O bom exemplo das conquistas do Flamengo e Corinthians
São nossos clubes mais populares, portanto mais sanguíneos e irascíveis, mas tiveram conquistas importantes, apesar dos pesares da história recente de cada um deles. Diante disso, resolvi ver o que há (houve) de bom nas conquistas corintianas e nesta Copa do Brasil do rubro-negro carioca que pode servir de exemplo para o Imortal. Começarei pelo clube paulista, porque nele serei breve.
a) Um grande treinador e muita convicção nele. A direção poderia ter demitido Tite quando perdeu na pré-Libertadores para o Tolima. Uma vergonha! Os comandantes do clube fizeram ouvidos de mercador, quando os "entendidos" (sim, amigos, em todo clube grande tem os torcedores que dão cinco jogos para acertar o time, senão a corneta começa) pediram a cabeça do técnico. Resultado: Tite escreveu a mais bela página de conquistas do clube paulistano. Isso poderia ter sido abortado, se não houvesse convicção no trabalho deste gaúcho nascido na Serra.
b) Do Flamengo há muita coisa boa a ser olhada com atenção. O clube carioca tem tradição na formação de pratas da casa; também recorre, "pede socorro" a treinadores da base ou sem experiência como Paulo Cesar Carpegianni que largou a camisa 6 (centro-médio) para assumir o lugar de Cláudio Coutinho e ser campeão do mundo em 1981, Carlinhos, Joubert, Andrade e agora, Jayme de Almeida. Todos identificados com a história vencedora do clube da Gávea.
Também, notou-se que é possível carregar nas costas um Pelaipe da vida, que só soube indicar Marcelo Moreno, Carlos Eduardo e Mano Menezes, todos quase botaram à pique a nau rubro-negra no ano. Jayme salvou a pele de todos. Alçou à titularidade Wallace, Samir, Amaral, Hernane. Com ele Paulinho, Elias, André Santos recuperaram ou se firmaram. Jayme não conseguiu fazer Carlos Eduardo jogar, mas aí seria milagre.
Esses "fragmentos" positivos que sobressaíram de um universo nem sempre recomendável dessas duas instituições, podem e devem ser copiados.
Quando eu leio que o Tricolor pode contratar Gilmar Dal Pozzo, fico pensando; e o Roger? Ele seria menos que o ex-goleiro do Caxias? E os nossos jovens que vem da base ou chegam como promessas de outros clubes não poderiam repetir os meninos da Gávea? Não sei, mas acho que os caminhos são investir pesado num técnico vencedor e em franco crescimento como Tite/Muricy ou então, buscar Roger ou Cristóvão que tem identificação com o clube, são estudiosos e não são caros. Promessa por promessa, prefiro alguém com história no clube para cuidar do vestiário.
Para encerrar, não dá para descartar Renato, mas para isso acontecer, muitas arestas terão que ser aparadas. Aí entra o presidente Koff. Fora ele, não vejo como.
Sinceramente não sei se o Roger está pronto. É uma aposta, que pode sim ser feita, caso haja convicção nas qualidades dele. O mesmo vale para o Gilmar, apesar de mais rodado, seria sim uma outra aposta.
ResponderExcluirNo entanto, com a escassez de "nomes consagrados" ou de indescutível qualidade, com exceção do Tite, acho que talvez é chegado o momento de uma nova aposta.
Cabe a direção buscar no mercado 3 ou 4 nomes, analisar friamente cada um deles, para quando apostar, fazer isto com convicção, porque logo ali na frente, nos primeiros insucessos, será preciso. E muito.
Outra coisa essencial é nomear uma figura política forte, para atuar no futebol (dentro do vestiário, especificamente). Sem essa figura, um treinador "novato" vai fracassar, pois será "engolido" pelos atletas. E um "estrelão" vai fracassar, por excesso de "confiança" e poderes. É só pegarmos nosso exemplos recentes e veremos isto
Acho que não é momento de aposta Guilherme. Roger durou uma semana na boca dos entendidos, Caio Júnior e Juninho Camargo menos. Renato, que vai levar o time a Libertadores, ao largo dos prognósticos iniciais de fuga do rebaixamento, é hostilizado - e frize-se, trata-se de um ídolo! E não só isso, se não o maior um dos maiores. Técnico novo, aposta, no Grêmio dura exatos 05 jogos.
ExcluirO Grêmio não sabe o que é um título a mais de uma década, não cogito, nem em hipótese, "testes". Se a pressão é grande sobre um técnico afamado ou um ídolo da torcida um ilustre desconhecido viraria "Liquinho Camargo" em exatos 05 jogos! Tem hora pra tudo e esta - definitivamente - não é hora pra Pozzo.
ResponderExcluirPJ!
ResponderExcluirO Koff segura a onda dos "entendidos". Só despachou Luxa, porque ele afrontou o presidente.
Bruxo, eu sou favorável à inovação. Sempre acreditei que os clubes devem arriscar. Sei da cultura nossa que se o "novato" não apresentar resultado em 5 ou 6 jogos, a pressão sobre ele aumenta e a direção do clube dá o "bilhete azul" para o profissional e manda ele procurar outro clube.
ResponderExcluirExiste um técnico no RS que enche os meus olhos. Chama-se LISCA. Sei que é ligado, por laços de família, ao Internacional. Não sei como a dupla GRENAL ainda não olhou atentamente prá ele. Talvez porque seja um pouco "louco". Mas será um grande profissional.
Voltando ao Grêmio, lembro que em 2008 o clube fez "andar" o Vágner Mancini, depois de 6 jogos (2 empates e 4 vitórias). Teria faltado convicção? Não sei! Mas a verdade é que Vágner Mancini está disputando vaga de 2º lugar no Brasileiro e decidiu a Copa do Brasil contra o Flamengo. Perdeu, é verdade, mas chegou!
Não sou muito favorável a pagar centenas de milhares de reais por mês para um técnico renomado. Não é certeza de bom desempenho. Fosse assim e Luxemburgo teria dado jeito no Fluminense. E Mano Menezes e Dorival teriam dado jeito no Flamengo.
O bom técnico tem que ter aspirações. Precisa buscar o que ainda não atingiu. Nesse ponto, os novatos buscam o lugar ao sol. Os "medalhões" só querem aumentar mais suas aplicações nos bancos.
Atualmente, eu ficaria com o Renato,a menos que haja alguma indisposição dele com a Direção. Não me parece ser o caso.
Alvirubro!
ExcluirO Mancini está em um estágio melhor na carreira em relação ao Cuca, por exemplo. Cuca com o tempo de profissão que o Mancini tem, não tinha ainda o currículo dele.
De qualquer forma, permaneço com aquela ideia que expus anteriormente; ou contratam o Tite ou Muricy, pagando "os tubos" ou experimentam Roger, Cristóvão, talvez o Renato, dependendo do desenlace destas duas últimas rodadas.