O Coração do Time
Agosto de 2010, gestão
Kroeff, Renato vem para ajeitar o time que está na zona do rebaixamento. Seus
reforços chegam entre o mês 8 e o 9, Vilson do Vitória, Gabriel do
Panathinaikos, Gilson do Paraná Clube, Paulão do Grêmio Prudente, Diego
Clementino do América Mineiro e Júnior Viçosa do Asa de Arapiraca, que se
juntaram a André Lima, vindo no final de Junho, todos emprestados. Estes, os
reforços de Renato, ninguém que lotava aeroporto.
Como sabemos,
Portaluppi levou o Tricolor à Libertadores da América, fazendo campanha digna
de campeão de Brasileiro. Qual o segredo?
Muitos; o conhecimento
do treinador, seu carisma, o feeling que usou para reerguer algumas peças, o
apoio da torcida. Seu time mais utilizado foi: Victor; Gabriel, Paulão, Rafael
Marques e Fábio Santos; Vílson ou Adilson, Fábio Rochemback, Douglas e Lúcio;
Jonas e André Lima. Era um 11 equilibrado, especialmente com as recuperações de
Douglas, Lúcio, Jonas e André Lima; todos; repito, todos que em algum momento
de suas carreiras foram contestados. Havia uma ideia de time. Renato não era
apenas um incentivador que entregava camisas como os “entendidos” queriam fazer
crer.
Douglas chegou à
Seleção, lembrando o futebol de Vilson Tadei, o camisa 10 de 1981, jogador
cerebral, que ditava o ritmo do time de Ênio Andrade. Havia também, Lúcio, um
lateral que incrivelmente fez e bem o papel de Carlos Miguel e de Zinho,
respectivamente na Era Luiz Felipe e no grupo vencedor de 2001.
Na frente, Jonas e
André Lima repetiram, Paulo Nunes (1996) e Baltazar (1981), tão semelhante esta
última comparação que vale lembrar que nas quartas-de –final, Baltazar brigava
pela titularidade com Héber, um centro-avante barbudo, tamanha era a sua
irregularidade nas últimas partidas. Sorte do Grêmio e dele, aquele gol no jogo no Morumbi. Ficou a última impressão.
Essas linhas anteriores
demonstram que dificilmente um time chegará ao título sem ter no meio de campo,
isto é, no coração, uma produção eficiente; não haverá ataque que se manterá efetivo se o meio não funcionar.
O Grêmio anda carente
de uma mecânica e efetividade na parte ofensiva, mas a origem pode não estar
nos atacantes, pelo menos, somente neles.
Vale destacar que, além da dinâmica de jogo proporcionada pelo Douglas, um chute extremamente potente de canhota. Nunca entendi porque ele não chutava com mais frequencia, não tinha apetite pelo gol. Enfim, em tempos de escassez meias "clássicos" sempre fizeram sucesso fácil no tricolor, até mesmo Roger chinelinho...
ResponderExcluirPJ!
ResponderExcluirOs times, na sua maioria, são dependentes deste camisa 10. O Cruzeiro com aquela linha de 3 atrás do centro-avante, quando tem centro-avante (às vezes jogam sem a figura tradicional) é a grande exceção.