Vitória inadiável
Os três pontos de hoje eram inegociáveis, intransferíveis. Era vencer ou ampliar a crise, por isso, ela (a vitória) se revestiu de uma importância fundamental, talvez seja um marco na recuperação gremista no Brasileiro, mesmo que venham próximos tropeços diante de equipes melhores, os da ponta da tabela, mas a briga do Imortal é outra.
A escalação anunciada assustou; em tese, eram vários reservas, dando a impressão que a parada providencial no certame (14 dd para o clube) de nada tinha valido.
Na prática, o quinteto defensivo, goleiro e os quatro da zaga, é o que vem jogando. Thiago Santos tem cadeira cativa, apesar de suas limitações, geralmente, parando os adversários com faltas.
Então, já temos seis atletas da formação preferencial de Felipão. Daí para frente, começam as surpresas; Lucas Silva no time, Alisson pelo meio, Jonathan Robert na direita e Diego Souza começando a partida. Era uma formação muito arriscada; sorte que o Ceará que tem bons valores, está muito desarrumado (nada a ver com o trabalho incipiente de Tiago Nunes).
Os três pontos se deram pela força individual de Diego Souza (excelente na bola aérea) e Ferreira, o melhor do jogo, em uma de suas jogadas pessoais.
No plano defensivo, Chapecó não fez uma única defesa difícil, Vanderson, um dos piores do time, partindo do que se espera de seu potencial. Ruan surpreende, porque jogador negociado costuma entrar em parafuso. Ele foi muito bem com Rodrigues, que está recuperando a boa impressão de seus primeiros jogos no Grêmio. Rafinha, mesmo improvisado, joga com naturalidade, o que evidencia o equívoco gremista na contratação de Diogo Barbosa.
As dificuldades gremistas estão localizadas no meio de campo (está ficando repetitivo e chato escrever sobre isso); T. Santos, L.Silva e Alisson são limitadíssimos, assim como J.Robert. Alisson comprovou no primeiro gol, que, se tem algum lugar em que possa jogar, este é pelas laterais do campo.
Na frente, os destaques: Ferreira, muito bem e Diego Souza mais interessado, parecendo estar mais magro.
O grande número de atletas cansados (os substituídos) e as câimbras em Lucas Silva, Thiago Santos e Vanderson chamou a atenção. O Ceará pareceu mais inteiro. Talvez seja o psicológico, a pressão pela situação na tabela, enfim, verdade que o Tricolor se arrastou nos minutos finais.
Dos que entraram, o único que deu uma resposta melhor do que o substituído foi Lucas Pereira.
Sigo achando que o Grêmio tem elenco para superar mais do que quatro concorrentes na competição, porém, segue me parecendo como aquele aluno que pode "passar de ano" com 6 ou 7 de média e vai conseguir o mínimo (5), por conta das escolhas do treinador.
Será mais um épico ou uma nova Batalha dos Aflitos, para mim, evitável, se algumas convicções da Comissão Técnica fossem revisadas.