Páginas

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Opinião



Hora de mexer no time

"Time que está ganhando, não se mexe". Uma das maiores frases do universo futebolístico. Quase um dogma.

Às vezes, essa "verdade" é ignorada e o treinador que ousa desafiá-la, acerta. Lembro de Rubens Minelli, que em 75 sacou Escurinho na semifinal no Rio para consagrar Caçapava, um monstro a anular Roberto Rivellino e não mais sair do time.

O mesmo Minelli no ano seguinte, repete, sacando Escurinho e escala Batista, justamente na final, após o meio campista arrebentar na semifinal diante do Galo mineiro com direito a golaço.

Por isso, Renato, dono de uma vantagem imensa conquistada no jogo de ida, pode ousar e lançar mão de Michel, o que não seria nada de anormal e, principalmente, de Éverton na vaga antiga de Pedro Rocha, hoje ocupada por Fernandinho. Quem sabe ele não encontre no jovem cearense o verdadeiro substituto do camisa 32?

Encerrando: Olho neste texto, olho na tevê, Lanús 1 x 2 River Plate, fim do primeiro tempo, peço a Direção do Grêmio: Contratem o camisa 7 do Lanús; Acosta é jogador de Seleção. 


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Opinião


Uma Imprevidência

Pode ser a pior postagem desde aquele Maio de 2013, início deste blog, mas eu vou arriscar; acho que o Grêmio está na final. Não acredito que o clube equatoriano vai cometer uma façanha impensável, inclassificável na Quarta-feira. É uma imprevidência minha, mas sempre escrevo conforme o meu sentimento, o tal "feeling".

Como contraponto, vejo que o Tricolor está "focado", vide Alerta de Cortez; como eu não entro em campo, arrisco dizer que o Barcelona vai fazer um grande jogo; poderá até vencer, mas levar a vaga, não.

Então, eu imagino o Tricolor na final e avançando um pouco, digo que prefiro encarar o Lanús mesmo com a partida final na Argentina do que o River Plate.

Acho que o clube da província da grande Buenos Aires poderá ser a versão atual da Lusa de 1996. É bravo, valente, tem qualidade, porém, enfrentará um adversário gigantesco pela frente com mais tradição e futebol.

Claro que encarar e vencer o River dá mais glamour, mais manchete, mas a longo prazo, isso fica em segundo plano. Que colorado se importa de ter vencido em 2010 o Chivas do México? Ou a Inter de Milão o Mazembe naquele final de ano? Então, o Lanús pode ser um adversário indigesto, pode até ser o campeão, entretanto, hoje, 30 de Outubro, eu tenho esta preferência.

Amanhã à noite já teremos o primeiro finalista, aí, não ficaremos no desejo. Será o futuro próximo.

domingo, 29 de outubro de 2017

Opinião



Empate na Ressacada

Era um jogo incomodativo, porque estava encravado entre os dois confrontos do Tricolor diante do Barcelona de Guayaquil; então, o empate fora de casa, utilizando reservas não foi de todo ruim.

Partida cheia de erros, inclusive do juiz que anulou um gol legal de Bressan num momento crucial da partida, o 2 a 2 acabou sendo justo, porque no segundo tento gremista, eu desconfio que a bola saiu toda pela linha de fundo até sobrar para Kaio marcar.

Antes que alguém me questione se eu tenho algo contra Marcelo Oliveira e Bressan, digo que não; é apenas a carência de futebol deles. De novo, time titular ou reserva, o primeiro afunda sempre; Bressan até foi bem no primeiro tempo.

O lateral Leonardo não apresenta nada de especial que justifique a sua contratação. Muito comum, certamente se buscar nos juniores vão encontrar alguém com as mesmas condições.

Rafael Thyere esteve bem na primeira fase, mas o desentrosamento do time, o prejudicou bastante. Ele e Bressan bateram cabeça e os gols sofridos foram consequência desse desentrosamento. Vale lembrar que Thyere fez um gol de oportunismo. Chutou como se fosse um atacante.

No meio, uma surpresa: Imaginava Michel como primeiro volante; isso não ocorreu, Cristian ocupou essa posição e Michel, por ser canhoto, jogou mais como os antigos meias, tentando os lançamentos longos, já Cristian tratou de fazer o básico, acertou muitos passes, mas todos de fácil execução. Não arriscou avanços ou chutes; diria, fez o trivial.

Kaio é sofrível. Fez o gol, mas ainda não apresentou nada que justifique o seu aproveitamento. Patrick afundou, depois de umas firulas iniciais. Vai oscilar.

Jael; melhor partida dele, porém insuficiente para fardar no Imortal. Éverton entre altos e baixos, acabou sendo o atacante mais efetivo, entretanto, nada que entusiasme. Faltou parceria.

O time conseguiu piorar com as entradas de Beto da Silva e Jean Pyerre. Dionathan tocou apenas uma única vez na bola.

Finalizando, Paulo Victor foi o melhor jogador em campo, todas as saídas aéreas foram perfeitas, duas defesas de grau de dificuldade extrema. Evitou a derrota. Pela Rádio Guaíba (vi o confronto pelo Sportv), ele foi eleito o melhor. Acho que em suas partidas, ele só não foi o melhor em campo diante do Palmeiras, enfrentamento que não vi, nem ouvi.

Gostaria de vê-lo atuando com Geromel e Kannemann.




sexta-feira, 27 de outubro de 2017



Álbum Tricolor (102)
CÉSAR
Grêmio.net
Nome: César Martins de Oliveira.
Apelido: César.
Posição: Centroavante.
Data de nascimento: 13 de Abril de 1956, Rio de Janeiro, RJ.

JOGOS PELO TIME DO GRÊMIO
49 jogos (20 vitórias; 16 empates; 13 derrotas). Marcou 15 gols.

ESTREIA NO GRÊMIO
06.02.1983 - Grêmio 4x0 Campo Grande AC (RJ) - Campeonato Brasileiro
GFBPA: Remi; Silmar, Leandro, Hugo de León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Tarciso (Lambarí), César e Tonho.
Técnico: Valdyr Atahualpa Ramíres Espinosa.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
05.06.1984 - Grêmio 2x1 Toledo EC - Amistoso
GFBPA: Beto; Paulo, Leandro, Hugo de León e Paulo Cézar Magalhães; China, Osvaldo e Luís Carlos Martins; Mauro Portaluppi (César), Caio (Luís Eduardo) e Gílson.
Técnico: Carlos Benevenuto Froner.

CARREIRA
América-RJ (1975 a 1979); Benfica-POR (1979 a 1983); Grêmio-RS (1983 e 1984); Palmeiras-SP (1984 e 1985), São Bento-SP (1985 e 1986), Pelotas-RS (1986 e 1987).

TÍTULOS PELO GRÊMIO
Mundial de Clubes - 1983
Libertadores da América - 1983

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Opinião



Com a Poeira baixando

Hoje, nós passamos o dia em êxtase, conseguimos trabalhar, mas a toda hora os lances da partida vinham à mente e nos pegamos rindo à toa. Uma noite perfeita e um Day After melhor ainda.

Aí está uma curiosidade; O futebol é um jogo de erros. A noite foi perfeita para o Grêmio, o Barcelona, temos certeza, não achou.

Com a poeira baixando, vimos que há situações quase inéditas de tantas ocorrências favoráveis, que não se repetirão tão facilmente, senão, vejamos:

Os times equatorianos são faceiros, marcam de forma frouxa e o Barcelona prescindiu de um volante marcador, por isso (mas não só por isso, é claro), Luan brilhou intensamente, porém, passando para a final, o Tricolor vai encarar um argentino e aí terá pela frente vários "Kannemanns", independente de ser Lanús ou River Plate. Luan e Cia terão marcação mais intensa.

A atuação de Edílson se mostrou acima de tudo que ele fez no Grêmio, a jogada do terceiro gol é lance comum nos pés de Leonardo Moura, não dele; o gol de falta é um instante de técnica, vivacidade do batedor e de um grande descuido defensivo do arqueiro equatoriano. 

Com Pedro Rocha em campo, a possibilidade de o Tricolor consagrar uma goleada histórica era iminente. Sem ele, o Grêmio jogou com "dez", pois Fernandinho não se achou em campo, seu jogo não teve consequência; mais uma vez, alertamos, usando o exemplo dos argentinos: O Tricolor não poderá enfrentar los hermanos com uma posição destoante. É suicídio.

Com um adversário que dificulte a movimentação de Luan, o isolamento de Barrios se agravará e o ataque poderá se resumir a levantamento de bolas na área, um velho, surrado e quase sempre recurso insuficiente. 

Chegando ao goleiro: Marcelo Grohe fez a defesa do ano, espetacular, quase irrepetível em sua carreira, mesmo com todos os méritos, convém lembrar que ela é fruto de duas qualidades bem conhecidas do goleiro gremista, arrojo e excepcional reflexo. Ele buscou a técnica do handball para lograr êxito na magistral defesa à queima-roupa.  Prossegue a dúvida; quando Grohe for exigido em seus conhecidos pontos fracos, como ele e o time reagirão? 

Renato armou o time e fez as trocas essenciais em momentos de dificuldade na partida; entretanto, o placar lhe era favorável; como será quando estiver atrás no marcador? Terá o discernimento para fazer a leitura correta do que ocorre dentro de campo?

É hora da torcida festejar muito, mas a tarefa da Direção e Comissão Técnica aumenta em responsabilidade e na complexidade para evitar tropeços e frustrações.

Mais uma vez, a hora é dos comandantes do clube.

Opinião



Uma Noite Perfeita

A gente que está na "estrada do futebol" há muito; vira testemunha de algumas jornadas perfeitas onde tudo flui fácil, jogos épicos, inesquecíveis. Esse 3 a 0 desta noite entra neste rol.

Ao optar por Jaílson, Renato preservou a fortaleza à frente da área, algo que talvez Michel ainda não consiga desempenhar em sua plenitude. Ponto para o treinador.

Outro fator foi a pegada, a concentração e solidez defensiva do time e na frente, contou com a sorte no chute de Luan, logo aos 8 minutos, quando ele bateu de chapa, completando ótima chegada de Bruno Cortez ao fundo. A pelota desviou no defensor, tirando qualquer possibilidade de defesa do arqueiro equatoriano. Ali, eu senti que estávamos numa daquelas noites luminosas e inspiradas.

O gol de Edílson é outra sinalização que os deuses do futebol estavam ao/do lado do Imortal. Quem viu Nelinho jogar, sabe o quanto é difícil para um goleiro receber um chute sinuoso de média ou longa distância. Com a defesa mal armada, aí vira um abraço.

Individualmente, o Tricolor esbanjou com uma nominata extensa de atuações de luxo: Luan muito acima de todos, jogou demais e foi absolutamente efetivo nas conclusões. Edílson fez a sua melhor partida pelo clube e ficou apenas atrás do camisa 7 gremista.

Geromel e Kannemann formam a melhor dupla de zaga do futebol brasileiro; sendo que o primeiro é o melhor defensor do planeta. Estivesse no Barcelona ou Real Madrid e seu nome seria cantado em verso e prosa.

Arthur e Bruno Cortez, abaixo apenas dos citados acima. E, observem, já chegamos a seis, os destaques. Jaílson e Ramiro, também incorporaram o espírito brigador, que forjou o modo do time encarar os raros momentos de "sofrência".

Barrios esteve muito bem, inclusive nos lances defensivos, faltando apenas chances para conclusão; abaixo dos demais, Fernandinho, que melhorou timidamente no último quartel do segundo tempo. Era jogo para Éverton, mas quem pode reclamar, depois desta goleada?

Percebemos que a noite foi especial, quando os substitutos tem qualidade: Leonardo Moura, Michel e Cícero. Todos deram ótima contribuição e o time não sentiu as mexidas. O padrão superior prosseguiu com naturalidade, especialmente com o veterano Leonardo Moura.

Deixo por último, o nome de Marcelo Grohe, porque ele realizou aquilo que tanto reclamamos e que andava ausente nas partidas decisivas do Imortal, com sua defesa inclassificável, tremendamente importante, pois sem ela, não haveria o terceiro e demolidor gol de Luan na excepcional jogada de Edílson.

Em mais de 50 anos olhando futebol, raras foram as vezes que vi uma defesa fantástica como a que ele praticou. Tudo funcionou na jogada, qualquer outro movimento que Grohe tivesse feito, a bola morreria nas redes. Defesa que merece placa no estádio.

Ironicamente, Marcelo Grohe ao fazer uma defesa sensacional e decisiva, acaba dando razão aos que desejam no arco gremista, alguém que faça a diferença como ocorreu hoje. Que vire rotina e não exceção.

Para descontrair mais ainda: Alguém sabe me dizer se Espinosa andou pelo Equador? 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Opinião



Na Véspera

Terça, véspera do jogo do ano para nós gremistas, as notícias são que o Tricolor está focado mesmo; as declarações são de respeito, bem comedidas, como devem ser numa fase de semifinais.

Outra, a vitória do River Plate que assisti a segunda metade do tempo final e deu para ver que não será fácil (que obviedade!!) encarar os argentinos, se o Tricolor passar pelo Barcelona. 

Lanús é um time muito organizado que cometeu o erro de recuar muito nesta noite, o River foi cirúrgico, isto é, na única chance que teve (desta amostragem de 25, 30 minutos), Scocco marcou. 0 a 0 seria mais condizente com as escassas chances.

Para encerrar; arrisco dizer que o fator novo que o Imortal poderá apresentar no Equador poderá ser Cícero. Tem tudo para arrebentar.


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Opinião



O Banco de Reservas

Para Quarta-feira, primeiro enfrentamento com o Barcelona, Renato parece já ter definido dez que iniciarão o confronto: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Walter Kannemann e Bruno Cortez; Michel, Arthur, Luan e Ramiro; Barrios e a dúvida, Fernandinho, Arroyo, Éverton, talvez Cícero.

Desconfio que iniciará com Arroyo, por razões anímicas. Não é o meu preferido. É apenas palpite.

Bom, aí vamos para a composição do banco de reservas. São sete apenas, então, novamente arriscando, presumo que sejam: Paulo Victor, Leonardo Moura, Jaílson, Marcelo Oliveira (este, pelo bruxismo), Cícero, Fernandinho, Éverton ou Jael, sobrando Cristian, Thyere e os demais. Também não é a composição deste que escreve.

A ausência de Rafael Thyere poderá ser compensada (na cabeça de Renato) pelas alternativas  de Jaílson ou Marcelo Oliveira para a zaga numa emergência.

Se optar por Jael será pela combinação de teimosia com pensamento mágico da bola levantada na grande área. 

Tenho quase uma certeza: Cícero participa deste confronto, de um jeito (saindo jogando) ou de outro (durante a partida).

Por isso, desejo uma boa estreia.

domingo, 22 de outubro de 2017

Opinião



Derrota esperada

Primeiramente, devo dizer que não vi, nem ouvi a partida. Compromisso familiar me colocou na estrada na hora da partida. Fico com a minha impressão das decisões diretivas do Grêmio e estes resumos de final de jogo, imagens e o rádio.

As imagens são estas mesmas do youtube que posto abaixo, a minha impressão é anterior ao confronto, isto é, o Grêmio deveria ser punido pelos organizadores do certame pela forma desdenhosa com que se conduziu durante todas as rodadas. Ele bradou aos quatro ventos que não interessava vencer o Brasileiro, utilizando a justificativa das prioridades, Copa do Brasil e Libertadores da América. Imagina o impacto que tem nos jogadores e torcida. É o famoso tiro no pé.

Quais são as justificativas? Lesões, cansaço, desgaste físico? Ora! Onde se lesionaram Douglas por duas vezes e Jael? Quais foram os jogos destas lesões? Foram em treinamentos, bom, então que não se treine mais.

Que desgaste tem Pedro Geromel, após apenas duas partidas em sequência? Essa preocupação não deveria contemplar Michel que veio de cirurgia e entra assim na véspera da decisão de quarta-feira diante de um adversário direto pelo topo da tabela? Não era a melhor hora para colocá-lo pela ótica e coerência da Direção. A mesma observação serve para Luan, isto é, escalá-lo na véspera da partida diante do Barcelona é incoerente. 

Preso por ter cão, preso  por não ter cão. Esta frase ocorrerá após a primeira disputa das semifinais, ou seja, ganhando, o planejamento estava correto, o clube está coberto de razão; perdendo, o planejamento estava correto, pois, se poupando perdeu, imaginem o resultado catastrófico se (eles)  não  poupassem os atletas; goleada na certa, um fiasco. É cruel.

Então, preparem-se; qualquer que for o resultado em Guayaquil, a Direção e Comissão Técnica estarão (na visão deles, é evidente !!!) certos. Assim como estão "corretos" em esconder Patrick (assim, ele não corre o risco de arrebentar, gastar a bola) e promover Jael até que ele faça algo certo, um salvo conduto para as próximas dezenas de partidas comprometedoras.

E o Palmeiras, hein? Muito estranho, sai o treinador campeão brasileiro de 2016 e o time deslanchou. Estranho, muito estranho.

Deixo o link da partida de hoje:

https://www.youtube.com/watch?v=godknm0Oebo

sábado, 21 de outubro de 2017

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (176) - Ano - 1988

Território de Bamba

Fonte: http://espn.uol.com.br

No dia 15 de Outubro de 1988 em pleno Olímpico, o Grêmio encarou o Palmeiras, tentando quebrar um tabu de 15 anos, pois o último triunfo datava de 1973, 1 a 0, gol de Yúra que tratamos nas Pequenas Histórias 85.

As duas casamatas viraram território de bambas, isto é, de mestres em seus ofícios; lá estavam Otacílio Gonçalves da Silva Júnior, discípulo de Minelli e criador do Grêmio Show mais Ênio Andrade (dispensa apresentações), treinador do Palmeiras.

Sem contar com Valdo, o craque do time, Otacílio utilizou naquela tarde os atletas da foto acima, em pé: Mazaropi, Trasante, Alfinete, Luiz Eduardo, Paulo Bonamigo e Airton. Agachados: Cuca, Marcus Vinícius, Jorginho, Cristóvão e Roberto Gaúcho.

O Palmeiras usou: Zetti; Zanata, Toninho, Nenê e Dênys; Lino, Gérson Caçapa (Mauro) e Edu; Silvio, Gaúcho e Ditinho Souza.

O Tricolor empilhou chances e fez do goleiro (futuro campeão mundial em 94) Zetti, o melhor atleta palmeirense. Segundo os jornais da época, o placar não espelhou a supremacia tricolor.

O Imortal teve chances aos 2 minutos, chute de Cuca que Zetti espalmou para escanteio, Jorginho aos 10 cobrando falta e Alfinete aos 13 minutos cruzando para Marcus Vinícius e ainda aos 30, com o centro-avante, ele, Marcus Vinicius, de novo.  O gol era questão de tempo, porém, o placar não saiu do zero na primeira etapa. O estreante Roberto, que ainda não era chamado de Gaúcho, teve a última chance desta etapa.

Logo aos 3 do segundo tempo, o centro-avante Marcus Vinicius marcou ao aparar cruzamento do excelente lateral Alfinete. 1 a 0.

Um minuto após, Cristóvão entra livre e arremata para nova defesa do paredão palmeirense.

Ênio mexeu no time, colocando o ponta-esquerda Mauro para buscar o empate, mas o Tricolor controlou bem e parecia garantir o escore mínimo.

Quando o público de quase 12 mil pessoas se preparava para deixar o o Olímpico Monumental, o ponta direita Jorginho foi derrubado por Denys, penalidade máxima marcada pelo carioca Luis Carlos Félix, que Cuca cobrou com maestria.

Otacílio vencia assim, um dos maiores nomes do futebol gaúcho, Ênio Andrade e desmanchava o jejum de 15 anos sem vitórias do Tricolor sobre o clube de Parque Antártica.
Seguem os gols da partida;



Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
  


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Opinião



Deu Jael na Lista

Pois é, Renato foi fiel aos seus bruxos e confirmou Jael entre o trio que vai ser inscrito para a disputa das semifinais diante do Barcelona de Guayaquil.

Ultimamente, eu ando antecipando o desenrolar da história como o mais incômodo dos "spoilers"; vide Patrick, onde escrevi a seguinte frase: "Jael parece que mora, reside e está domiciliado no coração do treinador; seria o nome descartável, se os critérios de escolha se resumissem ao passado e especialmente, o momento do atleta; resumindo, sua trajetória e o presente. É uma incógnita para os torcedores, não sei se para Renato."

Renato vai bancar Jael e olha que pode se dar bem, lembram de Gabiru no Coirmão? Um centro-avante tanto joga que uma hora ele marca, apesar do custo-benefício lhe ser amplamente desfavorável. 

Tomara que dê certo, mas é uma pena a gente ver jovens promissores como Patrick, Jean Pyerre e Dionatã aguardarem mais um pouco para o encontro com o sucesso e a consagração no Grêmio.

O treinador gremista lá na frente, também será lembrado por ter lançado este trio; porém, pouca gente vai recordar que ele reprisou o erro que lhe vitimou em 82 num dos raros equívocos do mestre Ênio Andrade que, receoso, retardou a sua efetivação no time.

Tomara que Cristian, Cícero e especialmente, Jael sejam protagonistas nesta reta final. 

A história escrita por linhas tortas.







quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Opinião



Reanimado

"Portanto, mesmo desdenhando o Brasileirão que está praticamente decidido, o Grêmio não sairá indiferente desta partida de Quarta-feira."

Com esta frase, eu encerrei a postagem de Segunda-feira, 16 de Outubro e ela se mostrou corretíssima, porque a partida realizada pelo Imortal retomou o futebol de posse de bola, acerto de passes e, principalmente, de uma imposição técnica e tática. Duvidam? Então, como explicar o enfrentamento diante do líder e virtual campeão brasileiro na sua casa e ter o seu goleiro, um ilustre espectador do espetáculo, sem ter feito nenhuma defesa ao longo do prélio, apenas intervenções; aliás, estou vendo Sport x Santos, primeiro tempo e o Vanderlei fazendo uma defesa extraordinária atrás de outra. Também a excelência do futebol de Lucas Veríssimo. Anotem esse nome. Baita zagueiro.

Retomando, falta alguém chegar e tomar para si a tarefa de substituir bem o lado esquerdo do ataque, lugar de Pedro Rocha.

Além disso, Luan voltou bem, Michel e Cristian estão recuperados, Arthur renova por mais 4 anos, Jael teve boa participação nas duas últimas apresentações, o Barcelona não engrena no nacional equatoriano.

 Parece que a maré baixa está cedendo. 


Opinião



Grêmio empata, mas reapresenta o bom futebol

Muito bom jogo de se ver; faltou apenas o gol do Tricolor.

Com esta frase, eu demonstro a sensação de ter o Imortal recuperado o bom futebol que ele demonstrou na maioria de suas apresentações.

Credito a dois fatores essa mudança comportamental gremista dentro das quatro linhas; o primeiro, a volta de Luan; ele deu o "timing" do time, o Grêmio tocou mais a bola e errou menos os passes à partir da batuta do camisa 7; o outro: A grandiosidade da partida, afinal jogaram o líder e vice-líder, todo o Brasil estava de olho na partida. Os atletas entraram mais concentrados e dando um gás a mais. Funcionou; o Tricolor foi melhor quase todo o jogo.

Vi pela RBS e aí é um terror, um show de bobagens e o comentarista sempre em cima do muro, falou em jogo equilibrado. Ora! Cássio fez uma grande defesa na primeira etapa (Ramiro), mais uma na etapa final (Edílson), a melhor, uma bola no travessão (Edílson) e uma cabeçada de Jael no último lance do encontro e o Corinthians? Duas bolas que rasparam a trave, uma em cada tempo. Grohe virou um assistente dentro do gramado.

Individualmente, Edílson oscilou muito; mas foi protagonista de dois lances cruciais, travou Rodriguinho na hora certa, evitando o chute e meteu uma bola na trave com uma habilidade extraordinária, pois tirou do goleiro e fez a caída certa, o azar veio pela bola batida no travessão.

Pedro Geromel e Kannemann, muito bem, sérios e controladores da zaga; Bruno Cortez, acho que foi o melhor da partida.

Jaílson virou uma grande alternativa para a reposição de primeiro volante; vem crescendo. Arthur, soberbo, Ramiro, outro que melhorou em relação ao jogo anterior, por exemplo.

Luan é o diferencial, é o craque do time. Para quem voltou depois de quase dois meses, ele surpreendeu positivamente. Hora de renovar o seu contrato. 

Lucas Barrios recebeu poucas bolas na frente, conseguiu prender a zaga paulistana, ninguém arriscou sair para o jogo.

Chegamos em Fernandinho. Muito mal e hoje com um agravante; ele que cai muitas vezes inexplicavelmente, hoje, quando foi empurrado na área, uma penalidade máxima, ele resolve prosseguir no lance. 

Éverton deveria ter começado a partida, Beto da Silva está mais desenvolto, arriscando mais e Jael "cavou" uma oportunidade, que quase decidiu o confronto; outro atleta de menor envergadura, sequer chegaria naquela bola.

Conclusão: Não foi hoje que o Tricolor perdeu o Brasileiro, basta olhar para as jornadas anteriores.


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Opinião



Próximo jogo pode ser esclarecedor

Quarta-feira, a partida será contra o adversário que é o líder da competição, confronto que em algum momento do certame se apresentava como o divisor do campeonato; isto é, o Corinthians vencendo carimbaria a faixa, porque bateria o único (relembrando; isso era a fotografia do primeiro turno) real rival, último obstáculo da  sua conquista brasileira. Hoje, a convicção que o Coringão será campeão mesmo perdendo, aumentou. Por que? Porque foi o Grêmio que "despencou", expressão cunhada por Renato para uma hipotética queda  do Timão, mas que se voltou contra o clube gaúcho. 

O Tricolor virou uma caricatura do time que ganhou a CB de 2016; neste instante, definha e se mantém sem uma crise espetacular, porque há ainda as semifinais da Libertadores, senão ...

Mas este jogo pode esclarecer algumas dúvidas, como por exemplo:

- Se Luan não jogar, não será por lesão. É pela negociação do contrato

- Se o time fizer um grande enfrentamento, não será a falta de Pedro Rocha ou outro motivo dentro das quatro linhas que fez ele regredir

- Se o time afundar, reduzirá a confiança da torcida na luta pela Libertadores; desaparecerá a pequena chama acesa que se mantém apesar deste péssimo futebol apresentado no returno do campeonato nacional

- Se fizer um boa jornada e, principalmente, sair vencedor do confronto, terá o Tricolor a certeza que jogou fora um dos Brasileiros mais à feição para o clube gaúcho

- Se fizer uma boa jornada e, principalmente, sair vencedor do confronto; ele chegará turbinado para os jogos contra o Barcelona de Guayaquil

Portanto, mesmo desdenhando o Brasileirão que está praticamente decidido, o Grêmio não sairá indiferente desta partida de Quarta-feira.


domingo, 15 de outubro de 2017

Opinião



O Resultado foi ótimo, mas ...

Escrevi na Sexta que eram necessárias várias e imediatas medidas no Grêmio; a mais urgente, vencer o Coritiba. Então, o primeiro passo está dado.

Agora, o que se viu foi constrangedor. O Grêmio não jogou quase nada; exceção para a zaga, Geromel e Kannemann, eles, imagino, não se poupam nem em treinos. Sério e competente,  o argentino é o responsável direto pelo zero do placar defensivo. 

Renato escalou muito mal, porque Fernandinho e Arroyo não jogaram absolutamente nada. É inexplicável a preterição de Éverton para esta dupla.

Soma-se a isso, a indolência do time disfarçada de uma pretensa tentativa de cadenciar e controlar o jogo. Nesse quesito, Ramiro se sublimou; ele cumpriu uma jornada irritante a tal ponto de ao ter a jogada de frente e uma possibilidade de evolução ofensiva; parava, rodopiava e atrasava o jogo de uma forma inexplicável para um atleta que tem como características a lucidez no passe e a combatividade no setor que atua. O gol providencial e decisivo, não mascara a sua má jornada. "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".

O Coritiba quase marcou duas vezes com Werley, aí a ironia seria total e cruel com o Imortal. Aliás, tratando de cruel; e o Jael hein? Fez uma jogada de muita disposição e "pifou" Ramiro no último lance do encontro. Como no Grêmio uma jornada esporádica vale salvo-conduto para muito tempo, dá para dizer: Vem aí na LA, Jael. Vai sobrar para o Patrick.

Provisoriamente, o Tricolor virou segundo colocado (pode ser que o Vitória faça o crime amanhã em cima do Santos) e Quarta é contra o Corinthians, provavelmente com Luan no time. 

Além dos beques, gostei do primeiro tempo de Jaílson, do segundo de Bruno Cortez e dos que ingressaram: Éverton, Beto da Silva e Jael, porque, pelo menos, esse trio substituiu com consequência os que saíram jogando.

Com essa bolinha, a vida gremista segue preocupante, mas, repito, para começar a ganhar confiança e abreviar o caminho para encarar bem o Barcelona, havia a necessidade de sair com os três pontos do Couto Pereira.

Não foi um Grêmio "pragmático"; teve sim, uma pitada de sorte. Se não fizer essa "leitura", o tombo virá ali na frente e a recuperação do time estará prejudicada.

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (175) - Ano - 1956


Batendo o Coxa-Branca

Fonte:http://posterdetimescampeoes.blogspot.com.br

1956 foi o ano da arrancada gremista na busca da hegemonia regional que lhe rendeu 12 títulos em 13 temporadas de disputa. Uma façanha e tanto. 

Oswaldo Rolla, o ex-craque Foguinho montou este elenco que ganhou o penta (56 a 60) e deu uma nova marca ao futebol gaúcho, dando ênfase a preparação física sem descuidar da técnica e tática da equipe.

Ainda como vice-campeão gaúcho, em 29 de Abril daquele 1956, o Tricolor encarou o Coritiba no Durival de Brito, lá na Vila Capanema na capital dos paranaenses.

O que se prenunciava num confronto equilibrado, virou um passeio gremista; 5 a 1, com show de um atleta pouco conhecido (pelo menos por esse nome) do Tricolor: Ruarinho. Do lado alvi-verde, a ausência do principal jogador, Bequinha, foi muito lamentada, além de Renatinho que não tinha condições para uma partida inteira.

O Grêmio utilizou: Sérgio Moacir; Figueiró e Airton; Nilso, Ruarinho e  Ennio Rodrigues; Giovani (Chico Preto), Gessy, Juarez, Milton Kuelle e Vieira (Hercílio).

O Coxa com: Hamilton (Adair); Alceu (Márcio) e Araújo; Adão, Guimarães e Carazzai; Duílio, Miltinho, Ivo, William e Orio (Renatinho).

O predomínio gaúcho ocorreu desde os primeiros movimentos da partida, onde se sobressaíram Ennio Rodrigues, Ruarinho e o jovem meia ponta de lança Gessy.

As oportunidades foram se sucedendo; Juarez, Gessy e novamente Juarez. Finalmente aos 20 minutos, o primeiro gol, obra de Giovani em grande jogada de Ruarinho com Vieira. 1 a 0.

Aos 35 minutos, Gessy fez fila na defesa paranaense; driblou Guimarães, Alceu e Adão, antes de encher o pé. 2 a 0. Placar da primeira fase.

Juarez ampliou aos 10 minutos, após cruzamento de Ruarinho; na primeira, o "Tanque" cabeceou para defesa parcial de Hamilton, no rebote, ele meteu para o barbante. 3 a 0.

William fez o gol de honra do Coritiba; ele aparou de cabeça escanteio cobrado por Miltinho. 3 a 1. Decorriam 24 minutos.

Aos 29, Ruarinho faz nova boa jogada, serve Gessy Lima que escora de cabeça para Juarez marcar. 4 a 1.

Chico Preto que entrara na ponta-direita, driblou Araújo que cometeu penalidade máxima. O próprio Chico Preto cobrou aos 32 minutos, dando cifras definitivas: 5 a 1.

O árbitro foi o Sr. Manoel Guimarães e os destaques pelo lado vencedor foram Ruarinho, Gessy, Ennio Rodrigues e Milton.

Neste Domingo, o Tricolor encara o Coritiba no Couto Pereira; mudou o local da partida, mas bem que o resultado poderia se repetir.

Fonte: Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro






sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Opinião



Para quem acha que não é grave

O Grêmio prot(agoniza) nesse returno o pior desempenho da era de pontos corridos; para quem alardeava que uma hora o Corinthians iria despencar vide E agora, Renato?, é constrangedor ganhar duas partidas em oito, sendo que os batidos foram o Sport e Fluminense em casa, isto é, nada de tarefa fantástica.

A situação é preocupante e deve ser vista dessa forma. Só encarando direto o problema é que o Tricolor terá chance de fazer frente ao Barcelona do Equador.

O mutirão começa com a busca de solução para o caso Luan; também trazer para a realidade gremista, as novas contratações (Cristian e Luan), buscar entrosá-los o mais rápido possível, dar sequência para Patrick e Éverton no time principal e recuperar Ramiro, rever a titularidade da lateral direita, Edílson segue ou arrisca colocar Leonardo Moura que é muito melhor, mas tem contra si a desconfiança de seus 38 anos? 

Para começar a reduzir as desconfianças, igualmente seria bom ganhar fora do Coritiba.

 Isso, nem é questão de brigar por vaga para a LA no Brasileiro, mas de curar as feridas para chegar fortalecido nas semifinais do torneio continental.


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Opinião



Apropriações

O verbo Apropriar tem relação com: Tornar próprio, acomodar, atribuir, tornar conveniente e até, "tornar seu uma coisa alheia".

Há um ou dois anos, eu estava escutando uma rádio da capital, programa esportivo numa tarde de Sábado, contando com uma jornalista que não era da área esportiva e ela "ficou tirando onda", dizendo que era fácil comentar jogos de futebol. Para exemplificar, simulou uma resenha de final de jogo. Desfilou "duas linhas de quatro, marcação por zona, jogadas pelos flancos, posse de bola, assistências, administrar o jogo". Concluiu com uma risada.

A gente sabe que é assim mesmo. Claro! Quem está vendo e conhece pode discordar no ato, mas pelo rádio é mais fácil enganar. Essa é a nossa mídia esportiva.

Trazendo para o Grêmio, ficamos espantados com essas apropriações indevidas como certas frases usadas nas jornadas esportivas: Marcelo Grohe, goleiro acostumado à decisões. Bom, só se forem decisões de turnos de Gauchões. Edílson, exímio cobrador de faltas. Essa é muito boa. Ele não acerta nem penalidade máxima! Quem viu Valdomiro, Zico, Nelinho, Rivellino e Pelé (sim, ele mesmo. Às vezes, esquecemos que ele batia bem faltas), fica de queixo caído, quando dizem que Edílson e Fernandinho são bons batedores.

Outra área que é vitimada, verdadeiro sacrilégio é a Administração, pois os dirigentes utilizam uma de suas ferramentas ou melhor, apenas o termo Planejamento de forma irresponsável e quando o aleatório lhe deixa de presente um título ou vantagem, arrotam que estava tudo planejado. É tudo no improviso; como explicar a contratação de Jael ou o treinador Roger, depois de tentarem inutilmente Doriva e Cristóvão? Atiram na Igreja, acertam no padre.

O planejamento do Grêmio nos brindou com Pepê, Nicolas Careca e Léo, terceiro goleiro, meninos promissores jogados no fogo, logo no início do Brasileiro lá em Recife. Qual o porquê? Precisava naquela altura do campeonato, recém iniciado? Também patrocinou jogar com reservas no Paraguai diante do Guarani, o que inviabilizou a melhor campanha da Libertadores e a certeza de chegando à final, ela seria na Arena.

Priorizou poupar. Poupou, poupou e ... Lesionou. Não dá para culpar o Calendário, basta ver o que o Cruzeiro e outros clubes estão fazendo sem "livrar a cara" do elenco.

O citado Planejamento gremista desdenhou do Brasileirão, imaginem!!! Desconsiderou a Primeira Liga, foi extremamente incompetente no Gauchão e na "prioridade" Copa do Brasil, ele foi incapaz diante de um Cruzeiro que caminhava no fio da navalha com Mano Menezes com os dias contados.

As próprias contratações de Cristian e Cícero são do tipo "era o que tínhamos para o momento". A Direção sabia que poderia contar com três reforços na troca na lista de inscrições. Ela se programou para isso?

Agora que o momento do Planejamento correto exigiria uma chegada na plenitude das ações anímicas, físicas, táticas, técnicas, médicas na reta final da LA, o que temos é um Grêmio desmantelado,  um monte de lesionados, uma Direção omissa, um treinador isolado, cada vez mais solitário e uma torcida à beira de um ataque de nervos.

Porém, sempre existe um porém, se o título cair no colo do clube como às vezes ocorre, vide o Flamengo de 2009; haverá o discurso que tudo estava dentro do "planejado".

É muita incompetência ou sei lá mais o quê.




Opinião



Grêmio afunda mais um pouco

Começo com parte da crônica de 25/09:"Do jeito que se desenha o futuro gremista nos próximos meses, 2018 receberá como herança, apenas a garantia antecipada de manutenção do clube na Série A. Mantida a performance recente de campanha de rebaixado no returno, nem o mais otimista dos gremistas acreditará que diante do Barcelona do Equador "é só virar a chave" e por encanto, o time recuperará o futebol do final de 2016.

Infelizmente, nós, os torcedores, é que vamos pagar o pato."

O Grêmio trilha o caminho do Inter em 2010, já está em quarto lugar, o salvo conduto por estar nas semifinais da LA, anestesia o clube em quase toda a sua composição; Direção, Comissão Técnica, parte da torcida, etc... Perdeu seis partidas nas dez últimas, campanha de rebaixado.

Hoje, depois de mais de 10 dias para descansar, recuperar jogadores e entrosar o time, o Tricolor voltou pior, apenas três jogadores não foram mal: Marcelo Grohe, Marcelo Oliveira e Kannemann, o resto foi terrível.

O que mais assusta é que ele não foi mal escalado; se ele tinha quatro reservas, não houve nenhuma improvisação: Marcelo Oliveira, Jaílson, Jean Pyerre e Arroyo estavam em posições que costumam jogar ou, pelo menos, passíveis de adaptação; portanto, não começam por aí as explicações de nova derrota e principalmente, o péssimo futebol apresentado.

Outro ponto assustador é o fato de mesmo não levando sufoco em suas partidas, aliás, os dois últimos foram diante do Rosario Central,  o Grêmio ao ser atacado duas ou três vezes por jogo, acaba sofrendo gols (Grohe não teve culpa neste gol de hoje);é um mistério.

Nem dá para tratar sobre o que ocorreu dentro de campo, o que se vê em sequência é o desmoronamento, o desmanche do time. Se os motivos são políticos, técnicos, táticos, médicos, tanto faz, a realidade é que o Grêmio está se distanciando não apenas dos primeiros lugares do Brasileirão, mas de seu passado recente de bom futebol. Perdeu o rumo e o semblante de Renato denuncia que ele está abatido e preocupado; talvez incapaz de uma retomada.

 A usual confiança do treinador está sumindo, o seu discurso não empolga o elenco e a Direção passa a impressão de não reconhecer o momento delicado do clube.

O processo de condução da gestão do futebol confiado apenas ao treinador, já traz consequências. A omissão geralmente cobra um preço muito elevado para azar da torcida.