arena, apenas confirmaram essa impressão. Poucos torcedores duvidaram dessa vitória sobre o Botafogo. Isso está relacionado menos pela fragilidade do time carioca, mas pela performance que chega a 9 partidas sem derrota.

Falta ajustar e tornar confiável o setor ofensivo para o Grêmio se tornar competitivo na busca de títulos.

Olhando para o  jogo apenas, mais uma partida correta defensivamente, onde Marcelo Grohe foi importantíssimo, quando foi exigido. Zé Roberto, seguramente o melhor em campo, esbanjou categoria durante toda a peleja. Barcos está justificando sua contratação, amplia a sua vantagem na briga pela Chuteira de Ouro. Fico imaginando o que faria com a 9 do Cruzeiro; lembro que o clube mineiro fez uma sondagem, antes de fechar com a segunda opção, Marcelo Moreno, também atleta do Imortal.

O pragmatismo do treinador é compreensível, mas para nós, torcedores frustra um pouco quando Luiz Felipe empilha volantes no segundo tempo. Paciência; nada é perfeito.

Sábado, véspera de eleições, o Tricolor terá outra prova complicada; isto é, vencer em casa, pior, vencer o São Paulo.

Segue o link com os principais lances:

https://www.youtube.com/watch?v=kAP_7q4ZUbA

Opinião



Para permanecer no "bolo" de cima

As rodadas vão acontecendo e aquilo que desconfiávamos, começa a ser rascunhado, ou seja, o Cruzeiro administra a sua vantagem, há um segundo pelotão de seis equipes que logo, logo, ficará isolado da parte intermediária da tabela, esta,  que dá para chamar de "limbo" e finalmente a parte "quente", isto é, perto da zona infernal do rebaixamento. É a tendência (tendência não quer dizer certeza).

Da parte de cima da tabela, pegando as últimas cinco rodadas, o nosso Tricolor é o único invicto. O São Paulo, cantado em verso e prosa por determinado jornalista, não ganha há quatro rodadas. Ou está guardando todo o "leite" para uma arrancada sensacional ou o famoso jornalista, terá que abrir a guaiaca, pois estava aceitando apostas de todos os lados, garantindo o clube paulistano como o flamante campeão de 2014. Acreditamos mais no título da Sulamericana para o clube de Muricy Ramalho.

Para hoje, o Tricolor deve repetir a mesma postura demonstrada diante do Flu, apenas ajustando, calibrando melhor a pontaria. O Botafogo é complicado; está desesperado e tem jogadores de boa qualidade, especialmente, Émerson Sheik e Gabriel. 

Luiz Felipe deve mandar a campo às 16 h no Maracanã: Marcelo; Pará. Rhodolfo, Pedro Geromel e Zé Roberto; Ramiro, Matheus Biteco, Fellipe Bastos e Luan; Dudu e Hernán Barcos.

Chance para se manter na parte de cima da tabela.




sábado, 27 de setembro de 2014

Galeria Imortal



Galeria Imortal - (21)


Muito se falou nele, esta semana. Ronei Paulo Travi, o goleiro Picasso, cujo seu recorde de minutos sem levar gols em campeonatos brasileiros foi quebrado por Marcelo Grohe; era um arqueiro completo. Jogou na Seleção Brasileira; quase foi à Copa de 70.

Aqui ele aparece no time base de 1974. Em pé: Atilio Ancheta, Cláudio Radar, Carbone, Beto Fuscão, Jorge Tabajara e o próprio Picasso. Agachados: Carlinhos, Yúra, Tarciso, Luis Carlos e Loivo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Opinião




Querem enganar quem, Cara Pálida?

"...Me parece que a decisão careceu de fundamentos jurídicos. Me preocupa quando o julgador começa a manifestação na primeira pessoa. "Eu penso isso ou aquilo...". Ele não tem de pensar nada. O voto tem de ter fundamentação jurídica..." (Fábio Koff).
Configurou-se a sacanagem. A sacanagem, não por terem tirado o Grêmio da Copa do Brasil, não pela punição; mas pela "vacinada", a "proteção" ou como se diz no Rio Grande; o STJD "se calçou".
Ao mudar de exclusão para perda de pontos, na prática, cinco por meia dezena, o "ilibado" Superior Tribunal de Justiça Desportiva, viu a burrada fantástica, o brete em que ia se meter, mantendo medida tão radical; pois, logo, logo, outros casos semelhantes vão ocorrer, provavelmente com grandes clubes do eixo SP-RJ e teria que agir, tomar  nova decisão e  aí ...
Fábio Koff matou a questão: Eles do STJD ficaram perdidinhos ao agirem intempestivamente, "jogando para a torcida e mídia", sem buscar o embasamento jurídico para a sustentação da sentença. 
Parafraseando Émerson Sheik: STJD, vocês julgadores, são uma vergonha!


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Opinião



Émerson Sheik tem razão

Êta assunto chato esse, mas não dá para ignorar. A arbitragem no Brasil cresce como rabo de equino; para baixo. Um horror.

Dias destes, o Émerson do Botafogo, mostrando personalidade, criticou abertamente a CBF pelos erros crassos, sejam técnicos, sejam disciplinares. A cada rodada é um "assalto" praticado indistintamente. Os erros (preciso acreditar nisso) são democráticos. Ontem, meteram a mão no "mais querido", o Flamengo e num médio, o Coritiba.

Esse do Coritiba, merece um parágrafo à parte, porque foram lances absolutamente iguais, inclusive no local do gramado, zona do pênalti na goleira à esquerda das televisões. Para o Cruzeiro, o sujeito do apito, não titubeou, para o Coxa, a olímpica ignorada.

O Héber, nós, gremistas conhecemos desde os tempos em que o Baloy fazia falta fora da área no Maraca e ele corria para a marca "penal". Ontem, dois pênaltis de concurso, pior que ele, só o tal de Paulo Henrique de Godoy Bezerra, que estava tão próximo do lance da falta capital no Barcos, primeiro tempo, que o Pirata nem precisou elevar a voz para reclamar. 

E assim la nave va; vão dar um gancho no Sheik, vão punir um bandeirinha, de preferência, o segundo assistente e "bola para frente".

E não dá para dizer que é choro de perdedor, primeiro, porque empatamos fora de casa, segundo, fomos derrotados no Grenal e nem lembramos do nome do juiz.

Opinião



Uma noite (quase) perfeita

Que partida o Grêmio fez hoje; pecou apenas em não traduzir em gols, a sua hegemonia no campo nos 90 minutos. Falta sempre um detalhe; bolas na trave, grandes defesas dos arqueiro adversário, uma passada errada na hora da conclusão, pênaltis não marcados e lá se vai a vitória.

Foi uma noite quase perfeita, porque pude reviver a minha adolescência, quando baixava o volume da tevê e ouvia a Rádio Guaíba. Antes, Pedro Carneiro Pereira, Ruy Ostermann, Lauro Quadros, repórteres Lupi e Lasier Martins mais o Belmonte; hoje Marcelo Cardoso numa narração de luxo e especialmente, o comentarista Carlos Guimarães, show de bola. Consegui concordar com tudo que o cara falou. É o melhor que anda por aí.

Marcelo Grohe foi espetacular, pouco exigido, mas quando isso ocorreu, fez defesas corretas e confirmou o que se esperava: A invencibilidade mantida e o recorde em Brasileiros alcançado. O grande destaque.

Pará fez sua melhor partida pelo Grêmio, nivelando-se com Rhodolfo, Bressan e Zé Roberto, aliás, este deu uma aula de como se marca e se sai jogando.

Ramiro em noite inspirada, Wallace, crescendo, uma fortaleza, Fellipe Bastos bem, mas abaixo de outras jornadas. Na frente, gostei do segundo tempo do Luan, Barcos, numa escala de 0 a 10; às vezes 9, às vezes, 6, na média 7,5. Dudu, muita movimentação, no entanto, fiquei com a impressão de que poderia render mais.

Luiz Felipe montou o time com muita felicidade, pois travou o forte do Flu, os avanços dos laterais,  além disso, matou Sobis na frente, desta forma, Fred também morreu, só que de inanição. Poucas vezes, este ano, vi a mão de um técnico de forma tão clara numa partida.

Mesmo assim, teço um reparo ao nosso comandante da casamata; demorou para mexer nos onze. As duas últimas mexidas, apenas para ganhar tempo. Fernandinho poderia entrar na metade do segundo tempo, por exemplo. Riveros e Lucas Coelho, nem sei se tocaram na bola, também entraram muito tarde.

O ingresso no G-4 é um avanço, embora possa ser efêmero, pois o Galo vencendo, ultrapassa o Tricolor.

Enfim, uma noite que passa para o torcedor a certeza que o time está se ajeitando. 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Opinião



Jogo para Dudu confirmar nova fase

Estou entre aqueles que acham Dudu um bom jogador. É esforçado, não tem medo de cara feia, bom driblador, não é do tipo "açucareiro", aqueles que perdem a bola e botam as mãos na cintura, torcendo para os colegas retomarem o lance. Não, ele não é assim.

Então, o falta para ser quase unanimidade? Fácil de responder: Consequência em seus movimentos, uma boa assistência, gols. Dudu me faz lembrar de Jonas, não física ou tecnicamente; pelo seu histórico; havia muita má vontade com o futebol dele. Verdade que padecia do mesmo mal do goiano; Jonas se matava em campo, porém, era uma usina para "tentar" acender um pau de fósforo. Acabou emprestado para a Lusa. O final da história dele no Tricolor, todos sabemos. Jonas, atualmente, brilha na Europa.

Dudu marcou um gol no último jogo, isso ajuda na confiança, reduz o pensamento de ser incapaz e incentiva a arriscar mais. Hoje, Maracanã, campo grande, palco mítico, quem sabe ele não repete a dose?

O Grêmio pode estar ganhando o companheiro ideal para Barcos no ataque.


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Opinião



Fadado ao Enfado

O título da postagem é uma forçação de barra, um exagero, no entanto, não chega a ser um absurdo, algo descabido. Nas próximas linhas, explico.

O campeonato brasileiro está na quarta rodada do returno, 23, juntando com as 19 da primeira etapa; nisso tudo, temos um clube sobrando, 71% de aproveitamento, 49 pontos, 7 a mais que o segundo colocado, tendo a seu favor o fato de ser o atual campeão e possuir um elenco muito superior a qualquer outro concorrente.

Uma das possibilidades, diria, a mais provável é que, passadas mais seis rodadas, lá pelo meio de Outubro o Cruzeiro virtualmente será o flamante campeão desta edição. 

Existe outra quase certeza, isto é, a de Corinthians, Cruzeiro, um deles abocanhar também a Copa do Brasil, mais o São Paulo levar a Sulamericana; a briga pelas vagas destinadas para a LA através do Brasileiro, ficará nas mãos de Inter, Grêmio, Fluminense, talvez Atlético Mineiro, mesmo não ocupando os três primeiros lugares; desta forma, só sobrará a curiosidade de quem ficará na frente de quem, dentro dos assegurados para a competição continental.

O que restará? Saber que irá cair para a segunda divisão de 2015. Pouco, muito pouco.

Pode acontecer tudo de forma diferente, mas eu acredito que a hipótese mais forte seja a descrita acima. 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Opinião



Depende do ponto de vista

Essa sequência de bons resultados sem desempenhos convincentes dentro dos gramados, do Imortal, permite análises com conclusões diferentes. 

O Tricolor nos últimos 9 jogos no Brasileiro, isto é, 27 pontos disputados, ganhou 20, aproveitamento de 74%; um percentual de campeão. Apenas uma derrota, que ocorreu em Minas diante do líder e atual campeão nacional, o Cruzeiro, fazendo um enfrentamento de igual para igual; perdeu num erro defensivo, bem localizado e de conhecimento de todos.

Tudo seria entusiasmador, especialmente, porque o treinador não repetiu o time em nenhuma ocasião, porém, as partidas em casa, não dão segurança, nem confiança ao torcedor e fazem a festa dos críticos profissionais.

Este é um viés, uma forma de ver o prisma que define o desempenho azul. Alguns, geralmente os entendidos, estão à espreita, prontos para que na primeira derrota, possam soltar o indefectível, "eu não disse?", ou seja, crônica de uma morte anunciada, o time vinha ganhando na sorte, no acaso. Pode ser. Depende do ponto de vista.

Há um outro lado desse prisma, que demonstra que mesmo não jogando o suficiente para encher os olhos da torcida e mídia, o Grêmio vai acumulando pontos, galgando posições na parte de cima da tabela; em resumo, uma hora ganha confiança. engrena ou como costuma-se dizer, "encaixa" e, então, vitórias e bons desempenhos começam a caminharem juntos; pode ser, por que não?

Luiz Felipe está ajeitando o time, promovendo renovação no elenco e, de quebra, postula uma vaga no G-4. Esse é o meu olhar para o momento gremista, mas, repito, depende do ponto de vista, do olhar de cada um, profissionais ou simples amadores.


domingo, 21 de setembro de 2014

Opinião



Grêmio vence e Marcelo quebra recorde ???

O Tricolor jogou apenas o primeiro tempo; começou bem, logo aos 7 minutos em grande jogada de Barcos, participação de Luan, Dudu marcou aquele que seria o único gol da partida.

A Chapecoense está se arrumando; deu trabalho para o Corinthians na quinta, o mesmo Corinthians que hoje bateu o incensado São Paulo e seu quarteto mágico. Então, não dá para achar que o Tricolor foi mal. Jogou para o gasto.

Nesta linha de pensamento, acho que nós torcedores, estamos cobrando demais; um exemplo é o recorde de 6 partidas sem levar gols. Com exceção de Rhodolfo, todos os integrantes do setor defensivo recebem, uns mais, outros menos, reparos quanto à capacidade técnica. De Marcelo até Zé Roberto, há críticas, mas de concreto, o fato de ser o Tricolor, a defesa menos vazada.

Aliás, essa é uma característica de nosso clube, poderia citar, Froner, Sérgio Moacir, Cláudio Duarte e Ênio Andrade, mas, não é necessário voltar tanto no tempo; fiquemos com os recentes Luxemburgo e Renato, 2012 e 2013, respectivamente, quando ficamos entre as defesas menos vazadas do Brasileirão.

De prático, além do recorde, ficam a excelente performance de Pedro Geromel,  o fim do jejum de gols de Dudu e as boas entradas de Lucas Coelho e Fernandinho.

Em 4 ou 5 rodadas, o campeonato se tornará enfadonho pelas distâncias em 3 blocos bem distintos. Durante a semana, trabalharei melhor essa grande possibilidade de ocorrer.

Emoções fortes, talvez apenas no Z-4, rebaixamento.

PS: Como acredito demais nos números do meu velho amigo Alvirubro, acrescentei essa interrogação no título, após a postagem.
Não vi em outras rádios como a Guaíba e Grenal, ambas, mencionarem o tal recorde, isso não diminui o mérito de Marcelo e toda a defesa, mas todos nós, com certeza, mesmo não sendo jornalistas, buscamos os fatos como eles se deram.

Opinião



Nova chance para ingressar no G-4

Quando o Tricolor empatou com o Galo fora de casa, escrevi que esse resultado seria bom, se associado a bons nas duas rodadas seguintes, quando jogaria em casa. Como sabemos, o time rateou diante do Peixe e mais uma vez, a possibilidade de ingresso no grupo do quarteto dianteiro, ficou adiada, portanto, "no vermelho".

Hoje às 6:30 h da tarde, diante da Chapecoense, novamente vislumbra-se essa chance de encostar no Coirmão e talvez, ultrapassar o Timão. Pelo que jogou contra este mesmo Corinthians, onde fez um enfrentamento parelho, os catarinenses serão páreo duro.

Li na coluna do Zini, que este Grêmio de Luiz Felipe é parecido com o de Froner (e eu acrescento, especialmente o de 73), pois tem uma fortaleza defensiva e dificuldades no ataque. Froner foi o guru de Felipão. Mas, Luiz Felipe também montou o de 1995, que empilhava gols; desconfio, que antes de ser "filosofia" do treinador, seja mais carência de qualidade neste setor,

Sem arriscar uma escalação, escrevo que teremos surpresas entre os onze, talvez apenas dois volantes, talvez novos nomes no ataque. De certeza, a necessidade de lograr os 3 pontos neste domingo.

sábado, 20 de setembro de 2014

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (69) - Ano: 1995-1996



A Máquina de fazer gols


Nós, tricolores, estamos vivendo dias de escassez de gols; são 18 em 22 partidas no Brasileirão. Barcos tem 24 na temporada, lidera a briga pela artilharia no Brasil; já fez 28 pelo Palmeiras em 2012, tínhamos Marcelo Moreno que igualmente em 2012, marcou 22. Números considerados bons para centro-avante. Mas, o que dizer de alguém que fez 46 num único ano, 1995?

Diz a lenda que ele praticava um esporte parecido com o futebol, mais rudimentar, jogado em apenas 272 metros quadrados chamado grande área, essa mesma lenda, garante que ali, independente de onde era o jogo, Jardel era sempre o locatário, jamais visitante.

Mário Jardel Almeida Ribeiro, nordestino do Ceará, nasceu fazendo gols, artilheiro da Taça Belo Horizonte, artilheiro da Copa São Paulo, artilheiro no seu primeiro ano de profissional no Vasco da Gama, 1993, em Portugal, na Turquia, mas foi no Grêmio, que sua história ganhou contornos mitológicos.

Jardel, assim como Lupicínio Rodrigues e Tarciso (atleta que mais vezes jogou pelo Imortal), nasceu na semana de aniversário do Tricolor, 18 de Setembro. Destinos estavam traçados desde a maternidade, desculpe, Cazuza.

O centro-avante chegou em 1995 numa visão de futebol muito estranha; isto é, o Grêmio ia para a Libertadores com um trio de atacantes, até então, discutíveis, os meninos reservas de Flamengo e Vasco, Magno, Jardel e o contrapeso, Paulo Nunes.

Na estreia contra o Guarany de Garibaldi, entra no segundo tempo e sai expulso. Um mau sinal? Não foi o que se viu, acabou goleador da Libertadores.

Jardel jogou 84 partidas e fez 65 gols, 41 delas no Olímpico, 40 vezes balançou as redes em nosso velho Casarão, quase 1 por jogo.

Mais uma lenda na vida dele; isto é, com Arce, Paulo Nunes, Arílson e Carlos Miguel, qualquer um viraria artilheiro. Ledo engano. Jardel tomou o rumo da Europa, empilhou gols pelo Porto, ganhou duas vezes o prêmio Chuteira de Ouro, concedido ao maior goleador do Velho Continente, foi artilheiro 4 vezes seguidas do campeonato português, onde os números pelo Sporting, seu segundo clube luso, são alucinantes: 49 jogos, 53 gols.

 Na Turquia repetiu o feito pelo Galatasaray, onde ganhou a Supercopa européia, marcando 24 tentos em 22 jogos; isto, sem seus parceiros do Tricolor.

Nos últimos 20 anos, ninguém balançou tanto as redes adversárias aqui no Sul, com tanta eficiência.

 Jardel foi o último mestre na arte de fazer gols do Olímpico.

Encerrando: Um agradecimento muito especial ao Alvirubro, artilheiro de arquivos sobre a Dupla Grenal, que municiou este velho gremista com seus dados nesta crônica.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Opinião



Pelo futebol jogado, deu a lógica

Um empate justo. O Santos veio para não perder, o Tricolor não teve poder de fogo. Só podia acabar 0 a 0.

Quando soube que Barcos, autor de metade dos gols gremistas, estava fora e Pará fora o escolhido para substituir Zé Roberto no lado esquerdo, pensei: "Vai ser uma noite de horrores". Lucas Coelho, o escolhido para o lugar do Pirata, é promissor, se movimenta, tenta o arremate, mas, a exemplo do argentino, não tem companhia na frente. Falta parceria. 

Olhando a performance; a defesa segue firme, Rhodolfo e Geromel, juntos, desconfio que não sofreram gols. Matias melhorou em relação a ele próprio, Pará na esquerda, não existe. Marcelo, um assistente de luxo.

Fellipe Bastos e Matheus Biteco, abaixo das jornadas anteriores, por incrível que pareça, o destaque do meio foi Ramiro. Riveros, retornando, merece paciência.

Luan, mal, Dudu, inconsequente, Lucas Coelho sumiu no segundo tempo.

Luiz Fellipe demorou para colocar Fernandinho, as mexidas nos volantes, nada acrescentaram.

Para o jogo seguinte, o treinador precisa mexer do meio para frente. Assim como está, o fardo de fazer gols recai num único jogador e isso, é arriscado, injusto e principalmente, improdutivo. 

Opinião



Para entrar na turma de cima, de uma vez

Primeiro foi um bom enfrentamento diante do Inter até o momento em que a qualidade decidiu; depois, a evolução continuou ao fazer um confronto absolutamente igual, vindo a derrota no detalhe, lá no Mineirão, contra o atual campeão brasileiro e líder desta edição.

Seguindo, o Grêmio encarreirou uma série de 4 vitórias, que somada ao empate valorizado contra o Galo, fez com que a colocação de 11º lugar se tornasse algo distante, pretérito.

Nesse meio tempo, a desclassificação na Copa do Brasil, consequência da ação do STJD e seu "ilibado" histórico. Quase que o foco foi desviado.

Hoje, o Santos, domingo, a Chapecoense, ambos na Arena. Se o Tricolor bater os dois, certamente, irá ingressar no G-4; num momento, em que o time ainda carece do equilíbrio entre os três setores. Algo que Luiz Felipe busca incessantemente, variando nomes no ponto nevrálgico, ou seja, a armação do meio.

Arrisco dizer que. à semelhança dos últimos Brasileiros, 2010, 12 e 13, o Imortal se acomodará na ponta de cima da tabela, permanecendo até o seu final. Para isso, tem que confirmar os 6 pontos nas duas próximas rodadas.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Opinião



Dois focos

O Grêmio tem dois focos contra o Santos; o primeiro é o time, este tem que estar ligado no que ocorrerá dentro de campo, enfrentar o esquadrão santista, deixar o extra-campo, para o ... extra-campo. Não se envolver na questão "Aranha", considerar esta partida como um confronto difícil pelo que representa a eterna equipe de Pelé. 

Lá estarão Leandro Damião, Tiago Ribeiro, Robinho, Arouca, etc..., grupo de qualidade que ainda busca o acerto. Enderson Moreira, ex-treinador gremista tentará tirar proveito de sua recente passagem pela casamata gremista. Enfim, há grandes obstáculos dentro de campo.

O outro foco é responsabilidade da torcida e aí, eu vejo que ela pode, dentro dos limites da civilidade, encaixotar o Peixe, vaiar, chamar de "frangueiro" ou algo nessa linha, o arqueiro santista; afinal, o futebol é um jogo, temos que ter estratégias para vencer o adversário.

Não gostei de ter lido, que o Tricolor pensou em "recepção especial" para o goleiro, por que? Ele está sendo reparado na justiça, além disso, mesmo que a reação da torcida tenha sido equivocada e criminosa, foi exatamente isso, "re-ação"; alguém deu origem ao episódio; penso que foram juiz e o "goal keeper", portanto, nada de especial, nenhuma atitude desqualificada, mas também, nem pensar em "passar a mão na cabeça". Tem que ser algo normal, civilizado, entretanto, sem esquecer que é um confronto esportivo, uma disputa pelos três pontos.

Também essa jovem, a mais visada, que procure neste momento, o anonimato, deixar a poeira baixar e não cair na ingenuidade de tentar reverter a curto prazo, a imagem que restou. Não é hora de afagos.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Opinião



Giuliano

As más atuações de Giuliano começam a gerar resmungos em boa parte da torcida. Tem o ranço de ter sido atleta do Coirmão (incrível, mas ainda existe isso), embora seja paranaense com  histórico pelo Paraná Clube.

A isso, o acréscimo de vir como um dos maiores negócios do Tricolor, justamente para uma posição que ninguém soluciona; o meia atacante que abasteceria o setor ofensivo da equipe.

Acho que o torcedor tem que ter paciência, já vimos esse filme com Barcos, que sem ser um craque, está entre os melhores da sua posição no Brasil. Imaginem se tivessem mandado o Pirata embora, autor de metade dos gols do Grêmio no Brasileiro. 

Voltando um pouco no tempo, recordo de Cristóvão, o atual treinador do Fluminense, que Luiz Felipe em 1987, não conseguiu achar o seu lugar correto no time, era vaiado. Ano seguinte, Otacílio, novo treinador, fez dele a principal peça da equipe e o baiano chegou à Seleção Brasileira com muita justiça e futebol.

Giuliano foi absolutamente decisivo na Libertadores de 2010, fazendo dois gols fundamentais para a conquista, o 1 x 2 em La Plata e o 1 x 0 contra o São Paulo, além disso, deu combatividade e velocidade ao Inter naquela disputa.

É um atleta de apenas 24 anos, que deve receber atenção e apoio para se firmar. Não se trata de uma aposta. 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014



Feliz Aniversário, Imortal

Fonte: http://gremio1903.files.wordpress.com/

Parabéns, Tricolor! São 111 anos de vida, de paixão. E pensar que em 1905, apenas 2 anos de idade, tu jogavas num campo acanhado, mas que, com certeza, foi fundamental para os primeiros passos em direção a Tóquio e tantas outras conquistas, sendo a principal, agregar mais de 6 milhões de torcedores espalhados por todo o planeta.

Um abraço à Nação gremista, onde quer que estejamos. Com o Grêmio, onde ele estiver. Sempre.

domingo, 14 de setembro de 2014

Opinião



Empate importante

A bola começou a rolar e eu senti que o Tricolor estava pronto para repetir as suas últimas atuações como visitante, isto é, não abria mão de arriscar vencer.

A primeira e melhor chance do primeiro tempo foi com um passe sob medida de Barcos para Giuliano. Infelizmente, ele não conseguiu superar Victor, que salvou o time mineiro. Ali, tive a certeza que poderíamos ganhar a partida no Independência, algo que vira verdadeira façanha, diante do Galo.

Tivemos a mesma postura, que deu certo no Rio diante do Flamengo; isso, contra um adversário afirmado e confiante, apesar dos desfalques. Faltou o gol.

Houve chances para o Galo, algo absolutamente normal, no entanto, salvo alguns raros vacilos  na bola aérea ( o forte do Atlético), Grohe e a zaga tiveram um comportamento próximo da perfeição; desta vez, não há reparos nas laterais, tanto Pará, quanto Zé Roberto, controlaram bem a bola de linha de fundo e a dupla Pedro Geromel e Rhodolfo foi o ponto alto do Grêmio. Geromel fez a sua melhor apresentação desde que chegou da Europa. Eles, Rhodolfo e Geromel, os meus destaques deste 0 a 0.

Fellipe Bastos, mais uma vez, exerceu liderança técnica e comportamental no meio de campo, bem assessorado por Matheus Biteco, Ramiro, mesmo esforçado, é candidato a perder a vaga, assim como, Giuliano, que não acertou ainda. É uma grande contratação, cujo tratamento exige cuidados para não queimá-la. Há problemas de readaptação + o púbis. Melhor será, se entrar aos poucos nas etapas finais das partidas.

Barcos e Dudu lutaram muito, conseguindo dar trabalho à saída de jogo do Galo Carijó. Acho que Luiz Felipe demorou para mexer, mesmo assim, Luan e Fernandinho, acabaram dando razão ao técnico, porque não fizeram nenhuma ação consequente.

Esse resultado poderá aumentar de importância, se nos confrontos seguintes, Santos e Chapecoense, o Imortal conseguir faturar 6 pontos. Sendo assim, seriam 19 pontos em 21. Um desempenho de campeão.


Opinião



A difícil arte de permanecer vencendo

Hoje à noitinha, jogo no remodelado Independência, Minas, o Tricolor tentará a façanha de emendar 5 vitórias no Brasileiro. Será um feito espetacular, pois o adversário, mesmo não sendo o dono do estádio, se apropriou do ambiente, tornando quase impossível aos rivais, a conquista dos 3 pontos no bairro Horto.

Luiz Felipe, mais uma vez, mexe na equipe, demonstrando que é necessário ter grupo para sonhar com alguma coisa no certame. Retorna Fellipe Bastos; desconfio que efetiva Pará, também. Então, Marcelo; Pará ou Matías, Geromel, Rhodolfo e Zé Roberto; Wallace ou Ramiro, Matheus Biteco, Fellipe Bastos e Luan ou Rodriguinho; Dudu e Hernán Barcos. Esse, o desenho que imagino sair jogando. Uma nota sobre Giuliano; está mal, mas tem problemas físicos.

Por terem passado pelo futebol mineiro, desconfio que o técnico gaúcho pode aproveitar em maior tempo ou para início de partida, os "inhos", Fernando e Rodrigo.

Se vencer, o Tricolor terá o Santos na próxima rodada, jogando em casa, o que lhe dará a rara oportunidade de encordoar 6 vitórias consecutivas. 

sábado, 13 de setembro de 2014

Opinião



Dois grandes negócios

"O futebol é muito dinâmico", já disse uma vez, Rafael Bandeira dos Santos, de qualquer forma, arrisco estas linhas.

O Tricolor está fazendo dois negócios muito lucrativos para o clube; e não é apenas no aspecto financeiro, mas na conveniência para o grupo.

Rhodolfo por Souza em definitivo. Bom para todo mundo. Para jogadores, também para os clubes. Rhodolfo está testado e aprovado; neste momento, joga mais que Dedé e Manoel, para ficarmos em apenas poucos exemplos. Souza seria titular do Grêmio, no entanto, a curto prazo, o Tricolor terá uma dupla de jovens afirmada, além de outras alternativas no setor.

Outro feito do Imortal foi ceder por empréstimo, o goleador do campeonato, Marcelo Moreno. Numa equipe confiante e que, por jogo, cria mais de quinze situações de gol, o boliviano vai se valorizando; seu passe, sem dúvida, ganha algumas cifras no mercado da bola. Isso tudo, sem ser melhor que Barcos, que num ataque capenga, vai liderando a Chuteira de Ouro com mais de 40 pontos, resultantes dos seus 24 tentos até agora neste ano.

Tomara que o mesmo ocorra com Everaldo, Máxi Rodriguez e Yuri Mamute; isto é, que retornem valorizados de seus empréstimos, seja para o grupo de 2015 ou para  futuras transações.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Opinião



Um returno prá lá de difícil

Os resultados da primeira rodada do returno, confirmam a tendência das edições anteriores do Brasileirão por pontos corridos, isto é, resultados apertados com equipes da parte de baixo lutando muito para reverter o horizonte do rebaixamento.

Vitória, Bahia, Figueirense, Atlético Paranaense, mesmo alguns não vencendo, demonstraram que não haverá jogo jogado. Nem vou tratar de confrontos equilibrados como foi o caso de Corinthians versus Atlético Mineiro ou Goiás em casa, contra o Flamengo (não se trata do tamanho dos clubes, mas, dos times). Serão poucos os jogos com escores dilatados como o do Coritiba. Acho que foi uma exceção.

Diante desse quadro, se o Cruzeiro bater o São Paulo, domingo, na casa dos paulistas, podem encomendar as faixas de bicampeões para os mineiros.

E o Grêmio? Bom, acho que deve jogar, pensando partida a partida, porém, com o olhar um pouco mais adiante, talvez 2015, talvez uma das vagas da Libertadores; nesse caso, torcer para o São Paulo na Sulamericana, não é nenhum absurdo, porque pode sobrar uma vaguinha a mais no Brasileiro para a Libertadores.

Opinião



A vitória chegou no final, de novo

Que partidinha ruim! A gente não sabe se fica triste pelo mau futebol ou se festeja, porque teoricamente, se jogar melhor deverá seguir ganhando.

Se a gente espremer, teremos um participação decisiva de Marcelo Grohe e mais ainda, a de Barcos. Que golaço! Gol de craque!

O Tricolor sentiu a falta de maior experiência no meio de campo, onde os jogos começam a ser decididos. Faltou Fellipe Bastos. Dos volantes para frente, hoje, apenas Barcos tem mais de 22 anos. Soma-se a isso, mais uma partida fraca de Matías Rodriguez, aí o Atlético cresceu e apertou.

De prático ficaram as 4 vitórias seguidas e o aumento da confiança do grupo. Luiz Felipe, por diversos fatores, não repete os 11 desde que chegou há um mês.

Para domingo há um ingrediente apimentado: O enfrentamento contra o Santos. Arrisco dizer que o time não repetirá a má jornada desta noite.

Deixo a seguir, o estupendo golaço de Hernán Barcos:


PS: Corrigindo, Domingo, o Imortal enfrenta o Galo em Minas Gerais.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Opinião



Em busca da 4ª vitória seguida

Jogo para embalar de vez. Vencendo o Atlético Paranaense, hoje às 19:30 h, o Tricolor se apresenta como um dos postulantes ao G-4.

Naturalmente, contra um adversário de menor tradição no cenário nacional e jogando em casa, o Grêmio já seria favorito; acrescido a isso, parece que Luiz Felipe tem os seus ensinamentos assimilados pelo grupo; daqui a pouco, o time independerá de nomes, pois terá plasmado uma forma de jogar, que, só a soma de muitos desfalques o descaracterizará.

Um exemplo é que, mesmo sem Fellipe Bastos, um grande acréscimo, "personal" e técnico, é provável que a mecânica do meio de campo, sofra pouco e Ramiro ou Riveros, o que entrar, o time não sentirá tanta diferença.

Se o Grêmio conseguir vencer a sua quarta consecutiva, arrisco dizer que alcançará a quinta, pois, contra o Santos, será questão de honra sair com uma vitória, por tudo o que o clube santista aprontou, juntamente com a arbitragem na quinta-feira fatídica.

Provavelmente, o Imortal mandará a campo: Marcelo, Matías ou Pará, Rhodolfo, Geromel e Zé Roberto; Wallace, Matheus Biteco, Riveros ou Ramiro, Luan ou Giuliano; Dudu e Hernán Barcos. 

Fernandinho, agora com melhor condicionamento físico, deverá ser a atração da etapa final.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Da arte de (quase) acabar com o sonho de um jovem

- O técnico disse que eu não tinha capacidade de jogar no Bahia. Baixei a cabeça e fui embora.

Esta frase foi dita para um jovem jogador do Grêmio, se fosse para apostar, quem você apontaria?

Foi para Walasse, o hoje volante - que já foi meia armador - e vem assombrando o torcedor gremista pela personalidade e, acima de tudo, futebol, já ouviu que não teria capacidade nem para jogar no Bahia

O que você faria se ouvisse, na sua profissão, frase tão desdenhosa

?

Pois bem, isto explica, em parte, a crise no futebol brasileiro e dá conteúdo à máxima dos jogadores que não dão certo num clube para se destacar noutros.

Exemplos temos aos montes, Bruno César no Grêmio; Ricardo Goulart no Inter; Cafú num terço dos grandes clubes do País, enfim, são tanto que será fácil para cada um lembrar dos seus.

De qualquer sorte, uma frase fora de contexto, uma palavra dura, um gesto arbitrário pode por fim às aspirações de uma jovem promessa.

Quando falamos de profissionalismo, quando exigimos a gestão atualizada do clube, o chamado clube-empresa, é justamente dentro deste ambiente. O aproveitamento do jovem, da base, prescinde de uma politica adequada, dentro e fora das quatro linhas.

O que diria hoje o técnico do Bahia ao ver o sucesso de Walasse? Quantos garotos não perseveraram e tiveram sua carreira abreviada?

O tempo se encarregou de mostrar que a falta de capacidade estava no outro interlocutor, no técnico. Azar do Bahia; sorte do Grêmio e de Walasse.

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (68) - Ano 1971-1972/73-2013/14


Os Delanteros


Esta "Pequenas Histórias" estava rascunhada há mais de 15 dias, mas os acontecimentos de Grêmio x Santos tornaram meio sem sentido postá-la naquele momento. Agora, as nuvens parecem que se dissipam e o céu azul do Imortal, indica que ele vai superar mais esta prova,  esta provação.

Com o êxito de Hernán Barcos, que no momento que alinho estas frases, lidera a Chuteira de Ouro no Brasil, somando 23 gols no ano e parece que não vai parar por aí. Bem, este número somado ao 14 do ano anterior, (eles) atingem 37, com isso, superando uma marca que perdurou por mais de 40 anos, isto é, o de maior artilheiro estrangeiro da história Tricolor, feito que era de Alfredo Obberti (o da direita).

Barcos me recorda Obberti, que me lembra Néstor Scotta (o da esquerda). Los Delanteros, os camisas 9 de fala espanhola, que muitas alegrias me deram, apesar de coincidentemente nenhum deles ganhar títulos relevantes pelo Imortal. Períodos de vacas magras. Outra coincidência; todos estrearam marcando gols.

Mais um fator comum ao trio: os três sofreram contestações. Scotta revezava com um decadente Alcindo a titularidade, Obberti travava com Tarciso o lugar de parceria com Mazinho no comando do ataque e Barcos, nem se fala; apesar dos gols, ainda é muito cobrado.

Como uma da formas de análise da história é o tempo, ou seja, (i)mediata, conjuntural e estrutural, a interpretação dos fatos sofre variações. Com esses argentinos, esse processo é plenamente comprovado. Tanto Scotta, quanto Obberti, hoje são considerados grandes atacantes e suas passagens pelo Grêmio, 40 anos passados, são consideradas exitosas dentro das condições dos times em que jogaram. Certamente, com Barcos não será diferente, as próximas gerações olharão com admiração a sua passagem pelo Tricolor. Talvez, a sua marca não seja superada neste século.

Com a imprescindível e inestimável ajuda dos arquivos do Alvirubro, verifiquei que Scotta, que veio e voltou para o River Plate, onde ainda hoje é ídolo, apesar de morto, jogou 34 partidas e fez 10 gols. Acontece que para mim, desta dezena, 6 são inesquecíveis, pois 2 eu vi ao vivo (vide Pequenas Histórias 1) na Baixada Melancólica, outro foi na sua estreia contra o Nacional de Montevidéu, no Grenal no Beira-Rio, vencido por 3 a 1, fez de pênalti, que rendeu outra Pequenas Histórias, a do Caio Cabeça e os mais significantes, os dois primeiros tentos da história dos Campeonatos Brasileiros, contra o São Paulo de Gérson, no Morumbi, num 3 a 0 fantástico, mais um evento que mereceu nossa crônica.

Obberti veio para substituir Scotta; jogou 2 anos. Era mais habilidoso, pé esquerdo sinuoso e cheio de malícia, assim como o seu antecessor, fez gol em Grenal, mas o mais importante  ele marcou contra o Santos numa partida heróica em que Picasso pegou um pênalti cobrado pelo capitão do tri, Carlos Alberto e com Pelé em campo. Rendeu também, outra "Pequenas Histórias", pois foi a primeira vez que o Grêmio ganhou no Pacaembu. 1 a 0 marcado na goleira do Tobogã, para quem não sabe, a da direita das cabines de rádio e televisão.

Oscilava muito, quando arrebentava, os narradores diziam que "El Mono", seu apelido, "estava com a Macaca"; para muitos, era uma senha nunca bem explicada.

Assim como Scotta, Obberti saiu contrariado, porque queria ficar; seu destino, também foi o clube que o vendeu para o Grêmio, Newell's Old Boys, onde seguiu fazendo seus gols e conquistando a condição de ídolo eterno. 

Em 105 jogos pelo Tricolor, marcou 35 vezes, só sendo superado recentemente pelo Pirata.

Barcos ainda está escrevendo sua história em nosso clube, seguirá contestado, mas, tenho certeza, assim como seus conterrâneos, colocará seu nome na galeria dos grandes ídolos da Nação Tricolor. 






segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Opinião



Post Scriptum

O assunto é chato, mas eu não me sinto à vontade se não escrever tudo o que me vem à mente na busca de proteger a imagem do Grêmio e o orgulho nosso, orgulho de torcedor.

Minha mulher me alertou, postagens imensas em blogs, não funcionam, porque poucos leem. Paciência! Se não escrever, sinto que as ideias ficam incompletas.

Seguindo as sugestões; o Grêmio terá de divulgar, expor a sua negritude, a sua "tupi-guaranice", que está na história do Tricolor. Ficamos nos primórdios tratando das origens germânicas e, assim, uma parte bonita da construção da história centenária fica "subterrânea".

Não precisa ser gremista para alcançar que o clube tem muitos eventos fantásticos, que ficam esquecidos ou lembrados sem a devida relevância; estão aí os arquivos do Alvirubro, um colorado, para mostrar isso.

Além da união dos gremistas, a Direção deve ouvir e agir; lembro que há 6 meses, isto é, meio ano, eu alertava para a situação que se desenhava, vide a postagem de Março deste ano, Ridícula e Inaceitável , onde expus meu temor do pior e o meu antídoto.

É isso. Tomara que possamos tratar mais de futebol do que problemas extra-campo.

domingo, 7 de setembro de 2014

Opinião



(Quase) Irreversível - última parte

Encerro esta análise do processo que causa tantos transtornos ao Grêmio decorrentes do problema de quinta-feira última. É apenas uma intenção de torcedor, visando abreviar o período de "caça às bruxas", que boa parte das pessoas e da mídia, tenta submeter o nosso clube. É apenas um esforço de gremista.

Acho que a  pecha de clube racista ou melhor, a vontade de muitos de mostrar que isso é histórico no clube é facilmente rebatível, basta elencar fatos do passado gremista, como por exemplo, os que enumerei na segunda parte desta crônica, que invalidam a tentativa de macular a imagem azul. O Grêmio precisa dar publicidade ao resto do país desses eventos que enchem de orgulho os gremistas, ações que resultaram da naturalidade, da espontaneidade dos acontecimentos como os feitos de Lupicínio, Everaldo, Tarciso, Alcindo, Lara, Airton, Coligay, etc ... Nada foi concebido antecipadamente, nada foi de laboratório.

 Todos os segmentos, mas mais especificamente, conselheiros, dirigentes e torcidas organizadas, devem arquivar suas vaidades, os primeiros, se submeterem a uma verdade imutável nos últimos anos; isto é, ninguém vai superar Fábio Koff e Hélio Dourado na competência, no sucesso e no carisma, portanto, é inútil a "guerrilha interna", que exercitam diariamente; é o chamado murro em ponta de faca. Melhor "cerrar fileiras" ao lado dos bem-intecionados e vencedores.

Já as organizadas, algumas delas, ficou nítido que o "sucesso subiu à cabeça" e viraram o fio, ou seja, não entenderam que a origem de tudo, da existência delas, dos blogs (como este), da motivação de termos um patrono, do sucesso e ganha-pão de muitos jornalistas e tantos outros desdobramentos, tem como ponto de partida, o clube, justamente, o Grêmio; então, elas não podem se considerar maior do que o fato gerador. Há necessidade de um expurgo, de uma cirurgia nelas, não de pessoas, mas de procedimentos, de conduta; tomar compreensão de coletividade, a coletividade gremista. É óbvio; se os mandatários destas torcidas não entenderem o recado da Direção e diante da omissão dos integrantes, quanto à postura de suas chefias, passa-se a uma segunda fase, que implica eliminação dos agentes que destoam da normalidade.

A Direção deve ficar atenta, não patrulhar, porém fiscalizar as notícias e os seus responsáveis pela idoneidade delas e formas de veiculação, porque há muito inimigo na trincheira como podemos verificar na forma dissimulada com que parte da Imprensa, conduziu os métodos de divulgação e avaliação das notícias da menina causadora do estrago; um procedimento caracterizado como "dá o tapa e esconde a mão".

Numa medida mais ousada, tentar sensibilizar os gremistas notórios para tornar cada vez mais pública a sua condição de tricolores. Temos figuras notáveis no cenário mundial e nacional como Lucas Mendes, Alexandre Garcia, Eduardo "Peninha" Bueno, Paulo Sant'Ana, Jáder Rocha, David Coimbra, Milton Jung (filho), Ana Hickman, Fernanda Lima, Gisele Bündchen, Valdo, Tarciso, Humberto Gessinger, Carlos Gerbase, Jorge Furtado, José Pedro Goulart, Léo Henkin, Fernando Pezão e muitos outros como Gilberto Gil que comemorou o título de 1977 no Olímpico. Lembrar que Paulo Lumumba, Lupicinio Rodrigues e Elis Regina eram tricolores. Enfim, todos esses ilustres gremistas tem em comum, o desprezo pelo preconceito.

Associadas a isto, iniciativas específicas como a lembrada pelo colega de blog, Leonardo, que sugere a confecção e distribuição de máscaras de Lupicínio Rodrigues no jogo contra o Santos, quando o mundo estará com os olhos voltados para a Arena daqui a poucos dias. Como seria agradável ver as pessoas com a máscara, cantando sem parar o hino do clube, o hino de Lupicínio.

Talvez, a Direção (se tomar conhecimento desses escritos) ache graça da nossa ingenuidade, no entanto, como gremista, senti necessidade de mandar este recado.

Finalizando, se o time continuar dando a mesma resposta dentro de campo, como ocorreu no Maracanã, ontem; a empreitada terá menor peso e o êxito dela, algo mais tangível.

sábado, 6 de setembro de 2014

Opinião



A qualidade decidiu

Hoje à noitinha, o Tricolor fez uma partida praticamente impecável. Controlou o Flamengo, que é muito organizado, que vinha de 5 vitórias no Brasileiro mais a classificação para as quartas-de-final da Copa do Brasil. É um time médio com um grande treinador. Luxa está tirando leite de pedra.

Luiz Felipe segue acertando o Grêmio sem tempo e condições para repetir a escalação. Desta vez, o que faltou contra o Inter e Cruzeiro, quando realizou um confronto parelho, apareceu; a qualidade decidiu a seu favor.

Uma ótima jornada onde destoaram apenas dois; Lucas Coelho e Giuliano, não lhes faltou empenho, mas muitas vezes apanharam da bola; já seus substitutos esbanjaram em pouquíssimo tempo, a qualidade que dá vitórias, que desequilibra partidas: Luan e Fernandinho proporcionaram o lance que determinou a conquista dos 3 pontos. Num confronto igual, eles fizeram a diferença.

Individualmente, além deles, brilharam Fellipe Bastos, Wallace e especialmente Matheus Biteco, que para mim, é o novo titular do meio. Marcelo Grohe, uma defesa importante no chão, Rhodolfo perfeito, Geromel, Pará e Zé Roberto, bem, especialmente o último, mas, desta vez, cansou; aliás, o "praticamente impecável" da minha primeira linha está relacionada aos cansaços de Zé Roberto, Fellipe Bastos, Lucas Coelho e Dudu. Todos me passaram a impressão de estar pregados no segundo tempo; outro fator do ... praticamente ..., foi a demora do treinador em substituir os dois homens da frente.

O melhor, sem dúvidas, Matheus Biteco. Segue subindo de produção.

O Imortal engrenou 3 vitórias consecutivas e tem o Furacão no meio de semana. Dá para encarar e ter esperanças de um bom começo de returno.

Opinião



(Quase) Irreversível - segunda parte

Depois do desalento, decidi ampliar para três partes essa crônica. Esta intermediária, faço um exercício, demonstrando a incoerência de chamarem o clube de racista, confundindo 20 vozes com a de 6 milhões. Basta conhecer a sua história.

O Grêmio foi forjado por desafios; sua alcunha de Imortal não é por acaso. Há na sua longa trajetória momentos cruciais, encruzilhadas, precipícios, que os adversários vaticinaram: - Agora deu! Não tem mais volta. Mas teve.

Atualmente, ele se debate contra a pior (maior) de suas batalhas: a pecha injusta de ser um clube racista. Vai superar, como sempre superou.

Como chegar lá? Vou elencar uma série de características do nosso clube, hoje e também, algumas medidas, que (imagino) ajudarão a alavancar o Imortal de volta para o lugar que merece no cenário mundial, isso, na última parte da crônica:

- O Tricolor possui 6 milhões de torcedores, então, se fosse racista,isto não estaria escancarado diariamente num universo de tantos adeptos?

- Desde 1976 que o Grêmio é apontado nas pesquisas como o clube mais popular do RS? Ora! É impossível ser a maior torcida do RS sem incluir no seu quadro, pessoas das mais diversas origens étnicas e sociais

- Desde que foi criado o prêmio Top of Mind, o Grêmio, no segmento clube de futebol é o mais lembrado. É a marca que está na cabeça das pessoas. Por que?

- O Imortal tem o mais belo hino de clubes do Brasil; ele foi escrito por um dos maiores gênios musicais do Brasil, Lupicínio Rodrigues, um negro

- A estrela na bandeira do clube representa Everaldo Marques da Silva, tricampeão mundial em 70, homenagem prestada em vida. Um negro

- O jogador que mais vestiu a camiseta do Grêmio em sua história centenária é Tarciso, outro negro. Próximo da marca dele, Roger Machado

- O maior artilheiro do clube em todos os tempos é Alcindo Martha de Freitas, um bugre

- O Grêmio, mesmo com o racismo dos primeiros anos, condição que não era apenas dele, teve o primeiro negro jogando na Dupla Grenal, Adão Lima, onde começou no início da década de 20, portanto, antes do Coirmão (1927)

- Um dos primeiros atletas de futebol mortos, homenageados com nome de rua foi Eurico Lara, que não tinha o perfil ariano

- A Coligay foi a primeira torcida gay organizada (e respeitada) no Brasil, talvez no mundo. Isso num período complicado, inclusive para as mulheres; raríssimas frequentavam estádio. E foram pé-quentes para o Tricolor

Há muito mais fatos que poderiam ser enumerados aqui, envolvendo pessoas das mais diferentes origens étnicas como italianos, poloneses, negros, índios, orientais, portugueses, portenhos, etc...

Os erros recentes tem um tamanho, um tamanho imenso, mas ampliar as suas dimensões, querer transformá-los numa hecatombe, será igualmente um erro, cuja ação, a cura poderá ficar comprometida. 





sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Opinião

(Quase) Irreversível – primeira parte

Vou dividir esta crônica em duas partes, pois é um texto misto de apreensão e de uma tênue esperança sobre os desdobramentos dos acontecimentos tenebrosos e recentes do nosso clube.

Pobre presidente Fábio Koff, multicampeão, homem de sucesso em tudo que se envolveu, no entanto, agora, com mais de 80 anos, lhe é apresentado o mais espinhoso de seus “trabalhos” (escrevi este termo, porque lembrei das missões do grego Hércules);qual seja, a recuperação da imagem do Grêmio Porto-alegrense.

Não bastava o presente, igualmente de grego, embrulhado, enrolado, que foi a Arena-OAS, obra dos gestores anteriores, também, estes lhe agraciaram com a criação de uma aberração que detonou com um dos maiores bens que o clube possuía; juntamente com a torcida, a imagem do Grêmio, os dois itens,  são os grandes trunfos, as causas do sucesso centenário da instituição.

Era, até há pouco tempo, comum gremistas postarem fotos nos mais diversos cantos do planeta, vestir orgulhoso o manto, eu mesmo, no início deste ano, no centro do país, fui abordado por cariocas querendo “fazer um brique” com a minha camiseta retrô de 1962. Noutra ocasião, em Campinas e Valinhos, igualmente,  o pessoal “botou o olho” na camiseta.

Pois, não é que um bando inconsequente, detonou, manchou de forma quase irreversível um dos maiores patrimônios do Grêmio? Vai ser difícil, quase impossível reverter essa marca injusta que, nós, os verdadeiros torcedores estamos/estaremos submetidos.

Gostaria de ver os fomentadores dessa situação darem a cara, aqueles que patrocinavam a farra com dinheiro do próprio clube, abraçarem os causadores, mas o que ocorre? Espertamente, procuram “descolar” a sua imagem, o seu vínculo com “os meninos”. Estão mudos; sonham em ser invisíveis no processo. Onde anda o padrinho deles?

Leio que o consulado do Rio, orienta para que os torcedores não façam o papel que lhes cabe, ou seja, de torcedores, porque correm risco de vida. E se isso virar prática em qualquer outra praça, daqui para frente? Quem vai apoiar o clube? Quem vai comprar camisetas e outros artigos com a marca Grêmio? Quem vai querer vincular sua marca com a do Imortal, fora do Rio Grande? O name rights da Arena tem alguma chance?

Infelizmente, não foi por falta de aviso.


Encerro esta primeira parte, que é a do desalento, do desencanto. Na próxima, tratarei da esperança, do que poderá ser feito.

Mesmo sabendo que essa parcela ínfima da Nação Azul errou feio, não deixo de questionar: O que o linchamento de um clube ou de pessoas pode contribuir para acabar com o preconceito?

quinta-feira, 4 de setembro de 2014




Para melhor compreensão

O Grêmio foi rotulado de racista; mais ainda, foi condenado pelo STJD, porque uma ínfima parcela da torcida gritou e entoou cânticos preconceituosos; pois bem, com a informação que circula pela mídia profissional, no caso dela ser verídica; é justo concluirmos que todo o STJD é racista, porque um de seus membros, isto é , 20% o é ? Vide link abaixo.

http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/gremio/noticia/2014/09/mensagens-de-auditor-do-stjd-que-julgou-gremio-causam-polemica-4590640.html