A equação do Grêmio
O nosso clube terá que ser forte, porque os fatos tristes da quinta-feira, seguirão com desdobramentos agudos por um bom tempo e, certamente, vão tirar o sono do Departamento Jurídico tricolor.
No entanto, paralelamente, a vida segue dentro de campo e o foco precisa ser mantido pelos jogadores, comissão técnica, direção e nós, torcedores. Lógico, com um olho no extra-campo.
Observando os jogos, fica fácil ver que a equação que sufoca o Tricolor, apresenta os dados de time médio, isto é, toma gols, poucos, mas fundamentais para as derrotas, porque do outro lado do campo, o setor ofensivo, consegue ser mais inoperante do que a defesa.
Fica claro: Quem não faz e toma, perde. Uma equação simples. De primeiro grau. Se o contestado (por alguns) Barcos faz 22 gols até aqui e o vice artilheiro tem 3 vezes menos tentos do que ele e o terceiro, quase 4 vezes menos, é porque a capacidade ofensiva é sofrível. Isto, adicionado a uma defesa, onde apenas Rhodolfo é confiável, esses fatores promovem derrotas como a última, onde o time paulista deve ter chutado umas 3, 4 bolas a gol e vencer tranquilamente.
O que falta? Primeiro, resolver o lado direito defensivo; por incrível que pareça, o veterano Zé Roberto dá mais estabilidade no lado esquerdo do que Pará, Matías, Werley, ... do lado oposto.
Depois, incluir no time, meias e atacantes ambiciosos, vocacionados para o gol. Onde estão os arremates de fora da área? Cadê os gols de cabeça nos escanteios? Quantos chutes o time dá por jogo? Barcos fica "pifado" nas partidas?
Está na hora de Luiz Felipe dar chances para atletas que tenham o "gosto" pelo balançar das redes. Por que não Alan Ruíz no meio e o garoto Éverton na frente? Quem sabe uma chance para Fernandinho? Por que não incentivar Fellipe Bastos a dar os seus "canhonaços" de longe?
Tomara que neste domingo, possamos ver parte disso ocorrendo e também, falarmos mais de futebol, ou melhor, só de futebol.
Bruxo, o mal da falta de chutes de fora da área "contaminou" o futebol brasileiro. Ninguém chuta de fora da área, no Brasil! A Seleção Brasileira sofreu disso na Copa! Observe que nossos jogadores, não chutam mais.
ResponderExcluirEu tenho uma tese, que alguns contestarão, mas vá lá, quem fica de alvo é para tomar pedrada. Minha tese é: o futebol de toques inventado por Guardiola acabou com o futebol aguerrido, brigado, de chutes de longe.
Observe e encontrarás a mesma leitura. Vou levar pedradas, eu sei, mas o Barcelona e seu futebol de toquezinho prá cá e prá lá, que só faz gol de dentro da área, criou uma falsa ideia que o jogo tem que ser assim.
Felizmente, em alguns países da Europa, os futebolistas já se deram conta e começaram a melhorar o desempenho. Lembras do Bayern München, que a cada rodada entrava área a dentro trocando passes? Lembras da Alemanha empilhado gols de dentro da área no Brasil? Só toquezinho prá lá e prá cá?
Olha Bruxo, não sou eu que falo, são os especialistas da crônica, que vivem o futebol diariamente, dentro dos campos de treinamento. Os jogadores, pelo Brasil afora, não treinam mais cobranças de faltas, não ficam após os treinos batendo pênaltis, não cobram escanteios, não chutam a gol, não colocam um goleiro embaixo da trave e ficam chutando até anoitecer, como faziam Valdomiro, Loivo, Alcindo, Claudiomiro, Carpegiani, Eder, Tadeu Ricci, etc...etc...etc... Onde, então, foram parar aqueles jogadores que há anos treinavam, treinavam e treinavam? E nossos dirigentes não cobram mais isso!
Hoje, dito por quem entende do riscado, eles chegam no horário de treino, dão algumas voltas no campo, fazem alguns treinamentos táticos e vão embora cuidar de suas imagens, sem se preocupar com o desempenho técnico. O futebol brasileiro, de maneira geral, está em situação crítica. Tanto é verdade que o Cruzeiro, o melhorzinho, ficou de fora da Libertadores, onde só sobraram timecos.
Meu Deus do Céu! O reflexo desse futebolzinho que nos apresentam esses ditos jogadores, esteve escancarado na Copa do Mundo. Faltam dignos representantes de Foguinho, Abílio dos Reis, Carlos Froner, Oto Glória, Rúbens Minelli, Telê Santana, para cobrar desses "pernas de pau" o verdadeiro futebol que um dia encantou o mundo.
E se acham craques!
Alvirubro!
ExcluirEu tenho a impressão que é falta de domínio do fundamento; a arte de como fazer (do grego tékne).
Estava vendo a estatística que tu me enviaste sobre o Scotta; ele fez apenas 34 jogos num ano; deduzo que o Grêmio não tenha jogado 50 partidas naquele ano. Isto dá quase um jogo por semana.
Como o Regional era longo, mas com partidas em distâncias menores, os atletas treinavam mais.
Bruxo, desde a chegada do Scotta, o Grêmio jogou 49 partidas, em 1971. Tua tese faz sentido, mas mesmo assim, falta muito para esses jogadores de hoje chegarem ao nível daqueles das décadas passadas. O futebol está muito igual. Proliferam pernas de pau pelo Brasil afora.
ResponderExcluirConcordo plenamente. Aqueles que eu chamo de craque hoje; seriam banco em décadas passadas.
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