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terça-feira, 6 de maio de 2014

Opinião



O que eu não entendo

Na verdade, eu entendo um pouco desse assunto a seguir, mas as causas para o processo não se concretizar com a intensidade e consequência que deveria ter, é que me deixa confuso no entendimento dele. Vamos ao caso:

Bayern München, Chelsea, City, United, Barcelona, Real Madrid, Milan, enfim, as grandes agremiações do Velho Continente, definem qual atleta contratar da América ou África e vão lá com a maior facilidade. É o poderio financeiro, sem dúvida, mas há por trás disso também, o fascínio que estes clubes exercem pelo mundo afora. Os craques brasileiros, para ficar num exemplo caseiro, já não sonham em jogar nos maiores clubes do Brasil. Com 16, 17 anos, já se imaginam envergando a camiseta de um desses citados acima. Então, além da grana, há um forte apelo pelo status que os clubes emprestam a seus jogadores, seus astros. As instituições brasileiras viram presas fáceis, pois quando clube comprador e jogador pretendido se unem num objetivo comum, não há obstáculos para as suas intenções.

Bom, aí eu chego naqueles jogadores que são bons ou promissores, mas que não despertam o desejo dos clubes europeus. Jogam na segunda divisão ou em agremiações que não são exatamente "top de linha" (expressão que tomo emprestada de Celso Roth). Pergunto: Por que os 12 maiores clubes brasileiros, 2 RS, 2 MG, 4 SP e 4 RJ, não exercem um desejo, um brilho no olhar nestes atletas e não magnetizam para si, suas preferências? Seria só crise financeira da maioria desta dúzia? Ou há algum outro fator que segura, por exemplo, Manoel no Atlético Paranaense ou o zagueiro Émerson que ficou bom tempo no Coritiba até ser, finalmente transacionado com o Galo mineiro?

O Grêmio deste ano parece ter-se dado conta disso e conseguiu trazer jovens promissores de equipes menores com foram os casos dos oriundos do Juventude, Londrina e Figueirense (Deretti e Marquinhos). Além de descobertas para um breve estágio na base do clube (Luan, Éverton, Jéferson, Wendell, etc...), essa convergência de interesses, isto é, bons jogadores já profissionais + o desejo de chegarem a um grande clube brasileiro, esse apelo de camisa e tradição, é um filão que o Tricolor pode e deve buscar. 

Está na hora de incluir o Tricolor na agenda de jovens talentosos à espera de um lugar ao Sol. 

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