Páginas

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Opinião





Time com jeito de Carlos Froner

                                  Quem tem mais de 45 anos (mais ou menos) sabe de quem estou tratando. Carlos Froner foi um grande treinador gaúcho, principal guru de Luiz Felipe, que o homenageou ainda em vida, após a conquista do Mundial de 2002 no Japão/Coréia do Sul. 
Fazia o estilo durão, disciplinador, usava muitos palavrões à beira do gramado; lembro do Júnior e Zico reclamando do linguajar dele, quando treinava o Flamengo. Além do rubro-negro carioca, Froner comandou o Vasco, Bahia e Santa Cruz, assim como o Inter e principalmente o Grêmio. No fundo, era uma pessoa muito afetiva e sociável, apesar da imagem que representava.
                                       Quando o Tricolor fechou o ano de 1983 Campeão do Mundo, no mês seguinte, Valdir Espinosa pegou o boné e foi treinar o Cascavel, isso mesmo!! O clube paranaense acenou com um projeto audacioso que sabemos, não vingou. Pois bem, ele era como um pai para o jovem Renato. Ficava então, uma séria lacuna.
                                         Confirmado o substituto de Espinosa, surgiu a dúvida; como Froner, um senhor aparentemente vestuto, iria lidar com as diabruras do ponteiro e ídolo, pois o antigo técnico era muito tolerante?
                                       Renato e Froner se auto-adotaram; Froner virou Titio Froner, jogaram a Libertadores  e se deram tão bem a ponto de eu lembrar o dia que demitiram o técnico; o ponteiro sentiu muito e manifestou isso publicamente.
                                          Todo esse papo acima é para deixar claro que a atual forma de jogar do Tricolor, com forte apego/apelo defensivo era um dos pontos marcantes dos times treinados pelo Capitão Froner. Havia uma solidez defensiva que fez escola entre os bons técnicos do Sul do país.
                                         Talvez as circunstâncias levaram Renato a fechar a defesa, acredito que nisso haja sem dúvidas, a troca de ideias com os jogadores que deixou a forma inconfundível de jogar de Froner  espelhada no Grêmio atual. 
                                       Podem não ter sido provocadas as semelhanças, mas que são evidentes, são. Há um pouco de Froner no jeito de atuar deste Grêmio de Portaluppi.

2 comentários:

  1. Marcelo Flavio04/10/2013, 21:10

    Bruxo e suas histórias.
    Tu tem uma boa memória, hein.
    Muito legal essas situações que nos apresenta.

    ResponderExcluir
  2. Marcelo Flavio!
    É dom de família pelo lado paterno. Além disso, à partir de uma lembrança, sigo atrás de bibliografia dela para confirmar ou reparar os fatos que vieram à memória.
    Domingo, acho que emplaco mais uma postagem do "Pequenas Histórias".
    Muito legal esse retorno que tu dás às minhas histórias.
    Abraços.
    Muito legal este retorno que o amigo nos dá. Abraços

    ResponderExcluir